Clínica De Reumatologia - Dr Paulo Clemente Coelho

Clínica De Reumatologia - Dr Paulo Clemente Coelho CLÍNICA DE REUMATOLOGIA

Dr Paulo Clemente Coelho

As doenças reumáticas são as mais frequentes e conduzem ao sofrimento e incapacidade.

As queixas originadas por estas doenças podem ser muito semelhantes, sendo em si mesmo as doenças muito diferentes, pelo que é necessária uma avaliação especializada para a sua definição. Na consulta de Reumatologia avaliamos sintomas e sinais da doença, para determinação de um diagnóstico e um esquema de tratamento adaptado ao doente e à doença. Entre as várias doenças reumáticas salientamos: Artrose, Osteoporose, Artrite Reumatóide, Lupus, Esclerodermia e fenómeno de Raynaud, Síndrome de Sjogren, Tendinites e Bursites, Síndrome do Canal Cárpico, Fibromialgia, Lombalgia, Ciática e outras patologias causadoras de sofrimento, dor e incapacidade.

CARREGANDO O MATERIAL ESCOLAR  - AS "COSTAS" DOS NOSSOS FILHOS E DOS NOSSOS NETOSÉ comum vermos crianças com mochilas às...
02/09/2025

CARREGANDO O MATERIAL ESCOLAR - AS "COSTAS" DOS NOSSOS FILHOS E DOS NOSSOS NETOS
É comum vermos crianças com mochilas às costas "maiores" que o seu tamanho. Quais as consequências que daí advêm?
O uso de mochilas de forma inadequada ou com peso excessivo é uma das causas principais de dores na coluna em crianças e adolescentes podendo levar a posições viciosas da coluna vertebral, as quais poderão ter consequências para a saúde óssea e articular.
Não nos podemos esquecer que o esqueleto das crianças e adolescentes está em crescimento, por vezes de forma rápida, como é o caso da altura da puberdade. Qualquer força deformante exercida numa coluna vertebral mais susceptível, devido a esse processo natural de crescimento, poderá ter consequências mais graves, do que se passaria num esqueleto já adulto.
- Qual o peso máximo recomendado?
Apesar de não haver total evidência sobre esta questão, alguns especialistas e investigadores desta temática, apontam para um peso que não deve ultrapassar o valor de 10% do peso da criança. Este valor deve também levar em conta outras condicionantes, como seja o grau de maturidade e de desenvolvimento muscular da criança. Por exemplo, os rapazes com mais frequência têm um desenvolvimento muscular superior, pelo que poderão suportar um peso maior, comparando com uma rapariga do mesmo peso.
Uma forma de avaliar se existe um peso excessivo é analisar a postura da criança enquanto carrega a mochila. Se o peso for excessivo, existe uma inclinação dos ombros, com o tronco projetado para a frente.
- Quais os critérios a ter em conta na escolha do tipo de mochila?
As mochilas de rodas são preferíveis, mas estas devem ser transportadas e levantadas sempre com posturas equilibradas.
No entanto, no caso de uso das mochilas de “trazer às costas” deve ter-se em conta várias particularidades. Estas não devem ultrapassar a cintura da criança e devem adaptar-se bem às costas da mesma. As alças (largas e com material amortecedor) devem ajustar-se a o corpo, passando a nível dos ombros. De preferência, e de forma a permitir uma estabilidade maior, deve também existir um cinto a passar pela altura da barriga da criança. Nunca deve ser usada apenas uma alça para transportar a mochila, pois tal vai provocar um desvio lateral da coluna.
- Que problemas podem ter as crianças ao transportarem mais carga nas mochilas? Quais os sintomas e patologias que podem surgir?
Vários estudos apontam os desequilíbrios no transporte de material pelas crianças como uma das principais causas de dores na coluna para este escalão etário.
Como problemas principais e mais frequentes podem surgir:
- Escoliose: desvio lateral da coluna, em parte uma parte dos seus segmentos deixa de estar centrada com o eixo do corpo. Pode ser só funcional e, neste caso, redutível. No entanto, pode posteriormente evoluir para alterações da estrutura da coluna, tornando-se persistente e eventualmente progressiva.
- Hiperlordose: a curvatura normal da coluna lombar torna-se mais pronunciada, levando também a alterações da estabilidade da bacia.
- Hipercifose: a criança parece “amarrecada”, com a sua coluna dorsal inclinando-se para a frente.
- Contracturas Musculares: o conjunto de músculos que envolve a coluna vertebral começa a sofrer se existir uma postura anormal. Os músculos podem contrair-se com facilidade e originarem dores locais, por vezes bastante incapacitantes.
- Hérnias discais e eventual compromisso neurológico: posições viciosas mantidas ou movimentos não equilibrados bruscos, podem levar ao aparecimento de hérnias discais (bombeamento dos discos que estão entre as vértebras da coluna). Em casos mais graves, pode haver compressão de um nervo ou da própria medula.
- Como prevenir estas situações?
A vigilância (regular) por parte dos pais em relação ao material que os filhos levam nas mochilas, ao peso total das mesmas, à sua colocação no corpo da criança, é essencial. Por vezes, as crianças tendem a levar mais do que o necessário para um dia específico.
A escolha de uma boa mochila, adequada à altura e maturidade do esqueleto da criança é importante.
A utilização de depósitos de material na escola (cacifos), onde a criança possa colocar o material escolar, para não ter necessidade de o deslocar entre a casa e o centro educativo.
Não esquecer também a observação da coluna da criança em pé, nas várias posições, para detetar precocemente desvios do eixo da coluna, ou eventuais assimetrias do comprimento dos membros, as quais devem ser avaliadas com atenção, dado o risco de poderem evoluir num esqueleto em rápido crescimento.
Outro aspeto importante seria a existência de programas práticos de educação, na própria escola, por exemplo, ou de folhetos exemplificativos das melhores maneiras de abordar esta problemática.
Esperamos que tenha gostado deste artigo e que o mesmo tenha contribuído para a sua compreensão da necessidade de prevenção das possíveis deformações ou más posturas dos jovens.
Se possível, dê-nos a sua opinião através da nossa página do Facebook.
Também pode colocar as suas dúvidas.
Agradecemos a atenção dispensada.
Paulo Clemente Coelho
Reumatologista

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AS MINHAS DORES SÃO MUITAS, MAS DIFERENTES!A dor é um dos sintomas mais importantes na consulta médica em geral e, princ...
12/08/2025

AS MINHAS DORES SÃO MUITAS, MAS DIFERENTES!
A dor é um dos sintomas mais importantes na consulta médica em geral e, principalmente, nas especialidades ligadas ao sistema músculo-esquelético, como é o caso da Reumatologia.
Sendo um sintoma quase universal, é muito importante na consulta médica esmiuçar as características da dor, de forma a enquadrar a sua existência numa das muitas patologias reumáticas existentes.
Podemos dizer que a qualidade da avaliação de um(a) doente depende claramente do tipo de inquérito que é feito pelo médico, nomeadamente, registando pequenos pormenores das queixas dolorosas, os quais podem guiar o raciocínio diagnóstico e ajudar a escolher, caso seja necessário, os melhores exames complementares para aprofundar o esclarecimento do quadro clínico. Devemos tirar da nossa mente a ideia de que são os “exames” o centro da investigação diagnóstica, como muitas vezes se pensa - “devia fazer uma ressonância” - e valorizar antes em primeiro lugar a história clínica e o exame objetivo que o médico deve fazer na consulta, antes de qualquer exame.
Na história clínica reumatológica, na avaliação da dor, além da localização e intensidade desta, é extremamente importante conhecer o seu “ritmo”. O ritmo da dor pode ser mecânico, inflamatório ou misto (a junção dos dois anteriores).
No ritmo mecânico, a dor é mais diurna e agravada pelos esforços, aliviando com o repouso, associando-se muitas vezes, a uma rigidez articular de curta duração (alguns minutos), após algum tempo de imobilização da articulação.
No ritmo inflamatório, a dor é mais nocturna, agravando-se no repouso e, por vezes, melhorando com a mobilização, associando-se a uma rigidez articular de longa duração, nomeadamente após a imobilização nocturna.
Tipicamente, as patologias “degenerativas”, como a artrose, têm dor de ritmo predominantemente mecânico, enquanto as patologias inflamatórias (artrites, tendinites, etc) têm dor de predomínio inflamatório.
A confundir esta regra podem existir situações clínicas em que apesar da patologia não ser inflamatória, caso da fibromialgia, a dor tem frequentemente um ritmo do tipo inflamatório, ou os episódios de agudização da artrose, em que pode existir uma dor inflamatória, apesar de ser uma doença predominantemente “mecânica”.
Acresce o facto de que, com muita frequência, no mesmo doente existem vários tipos de reumatismo, com diferentes ritmos de dor coexistindo, pelo que só uma avaliação especializada pode discriminar cada situação e assim traçar um caminho diagnóstico e terapêutico adequado a cada situação.
Na próxima consulta, caso apresente queixas de dor(es), lembre-se que indicar as características da(s) mesma(s) é muito importante para uma avaliação médica mais correcta.
Esperamos que tenha gostado deste artigo e que o mesmo tenha contribuído para a sua compreensão da importância da discriminação do ritmo dor.
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Paulo Clemente Coelho
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FIBROMIALGIA – UMA VISÃO GERAL – O DIAGNÓSTICO – O MÉDICO E A PESSOAPaulo Clemente CoelhoReumatologistaA Fibromialgia é ...
02/07/2025

FIBROMIALGIA – UMA VISÃO GERAL – O DIAGNÓSTICO – O MÉDICO E A PESSOA

Paulo Clemente Coelho
Reumatologista

A Fibromialgia é uma síndrome (conjunto de sintomas e sinais clínicos) de causa desconhecida, mas frequente, principalmente no s**o feminino. Esta síndrome é caracterizada por dor crónica difusa, mais acentuada a nível dos músculos, associada a um conjunto de alterações orgânicas funcionais (cólon irritável, bexiga espástica, etc) e, frequentemente, também a queixas de fadiga, sono de má qualidade, ansiedade e depressão. Vários estudos demonstram que as doentes com Fibromialgia têm um limiar baixo da perceção da dor e parece que também são portadoras de mecanismos a nível do sistema nervoso que amplificam e generalizam a sua consciência da dor.
Foram descritos “pontos de gatilho” a nível muscular que, quando sujeitos a pressão, produzem uma sensação exagerada de dor. A sensação de perda de memória é também frequente e pode-se interligar a um grau maior ou menor de ansiedade e depressão que participa da síndrome fibromiálgica.
Muitas doentes com Fibromialgia apresentam um estado de hiper-alerta em relação aos sintomas e sinais que as envolvem. É como se o seu corpo e mente estivessem em permanente vigília contra perigos e ameaças desconhecidas, mas interiormente temidas. São também doentes com uma tendência frequente para o perfeccionismo e uma visão da vida em que as pequenas coisas assumem proporções de dimensão exagerada em relação ao seu peso e efeito real.
Este processo de olhar negativamente para si e para o que envolve a doente fibromiálgica é designado de catastrofização, ou seja, a visão catastrófica das coisas, sentida no presente e projetada no futuro.
Esta percepção negativa de si e do mundo é potenciada frequentemente por notícias ou mensagens na internet ou na comunicação social, que mostram a Fibromialgia como uma fatalidade incapacitante inultrapassável da qual as suas “infelizes” portadoras dificilmente se poderão livrar. Querendo informar e alertar, muitas vezes com boa intenção, este tipo de descrições públicas não são mais do que um fator negativo em si mesmo para a potencial recuperação da doente fibromiálgica. Esta necessita de compreensão e não de uma vitimização, que apenas servirá para reduzir as forças que estão em si mesmo e com as quais terá que contar para inverter o processo incapacitante que a afeta.
A complexidade desta síndrome, a incapacidade funcional que geralmente acarreta e a sua elevada frequência (prevalência de 1% a 7% na população em geral, com uma predominância do s**o feminino de cerca de 10 para 1), tornam a Fibromialgia um grande desafio à “arte” de fazer medicina e à relação médico-doente.
Envolvida por uma multiplicidade de queixas, que vão muito mais além da dor corporal, a doente fibromiálgica sente-se como que “perdida” ou à “deriva” num mar imenso de sintomas e sinais corporais, sem encontrar rumo ou explicação para o seu sofrimento. Recorre assim frequentemente a meios ao seu dispor (internet e outros instrumentos de informação) que frequentemente apenas irão servir para aumentar a sua angústia e fazê-la assumir para si própria situações clínicas hipotéticas que, além de serem falsas, apenas contribuirão para exacerbar mais o seu quadro clínico e a sua infelicidade.
Na busca de respostas, a doente fibromiálgica procura as mesmas na eventual realização de exames complementares (análises, TACs, Ressonâncias, etc), os quais nunca serão, por si só, capazes de explicar a globalidade do quadro que enfrenta.
No contexto da Fibromialgia, os exames complementares são frequentemente normais, devendo sempre ser pedidos sob estrita orientação médica. Estes exames podem ser úteis para a realização do diagnóstico diferencial com outras doenças que podem dar quadros clínicos semelhantes à Fibromialgia ou para a identificação de outras patologias associadas ou concomitantes.
Às dificuldades descritas anteriormente acresce o facto de que a Fibromialgia é, frequentemente, banalizada e até menosprezada por uma parte da comunidade médica, a qual chega a colocar em causa a existência desta síndrome incapacitante. A conclusão médica de que “isso é Fibromialgia”, em vez de uma porta aberta para a recuperação do doente, surge frequentemente como um escape para a incompreensão, falta de conhecimento ou de disponibilidade para lidar com a doente portadora desta síndrome, complexa mas revertível, ou, pelo menos, com possibilidades de melhoria.
A não compreensão das características clínicas da Fibromialgia e das particularidades da doente fibromiálgica podem tornar a consulta médica num período de “tortura mútua” entre uma doente sintomaticamente hipersensível, perdida no meio de múltiplos “alertas” do seu corpo e mente, e o médico incapaz de contribuir para inverter a corrente negativista da doente que tem de abordar. Neste caso, a incapacidade médica em lidar com este problema apenas irá contribuir para o agravamento da sensação da doente de que o seu quadro clínico se afunda cada vez mais no sofrimento e na incapacidade que a afeta, sem que se obtenham respostas concretas em relação à sua situação.
Na realidade, podemos afirmar que a doente com Fibromialgia nunca poderá ser bem tratada se as suas características “especiais” não forem entendidas, partindo-se dessa compreensão para uma abordagem global, que não se resuma a um ato de mera prescrição de medicamentos, o qual, isoladamente, não será suficientemente eficaz para o alívio do quadro clínico e funcional da doente. Assim, a consulta médica e a relação médico-doente assume um papel principal na avaliação e tratamento do doente com Fibromialgia.
Cabe ao médico, alertado para as várias características desta entidade, esclarecer a doente sobre a realidade do quadro clínico, pondo de lado medos e ansiedades injustificadas e traçando estratégias que possam reverter o quadro negativo, atuando em todas as vertentes interligadas da síndroma fibromiálgica, as quais envolvem factores sociais, psicológicos e físicos.
É também importante que a doente fibromiálgica “abra a sua mente” a uma nova perspectiva da sua doença, fazendo cair as barreiras que em si mesmo levantou e que potenciam o seu sofrimento.
Sem que a doente dê uma oportunidade a si mesmo tudo estará comprometido.
O tratamento da Fibromialgia envolve métodos farmacológicos e não farmacológicos, os quais devem ser usados em conjunto, adaptando-se às características individuais de cada doente. A individualidade do tratamento é determinante, pois os diversos componentes da síndrome fibromiálgica nem sempre se expressam da mesma maneira em cada pessoa afetada.
É importante que a doente compreenda que o conjunto de medidas terapêuticas que lhe é sugerido pelo médico dificilmente irá resultar numa
melhoria significativa a curto prazo e que por vezes é necessária uma abordagem multidisciplinar, envolvendo outros profissionais de saúde.
A cronicidade e complexidade do quadro fibromiálgico exigem uma terapêutica contínua, sem mudanças bruscas e que tenha um tempo suficiente de atuação para poder expressar a sua eficácia. É frequente, devido ao enquadramento negativo daquilo que influencia a sua vida, que a doente com Fibromialgia descreia das medidas terapêuticas que lhe são prescritas, forçando a uma prática terapêutica de “arranque-paragem” sucessiva, que em nada contribui para o potencial sucesso das medidas a tomar.
Entre as medidas não farmacológicas envolvidas no tratamento da doente fibromiálgica estão: o reforço da relação médico-doente, numa atitude de compreensão e de perspetiva positiva em relação à doença; a educação acerca das características da Fibromialgia e das medidas que podem fazer reverter as suas várias vertentes negativas; a intervenção a nível psicológico tentando inverter os processos mentais que favorecem a doença; o estímulo à atividade física e mental, incluindo o exercício físico adaptado a cada situação; a mobilização em água aquecida, a qual tem capacidade relaxante muscular; medidas que possam facilitar um sono de boa qualidade (por exemplo, evitar estimulantes, como a cafeína, e horários de sono irregulares ou exageradamente fragmentados), etc. Vários fármacos podem ser utilizados no tratamento da Fibromialgia, a sua prescrição isolada ou em conjunto depende da avaliação clínica de cada caso individualmente, dependendo das características da doença, de outras patologias associadas e de eventuais condicionantes à sua utilização (exemplo contraindicações e interações medicamentosas).
A Fibromialgia, apesar de geralmente comportar-se como uma síndrome clínica incapacitante, pode ter tratamento e recuperação. O negativismo e a incompreensão, tanto dos profissionais de saúde, como dos próprios doentes, que muitas vezes giram à volta do conceito de Fibromialgia devem ser combatidos por uma atitude correta e positiva na abordagem da doente fibromiálgica.
Esperamos que tenha gostado deste artigo e que o mesmo tenha contribuído para a sua compreensão da Fibromialgia.
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DORES E INCHAÇO NAS ARTICULAÇÕES – SÃO OU NÃO DO ÁCIDO ÚRICO?Paulo Clemente Coelho (Reumatologista)É muito frequente as ...
23/06/2025

DORES E INCHAÇO NAS ARTICULAÇÕES – SÃO OU NÃO DO ÁCIDO ÚRICO?
Paulo Clemente Coelho (Reumatologista)

É muito frequente as pessoas responsabilizarem o ácido úrico como o causador das suas queixas dolorosas articulares ou ósseas. No entanto, esta acusação não tem qualquer tipo de fundamento na maior parte dos casos.
O ácido úrico é um elemento natural no ser humano. É, na sua maior parte, o resultado da degradação das nucleoproteínas celulares e cerca de 20% da sua circulação no corpo humano deriva da alimentação. Assim, todos temos uma certa quantidade de ácido úrico no nosso organismo.
Contrariamente ao que muitas vezes se pensa, o ácido úrico não causa dores articulares crónicas, mas sim, crises inflamatórias articulares intermitentes.
A crise articular desencadeada pela formação de cristais de ácido úrico dentro das articulações pertence ao quadro de uma doença do metabolismo que está bem estudada e que se designa, Gota Úrica.
A crise clássica de Gota Úrica caracteriza-se pelo aparecimento agudo e brutal de queixas dolorosas intensas, calor e vermelhidão, mais frequentemente numa única articulação, geralmente nos membros inferiores. Esta crise tem a duração de alguns dias, tendo tendência a desaparecer com o tempo. No caso do doente estar avisado acerca do tratamento da crise gotosa, esta pode desaparecer em algumas horas pela ingestão de anti-inflamatórios ou de um medicamento chamado colchicina.
O doente com Gota Úrica pode, após uma crise aguda, permanecer alguns meses, ou anos, sem qualquer tipo de queixa articular do mesmo tipo. No entanto, apesar de não haver sintomas, o ácido úrico continua a acumular-se no organismo, não só nas articulações, mas também em certos órgãos, como é o caso do rim, podendo originar o aparecimento de “pedra” (litíase renal) ou alterações da função renal (insuficiência renal). Além disso, pode também acumular-se na pele (tofos gotosos) e ser um fator de risco cardiovascular importante, entre outras complicações. Por isso, é essencial o tratamento durante as fases assintomáticas com um medicamento que controla os níveis de ácido úrico, chamado alopurinol, ou que outras alternativas que hoje já estão disponíveis.
Com a descoberta e o uso clínico do alopurinol, diminuíram de frequência as terríveis destruições que o ácido úrico provocava nas articulações. Tornaram-se também menos frequentes os doentes com evidentes acumulações deste produto na pele, designadas por tofos gotosos.
O doente com Gota Úrica é com frequência: jovem na altura da primeira crise (30 a 40 anos), do s**o masculino, possível consumidor de bebidas alcoólicas, às vezes obeso e, muitas vezes, tem casos semelhantes na sua família. A doença é rara nas mulheres, sendo mais frequente após a menopausa ou em doentes que fazem certo tipo de medicamentos que aumentam os níveis de ácido úrico no sangue, caso dos diuréticos.
O doente com Gota Úrica deve obedecer a alguns conselhos dietéticos e de higiene alimentar, entre eles salientamos: beber bastante água, evitar a ingestão de bebidas alcoólicas (o álcool diminui a excreção renal do ácido úrico), evitar as carnes "jovens" e as de caça, evitar os espargos e os espinafres, evitar o chocolate e as conservas. Devem também evitar ingestões alimentares muito sobrecarregadas.
Deve ser salientado que os doentes com Gota Úrica sofrem muitas vezes de outras doenças metabólicas, como sejam, a diabetes e elevações das gorduras (colesterol e triglicéridos) no sangue. Estas doenças devem ser controladas para que o tratamento do doente gotoso seja considerado completo.
Em conclusão, salientamos que os quadros articulares dolorosos causados pelo ácido úrico são característicos e têm um tratamento específico. Quando as dores não se enquadram nessas características o ácido úrico deve ser "absolvido" e deve procurar-se outro tipo de causa para a doença.
Esperamos que tenha gostado deste artigo e que o mesmo tenha contribuído para a sua compreensão sobre a importância do Ácido Úrico.
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ARTRITE REUMATÓIDE – QUANTO MAIS CEDO MELHOR! Paulo Clemente Coelho – Reumatologista A Artrite Reumatoide é uma doença a...
04/06/2025

ARTRITE REUMATÓIDE – QUANTO MAIS CEDO MELHOR!
Paulo Clemente Coelho – Reumatologista
A Artrite Reumatoide é uma doença articular crónica, caracterizada pela inflamação das articulações, pela sua destruição e deformação progressiva, principalmente quando não tratada nos primeiros tempos da sua evolução.
A doença tende a permanecer durante anos, lesando a cartilagem articular, os tendões, os ligamentos e o próprio osso.
As articulações mais atingidas são as das mãos e pés, mas, qualquer articulação o pode ser, geralmente de forma aditiva (novas articulações inflamadas vão-se juntando às anteriores) e simétrica (envolve ambos os lados do corpo). O doente refere também que as articulações estão muito rígidas ao acordar (rigidez matinal) e que essa rigidez leva uma boa parte da manhã a passar. As dores podem ser predominantemente noturnas e, por vezes, são atingidos outros órgãos além das articulações (os olhos, os pulmões, o coração, o rim, a pele, etc).
O curso da doença, sem tratamento, é geralmente progressivo causando uma grande incapacidade para as tarefas do dia a dia.
A doença atinge menos de 1% da população, sendo as mulheres atingidas numa frequência 2 a 3 vezes superior à dos homens. Apesar da idade mais frequente de aparecimento ser entre os 30 e os 50 anos, a Artrite Reumatoide pode iniciar-se em qualquer grupo etário.
Trata-se duma doença provocada por uma alteração do sistema de defesa do nosso organismo, sistema imunitário, que duma forma anormal ataca elementos pertencentes ao próprio corpo.
Sabe-se que para o aparecimento desta doença contribuem fatores genéticos e outros poderão servir de “gatilho” (algumas bactérias e vírus têm sido incriminados). No entanto, a verdadeira causa da doença é desconhecida.
O diagnóstico é essencialmente clínico (sintomas e sinais), feito em consulta médica, na recolha da história clínica e observação. As análises podem também auxiliar o diagnóstico, mas devem ser avaliadas de forma prudente, pois existem doentes com Artrite Reumatoide sem grande alteração das análises e outras pessoas, pelo contrário, podem ter análises positivas e não ter a doença.
As radiografias articulares também não são um bom auxílio para um diagnóstico precoce. Na verdade, as alterações clássicas da Artrite Reumatoide nas radiografias simples podem só aparecer após alguns meses de permanência da doença articular.
Assim, salientamos que para um diagnóstico rápido da Artrite Reumatoide, numa fase prévia às destruições articulares, é o exame clínico que adquire maior relevância, sendo os exames complementares (análises, radiografias e outros) apenas auxiliadores para um diagnóstico mais preciso ou para o despiste de eventuais complicações.

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"TENHO REUMATISMO" - UMA EXPRESSÃO QUE PODE QUERER DIZER MUITA COISA E COISAS PARECIDAS, MAS MUITO DIFERENTESO termo “re...
06/05/2025

"TENHO REUMATISMO" - UMA EXPRESSÃO QUE PODE QUERER DIZER MUITA COISA E COISAS PARECIDAS, MAS MUITO DIFERENTES

O termo “reumatismo” é usado frequentemente para todo o tipo de dores ósseas ou articulares. É habitual ouvirmos dizer, “tenho reumático…”, expressão que, querendo dizer tudo, como veremos, quer dizer muito pouco. Na verdade, as doenças reumáticas são um conjunto numeroso e diversificado de entidades, expressando-se de uma forma extremamente diferente quanto à incapacidade, intensidade da dor ou mesmo quanto ao risco de vida. É assim pouco correto designá-las genericamente por “reumatismo”.
As doenças reumáticas são frequentes na nossa sociedade, como demonstram os números que se seguem referentes ao nosso país:
- 8% a 10% da população portuguesa sofre de alguma doença reumática e estes valores crescem com o envelhecimento da população.
- as doenças reumáticas são responsáveis por 20% do total de baixas e por 50% dos pedidos de reforma antecipada.
De uma forma geral simplificada, podemos dividir as “doenças reumáticas” nos seguintes grupos:
1 – Artrites
Doenças que originam uma inflamação das articulações. São de causa diversa (imunes, infeciosas, microcristalinas), são as que põem maiores questões quanto à urgência do tratamento e à possibilidade de atingirem outros órgãos do corpo além das articulações.
2 – Artroses
Frequentemente de evolução crónica, devem-se a um desgaste contínuo das superfícies articulares. O seu aparecimento é quase inevitável como um processo de envelhecimento do organismo, mas podem ser causa de dor e de incapacidade, por vezes, significativa. Contrariamente à opinião divulgada popularmente, ou mesmo por alguns médicos, esta doença tem tratamento, o qual pode retardar, ou mesmo suster, a degradação das articulações.
3 – As doenças da coluna vertebral
Pela sua frequência merecem um chamamento particular. São de todos conhecidas as dores na coluna cervical (cervicalgias) ou na coluna lombar (lombalgias). Por detrás destas queixas poderão estar processos de desgaste articular (artrose) ou de artrite (inflamação) das articulações da coluna, neste último caso o diagnóstico é necessariamente urgente para exclusão de doenças graves (ex: tuberculose da coluna e outras infeções).
4 – As doenças dos tendões
Causadas muitas vezes por esforços de sobrecarga (ex: desporto, atividades profissionais), podem também ocorrer no contexto de doenças reumáticas inflamatórias. As tendinites são geralmente muito dolorosas e incapacitantes, sendo o seu tratamento, quando devidamente aplicado, bastante eficaz e rápido no alívio do doente.
5 – A osteoporose e as outras doenças do osso
As infeções, os tumores (benignos e malignos) ou a descalcificação (osteoporose) podem ser causa de dor reumática. No caso da osteoporose a dor só existe quando ocorre uma fratura óssea, sendo muito importante tratá-la ou preveni-la antes dessa ocorrência mais grave. As mulheres são mais frequentemente afetadas por esta doença, devendo tomar atitudes preventivas ou terapêuticas tendentes a evitar a descalcificação rápida que se dá na altura da menopausa e nos anos que se seguem.
Como referimos, esta é apenas uma classificação superficial, não descriminando as mais de cem “doenças reumáticas” hoje bem individualizadas. Apesar de, na imensa maioria dos casos, as doenças reumáticas serem doenças crónicas e medicamente incuráveis, é possível minorar os efeitos e a intensidade dos problemas que provocam, melhorando a qualidade de vida daqueles que as sofrem.
Paulo Clemente Coelho – Reumatologista
(contactos: paulocoelhoreumatologia@gmail.com; tel: 218463116, 918239091)

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