Clínica De Reumatologia - Dr Paulo Clemente Coelho

Clínica De Reumatologia - Dr Paulo Clemente Coelho CLÍNICA DE REUMATOLOGIA

Dr Paulo Clemente Coelho

As doenças reumáticas são as mais frequentes e conduzem ao sofrimento e incapacidade.

As queixas originadas por estas doenças podem ser muito semelhantes, sendo em si mesmo as doenças muito diferentes, pelo que é necessária uma avaliação especializada para a sua definição. Na consulta de Reumatologia avaliamos sintomas e sinais da doença, para determinação de um diagnóstico e um esquema de tratamento adaptado ao doente e à doença. Entre as várias doenças reumáticas salientamos: Artrose, Osteoporose, Artrite Reumatóide, Lupus, Esclerodermia e fenómeno de Raynaud, Síndrome de Sjogren, Tendinites e Bursites, Síndrome do Canal Cárpico, Fibromialgia, Lombalgia, Ciática e outras patologias causadoras de sofrimento, dor e incapacidade. INSCRITO NA ORDEM DOS MÉDICOS Nº 30305 - REUMATOLOGIA

QUANDO OS MEUS OSSOS ENFRAQUECEM - A OSTEOPOROSE (2ª parte)Paulo Clemente Coelho (Reumatologista)            Em seguimen...
25/11/2025

QUANDO OS MEUS OSSOS ENFRAQUECEM - A OSTEOPOROSE (2ª parte)
Paulo Clemente Coelho (Reumatologista)
Em seguimento do artigo anterior, a propósito do tema "Osteoporose", vamos dar algumas noções acerca da prevenção e do tratamento desta entidade clínica.
Devemos salientar que algumas destas medidas (a ingestão adequada de cálcio, o exercício, etc) deviam ser adotadas desde as fases mais precoces da vida. Estas medidas preventivas podem também contrariar a tendência descalcificante do osso após o fim da terceira década de vida. Nos doentes já com o diagnóstico de osteoporose ou de osteopenia (a fase prévia à osteoporose) as medidas preventivas, só por si, podem ser insuficientes, sendo necessário complementar o tratamento com medicamentos que contrariam a perda do cálcio ósseo.
Entre as medidas preventivas principais salientam-se:
· Uma boa atividade física: andar a pé é um excelente exercício, podendo o médico do doente sugerir um programa regular de exercícios adaptados a cada caso. A natação, visto ser um exercício com diminuição da carga, não é o melhor exercício para fortalecer o osso, se bem que seja excelente para os músculos e articulações;
· Uma ingestão de cálcio adequada: sendo de salientar que o leite magro, contrariamente ao que seria de pensar, até tem mais cálcio que o leite gordo, devido a um mecanismo de concentração.
· Não fumar;
· Moderar a ingestão de álcool e de cafeína;
· Não fazer dietas exageradamente ricas em proteínas.
A prevenção das quedas é essencial, quanto mais debilitado for o osso, pois, os “ossos mais fracos” do doente osteoporótico podem tornar uma queda numa verdadeira calamidade pessoal (a fratura do colo do fémur é mortal ao fim de um ano em perto de 20% dos casos e incapacita gravemente uma boa parte dos sobreviventes). Os idosos têm com frequência problemas de saúde que favorecem o aparecimento de quedas, como por exemplo: alterações da locomoção, deficiências de visão, uso de medicamentos que afetam o equilíbrio (medicamentos para a hipertensão e para os nervos) e a existência de outras doenças crónicas. Estes problemas devem ser minorados, de maneira a não facilitarem o risco de uma queda.
O doente e a sua família podem tomar algumas atitudes no sentido de diminuir a possibilidade de queda:
· Usar uma bengala ou canadiana que dê um bom apoio à marcha, quando esta se faz com dificuldade;
· Usar de preferência sapatos com sola de borracha e instalar sistemas anti-derrapantes nos tapetes e carpetes da casa; em certos casos retirar mesmo tapetes e carpetes;
· Ter cuidados acrescidos em terrenos irregulares ou escorregadios;
· Iluminar bem a casa de forma a evitar todos os obstáculos, os quais devem ser no número menor possível;
· Instalar corrimões para apoio nas escadas;
· Instalar barras de apoio na banheira e perto dos sanitários;
· Nunca se levantar da cama às escuras e sem se sentar primeiro.
Quanto aos medicamentos usados no tratamento da Osteoporose salientamos pela sua importância:
· O cálcio e a vitamina D: os suplementos de cálcio e de vitamina D devem acompanhar todos os tratamentos farmacológicos da Osteoporose, caso a ingestão deste elemento na dieta seja insuficiente e não haja contra-indicações à sua administração. Tomados na medida certa, não implicam um aumento de risco significativo para outro tipo de calcificações do corpo, nomeadamente as do aparelho vascular.
· Medicamentos podem e devem ser usados nas situações de Osteoporose como “fixadores” do cálcio nos ossos. Estes dividem-se em osteoformadores ou inibidores da reabsorção óssea. A sua utilização deve ser feita de acordo com a avaliação personalizada do médico assistente.
De notar que o tratamento da osteoporose exige disciplina do(a) doente, porque trata-se sempre de um tratamento de longo prazo e que não depende de qualquer sintomatologia que possa guiar o mesmo. Uma clarificação deste ponto determinante é essencial para que o tratamento possa reduzir o risco de fratura, grande objetivo do tratamento anti-osteoporótico.
Esperamos que tenha gostado deste artigo e que o mesmo tenha contribuído para a sua compreensão da Osteoporose.
Se possível, dê-nos a sua opinião através da nossa página do Facebook.
Também pode colocar as suas dúvidas.
Agradecemos a atenção dispensada.
Paulo Clemente Coelho
Reumatologista (Ordem dos Médicos – 30305)

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Consulta de Reumatologia
(Doenças Reumáticas e Osteoporose)
Director Clínico: Dr Paulo Clemente Coelho
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HOJE É O DIA NACIONAL DE LUTA CONTRA A DORQUAL A IMPORTÂNCIA DA DOR NAS DOENÇAS REUMÁTICAS?A dor é um dos sintomas mais ...
17/10/2025

HOJE É O DIA NACIONAL DE LUTA CONTRA A DOR
QUAL A IMPORTÂNCIA DA DOR NAS DOENÇAS REUMÁTICAS?
A dor é um dos sintomas mais importantes na consulta médica em geral e, principalmente, nas especialidades ligadas ao sistema músculo-esquelético, como é o caso da Reumatologia.
Sendo um sintoma quase universal, é muito importante na consulta médica esmiuçar as características da dor, de forma a enquadrar a sua existência numa das muitas patologias reumáticas existentes.
Podemos dizer que a qualidade da avaliação de um(a) doente depende claramente do tipo de inquérito que é feito pelo médico, nomeadamente, registando pequenos pormenores das queixas dolorosas, os quais podem guiar o raciocínio diagnóstico e ajudar a escolher, caso seja necessário, os melhores exames complementares para aprofundar o esclarecimento do quadro clínico. Devemos tirar da nossa mente a ideia de que são os “exames” o centro da investigação diagnóstica, como muitas vezes se pensa - “devia fazer uma ressonância” - e valorizar antes em primeiro lugar a história clínica e o exame objetivo que o médico deve fazer na consulta, antes de qualquer exame.
Na história clínica reumatológica, na avaliação da dor, além da localização e intensidade desta, é extremamente importante conhecer o seu “ritmo”. O ritmo da dor pode ser mecânico, inflamatório ou misto (a junção dos dois anteriores).
No ritmo mecânico, a dor é mais diurna e agravada pelos esforços, aliviando com o repouso, associando-se muitas vezes, a uma rigidez articular de curta duração (alguns minutos), após algum tempo de imobilização da articulação.
No ritmo inflamatório, a dor é mais noturna, agravando-se no repouso e, por vezes, melhorando com a mobilização, associando-se a uma rigidez articular de longa duração, nomeadamente após a imobilização noturna.
Tipicamente, as patologias “degenerativas”, como a artrose, têm dor de ritmo predominantemente mecânico, enquanto as patologias inflamatórias (artrites, tendinites, etc) têm dor de predomínio inflamatório.
A confundir esta regra podem existir situações clínicas em que apesar da patologia não ser inflamatória, caso da fibromialgia, a dor tem frequentemente um ritmo do tipo inflamatório, ou os episódios de agudização da artrose, em que pode existir uma dor inflamatória, apesar de ser uma doença predominantemente “mecânica”.
Acresce o facto de que, com muita frequência, no mesmo doente existem vários tipos de reumatismo, com diferentes ritmos de dor coexistindo, pelo que só uma avaliação especializada pode discriminar cada situação e assim traçar um caminho diagnóstico e terapêutico adequado a cada situação.
Na próxima consulta, caso apresente queixas de dor(es), lembre-se que indicar as características da(s) mesma(s) é muito importante para uma avaliação médica mais correta.
Esperamos que tenha gostado deste artigo e que o mesmo tenha contribuído para a sua compreensão da importância da discriminação do ritmo dor.
Se possível, dê-nos a sua opinião através da nossa página do Facebook.
Também pode colocar as suas dúvidas.
Agradecemos a atenção dispensada.
Paulo Clemente Coelho
Reumatologista

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HOJÉ É O DIA MUNDIAL DAS DOENÇAS REUMÁTICASNada melhor do que rever o que são as doenças do foro reumatológico.O termo “...
12/10/2025

HOJÉ É O DIA MUNDIAL DAS DOENÇAS REUMÁTICAS
Nada melhor do que rever o que são as doenças do foro reumatológico.

O termo “reumatismo” é usado frequentemente para todo o tipo de dores ósseas ou articulares. É habitual ouvirmos dizer, “tenho reumático…”, expressão que, querendo dizer tudo, como veremos, quer dizer muito pouco. Na verdade, as doenças reumáticas são um conjunto numeroso e diversificado de entidades, expressando-se de uma forma extremamente diferente quanto à incapacidade, intensidade da dor ou mesmo quanto ao risco de vida. É assim pouco correto designá-las genericamente por “reumatismo”.
As doenças reumáticas são frequentes na nossa sociedade, como demonstram os números que se seguem referentes ao nosso país:
- 8% a 10% da população portuguesa sofre de alguma doença reumática e estes valores crescem com o envelhecimento da população.
- as doenças reumáticas são responsáveis por 20% do total de baixas e por 50% dos pedidos de reforma antecipada.
De uma forma geral simplificada, podemos dividir as “doenças reumáticas” nos seguintes grupos:
1 – Artrites
Doenças que originam uma inflamação das articulações. São de causa diversa (imunes, infeciosas, microcristalinas), são as que põem maiores questões quanto à urgência do tratamento e à possibilidade de atingirem outros órgãos do corpo além das articulações.
2 – Artroses
Frequentemente de evolução crónica, devem-se a um desgaste contínuo das superfícies articulares. O seu aparecimento é quase inevitável como um processo de envelhecimento do organismo, mas podem ser causa de dor e de incapacidade, por vezes, significativa. Contrariamente à opinião divulgada popularmente, ou mesmo por alguns médicos, esta doença tem tratamento, o qual pode retardar, ou mesmo suster, a degradação das articulações.
3 – As doenças da coluna vertebral
Pela sua frequência merecem um chamamento particular. São de todos conhecidas as dores na coluna cervical (cervicalgias) ou na coluna lombar (lombalgias). Por detrás destas queixas poderão estar processos de desgaste articular (artrose) ou de artrite (inflamação) das articulações da coluna, neste último caso o diagnóstico é necessariamente urgente para exclusão de doenças graves (ex: tuberculose da coluna e outras infeções).
4 – As doenças dos tendões
Causadas muitas vezes por esforços de sobrecarga (ex: desporto, atividades profissionais), podem também ocorrer no contexto de doenças reumáticas inflamatórias. As tendinites são geralmente muito dolorosas e incapacitantes, sendo o seu tratamento, quando devidamente aplicado, bastante eficaz e rápido no alívio do doente.
5 – A osteoporose e as outras doenças do osso
As infeções, os tumores (benignos e malignos) ou a descalcificação (osteoporose) podem ser causa de dor reumática. No caso da osteoporose a dor só existe quando ocorre uma fratura óssea, sendo muito importante tratá-la ou preveni-la antes dessa ocorrência mais grave. As mulheres são mais frequentemente afetadas por esta doença, devendo tomar atitudes preventivas ou terapêuticas tendentes a evitar a descalcificação rápida que se dá na altura da menopausa e nos anos que se seguem.
Como referimos, esta é apenas uma classificação superficial, não descriminando as mais de cem “doenças reumáticas” hoje bem individualizadas. Apesar de, na imensa maioria dos casos, as doenças reumáticas serem doenças crónicas e medicamente incuráveis, é possível minorar os efeitos e a intensidade dos problemas que provocam, melhorando a qualidade de vida daqueles que as sofrem.
Paulo Clemente Coelho – Reumatologista

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QUANDO OS MEUS OSSOS ENFRAQUECEM  - A OSTEOPOROSE (1ª parte)Paulo Clemente Coelho (Reumatologista)A Osteoporose tem ganh...
09/10/2025

QUANDO OS MEUS OSSOS ENFRAQUECEM - A OSTEOPOROSE (1ª parte)
Paulo Clemente Coelho (Reumatologista)
A Osteoporose tem ganho importância mediática nos últimos anos, sendo hoje uma doença conhecida, pelo menos superficialmente, do público em geral. Têm surgido também grupos dinamizados por doentes, pelos seus familiares e por profissionais de saúde, que contribuem para uma maior informação acerca da doença. Toda esta atenção é perfeitamente justificada, pois a Osteoporose é um importante problema de saúde pública. Também o maior conhecimento atual da doença veio permitir a adoção de medidas preventivas e terapêuticas com uma crescente eficácia.
O significado genérico da palavra “Osteoporose” é “osso poroso”. Trata-se duma doença caracterizada pela descalcificação do esqueleto. Essa descalcificação provoca uma alteração da micro-arquitectura dos ossos, aumentando a fragilidade óssea e o risco de fratura (quebra de um osso). Sendo o aumento do risco de fratura verdadeiramente o problema principal da osteoporose.
É comum confundir-se “osteoporose” com “artrose”. Ambas são doenças reumáticas, mas são distintas, apesar de poderem coexistir. De forma simples podemos dizer que a “osteoporose” é essencialmente uma doença do osso e a “artrose” é uma doença essencialmente das articulações, nomeadamente da cartilagem articular.
Calcula-se que nos Estados Unidos da América, em cada ano, surgem cerca de 250 000 novas fraturas osteoporóticas da anca e mais de 400 000 fraturas vertebrais. Estes números tornam-se mais importantes quando se constata que 20% das pessoas que sofrem fratura do colo do fémur morrem no primeiro ano após a fratura e que 50% delas, apesar de sobreviverem, não voltam a ter uma vida autónoma e independente como antes tinham. Em Portugal, um estudo realizado no Distrito de Portalegre mostrou que 72% das mulheres com idades entre os 51 e os 81 anos de idade, tinham critérios para o diagnóstico de Osteoporose.
Para que se possa compreender a problemática da Osteoporose é indispensável entender o que se passa com o osso ao longo da vida. Durante a vida fetal, na infância e durante a adolescência, os ossos crescem em tamanho e resistência, com especial importância para o período da puberdade. Entre os 20 e os 40 anos a densidade do osso mantêm-se praticamente sem variação. Após esta idade, o osso começa naturalmente a descalcificar-se devido a alterações hormonais próprias da idade. Nos homens o ritmo de descalcificação é aproximadamente constante (menos de 1% ao ano), mas nas mulheres, nos anos que se seguem à menopausa, esse ritmo pode ser de 3% a 5% por ano. Assim, nos dez anos após a menopausa uma mulher pode perder cerca de 50% do seu osso total, nos casos de perda mais acentuada.
Na possível origem duma Osteoporose dois fatores podem estar envolvidos isolada ou simultaneamente. A aquisição deficiente de osso durante o período de crescimento e maturação do esqueleto e/ou a perda de osso superior ao habitual durante a vida adulta, principalmente após os 40 anos de idade.
Entre os fatores de risco para o aparecimento de Osteoporose salientam-se: a herança genética, a inatividade física, o tabaco, a cafeína em excesso e o álcool em excesso. As pessoas de raça asiática ou branca, ou que tenham na
família pessoas com Osteoporose, têm maior risco de desenvolver a doença. O mesmo se passa com aqueles que ingerem quantidades de cálcio insuficientes (leite e derivados), pois, sendo o osso um tecido calcificado, ele necessita deste elemento para garantir a sua resistência.
Os ossos que mais frequentemente fraturam são: as vértebras da coluna, os ossos do punho (fratura de Colles), o úmero (junto à articulação do ombro) e o colo do fémur. No entanto, a pessoa com Osteoporose sofre de um processo progressivo de descalcificação que é assintomático, silencioso até à ocorrência da fratura óssea. Contrariamente ao que muitas vezes se supõe, a Osteoporose não provoca sintomas capazes de fazer suspeitar o seu diagnóstico. A dor, quando existe no doente com Osteoporose, na ausência de fratura, terá que ser justificada por outra causa.
Dessa forma, torna-se muito importante diagnosticar a doença ou a tendência para o seu aparecimento, antes que a fratura ocorra, de modo a poder evitá-la. Atualmente existem aparelhos (densitómetros) que podem fazer esse diagnóstico, através da medição da densidade do osso (densitometria óssea), geralmente feita na coluna lombar e colo do fémur ou, em alternativa, no punho. Existindo também outros meios (por exemplo o algoritmo FRAX) que podem identificar o risco de uma determinada pessoa para a ocorrência de uma fratura osteoporótica. Assim, o médico pode conhecer em parte a resistência do osso e, caso se justifique, propor ao doente medidas de prevenção ou tratamento da Osteoporose, antes que ocorra uma fratura. No entanto, deve-se notar que nem todas as pessoas têm indicação para fazer uma densitometria óssea, sendo este um exame dependente da opinião do médico assistente, que analisará cada caso por si, segundo as normas e critérios cientificamente determinados.
Além da densitometria óssea, outros exames auxiliam a avaliação da Osteoporose. Entre eles salientamos: as radiografias (indispensáveis em caso de fratura) e algumas análises laboratoriais, que podem dar uma ideia da velocidade com que o doente está a perder osso e da possível existência de outros fatores que contribuam para a descalcificação. Quando a existência de Osteoporose é justificada por outra doença ou pela ingestão de medicamentos toma a designação de Osteoporose Secundária.
Tendo em consideração a importância da Osteoporose, os principais esforços devem ser colocados na prevenção. No próximo artigo falaremos da prevenção e do tratamento da Osteoporose.
Esperamos que tenha gostado deste artigo e que o mesmo tenha contribuído para a sua compreensão da Osteoporose.
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“REUMATISMO”, UM TERMO GERAL, QUE PODE SIGNIFICAR DOENÇAS MUITO DIFERENTES.De uma forma geral simplificada, podemos divi...
22/09/2025

“REUMATISMO”, UM TERMO GERAL, QUE PODE SIGNIFICAR DOENÇAS MUITO DIFERENTES.
De uma forma geral simplificada, podemos dividir as “doenças reumáticas” nos seguintes grupos de patologias:
1 – Artrites - Inflamações articulares mais ou menos generalizadas - de classificação variada.
2 – Artroses
3 – As doenças dos tendões
4 – A osteoporose e as outras doenças do osso
5- Doenças dos músculos
6 - Dor Crónica
Esta é apenas uma classificação superficial, não descriminando as mais de cem “doenças reumáticas” hoje bem individualizadas. Apesar de, na imensa maioria dos casos, as doenças reumáticas serem doenças crónicas e medicamente incuráveis, é possível melhorar a qualidade de vida daqueles que as sofrem.
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CARREGANDO O MATERIAL ESCOLAR  - AS "COSTAS" DOS NOSSOS FILHOS E DOS NOSSOS NETOSÉ comum vermos crianças com mochilas às...
02/09/2025

CARREGANDO O MATERIAL ESCOLAR - AS "COSTAS" DOS NOSSOS FILHOS E DOS NOSSOS NETOS
É comum vermos crianças com mochilas às costas "maiores" que o seu tamanho. Quais as consequências que daí advêm?
O uso de mochilas de forma inadequada ou com peso excessivo é uma das causas principais de dores na coluna em crianças e adolescentes podendo levar a posições viciosas da coluna vertebral, as quais poderão ter consequências para a saúde óssea e articular.
Não nos podemos esquecer que o esqueleto das crianças e adolescentes está em crescimento, por vezes de forma rápida, como é o caso da altura da puberdade. Qualquer força deformante exercida numa coluna vertebral mais susceptível, devido a esse processo natural de crescimento, poderá ter consequências mais graves, do que se passaria num esqueleto já adulto.
- Qual o peso máximo recomendado?
Apesar de não haver total evidência sobre esta questão, alguns especialistas e investigadores desta temática, apontam para um peso que não deve ultrapassar o valor de 10% do peso da criança. Este valor deve também levar em conta outras condicionantes, como seja o grau de maturidade e de desenvolvimento muscular da criança. Por exemplo, os rapazes com mais frequência têm um desenvolvimento muscular superior, pelo que poderão suportar um peso maior, comparando com uma rapariga do mesmo peso.
Uma forma de avaliar se existe um peso excessivo é analisar a postura da criança enquanto carrega a mochila. Se o peso for excessivo, existe uma inclinação dos ombros, com o tronco projetado para a frente.
- Quais os critérios a ter em conta na escolha do tipo de mochila?
As mochilas de rodas são preferíveis, mas estas devem ser transportadas e levantadas sempre com posturas equilibradas.
No entanto, no caso de uso das mochilas de “trazer às costas” deve ter-se em conta várias particularidades. Estas não devem ultrapassar a cintura da criança e devem adaptar-se bem às costas da mesma. As alças (largas e com material amortecedor) devem ajustar-se a o corpo, passando a nível dos ombros. De preferência, e de forma a permitir uma estabilidade maior, deve também existir um cinto a passar pela altura da barriga da criança. Nunca deve ser usada apenas uma alça para transportar a mochila, pois tal vai provocar um desvio lateral da coluna.
- Que problemas podem ter as crianças ao transportarem mais carga nas mochilas? Quais os sintomas e patologias que podem surgir?
Vários estudos apontam os desequilíbrios no transporte de material pelas crianças como uma das principais causas de dores na coluna para este escalão etário.
Como problemas principais e mais frequentes podem surgir:
- Escoliose: desvio lateral da coluna, em parte uma parte dos seus segmentos deixa de estar centrada com o eixo do corpo. Pode ser só funcional e, neste caso, redutível. No entanto, pode posteriormente evoluir para alterações da estrutura da coluna, tornando-se persistente e eventualmente progressiva.
- Hiperlordose: a curvatura normal da coluna lombar torna-se mais pronunciada, levando também a alterações da estabilidade da bacia.
- Hipercifose: a criança parece “amarrecada”, com a sua coluna dorsal inclinando-se para a frente.
- Contracturas Musculares: o conjunto de músculos que envolve a coluna vertebral começa a sofrer se existir uma postura anormal. Os músculos podem contrair-se com facilidade e originarem dores locais, por vezes bastante incapacitantes.
- Hérnias discais e eventual compromisso neurológico: posições viciosas mantidas ou movimentos não equilibrados bruscos, podem levar ao aparecimento de hérnias discais (bombeamento dos discos que estão entre as vértebras da coluna). Em casos mais graves, pode haver compressão de um nervo ou da própria medula.
- Como prevenir estas situações?
A vigilância (regular) por parte dos pais em relação ao material que os filhos levam nas mochilas, ao peso total das mesmas, à sua colocação no corpo da criança, é essencial. Por vezes, as crianças tendem a levar mais do que o necessário para um dia específico.
A escolha de uma boa mochila, adequada à altura e maturidade do esqueleto da criança é importante.
A utilização de depósitos de material na escola (cacifos), onde a criança possa colocar o material escolar, para não ter necessidade de o deslocar entre a casa e o centro educativo.
Não esquecer também a observação da coluna da criança em pé, nas várias posições, para detetar precocemente desvios do eixo da coluna, ou eventuais assimetrias do comprimento dos membros, as quais devem ser avaliadas com atenção, dado o risco de poderem evoluir num esqueleto em rápido crescimento.
Outro aspeto importante seria a existência de programas práticos de educação, na própria escola, por exemplo, ou de folhetos exemplificativos das melhores maneiras de abordar esta problemática.
Esperamos que tenha gostado deste artigo e que o mesmo tenha contribuído para a sua compreensão da necessidade de prevenção das possíveis deformações ou más posturas dos jovens.
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AS MINHAS DORES SÃO MUITAS, MAS DIFERENTES!A dor é um dos sintomas mais importantes na consulta médica em geral e, princ...
12/08/2025

AS MINHAS DORES SÃO MUITAS, MAS DIFERENTES!
A dor é um dos sintomas mais importantes na consulta médica em geral e, principalmente, nas especialidades ligadas ao sistema músculo-esquelético, como é o caso da Reumatologia.
Sendo um sintoma quase universal, é muito importante na consulta médica esmiuçar as características da dor, de forma a enquadrar a sua existência numa das muitas patologias reumáticas existentes.
Podemos dizer que a qualidade da avaliação de um(a) doente depende claramente do tipo de inquérito que é feito pelo médico, nomeadamente, registando pequenos pormenores das queixas dolorosas, os quais podem guiar o raciocínio diagnóstico e ajudar a escolher, caso seja necessário, os melhores exames complementares para aprofundar o esclarecimento do quadro clínico. Devemos tirar da nossa mente a ideia de que são os “exames” o centro da investigação diagnóstica, como muitas vezes se pensa - “devia fazer uma ressonância” - e valorizar antes em primeiro lugar a história clínica e o exame objetivo que o médico deve fazer na consulta, antes de qualquer exame.
Na história clínica reumatológica, na avaliação da dor, além da localização e intensidade desta, é extremamente importante conhecer o seu “ritmo”. O ritmo da dor pode ser mecânico, inflamatório ou misto (a junção dos dois anteriores).
No ritmo mecânico, a dor é mais diurna e agravada pelos esforços, aliviando com o repouso, associando-se muitas vezes, a uma rigidez articular de curta duração (alguns minutos), após algum tempo de imobilização da articulação.
No ritmo inflamatório, a dor é mais nocturna, agravando-se no repouso e, por vezes, melhorando com a mobilização, associando-se a uma rigidez articular de longa duração, nomeadamente após a imobilização nocturna.
Tipicamente, as patologias “degenerativas”, como a artrose, têm dor de ritmo predominantemente mecânico, enquanto as patologias inflamatórias (artrites, tendinites, etc) têm dor de predomínio inflamatório.
A confundir esta regra podem existir situações clínicas em que apesar da patologia não ser inflamatória, caso da fibromialgia, a dor tem frequentemente um ritmo do tipo inflamatório, ou os episódios de agudização da artrose, em que pode existir uma dor inflamatória, apesar de ser uma doença predominantemente “mecânica”.
Acresce o facto de que, com muita frequência, no mesmo doente existem vários tipos de reumatismo, com diferentes ritmos de dor coexistindo, pelo que só uma avaliação especializada pode discriminar cada situação e assim traçar um caminho diagnóstico e terapêutico adequado a cada situação.
Na próxima consulta, caso apresente queixas de dor(es), lembre-se que indicar as características da(s) mesma(s) é muito importante para uma avaliação médica mais correcta.
Esperamos que tenha gostado deste artigo e que o mesmo tenha contribuído para a sua compreensão da importância da discriminação do ritmo dor.
Se possível, dê-nos a sua opinião através da nossa página do Facebook.
Também pode colocar as suas dúvidas.
Agradecemos a atenção dispensada.
Paulo Clemente Coelho
Reumatologista

Informações em:
Clínica de Reumatologia - Dr Paulo Clemente Coelho
Consulta de Reumatologia
(Doenças Reumáticas e Osteoporose)
Director Clínico: Dr Paulo Clemente Coelho
Rua Barão de Sabrosa 239, Rc Esq
1900- 090 Lisboa
Tel: 218463116; 918239091
(junto à Rotunda das Olaias)

Outros locais alternativos:

Rua Malva Rosa 24
Mem Martins
Tel: 219203573

Clínica de Santiago
Av. General Humberto Delgado - 16
Torres Vedras
Tel: 261314001

Unisana Santarém
R. Luís de Camões 30, 2000-116 Santarém
Telefone: 243 321 611

Endereço

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Lisbon
1900-090

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