Clínica De Reumatologia - Dr Paulo Clemente Coelho

Clínica De Reumatologia - Dr Paulo Clemente Coelho CLÍNICA DE REUMATOLOGIA

Dr Paulo Clemente Coelho

As doenças reumáticas são as mais frequentes e conduzem ao sofrimento e incapacidade.

As queixas originadas por estas doenças podem ser muito semelhantes, sendo em si mesmo as doenças muito diferentes, pelo que é necessária uma avaliação especializada para a sua definição. Na consulta de Reumatologia avaliamos sintomas e sinais da doença, para determinação de um diagnóstico e um esquema de tratamento adaptado ao doente e à doença. Entre as várias doenças reumáticas salientamos: Artrose, Osteoporose, Artrite Reumatóide, Lupus, Esclerodermia e fenómeno de Raynaud, Síndrome de Sjogren, Tendinites e Bursites, Síndrome do Canal Cárpico, Fibromialgia, Lombalgia, Ciática e outras patologias causadoras de sofrimento, dor e incapacidade.

HOJE É O DIA NACIONAL DE LUTA CONTRA A DORQUAL A IMPORTÂNCIA DA DOR NAS DOENÇAS REUMÁTICAS?A dor é um dos sintomas mais ...
17/10/2025

HOJE É O DIA NACIONAL DE LUTA CONTRA A DOR
QUAL A IMPORTÂNCIA DA DOR NAS DOENÇAS REUMÁTICAS?
A dor é um dos sintomas mais importantes na consulta médica em geral e, principalmente, nas especialidades ligadas ao sistema músculo-esquelético, como é o caso da Reumatologia.
Sendo um sintoma quase universal, é muito importante na consulta médica esmiuçar as características da dor, de forma a enquadrar a sua existência numa das muitas patologias reumáticas existentes.
Podemos dizer que a qualidade da avaliação de um(a) doente depende claramente do tipo de inquérito que é feito pelo médico, nomeadamente, registando pequenos pormenores das queixas dolorosas, os quais podem guiar o raciocínio diagnóstico e ajudar a escolher, caso seja necessário, os melhores exames complementares para aprofundar o esclarecimento do quadro clínico. Devemos tirar da nossa mente a ideia de que são os “exames” o centro da investigação diagnóstica, como muitas vezes se pensa - “devia fazer uma ressonância” - e valorizar antes em primeiro lugar a história clínica e o exame objetivo que o médico deve fazer na consulta, antes de qualquer exame.
Na história clínica reumatológica, na avaliação da dor, além da localização e intensidade desta, é extremamente importante conhecer o seu “ritmo”. O ritmo da dor pode ser mecânico, inflamatório ou misto (a junção dos dois anteriores).
No ritmo mecânico, a dor é mais diurna e agravada pelos esforços, aliviando com o repouso, associando-se muitas vezes, a uma rigidez articular de curta duração (alguns minutos), após algum tempo de imobilização da articulação.
No ritmo inflamatório, a dor é mais noturna, agravando-se no repouso e, por vezes, melhorando com a mobilização, associando-se a uma rigidez articular de longa duração, nomeadamente após a imobilização noturna.
Tipicamente, as patologias “degenerativas”, como a artrose, têm dor de ritmo predominantemente mecânico, enquanto as patologias inflamatórias (artrites, tendinites, etc) têm dor de predomínio inflamatório.
A confundir esta regra podem existir situações clínicas em que apesar da patologia não ser inflamatória, caso da fibromialgia, a dor tem frequentemente um ritmo do tipo inflamatório, ou os episódios de agudização da artrose, em que pode existir uma dor inflamatória, apesar de ser uma doença predominantemente “mecânica”.
Acresce o facto de que, com muita frequência, no mesmo doente existem vários tipos de reumatismo, com diferentes ritmos de dor coexistindo, pelo que só uma avaliação especializada pode discriminar cada situação e assim traçar um caminho diagnóstico e terapêutico adequado a cada situação.
Na próxima consulta, caso apresente queixas de dor(es), lembre-se que indicar as características da(s) mesma(s) é muito importante para uma avaliação médica mais correta.
Esperamos que tenha gostado deste artigo e que o mesmo tenha contribuído para a sua compreensão da importância da discriminação do ritmo dor.
Se possível, dê-nos a sua opinião através da nossa página do Facebook.
Também pode colocar as suas dúvidas.
Agradecemos a atenção dispensada.
Paulo Clemente Coelho
Reumatologista

Informações em:
Clínica de Reumatologia - Dr Paulo Clemente Coelho
Consulta de Reumatologia
(Doenças Reumáticas e Osteoporose)
Director Clínico: Dr Paulo Clemente Coelho
Rua Barão de Sabrosa 239, Rc Esq
1900- 090 Lisboa
Tel: 218463116; 918239091
(junto à Rotunda das Olaias)

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R. Luís de Camões 30, 2000-116 Santarém
Telefone: 243 321 611

HOJÉ É O DIA MUNDIAL DAS DOENÇAS REUMÁTICASNada melhor do que rever o que são as doenças do foro reumatológico.O termo “...
12/10/2025

HOJÉ É O DIA MUNDIAL DAS DOENÇAS REUMÁTICAS
Nada melhor do que rever o que são as doenças do foro reumatológico.

O termo “reumatismo” é usado frequentemente para todo o tipo de dores ósseas ou articulares. É habitual ouvirmos dizer, “tenho reumático…”, expressão que, querendo dizer tudo, como veremos, quer dizer muito pouco. Na verdade, as doenças reumáticas são um conjunto numeroso e diversificado de entidades, expressando-se de uma forma extremamente diferente quanto à incapacidade, intensidade da dor ou mesmo quanto ao risco de vida. É assim pouco correto designá-las genericamente por “reumatismo”.
As doenças reumáticas são frequentes na nossa sociedade, como demonstram os números que se seguem referentes ao nosso país:
- 8% a 10% da população portuguesa sofre de alguma doença reumática e estes valores crescem com o envelhecimento da população.
- as doenças reumáticas são responsáveis por 20% do total de baixas e por 50% dos pedidos de reforma antecipada.
De uma forma geral simplificada, podemos dividir as “doenças reumáticas” nos seguintes grupos:
1 – Artrites
Doenças que originam uma inflamação das articulações. São de causa diversa (imunes, infeciosas, microcristalinas), são as que põem maiores questões quanto à urgência do tratamento e à possibilidade de atingirem outros órgãos do corpo além das articulações.
2 – Artroses
Frequentemente de evolução crónica, devem-se a um desgaste contínuo das superfícies articulares. O seu aparecimento é quase inevitável como um processo de envelhecimento do organismo, mas podem ser causa de dor e de incapacidade, por vezes, significativa. Contrariamente à opinião divulgada popularmente, ou mesmo por alguns médicos, esta doença tem tratamento, o qual pode retardar, ou mesmo suster, a degradação das articulações.
3 – As doenças da coluna vertebral
Pela sua frequência merecem um chamamento particular. São de todos conhecidas as dores na coluna cervical (cervicalgias) ou na coluna lombar (lombalgias). Por detrás destas queixas poderão estar processos de desgaste articular (artrose) ou de artrite (inflamação) das articulações da coluna, neste último caso o diagnóstico é necessariamente urgente para exclusão de doenças graves (ex: tuberculose da coluna e outras infeções).
4 – As doenças dos tendões
Causadas muitas vezes por esforços de sobrecarga (ex: desporto, atividades profissionais), podem também ocorrer no contexto de doenças reumáticas inflamatórias. As tendinites são geralmente muito dolorosas e incapacitantes, sendo o seu tratamento, quando devidamente aplicado, bastante eficaz e rápido no alívio do doente.
5 – A osteoporose e as outras doenças do osso
As infeções, os tumores (benignos e malignos) ou a descalcificação (osteoporose) podem ser causa de dor reumática. No caso da osteoporose a dor só existe quando ocorre uma fratura óssea, sendo muito importante tratá-la ou preveni-la antes dessa ocorrência mais grave. As mulheres são mais frequentemente afetadas por esta doença, devendo tomar atitudes preventivas ou terapêuticas tendentes a evitar a descalcificação rápida que se dá na altura da menopausa e nos anos que se seguem.
Como referimos, esta é apenas uma classificação superficial, não descriminando as mais de cem “doenças reumáticas” hoje bem individualizadas. Apesar de, na imensa maioria dos casos, as doenças reumáticas serem doenças crónicas e medicamente incuráveis, é possível minorar os efeitos e a intensidade dos problemas que provocam, melhorando a qualidade de vida daqueles que as sofrem.
Paulo Clemente Coelho – Reumatologista

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QUANDO OS MEUS OSSOS ENFRAQUECEM  - A OSTEOPOROSE (1ª parte)Paulo Clemente Coelho (Reumatologista)A Osteoporose tem ganh...
09/10/2025

QUANDO OS MEUS OSSOS ENFRAQUECEM - A OSTEOPOROSE (1ª parte)
Paulo Clemente Coelho (Reumatologista)
A Osteoporose tem ganho importância mediática nos últimos anos, sendo hoje uma doença conhecida, pelo menos superficialmente, do público em geral. Têm surgido também grupos dinamizados por doentes, pelos seus familiares e por profissionais de saúde, que contribuem para uma maior informação acerca da doença. Toda esta atenção é perfeitamente justificada, pois a Osteoporose é um importante problema de saúde pública. Também o maior conhecimento atual da doença veio permitir a adoção de medidas preventivas e terapêuticas com uma crescente eficácia.
O significado genérico da palavra “Osteoporose” é “osso poroso”. Trata-se duma doença caracterizada pela descalcificação do esqueleto. Essa descalcificação provoca uma alteração da micro-arquitectura dos ossos, aumentando a fragilidade óssea e o risco de fratura (quebra de um osso). Sendo o aumento do risco de fratura verdadeiramente o problema principal da osteoporose.
É comum confundir-se “osteoporose” com “artrose”. Ambas são doenças reumáticas, mas são distintas, apesar de poderem coexistir. De forma simples podemos dizer que a “osteoporose” é essencialmente uma doença do osso e a “artrose” é uma doença essencialmente das articulações, nomeadamente da cartilagem articular.
Calcula-se que nos Estados Unidos da América, em cada ano, surgem cerca de 250 000 novas fraturas osteoporóticas da anca e mais de 400 000 fraturas vertebrais. Estes números tornam-se mais importantes quando se constata que 20% das pessoas que sofrem fratura do colo do fémur morrem no primeiro ano após a fratura e que 50% delas, apesar de sobreviverem, não voltam a ter uma vida autónoma e independente como antes tinham. Em Portugal, um estudo realizado no Distrito de Portalegre mostrou que 72% das mulheres com idades entre os 51 e os 81 anos de idade, tinham critérios para o diagnóstico de Osteoporose.
Para que se possa compreender a problemática da Osteoporose é indispensável entender o que se passa com o osso ao longo da vida. Durante a vida fetal, na infância e durante a adolescência, os ossos crescem em tamanho e resistência, com especial importância para o período da puberdade. Entre os 20 e os 40 anos a densidade do osso mantêm-se praticamente sem variação. Após esta idade, o osso começa naturalmente a descalcificar-se devido a alterações hormonais próprias da idade. Nos homens o ritmo de descalcificação é aproximadamente constante (menos de 1% ao ano), mas nas mulheres, nos anos que se seguem à menopausa, esse ritmo pode ser de 3% a 5% por ano. Assim, nos dez anos após a menopausa uma mulher pode perder cerca de 50% do seu osso total, nos casos de perda mais acentuada.
Na possível origem duma Osteoporose dois fatores podem estar envolvidos isolada ou simultaneamente. A aquisição deficiente de osso durante o período de crescimento e maturação do esqueleto e/ou a perda de osso superior ao habitual durante a vida adulta, principalmente após os 40 anos de idade.
Entre os fatores de risco para o aparecimento de Osteoporose salientam-se: a herança genética, a inatividade física, o tabaco, a cafeína em excesso e o álcool em excesso. As pessoas de raça asiática ou branca, ou que tenham na
família pessoas com Osteoporose, têm maior risco de desenvolver a doença. O mesmo se passa com aqueles que ingerem quantidades de cálcio insuficientes (leite e derivados), pois, sendo o osso um tecido calcificado, ele necessita deste elemento para garantir a sua resistência.
Os ossos que mais frequentemente fraturam são: as vértebras da coluna, os ossos do punho (fratura de Colles), o úmero (junto à articulação do ombro) e o colo do fémur. No entanto, a pessoa com Osteoporose sofre de um processo progressivo de descalcificação que é assintomático, silencioso até à ocorrência da fratura óssea. Contrariamente ao que muitas vezes se supõe, a Osteoporose não provoca sintomas capazes de fazer suspeitar o seu diagnóstico. A dor, quando existe no doente com Osteoporose, na ausência de fratura, terá que ser justificada por outra causa.
Dessa forma, torna-se muito importante diagnosticar a doença ou a tendência para o seu aparecimento, antes que a fratura ocorra, de modo a poder evitá-la. Atualmente existem aparelhos (densitómetros) que podem fazer esse diagnóstico, através da medição da densidade do osso (densitometria óssea), geralmente feita na coluna lombar e colo do fémur ou, em alternativa, no punho. Existindo também outros meios (por exemplo o algoritmo FRAX) que podem identificar o risco de uma determinada pessoa para a ocorrência de uma fratura osteoporótica. Assim, o médico pode conhecer em parte a resistência do osso e, caso se justifique, propor ao doente medidas de prevenção ou tratamento da Osteoporose, antes que ocorra uma fratura. No entanto, deve-se notar que nem todas as pessoas têm indicação para fazer uma densitometria óssea, sendo este um exame dependente da opinião do médico assistente, que analisará cada caso por si, segundo as normas e critérios cientificamente determinados.
Além da densitometria óssea, outros exames auxiliam a avaliação da Osteoporose. Entre eles salientamos: as radiografias (indispensáveis em caso de fratura) e algumas análises laboratoriais, que podem dar uma ideia da velocidade com que o doente está a perder osso e da possível existência de outros fatores que contribuam para a descalcificação. Quando a existência de Osteoporose é justificada por outra doença ou pela ingestão de medicamentos toma a designação de Osteoporose Secundária.
Tendo em consideração a importância da Osteoporose, os principais esforços devem ser colocados na prevenção. No próximo artigo falaremos da prevenção e do tratamento da Osteoporose.
Esperamos que tenha gostado deste artigo e que o mesmo tenha contribuído para a sua compreensão da Osteoporose.
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Também pode colocar as suas dúvidas.
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“REUMATISMO”, UM TERMO GERAL, QUE PODE SIGNIFICAR DOENÇAS MUITO DIFERENTES.De uma forma geral simplificada, podemos divi...
22/09/2025

“REUMATISMO”, UM TERMO GERAL, QUE PODE SIGNIFICAR DOENÇAS MUITO DIFERENTES.
De uma forma geral simplificada, podemos dividir as “doenças reumáticas” nos seguintes grupos de patologias:
1 – Artrites - Inflamações articulares mais ou menos generalizadas - de classificação variada.
2 – Artroses
3 – As doenças dos tendões
4 – A osteoporose e as outras doenças do osso
5- Doenças dos músculos
6 - Dor Crónica
Esta é apenas uma classificação superficial, não descriminando as mais de cem “doenças reumáticas” hoje bem individualizadas. Apesar de, na imensa maioria dos casos, as doenças reumáticas serem doenças crónicas e medicamente incuráveis, é possível melhorar a qualidade de vida daqueles que as sofrem.
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CARREGANDO O MATERIAL ESCOLAR  - AS "COSTAS" DOS NOSSOS FILHOS E DOS NOSSOS NETOSÉ comum vermos crianças com mochilas às...
02/09/2025

CARREGANDO O MATERIAL ESCOLAR - AS "COSTAS" DOS NOSSOS FILHOS E DOS NOSSOS NETOS
É comum vermos crianças com mochilas às costas "maiores" que o seu tamanho. Quais as consequências que daí advêm?
O uso de mochilas de forma inadequada ou com peso excessivo é uma das causas principais de dores na coluna em crianças e adolescentes podendo levar a posições viciosas da coluna vertebral, as quais poderão ter consequências para a saúde óssea e articular.
Não nos podemos esquecer que o esqueleto das crianças e adolescentes está em crescimento, por vezes de forma rápida, como é o caso da altura da puberdade. Qualquer força deformante exercida numa coluna vertebral mais susceptível, devido a esse processo natural de crescimento, poderá ter consequências mais graves, do que se passaria num esqueleto já adulto.
- Qual o peso máximo recomendado?
Apesar de não haver total evidência sobre esta questão, alguns especialistas e investigadores desta temática, apontam para um peso que não deve ultrapassar o valor de 10% do peso da criança. Este valor deve também levar em conta outras condicionantes, como seja o grau de maturidade e de desenvolvimento muscular da criança. Por exemplo, os rapazes com mais frequência têm um desenvolvimento muscular superior, pelo que poderão suportar um peso maior, comparando com uma rapariga do mesmo peso.
Uma forma de avaliar se existe um peso excessivo é analisar a postura da criança enquanto carrega a mochila. Se o peso for excessivo, existe uma inclinação dos ombros, com o tronco projetado para a frente.
- Quais os critérios a ter em conta na escolha do tipo de mochila?
As mochilas de rodas são preferíveis, mas estas devem ser transportadas e levantadas sempre com posturas equilibradas.
No entanto, no caso de uso das mochilas de “trazer às costas” deve ter-se em conta várias particularidades. Estas não devem ultrapassar a cintura da criança e devem adaptar-se bem às costas da mesma. As alças (largas e com material amortecedor) devem ajustar-se a o corpo, passando a nível dos ombros. De preferência, e de forma a permitir uma estabilidade maior, deve também existir um cinto a passar pela altura da barriga da criança. Nunca deve ser usada apenas uma alça para transportar a mochila, pois tal vai provocar um desvio lateral da coluna.
- Que problemas podem ter as crianças ao transportarem mais carga nas mochilas? Quais os sintomas e patologias que podem surgir?
Vários estudos apontam os desequilíbrios no transporte de material pelas crianças como uma das principais causas de dores na coluna para este escalão etário.
Como problemas principais e mais frequentes podem surgir:
- Escoliose: desvio lateral da coluna, em parte uma parte dos seus segmentos deixa de estar centrada com o eixo do corpo. Pode ser só funcional e, neste caso, redutível. No entanto, pode posteriormente evoluir para alterações da estrutura da coluna, tornando-se persistente e eventualmente progressiva.
- Hiperlordose: a curvatura normal da coluna lombar torna-se mais pronunciada, levando também a alterações da estabilidade da bacia.
- Hipercifose: a criança parece “amarrecada”, com a sua coluna dorsal inclinando-se para a frente.
- Contracturas Musculares: o conjunto de músculos que envolve a coluna vertebral começa a sofrer se existir uma postura anormal. Os músculos podem contrair-se com facilidade e originarem dores locais, por vezes bastante incapacitantes.
- Hérnias discais e eventual compromisso neurológico: posições viciosas mantidas ou movimentos não equilibrados bruscos, podem levar ao aparecimento de hérnias discais (bombeamento dos discos que estão entre as vértebras da coluna). Em casos mais graves, pode haver compressão de um nervo ou da própria medula.
- Como prevenir estas situações?
A vigilância (regular) por parte dos pais em relação ao material que os filhos levam nas mochilas, ao peso total das mesmas, à sua colocação no corpo da criança, é essencial. Por vezes, as crianças tendem a levar mais do que o necessário para um dia específico.
A escolha de uma boa mochila, adequada à altura e maturidade do esqueleto da criança é importante.
A utilização de depósitos de material na escola (cacifos), onde a criança possa colocar o material escolar, para não ter necessidade de o deslocar entre a casa e o centro educativo.
Não esquecer também a observação da coluna da criança em pé, nas várias posições, para detetar precocemente desvios do eixo da coluna, ou eventuais assimetrias do comprimento dos membros, as quais devem ser avaliadas com atenção, dado o risco de poderem evoluir num esqueleto em rápido crescimento.
Outro aspeto importante seria a existência de programas práticos de educação, na própria escola, por exemplo, ou de folhetos exemplificativos das melhores maneiras de abordar esta problemática.
Esperamos que tenha gostado deste artigo e que o mesmo tenha contribuído para a sua compreensão da necessidade de prevenção das possíveis deformações ou más posturas dos jovens.
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AS MINHAS DORES SÃO MUITAS, MAS DIFERENTES!A dor é um dos sintomas mais importantes na consulta médica em geral e, princ...
12/08/2025

AS MINHAS DORES SÃO MUITAS, MAS DIFERENTES!
A dor é um dos sintomas mais importantes na consulta médica em geral e, principalmente, nas especialidades ligadas ao sistema músculo-esquelético, como é o caso da Reumatologia.
Sendo um sintoma quase universal, é muito importante na consulta médica esmiuçar as características da dor, de forma a enquadrar a sua existência numa das muitas patologias reumáticas existentes.
Podemos dizer que a qualidade da avaliação de um(a) doente depende claramente do tipo de inquérito que é feito pelo médico, nomeadamente, registando pequenos pormenores das queixas dolorosas, os quais podem guiar o raciocínio diagnóstico e ajudar a escolher, caso seja necessário, os melhores exames complementares para aprofundar o esclarecimento do quadro clínico. Devemos tirar da nossa mente a ideia de que são os “exames” o centro da investigação diagnóstica, como muitas vezes se pensa - “devia fazer uma ressonância” - e valorizar antes em primeiro lugar a história clínica e o exame objetivo que o médico deve fazer na consulta, antes de qualquer exame.
Na história clínica reumatológica, na avaliação da dor, além da localização e intensidade desta, é extremamente importante conhecer o seu “ritmo”. O ritmo da dor pode ser mecânico, inflamatório ou misto (a junção dos dois anteriores).
No ritmo mecânico, a dor é mais diurna e agravada pelos esforços, aliviando com o repouso, associando-se muitas vezes, a uma rigidez articular de curta duração (alguns minutos), após algum tempo de imobilização da articulação.
No ritmo inflamatório, a dor é mais nocturna, agravando-se no repouso e, por vezes, melhorando com a mobilização, associando-se a uma rigidez articular de longa duração, nomeadamente após a imobilização nocturna.
Tipicamente, as patologias “degenerativas”, como a artrose, têm dor de ritmo predominantemente mecânico, enquanto as patologias inflamatórias (artrites, tendinites, etc) têm dor de predomínio inflamatório.
A confundir esta regra podem existir situações clínicas em que apesar da patologia não ser inflamatória, caso da fibromialgia, a dor tem frequentemente um ritmo do tipo inflamatório, ou os episódios de agudização da artrose, em que pode existir uma dor inflamatória, apesar de ser uma doença predominantemente “mecânica”.
Acresce o facto de que, com muita frequência, no mesmo doente existem vários tipos de reumatismo, com diferentes ritmos de dor coexistindo, pelo que só uma avaliação especializada pode discriminar cada situação e assim traçar um caminho diagnóstico e terapêutico adequado a cada situação.
Na próxima consulta, caso apresente queixas de dor(es), lembre-se que indicar as características da(s) mesma(s) é muito importante para uma avaliação médica mais correcta.
Esperamos que tenha gostado deste artigo e que o mesmo tenha contribuído para a sua compreensão da importância da discriminação do ritmo dor.
Se possível, dê-nos a sua opinião através da nossa página do Facebook.
Também pode colocar as suas dúvidas.
Agradecemos a atenção dispensada.
Paulo Clemente Coelho
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FIBROMIALGIA – UMA VISÃO GERAL – O DIAGNÓSTICO – O MÉDICO E A PESSOAPaulo Clemente CoelhoReumatologistaA Fibromialgia é ...
02/07/2025

FIBROMIALGIA – UMA VISÃO GERAL – O DIAGNÓSTICO – O MÉDICO E A PESSOA

Paulo Clemente Coelho
Reumatologista

A Fibromialgia é uma síndrome (conjunto de sintomas e sinais clínicos) de causa desconhecida, mas frequente, principalmente no sexo feminino. Esta síndrome é caracterizada por dor crónica difusa, mais acentuada a nível dos músculos, associada a um conjunto de alterações orgânicas funcionais (cólon irritável, bexiga espástica, etc) e, frequentemente, também a queixas de fadiga, sono de má qualidade, ansiedade e depressão. Vários estudos demonstram que as doentes com Fibromialgia têm um limiar baixo da perceção da dor e parece que também são portadoras de mecanismos a nível do sistema nervoso que amplificam e generalizam a sua consciência da dor.
Foram descritos “pontos de gatilho” a nível muscular que, quando sujeitos a pressão, produzem uma sensação exagerada de dor. A sensação de perda de memória é também frequente e pode-se interligar a um grau maior ou menor de ansiedade e depressão que participa da síndrome fibromiálgica.
Muitas doentes com Fibromialgia apresentam um estado de hiper-alerta em relação aos sintomas e sinais que as envolvem. É como se o seu corpo e mente estivessem em permanente vigília contra perigos e ameaças desconhecidas, mas interiormente temidas. São também doentes com uma tendência frequente para o perfeccionismo e uma visão da vida em que as pequenas coisas assumem proporções de dimensão exagerada em relação ao seu peso e efeito real.
Este processo de olhar negativamente para si e para o que envolve a doente fibromiálgica é designado de catastrofização, ou seja, a visão catastrófica das coisas, sentida no presente e projetada no futuro.
Esta percepção negativa de si e do mundo é potenciada frequentemente por notícias ou mensagens na internet ou na comunicação social, que mostram a Fibromialgia como uma fatalidade incapacitante inultrapassável da qual as suas “infelizes” portadoras dificilmente se poderão livrar. Querendo informar e alertar, muitas vezes com boa intenção, este tipo de descrições públicas não são mais do que um fator negativo em si mesmo para a potencial recuperação da doente fibromiálgica. Esta necessita de compreensão e não de uma vitimização, que apenas servirá para reduzir as forças que estão em si mesmo e com as quais terá que contar para inverter o processo incapacitante que a afeta.
A complexidade desta síndrome, a incapacidade funcional que geralmente acarreta e a sua elevada frequência (prevalência de 1% a 7% na população em geral, com uma predominância do sexo feminino de cerca de 10 para 1), tornam a Fibromialgia um grande desafio à “arte” de fazer medicina e à relação médico-doente.
Envolvida por uma multiplicidade de queixas, que vão muito mais além da dor corporal, a doente fibromiálgica sente-se como que “perdida” ou à “deriva” num mar imenso de sintomas e sinais corporais, sem encontrar rumo ou explicação para o seu sofrimento. Recorre assim frequentemente a meios ao seu dispor (internet e outros instrumentos de informação) que frequentemente apenas irão servir para aumentar a sua angústia e fazê-la assumir para si própria situações clínicas hipotéticas que, além de serem falsas, apenas contribuirão para exacerbar mais o seu quadro clínico e a sua infelicidade.
Na busca de respostas, a doente fibromiálgica procura as mesmas na eventual realização de exames complementares (análises, TACs, Ressonâncias, etc), os quais nunca serão, por si só, capazes de explicar a globalidade do quadro que enfrenta.
No contexto da Fibromialgia, os exames complementares são frequentemente normais, devendo sempre ser pedidos sob estrita orientação médica. Estes exames podem ser úteis para a realização do diagnóstico diferencial com outras doenças que podem dar quadros clínicos semelhantes à Fibromialgia ou para a identificação de outras patologias associadas ou concomitantes.
Às dificuldades descritas anteriormente acresce o facto de que a Fibromialgia é, frequentemente, banalizada e até menosprezada por uma parte da comunidade médica, a qual chega a colocar em causa a existência desta síndrome incapacitante. A conclusão médica de que “isso é Fibromialgia”, em vez de uma porta aberta para a recuperação do doente, surge frequentemente como um escape para a incompreensão, falta de conhecimento ou de disponibilidade para lidar com a doente portadora desta síndrome, complexa mas revertível, ou, pelo menos, com possibilidades de melhoria.
A não compreensão das características clínicas da Fibromialgia e das particularidades da doente fibromiálgica podem tornar a consulta médica num período de “tortura mútua” entre uma doente sintomaticamente hipersensível, perdida no meio de múltiplos “alertas” do seu corpo e mente, e o médico incapaz de contribuir para inverter a corrente negativista da doente que tem de abordar. Neste caso, a incapacidade médica em lidar com este problema apenas irá contribuir para o agravamento da sensação da doente de que o seu quadro clínico se afunda cada vez mais no sofrimento e na incapacidade que a afeta, sem que se obtenham respostas concretas em relação à sua situação.
Na realidade, podemos afirmar que a doente com Fibromialgia nunca poderá ser bem tratada se as suas características “especiais” não forem entendidas, partindo-se dessa compreensão para uma abordagem global, que não se resuma a um ato de mera prescrição de medicamentos, o qual, isoladamente, não será suficientemente eficaz para o alívio do quadro clínico e funcional da doente. Assim, a consulta médica e a relação médico-doente assume um papel principal na avaliação e tratamento do doente com Fibromialgia.
Cabe ao médico, alertado para as várias características desta entidade, esclarecer a doente sobre a realidade do quadro clínico, pondo de lado medos e ansiedades injustificadas e traçando estratégias que possam reverter o quadro negativo, atuando em todas as vertentes interligadas da síndroma fibromiálgica, as quais envolvem factores sociais, psicológicos e físicos.
É também importante que a doente fibromiálgica “abra a sua mente” a uma nova perspectiva da sua doença, fazendo cair as barreiras que em si mesmo levantou e que potenciam o seu sofrimento.
Sem que a doente dê uma oportunidade a si mesmo tudo estará comprometido.
O tratamento da Fibromialgia envolve métodos farmacológicos e não farmacológicos, os quais devem ser usados em conjunto, adaptando-se às características individuais de cada doente. A individualidade do tratamento é determinante, pois os diversos componentes da síndrome fibromiálgica nem sempre se expressam da mesma maneira em cada pessoa afetada.
É importante que a doente compreenda que o conjunto de medidas terapêuticas que lhe é sugerido pelo médico dificilmente irá resultar numa
melhoria significativa a curto prazo e que por vezes é necessária uma abordagem multidisciplinar, envolvendo outros profissionais de saúde.
A cronicidade e complexidade do quadro fibromiálgico exigem uma terapêutica contínua, sem mudanças bruscas e que tenha um tempo suficiente de atuação para poder expressar a sua eficácia. É frequente, devido ao enquadramento negativo daquilo que influencia a sua vida, que a doente com Fibromialgia descreia das medidas terapêuticas que lhe são prescritas, forçando a uma prática terapêutica de “arranque-paragem” sucessiva, que em nada contribui para o potencial sucesso das medidas a tomar.
Entre as medidas não farmacológicas envolvidas no tratamento da doente fibromiálgica estão: o reforço da relação médico-doente, numa atitude de compreensão e de perspetiva positiva em relação à doença; a educação acerca das características da Fibromialgia e das medidas que podem fazer reverter as suas várias vertentes negativas; a intervenção a nível psicológico tentando inverter os processos mentais que favorecem a doença; o estímulo à atividade física e mental, incluindo o exercício físico adaptado a cada situação; a mobilização em água aquecida, a qual tem capacidade relaxante muscular; medidas que possam facilitar um sono de boa qualidade (por exemplo, evitar estimulantes, como a cafeína, e horários de sono irregulares ou exageradamente fragmentados), etc. Vários fármacos podem ser utilizados no tratamento da Fibromialgia, a sua prescrição isolada ou em conjunto depende da avaliação clínica de cada caso individualmente, dependendo das características da doença, de outras patologias associadas e de eventuais condicionantes à sua utilização (exemplo contraindicações e interações medicamentosas).
A Fibromialgia, apesar de geralmente comportar-se como uma síndrome clínica incapacitante, pode ter tratamento e recuperação. O negativismo e a incompreensão, tanto dos profissionais de saúde, como dos próprios doentes, que muitas vezes giram à volta do conceito de Fibromialgia devem ser combatidos por uma atitude correta e positiva na abordagem da doente fibromiálgica.
Esperamos que tenha gostado deste artigo e que o mesmo tenha contribuído para a sua compreensão da Fibromialgia.
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Agradecemos a atenção dispensada.

Paulo Clemente Coelho
Reumatologista

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Clínica de Reumatologia - Dr Paulo Clemente Coelho
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(Doenças Reumáticas e Osteoporose)
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