13/01/2024
NÃO DESCANSAMOS ENQUANTO NÃO TIVERMOS RESPOSTAS!
Num intervalo de 13 dias, desde a descoberta do corpo de Fátima Araújo em Carnaxide, numa horta, junto aos seus pertences e documentos, a família não recebeu comunicação da polícia acerca do seu paradeiro, mantendo as buscas até ao dia 9 de janeiro de 2024.
Apesar de feita a disseminação/difusão nacional do seu desaparecimento desde 23 de novembro de 2023, a família só foi informada posteriormente sobre a descoberta do corpo em Carnaxide. Diante da ausência de respostas, a família procurou ativamente a intervenção da Polícia Judiciária para investigar o caso.
No dia 10 de janeiro , o Instituto de Medicina Legal de Cascais informou à família que poderia proceder ao levantamento do corpo e encaminhá-lo para uma agência funerária, mesmo sem esclarecimentos sobre os acontecimentos, e sem a presença de qualquer entidade judicial junto à família, nem mesmo saber se a autópsia “alegadamente” feita, foi conclusiva ou não.
Inconformada, a família mobilizou-se no dia 11 de janeiro de 2024 até à sede da Policia Judiciária de Picoas para que o caso fosse investigado e entregue à PJ, na qual a família permaneceu durante quase 4 horas no gabinete e onde foi aberto e iniciado um inquérito para cruzamento de dados entre as entidades envolvidas desde o aparecimento do corpo e ser dada a investigação.
Contudo, a família ao entrar em contato hoje, dia 12 de janeiro de 2024, com a PJ , foi informada que não há indícios de crime até ao momento.
Ciente do local onde Fátima foi encontrada, conforme relato de vizinhos do bairro de Carnaxide desde 11 de janeiro, a família visitou o local e identificou peças de roupa pertencentes a Fátima, incluindo casaco, cuecas íntimas e luvas médicas, que a PJ dizem ser irrelevantes e que até a família pode recolher se assim optar.
Perante isto a família não descansa e irá amanhã, 13 de janeiro de 2024, estar no local onde foi encontrada para recolher os pertences e demonstrar perante um comunicado à imprensa a sua indignação e revolta para com o desleixo das autoridades desde o seu desaparecimento até ao momento em que finalmente foi encontrada já sem vida numa localidade fora da sua rotina e num local bastante recatado e difícil acesso, no qual Fátima dificilmente acederia, pois esta coxeava em uma das pernas e não andava grandes distâncias e subidas, o que leva a família a ter fortes indícios de que houve um crime.
Não vamos aceitar o silêncio sobre a morte de Fátima Araújo. Exigimos transparência e investigação rigorosa. A família merece respostas, a sociedade merece justiça.