20/10/2025
Perímetro abdominal e stress: qual a ligação?
O stress crónico não é apenas “mental”: afeta diretamente o corpo e pode levar ao aumento de peso.
👉 Mesmo sem comer em excesso, o stress crónico pode aumentar a gordura abdominal e alterar a composição corporal.
📌 A mente, hormonas e metabolismo estão interligados.
Quando o cortisol (a hormona do stress) se mantém elevado:
• Aumenta a resistência à insulina, favorecendo acumulação de gordura, sobretudo abdominal;
• Estimula cravings por alimentos ricos em açúcar e gordura;
• Altera o sono e o ritmo circadiano, reduzindo leptina (saciedade) e aumentando grelina (fome).
Além disso, o cortisol mobiliza energia (glicose e gordura) para preparar o corpo para a ação - uma memória ancestral do mecanismo de “luta ou fuga”. Mas na vida moderna, a maioria dos fatores de stress não exige esforço físico: estamos expostos a situações que mantêm o cortisol elevado (pressões profissionais, responsabilidades, expectativas, etc.), mas sem a descarga física que ajudaria a gastar a energia mobilizada.
👉 Assim, essa energia mobilizada não é gasta e, sob ação conjunta do cortisol e da insulina, é armazenada de volta na zona abdominal, que é mais sensível ao cortisol.
📌 Resultado: o stress crónico leva à chamada “barriga de stress” - o corpo prepara-se para gastar energia, mas sem ação física, transforma-a em depósito.
O que fazer ao nível da Nutrição:
• Priorizar uma alimentação de carga glicémica mais baixa, rica em proteínas e gorduras boas - estabiliza a glicemia e reduz picos de insulina;
• Optar por uma alimentação anti-inflamatória, natural e sem ultraprocessados - protege metabolismo e hormonas;
• Reduzir cafeína, álcool e açúcar - que amplificam a resposta ao stress.
Suplementação (ajustada caso a caso):
• Magnésio (bisglicinato, treonato): regula sistema nervoso e a resposta ao stress;
• Ashwagandha: adaptogénico que ajuda na modulação do cortisol;
• Omega-3: efeito anti-inflamatório e protetor metabólico;
• Vitamina D: suporte à imunidade e equilíbrio hormonal.
