Psicóloga Elisabete Santos Pereira

Psicóloga Elisabete Santos Pereira Psicóloga Clínica. Mudar pensamentos, transformar a vida e descobrir como pequenos pensamentos geram grandes mudanças.

O meu objetivo concretizou-se ao tornar-me numa psicóloga eficiente e sempre pronta para atuar. Continuar a sentir-me feliz e realizada e manter a minha evolução como pessoa...Por onde andei a trabalhar na área foram mais valias para o meu futuro enquanto profissional de saúde. Ajudou-me a consolidar itens já aprendidos e poder juntar valências ás já adquiridas. Ensinaram-me profundamente como lidar na intervenção em crise, com o luto e com perturbações a nível da personalidade e ansiedade. Apta a trabalhar com grupos terapêuticos com patologias especif**as ou generalizadas.

Honrar Compromissos: A Base da Confiança e da Aliança TerapêuticaHonrar compromissos não é apenas cumprir o que foi dito...
19/12/2025

Honrar Compromissos: A Base da Confiança e da Aliança Terapêutica

Honrar compromissos não é apenas cumprir o que foi dito.
É um ato consciente de coerência entre pensamentos, emoções e comportamentos. É a capacidade de sustentar, no tempo, aquilo que foi assumido, mesmo quando o entusiasmo inicial diminui ou surgem obstáculos.

Cada compromisso cria um vínculo. Consigo próprio, fortalece a autoconfiança e o sentido de valor pessoal. Com o outro, constrói segurança, previsibilidade e respeito. Quando os compromissos são honrados, a mente aprende: posso confiar, posso ser confiável. Quando são repetidamente quebrados, instala-se a dúvida, a culpa silenciosa e o afastamento emocional.

Muitas dificuldades em honrar compromissos não resultam de desinteresse, mas de padrões automáticos de pensamento que minimizam a importância do acordo ou adiam a responsabilidade. Estes padrões aliviam no momento, mas fragilizam a relação e a autoestima a médio e longo prazo.

Na relação terapêutica, o compromisso assume um valor central. A aliança terapêutica constrói-se sobre acordos claros: presença, confidencialidade, respeito mútuo, continuidade e honestidade. Quando o utente comparece, participa e se envolve no processo, está a honrar um compromisso consigo próprio — o compromisso de cuidar de si. Quando o terapeuta mantém consistência, escuta ativa, ética e disponibilidade emocional, está a honrar o compromisso de oferecer um espaço seguro e estável.

Esta reciprocidade cria um terreno de confiança onde é possível explorar dificuldades, questionar padrões e promover mudança. A terapia não se sustenta na perfeição, mas na responsabilidade partilhada. Falhar um compromisso não invalida o processo; reconhecê-lo, repará-lo e reajustá-lo fortalece a aliança.

Honrar compromissos implica também saber ajustá-los à realidade. Compromissos claros e alcançáveis têm mais impacto do que promessas irrealistas. Dizer “sim” com consciência e “não” quando necessário é um ato de integridade emocional.

No fundo, honrar compromissos é um exercício contínuo de respeito: pela palavra dada, pelo outro e por si próprio. E é nessa consistência que a aliança terapêutica se torna um espaço seguro de transformação, crescimento e reconstrução interna.

A Sensibilidade Emocional como Indicador de Boa LiderançaTer facilidade em chorar é, muitas vezes, interpretado como sin...
18/12/2025

A Sensibilidade Emocional como Indicador de Boa Liderança

Ter facilidade em chorar é, muitas vezes, interpretado como sinal de fragilidade emocional. No entanto, quando olhado com maior profundidade, este traço revela características internas que estão fortemente associadas a uma liderança saudável e ef**az. A sensibilidade emocional, longe de ser um obstáculo, pode ser um recurso valioso no exercício da liderança.
Quem chora com facilidade tende a ter um contacto mais direto com o que sente. Isto indica uma boa perceção emocional e menor tendência para negar ou reprimir estados internos. Esta capacidade de reconhecer emoções em si próprio é a base para reconhecer emoções nos outros. Líderes com esta sensibilidade costumam ser mais empáticos, atentos ao clima emocional das equipas e capazes de perceber tensões antes de estas se tornarem problemas maiores.
A facilidade em chorar está também ligada à autenticidade. Pessoas que não precisam de endurecer emocionalmente para se sentirem válidas tendem a liderar a partir de quem realmente são. Esta coerência interna gera confiança. As equipas sentem quando um líder é genuíno, quando reage de forma humana e quando não usa a distância emocional como forma de controlo.
Outro indício importante é a capacidade de envolvimento. O choro surge frequentemente quando há investimento emocional: quando algo importa verdadeiramente. Líderes que se envolvem sentem responsabilidade, preocupação e sentido de missão. Não lideram apenas tarefas, lideram pessoas e propósitos. Esse envolvimento, quando acompanhado de autorregulação, traduz-se em maior compromisso e inspiração para os outros.
É também frequente que pessoas sensíveis ao ponto de chorar tenham uma boa capacidade de reflexão. Após a emoção, tendem a pensar, a reorganizar-se internamente e a procurar respostas mais conscientes. Isto favorece decisões ponderadas, menos impulsivas e mais alinhadas com valores humanos e organizacionais.
Importa sublinhar que a facilidade em chorar não signif**a falta de controlo emocional. Pelo contrário, quando a emoção é aceite e regulada, o choro pode ser um sinal de flexibilidade psicológica. Líderes flexíveis adaptam-se melhor à mudança, lidam com a complexidade e mantêm ligação consigo próprios mesmo sob pressão.
Assim, quem tem facilidade em chorar apresenta fortes indícios de competências essenciais à liderança: empatia, autoconsciência, autenticidade, envolvimento e flexibilidade emocional. A verdadeira força de um líder não está em não sentir, mas em saber sentir e continuar a avançar com clareza, humanidade e responsabilidade.
Ao longo da experiência com pessoas, equipas e processos de mudança, torna-se claro que a liderança mais consistente não nasce da dureza emocional, mas da capacidade de estar inteiro perante o que se sente. A facilidade em chorar aponta para um sistema emocional vivo, atento e disponível para a relação. E é precisamente essa disponibilidade que sustenta decisões mais conscientes, relações mais seguras e contextos de trabalho mais humanos.
Quem sente profundamente tende a ouvir melhor, a perceber o que não é dito e a agir com maior responsabilidade emocional. Não porque perde força, mas porque não precisa de a provar. A verdadeira liderança não exige armaduras — exige presença. E a presença constrói-se quando há coragem para sentir, regular e transformar emoção em direção.
No fim, os líderes que mais marcam não são os que nunca choram, mas os que, podendo fazê-lo, continuam a escolher agir com clareza, integridade e respeito pelo humano que existe em cada pessoa, incluindo em si próprios.

17/12/2025

Terapia de relaxamento para ansiedade generalizada
Psicóloga Elisabete Santos Pereira

17/12/2025
Quando o casamento entra em crise: por onde recomeçarUma crise no casamento não acontece de um dia para o outro. Forma-s...
16/12/2025

Quando o casamento entra em crise: por onde recomeçar

Uma crise no casamento não acontece de um dia para o outro. Forma-se em silêncios prolongados, em mágoas não ditas, em tentativas falhadas de ser visto e compreendido. Quando a relação chega a este ponto, muitos casais sentem-se perdidos, cansados e emocionalmente distantes — mesmo estando lado a lado.

A crise não é, necessariamente, o fim. Muitas vezes, é um pedido de mudança.

1. Parar antes de continuar a magoar

Em crise, fala-se muito… mas escuta-se pouco. Cada conversa torna-se uma repetição do mesmo guião, com acusações, defesas e feridas antigas a serem reabertas.

Antes de tentar resolver, é preciso parar o ciclo.
Reduzir discussões improdutivas é um acto de cuidado, não de desistência. Quando a emoção está alta, nenhuma conversa constrói.

Aprender a dizer:
“Agora não consigo falar sem magoar”
é mais saudável do que continuar a ferir.

2. Reconhecer o impacto, mesmo sem concordar

Em crise, cada um tenta provar que tem razão. Mas relações não se curam com razão — curam-se com reconhecimento.

Reconhecer não é admitir culpa absoluta, é validar a experiência do outro: “Percebo que isto te magoou.”
“Consigo ver como te sentiste sozinho.”

Quando alguém se sente validado, a defensiva baixa e a ligação pode recomeçar.

3. Questionar as histórias que se criaram

Em momentos de crise, surgem pensamentos rígidos: “Ele nunca vai mudar.”
“Ela já não me ama.”
“Estamos juntos por hábito.”

Estas histórias parecem verdades, mas são conclusões construídas na dor. Questioná-las abre espaço para novas possibilidades: Isto é um facto ou é o que sinto neste momento?
Houve exceções?

Mudar a narrativa interna muda a forma como se reage ao outro.

4. Assumir a própria parte, sem se anular

Casais em crise oscilam entre culpar totalmente o outro ou anular-se para manter a relação. Nenhum dos extremos cura.

Um passo essencial é olhar para dentro e assumir: “O que faço que contribui para este ciclo?”
“O que posso mudar no meu comportamento, mesmo que o outro ainda não mude?”

Responsabilidade pessoal devolve poder e dignidade.

5. Reconstruir segurança antes da intimidade

Quando há feridas, a intimidade emocional e física sofre. Forçar proximidade sem segurança aprofunda a distância.

A reconstrução começa em pequenos gestos previsíveis:

cumprir o que se promete

respeitar limites

falar com menos dureza

estar presente sem ironia

A confiança não regressa com palavras, regressa com consistência.

6. Lidar com o medo da perda

Por trás da raiva, quase sempre há medo: de não ser suficiente, de ser abandonado, de não ser escolhido.

Quando este medo não é reconhecido, transforma-se em ataque ou afastamento. Quando é nomeado com vulnerabilidade, aproxima: “Tenho medo de te perder.”
“Tenho medo de não ser importante para ti.”

A vulnerabilidade abre portas que a acusação fecha.

7. Aceitar ajuda não é fracasso

Há crises que não se resolvem apenas com boa vontade. Procurar ajuda externa é um sinal de compromisso com a relação, não de falência.

Pedir apoio é escolher não desistir em silêncio.

Para quem está no meio da tempestade

Nem todas as relações sobrevivem a uma crise — mas muitas transformam-se profundamente por causa dela. O que define o caminho não é a ausência de dor, é a disponibilidade para olhar com honestidade, reduzir a defesa e voltar a escolher, passo a passo.

Às vezes, recomeçar não é voltar ao que era.
É construir algo mais verdadeiro do que nunca foi.

O amor não é sazonalO amor não vem quando convém.Não pede licença ao medo, nem espera que tudo esteja resolvido.O amor i...
15/12/2025

O amor não é sazonal

O amor não vem quando convém.
Não pede licença ao medo, nem espera que tudo esteja resolvido.
O amor instala-se. F**a. Aguenta.
Não desaparece nos dias difíceis.
Não hiberna quando o outro falha.
Não se retira quando o cansaço chega ao corpo e à alma.
O amor verdadeiro não é feito de picos emocionais.
É feito de permanência.
De mãos que não largam mesmo quando tremem.
De presença quando já não há palavras bonitas para oferecer.
Quem ama não ameaça ir embora.
Quem ama não usa o silêncio como arma.
Quem ama não desaparece para ensinar lições.
Amar é um acto de coragem contínua.
É olhar o outro inteiro, luz e sombra, e ainda assim escolher f**ar.
Não por dependência.
Mas por maturidade emocional.
O amor não é intensidade descontrolada.
É constância consciente.
É f**ar mesmo quando o ego quer fugir.
É cuidar mesmo quando ninguém está a ver.
Se o amor só existe quando tudo corre bem, não é amor — é conveniência.
O amor real constrói raízes.
Atravessa invernos.
Não se perde nas estações.
Decide amar com verdade.
Sem jogos.
Sem fugas.
Sem condições disfarçadas de limites.
Porque o amor que é real não passa.
Transforma.
Sustenta.
E permanece.

14/12/2025

Reflexão terapêutica sobre o problema que não tem solução

Na vida, existem situações que escapam ao nosso controlo. Por mais que tentemos resolver, analisar ou planear, algumas coisas simplesmente não têm solução. Perante isso, continuar a lutar contra o inevitável apenas gera sofrimento e ansiedade desnecessários.

Reconhecer que algo não tem solução não é fraqueza, nem desistência: é um ato de consciência e de cuidado consigo próprio. É perceber que a nossa energia é limitada e que merece ser direcionada para aquilo que podemos transformar, para os passos que dependem de nós.

Na prática terapêutica, aprender a aceitar aquilo que não pode ser mudado é libertador. Permite-nos parar de nos culpar, reduzir a ansiedade e abrir espaço para a serenidade. Aceitar não signif**a gostar do que aconteceu, mas sim permitir-se viver apesar disso, reconstruir a própria história e focar-se no que ainda é possível criar e cuidar.

A paz interior nasce muitas vezes deste gesto simples: soltar o que não podemos controlar, e investir no que nos fortalece.

Proteger é Escutar e Agir: Reconhecer o Silêncio Ao longo dos anos na prática clínica, aprendi que a depressão, muitas v...
13/12/2025

Proteger é Escutar e Agir: Reconhecer o Silêncio

Ao longo dos anos na prática clínica, aprendi que a depressão, muitas vezes, não entra pela porta com estrondo. Entra em silêncio. Instala-se nos gestos pequenos, nos hábitos que se alteram quase sem darmos conta, nos olhares que evitam os nossos. E é precisamente por isso que tantas famílias só percebem que algo está profundamente errado quando a pessoa já carrega um peso demasiado grande para pedir ajuda.

Vivemos num ritmo acelerado, onde cada um luta com as suas responsabilidades, e é fácil acreditar que quem está ao nosso lado está bem apenas porque “não diz que está mal”. Mas o sofrimento emocional raramente se anuncia assim de forma tão explícita. Surge antes em sinais subtis—mas importantes—que merecem a nossa atenção.

O desinteresse silencioso

Um dos primeiros sinais que observo é a perda de interesse em actividades que antes eram valorizadas: um hobby que f**a parado, compromissos que começam a ser evitados, uma energia que se desvanece. Quem está a viver um processo depressivo não deixa de gostar do que gostava; simplesmente perde acesso à capacidade de sentir prazer ou motivação.

Mudanças no humor e isolamento

Nem sempre se trata de tristeza evidente. Muitas vezes é irritabilidade, impaciência, respostas curtas, um afastamento gradual. O isolamento emocional costuma ser um pedido de ajuda disfarçado, uma forma de tentar lidar com o que se sente sem “incomodar” os outros.

Alterações no sono e no apetite

Dormir demais ou dormir de menos, comer quase nada ou procurar conforto na comida: o corpo também fala. Quando alguém próximo muda padrões de forma persistente, é importante não desvalorizar.

Aquele “estou cansado” que vai além do cansaço

Há um cansaço que não se resolve com descanso. Um cansaço que pesa no corpo e no pensamento. Muitas pessoas deprimidas descrevem-no como uma espécie de nevoeiro interior, uma lentidão invisível que condiciona até as tarefas mais simples.

A tendência para se culparem e se sentirem um peso

Outro sinal frequente é escutar frases como “não sirvo para nada”, “sou um problema”, “vocês mereciam alguém melhor”. Estes pensamentos não são meras inseguranças; são sintomas.

Porque devemos agir — mesmo quando temos medo de errar

Muitas famílias hesitam em abordar o tema com receio de “fazer pior”. Mas o silêncio faz sempre pior. Falar com delicadeza, com presença e sem juízos é uma intervenção poderosa. Às vezes basta perguntar com genuinidade: “Tenho notado algumas mudanças… como tens estado realmente?”

Apoiar não signif**a resolver a vida da pessoa, nem ter respostas perfeitas. Signif**a estar. Signif**a validar. Signif**a incentivar a procurar ajuda profissional quando o sofrimento ultrapassa aquilo que é possível gerir sozinho.

Ser família é também isto

Ser família é celebrar conquistas, mas também é reconhecer quando alguém está a perder o brilho. É estar atento. É oferecer colo e firmeza quando o outro perdeu o chão. Não precisamos de ser especialistas; basta sermos humanos.

A depressão não é falha, não é fraqueza, não é escolha. E quanto mais cedo for reconhecida, mais leve pode tornar-se o caminho da recuperação.

Quando o Sofrimento é Silenciado: Um Apelo às FamíliasO abuso raramente se revela de forma óbvia. Muitas vezes manifesta...
12/12/2025

Quando o Sofrimento é Silenciado: Um Apelo às Famílias

O abuso raramente se revela de forma óbvia. Muitas vezes manifesta-se em sinais discretos — medo, retraimento, irritabilidade, desculpas incoerentes, vergonha que não se explica. E, demasiadas vezes, quem sofre fá-lo em silêncio porque teme não ser acreditado.

É aqui que a família tem um papel decisivo.

Sinais de alerta que não devem ser ignorados:

Mudanças abruptas de humor e comportamento

Evitamento persistente de pessoas ou lugares

Baixa autoestima e autocrítica exagerada

Explicações confusas ou contraditórias

Medo constante, mesmo em situações seguras

Estes sinais podem ser o eco de uma experiência abusiva.

O que a família pode — e deve — fazer:

Escutar com calma. Acreditar. Validar. Demonstrar presença e segurança.
Mas sobretudo, reconhecer que não tem de lidar com isto sozinha.

O abuso deixa marcas profundas. E, por mais apoio emocional que a família ofereça, é indispensável a intervenção de um profissional especializado, capaz de orientar, proteger e ajudar a reconstruir.

Proteger também é agir.

Se suspeita que alguém próximo está a ser abusado, não espere por provas perfeitas. Procure ajuda. Fale com um especialista. Esteja ao lado da pessoa, mesmo quando ela própria está cheia de dúvidas.

O silêncio nunca cura. A presença, o cuidado e o apoio especializado podem mudar vidas.

💡Afirmações para começar o diaHoje avançoEu sou capazTenho força para o meu diaEscolho crescerConfio no meu poderFaço ac...
11/12/2025

💡Afirmações para começar o dia

Hoje avanço

Eu sou capaz

Tenho força para o meu dia

Escolho crescer

Confio no meu poder

Faço acontecer

Mereço conquistar

Levanto-me com coragem

Hoje é uma nova oportunidade

O meu valor acompanha-me

💡Para despertar determinação

Não paro por medo

Sigo mesmo com dúvidas

Transformo aquilo que me trava

Sou mais resiliente do que imagino

Hoje decido ser a minha força

💡Para ativar autoestima e movimento

Estou a tornar-me na minha melhor versão

Orgulho-me do meu caminho

Hoje crio progresso

Acredito profundamente em mim

O meu esforço conta

💡Para começar o dia com impulso emocional

Mereço um dia bonito

Abro espaço para o que me faz bem

A minha energia muda o meu dia

Levanto-me com propósito

Hoje escolho vencer ao meu ritmo

11/12/2025

Bem vindos a todos os
Sintam-se bem neste espaço de e para todos! 🫂

A Pressão da Escolha: O Papel dos Pais no Apoio às Decisões dos Filhos - Artigo de OpiniãoNum momento em que os jovens s...
11/12/2025

A Pressão da Escolha: O Papel dos Pais no Apoio às Decisões dos Filhos - Artigo de Opinião

Num momento em que os jovens são diariamente confrontados com perguntas como “O que vais ser quando fores grande?” ou “Já decidiste o teu futuro?”, é natural que muitos se sintam pressionados, confusos e até inseguros. Enquanto psicóloga, observo com frequência o impacto emocional que esta cobrança — muitas vezes bem-intencionada — exerce nos adolescentes. Mas também vejo a enorme diferença que a atitude dos pais pode fazer no alívio dessa pressão e no fortalecimento do bem-estar emocional dos filhos.

A verdade é que a adolescência é, por si só, uma fase de descoberta. Os jovens estão a construir a sua identidade, a testar interesses, a aprender sobre si e sobre o mundo. Exigir que tenham clareza absoluta sobre o futuro pode ser tão irrealista quanto injusto. A escolha profissional não é um momento isolado, mas um processo — e os pais desempenham um papel essencial na forma como este é vivido.

Uma das estratégias mais ef**azes é transformar a ansiedade da escolha num conjunto de pequenos passos mais tranquilos e concretos. Em vez de insistir na pergunta “O que vais escolher?”, os pais podem ajudar os filhos a explorar interesses, refletir sobre atividades que os motivam ou identif**ar situações em que se sentiram mais competentes. Perguntas como “O que gostaste mais neste projeto?” ou “Que tipo de tarefas te deixam mais satisfeito?” permitem que o adolescente olhe para dentro sem sentir que está a ser avaliado.

Outra abordagem importante é promover uma visão flexível do futuro. Muitos jovens acreditam que a escolha de hoje será definitiva e irreversível, o que aumenta a pressão. Os pais podem ajudar mostrando que os percursos profissionais são cada vez mais diversos, e que mudar de área, ajustar escolhas e aprender ao longo da vida faz parte da realidade atual. Aliviar a ideia de “decisão final” diminui o medo de falhar.

A validação emocional é igualmente fundamental. Quando um filho verbaliza dúvidas, medo de escolher errado ou receio de não corresponder às expectativas, a tendência automática pode ser tranquilizar rapidamente: “Não penses nisso”, “Vai correr bem”. Embora bem-intencionadas, estas respostas podem fazer o jovem sentir que a sua preocupação é pequena ou exagerada. Uma alternativa mais ef**az é reconhecer o sentimento: “Percebo que isto te está a deixar ansioso. Vamos tentar perceber juntos o que te preocupa mais.” A validação não resolve tudo, mas abre espaço para o diálogo e diminui a tensão.

Também é importante que os pais reflitam sobre o impacto das suas próprias expectativas. Mesmo sem intenção, algumas frases podem transmitir a ideia de que certas escolhas são mais valiosas do que outras. Mostrar abertura, curiosidade genuína e respeito pelos interesses do jovem demonstra confiança e incentiva a autonomia — elementos essenciais para uma decisão saudável.

Por fim, os pais devem lembrar-se de que o seu papel não é decidir pelo filho, mas acompanhá-lo enquanto ele aprende a decidir. Criar um ambiente emocional seguro, incentivar a reflexão, dividir o processo em etapas pequenas e realistas e manter o diálogo aberto são estratégias simples, mas poderosas.

A pressão que muitos adolescentes sentem não desaparece de um dia para o outro. Mas quando sabem que têm em casa um espaço de apoio, compreensão e calma, tornam-se mais capazes de enfrentar as escolhas com clareza e confiança. E, mais importante ainda, aprendem que o futuro não se constrói com respostas imediatas, mas com equilíbrio, autoconhecimento e liberdade para crescer.

Psicóloga Elisabete Santos Pereira

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