31/10/2025
Do ponto de vista da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), a depressão enquadra-se no âmbito das chamadas “síndromes de estagnação do Qi” (ou “Yu Zheng”). As causas principais estão geralmente relacionadas com lesões emocionais internas, estagnação do Qi e disfunções dos órgãos internos, sendo a estagnação do Qi do fígado a mais comum. O fígado é responsável pela livre circulação do Qi e pela regulação emocional; quando esta função está comprometida, a energia estagna, o sangue não circula adequadamente, o Shen perde o seu sustento, e surgem sintomas como tristeza, irritabilidade, aperto no peito, insónia e perda de apetite.
A acupunctura, ao promover a circulação do Qi e do sangue, harmonizar os órgãos internos e acalmar a mente, pode aliviar a estagnação hepática, tonificar o coração e o baço e fortalecer os rins, melhorando assim o estado emocional do paciente.
Estudos modernos demonstram que a acupunctura pode regular o sistema nervoso e endócrino, estimulando a produção de neurotransmissores como a serotonina (5-HT), dopamina (DA) e endorfinas, promovendo o bem-estar emocional.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), na sua lista de indicações clínicas para a acupunctura, reconhece a depressão como uma das condições em que esta terapia pode ser eficaz como tratamento complementar. A acupunctura é uma abordagem com poucos efeitos secundários, boa aceitação por parte dos pacientes, e é especialmente indicada para aqueles que não toleram bem os fármacos ou preferem métodos terapêuticos naturais.
Em resumo, a acupunctura — enquanto componente fundamental da MTC — actua de forma holística, equilibrando corpo e mente, tratando tanto a causa como os sintomas da depressão. É uma abordagem reconhecida a nível internacional, incluindo pela OMS, pela sua eficácia e segurança no tratamento da depressão.
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