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Nice room with 2 windows, painted new, to share the house with one small family of two members.

Lisboa - Ponte 25 de Abril
09/03/2025

Lisboa - Ponte 25 de Abril

26/10/2022
26/02/2022

Poema da Terra Adubada

Por detrás das árvores não se escondem faunos, não.
Por detrás das árvores escondem-se os soldados
com granadas de mão.

As árvores são belas com os troncos dourados.
São boas e largas para esconder soldados.

Não é o vento que rumoreja nas folhas,
não é o vento, não.
São os corpos dos soldados rastejando no chão.

O brilho súbito não é do limbo das folhas verdes reluzentes.
É das lâminas das facas que os soldados apertam entre os dentes.

As rubras flores vermelhas não são papoilas, não.
É o sangue dos soldados que está vertido no chão.

Não são vespas, nem besoiros, nem pássaros a assobiar.
São os silvos das balas cortando a espessura do ar.

Depois os lavradores
rasgarão a terra com a lâmina aguda dos arados,
e a terra dará vinho e pão e flores
adubada com os corpos dos soldados.

António Gedeão, in "Linhas de Força".

Lisboa menina moça...
27/12/2021

Lisboa menina moça...

05/09/2021

.PORTUGAL AOS OLHOS DE UMA BRASILEIRA...🤔...

Ruth Manus, é advogada e professora universitária e escreve num blogue num Jornal de S. Paulo. E escreveu isto sobre Portugal, num texto que deve ser (é !) um orgulho lermos:

«Dentre as coisas que mais detesto, duas podem ser destacadas:
Ingratidão e pessimismo.
Sou incuravelmente grata e optimista e, comemorando quase 2 anos em Lisboa, sinto que devo a Portugal o reconhecimento de coisas incríveis que existem aqui, embora me pareça que muitos nem percebam.

Não estou dizendo que Portugal seja perfeito.
Nenhum lugar é.
Nem os portugueses são, nem os brasileiros, nem os alemães, nem ninguém.
Mas para olharmos defeitos e pontos negativos basta abrir qualquer jornal, como fazemos diariamente.
Mas acredito que Portugal tenha certas características nas quais o mundo inteiro deveria inspirar-se.
Para começo de conversa, o mundo deveria aprender a cozinhar com os portugueses.
Os franceses aprenderiam que aqueles pratos com porções minúsculas não alegram ninguém.
Os alemães descobririam outros acompanhamentos além da batata.
Os ingleses aprenderiam tudo do zero.
Bacalhau e pastel de nata ?
Não.
Estamos falando de muito mais.
Arroz de pato, arroz de polvo, alheira, peixe fresco grelhado, ameijoas, plumas de porco preto, grelos salteados, arroz de tomate, baba de camelo, arroz doce, bolo de bolacha, ovos moles.
Mais do que isso, o mundo deveria aprender a se relacionar com a terra como os portugueses se relacionam.
Conhecer a época das cerejas, das castanhas e da vindima.
Saber que o porco é alentejano, que o vinho do Porto é do Douro.
Talvez o pequeno território permita que os portugueses conheçam melhor o trajeto dos alimentos até a sua mesa, diferente do que ocorre, por exemplo, no Brasil.
O mundo deveria saber ligar a terra à família e à história como os portugueses.
A história da quinta do avô, as origens transmontanas da família, as receitas típicas da aldeia onde nasceu a avó.
O mundo não deveria deixar o passado escoar tão rapidamente por entre os dedos.
E se alguns dizem que Portugal vive do passado, eu tenho certeza de que é isso o que os faz ter raízes tão fundas e fortes.
O mundo deveria ter o balanço entre a rigidez e a afecto que têm os portugueses.
De nada adiantam a simpatia e o carisma brasileiros se eles nos impedem de agir com a seriedade e a firmeza que determinados assuntos exigem.
O deputado Jair Bolsonaro, que defende ideias piores que as de Donald Trump, emergiu como piada e hoje se fortalece como descuido no nosso cenário político.
Nem Bolsonaro nem Trump passariam em Portugal .
Os portugueses - de direita ou de esquerda - não riem desse tipo de figura, nem permitem que elas floresçam.
Ao mesmo tempo, de nada adianta o rigor japonês que acaba em suicídio, nem a frieza nórdica que resulta na ausência de vínculos.
Os portugueses são dos poucos povos que sabem dosar rigidez e afecto, acidez e doçura, buscando sempre a medida correta de cada elemento, ainda que de forma inconsciente.
Todo país do mundo deveria ter uma data como o 25 de Abril para celebrar.

Se o Brasil tivesse definido uma data para celebrar o fim da ditadura, talvez não observássemos com tanta dor a fragilidade da nossa democracia.
Todo país deveria fixar o que é passado e o que é futuro através de datas como essa.
Todo idioma deveria conter afecto nas palavras corriqueiras como o português de Portugal transporta .
Gosto de ser chamada de “ miúda“.
Gosto de ver os meninos brincando e ouvir seus pais chama-los carinhosamente de “ putos “.
Gosto do uso constante de diminutivos.
Gosto de ouvir ” magoei-te ? ” quando alguém pisa no meu pé.
Gosto do uso das palavras de forma doce.
O mundo deveria aprender a ter modéstia como os portugueses, embora os portugueses devessem ter mais orgulho desse seu país do que costumam ter.
Portugal usa suas melhores características para aproximar as pessoas, não para afastá-las.
A arrogância que impera em tantos países europeus, passa bem longe dos portugueses.
O mundo deveria saber olhar para dentro e para fora como Portugal sabe.
Portugal não vive centrado em si próprio como fazem os franceses e os norte americanos.
Por outro lado, não ignora importantes questões internas, priorizando o que vem de fora, como ocorre com tantos países colonizados.

Portugal é um país muito mais equilibrado do que a média e é muito maior do que parece.
Acho que o mundo seria melhor se fosse um pouquinho mais parecido com Portugal.

Ruth Manus

23/08/2021

Permitam-me o seguinte pensamento:

(quando, para alguns, muitos, a dor desta verdade for maior que a coisa em si mesma, a tal coisa resolver-se-á por si própria a muito custo para outros.)
Ou seja,...
Esta coisa de ter medo até da sombra, só vai passar quando a raiva de não viver for maior do que o próprio medo. E nos revoltarmos com isso...

15/8/2021, 16h57.

01/04/2021

Castelo de São Jorge e Padrão dos Descobrimentos são alguns dos espaços que voltam a receber público a partir de 5 de abril.

30/03/2021

Começou a 31 de março o Programa Municipal de Testagem à Covid-19 da Câmara de .
Todos os munícipes a partir dos 16 anos poderão fazer dois te**es gratuitos por mês nas farmácias aderentes, mediante marcação prévia.
Ficam abrangidas as freguesias com incidência de 120 casos/100 mil habitantes, num critério que será avaliado regularmente.
Este programa estará a funcionar até que seja alcançada a “imunidade de grupo”.
Saiba como aderir e consulte as farmácias onde pode fazer o seu teste gratuitamente em:
🌐 www.lisboa.pt/lisboaprotege/saude

Farmácias Portuguesas | Arslvt IP

FUGAVento que passas, leva-me contigo.Sou poeira também, folha de outono.Rês tresmalhada que não quer abrigoNo calor do ...
11/03/2021

FUGA

Vento que passas, leva-me contigo.
Sou poeira também, folha de outono.
Rês tresmalhada que não quer abrigo
No calor do redil de nenhum dono.
Leva-me, e livre deixa-me cair
No deserto de todas as lembranças,
Onde eu possa dormir
Como no limbo dormem as crianças..

Miguel Torga, in Diário V

Foto: Fisgas do Ermelo, Parque Natural do Alvão.

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Lisbon
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