Mulher, Filha & Mãe

Mulher, Filha & Mãe Mulher, Filha e Mãe é uma marca que se foca na sensibilização para saúde mental perinatal desde 2015

A marca Mulher, Filha e Mãe sensibiliza para (e atua no âmbito da) saúde mental perinatal através de acompanhamento individual, em grupo e formação ministrada pela Enf.ª Ana Vale; parcerias e protocolos com entidades que visem desenvolver campanhas, projetos, trabalho no âmbito da saúde mental perinatal; consultoria a profissionais que trabalham com famílias no período perinatal.

Mães perfeitas estão sempre prontas para os seus filhos. Sempre presentes e disponíveis. E sempre, é sempre. Todos os di...
03/09/2025

Mães perfeitas estão sempre prontas para os seus filhos. Sempre presentes e disponíveis. E sempre, é sempre. Todos os dias, a todas as horas, a todos os minutos e segundos.

Mães perfeitas colocam as crianças em primeiro lugar, sempre. E sempre, é sempre.

Mães perfeitas deixam todas as refeições prontas e a casa arrumada. A cozinha organizada e a roupa dos filhos pronta para o dia seguinte. Todos os dias. Sempre. E sempre, é sempre.

Mães perfeitas sorriem sempre que alguém as aborda. Há um brilho que parece surgir-lhes da alma, sempre. E sempre é.... sempre.

Mães perfeitas não têm nódoas na roupa, nem deixam os seus filhos ter. Acordam todos os dias os filhos com beijos e abraços, e à noite, lêem sempre uma história antes de os adormecer. Arrumam o que f**a desorganizado e deitam-se plenas com a sensação de que tudo foi feito.

Acordam no dia seguinte, prontas para mais um dia de peripécias com os seus filhos, já com um sorriso de orelha a orelha, tranquilas porque sabem que o que vier é uma benção, e acompanham esta plenitude com um pequeno-almoço saudável logo pela manhã, pronto a ser servido. Sempre.

Mães perfeitas cuidam a toda a hora, sem se queixarem. Demonstram-se sempre disponíveis, sempre presentes. Fazem aquilo que é recomendado por todos os especialistas. Ouvem tudo, lêem tudo. Têm as respostas e as teorias na ponta da língua.

Mães perfeitas fazem tudo isto e muito mais.

Mães perfeitas não sofrem, não mentem, não julgam, não se irritam, não batem, não se isolam, não magoam, não reclamam, não se revoltam, não demonstram tristeza, não se descuidam, não sentem raiva, não imaginaram como seria um dia se não tivessem sido mães, não desejam esporadicamente uma vida diferente, não adoecem, não se mostram indisponíveis, não se priorizam, não se amam mais do que aos próprios filhos, não erram, não existem. Sim, é isso mesmo, mães perfeitas - estas mães perfeitas - não existem.

A realidade é imperfeita, espontânea, vulnerável, inclusive, na maternidade.





Já tinhas pensado sobre isto? 🧠👉 Partilha comigo nos comentários ou por mensagem privada.Há muito sobre   que ainda tem ...
28/08/2025

Já tinhas pensado sobre isto? 🧠

👉 Partilha comigo nos comentários ou por mensagem privada.

Há muito sobre que ainda tem de ser refletido, partilhado, pesquisado...

Há muito trabalho para ser feito!

Podes também aceder ao site da Caring4moms (Caring4moms.pt) e perceber se a consulta de enfermagem de saúde mental perinatal responde à tua necessidade de ajuda.

Fala comigo se tiveres dúvidas 💚














É com grande entusiasmo que partilhamos convosco a reorganização dos serviços que podem encontrar na   🧡🔝 Links, serviço...
26/08/2025

É com grande entusiasmo que partilhamos convosco a reorganização dos serviços que podem encontrar na 🧡

🔝 Links, serviços, contactos e muito mais nas imagens partilhadas em e

👉 Prestamos cuidados de - e no - a famílias grávidas e no pós-parto, desde 2022, com enfoque na promoção da e em promover experiências positivas de , respeitando escolhas e desenvolvendo práticas baseadas em evidência.

👥 Somos duas com vários anos de experiência e com a missão de facilitar a transição para a maternidade/paternidade, trabalhando no período de ajustamento que lhe é característico, mesmo perante os diversos desafios da e Sabemos que a tranquilidade pode ser possível com o apoio adequado, no momento certo.

🔯 Trabalhamos em rede com diversos profissionais de saúde em quem confiamos (enfermeiros e enfermeiros especialistas, médicos, fisioterapeutas, psicólogos, osteopatas, terapeutas da fala, etc). Acreditamos que o trabalho multidisciplinar, com base na cooperação e trabalho em equipa, com recurso ao modelo de enfermeiro de referência, tendo a família na gravidez e pós -parto no centro dos cuidados, é uma das chaves para concretizar a nossa missão.

🧠 Estamos sempre perto das famílias e praticamos o 'acompanhamento' das mesmas para atingir os objetivos do plano de cuidados que refletirmos em conjunto desde o início e ao longo de todo o processo. Estudamos e debatemos cada caso intra e interequipa.

Estamos a crescer, e tal só tem sido possível porque nos dedicamos a cada pessoa que nos contacta, porque nos referenciam, porque acreditamos e as famílias acreditam em conjunto. Estamos conscientes do nosso papel enquanto enfermeiras nesta fase da vida das famílias, e nesta sequência faz-nos sentido inovar nos cuidados de enfermagem a cada projeto, ação, intervenção, avaliação. Nos serviços que apresentamos aqui e também naqueles que ainda estão para vir, em breve. 😉

Continuamos a contar convosco? 💚

Partilhem a e se tiverem dúvidas, conversem connosco por aqui ou por WhatsApp 🔝 😊

Há poucos dias na  o  falava sobre fertilidade, e em como a reduzida fecundidade está a comprometer a renovação de geraç...
16/08/2025

Há poucos dias na o falava sobre fertilidade, e em como a reduzida fecundidade está a comprometer a renovação de gerações seguintes. Um facto. Encontram mais dados sobre o mesmo assunto num estudo realizado pela sobre o tema, intitulado de "cada vez menos?" - um bom artigo, mas onde senti falta da exploração dos temas inerentes à saúde mental.

Nesta sequência, partilhei numa storie a possibilidade de fazer a relação entre a (SMP) e a

Não consigo escrever detalhadamente sobre todos os aspetos inerentes pelo espaço reduzido, mas deixo-vos 3 dos VÁRIOS tópicos existentes, c/fontes, p/pesquisarem se o tema vos interessar:

👉 Antecedentes de problemas de saúde mental. Mulheres que já têm ansiedade, depressão, doença bipolar, etc., diagnosticada antes de engravidarem precisam de acompanhamento especializado em SMP durante a e . O facto de não facilitarmos este apoio aumenta a insegurança, o medo, as dúvidas e os comportamentos de risco [nice.org.uk/guidance/cg192]

👉 Depressão perinatal. Mulheres com sintomatologia depressiva perinatal não vigiada/controlada têm maior probabilidade de ter um parto prematuro e bebés com baixo peso à nascença. Muitas destas mulheres, homens, famílias no pós -parto (especialmente, mas não só) pela experiência negativa de gravidez/parto/pós-parto verbalizam que não querem ter mais filhos ou adiam (ainda+) uma próxima experiência de parentalidade [ https://www.who.int/publications/i/item/9789240057142]

👉 Memórias de tristeza e culpa. Os problemas de SMP geram mt sofrimento e interferem c/o ajustamento à maternidade, deixando memórias e sentimentos perturbadores que podem manter-se durante mt tempo influenciando a presente, e futuras, experiências de parentalidade [Livro 'Saúde Mental Perinatal, Lidel, p.13-49]

Assim sendo:

🤔 Como acham q homens e mulheres c/antecedentes de problemas de q se sentem pouco apoiad@s no período perinatal, insegur@s, c/ experiências negativas de gravidez/parto/pp e/ou c/memórias de tristeza e culpa q perduram, vão encarar a experiência de fecundidade?

Temos a   cada vez mais desgovernada no nosso país  🚨⚡Reduz-se acesso à educação para a   **Tendo em conta o referencial...
04/08/2025

Temos a cada vez mais desgovernada no nosso país 🚨

⚡Reduz-se acesso à educação para a

**Tendo em conta o referencial de educação p/a saúde da feito p/orientar as escolas neste sentido, os conteúdos são maravilhosamente adequados. Falar sobre identidade, de relações interpessoais, de cooperação, interajuda, menstruação, violência no namoro, afetos, métodos contraceptivos, prevenção das IST, entre outros. Tão importante!

**Os meus filhos serão privilegiados neste tipo de educação, mas... E as milhares de crianças que nem sequer sabem o que fazer qd sangram da va**na pela primeira vez? Não sabem o que é um tampão? Que não sabem como se proteger de uma IST? Que acham que o controlo do telemóvel pelo parceir@ é normal numa relação de amor, ou que, um berro e um estalo de vez em quando faz parte? 😳

⚡ O deixa de ser uma prioridade, em detrimento da melhor gestão possível das empresas e patronatos.

**Incrível como é que alguém, em pleno século XXI, toma este tipo de decisão com base em achismos sem recorrer à prática baseada na evidência Sra. Ministra. Tenho vergonha de escrever aqui "ministra". Deixem o Luís trabalhar para quê?? Para isto?

⚡Tempo de qualidade entre mães e bebés deixa de ser uma prioridade. Como é que querem aumentar a natalidade neste país? A retirarem direitos às famílias? Concretizem conscientes, eficientes e com base na ciência!

⚡Há cada vez mais em . Deixem-me partilhar que estas notícias que certamente o tem reforçado nos meios de comunicação social p/tranquilizar as mulheres sobre a formação crescente de bombeiros parteiros me mete nojo.

**Sra. Ministra da Saúde eu estive os últimos 2 anos da minha vida a estudar para ser enfermeira parteira/especialista em enfermagem de saúde materna e obstétrica. Não faz ideia do que passei. As noites em branco, o tempo que sacrifiquei à minha família, as despesas financeiras que ninguém me comparticipou, o desespero de trabalhar em média 80horas por semana para conseguir terminar. E ainda não acabou.

**Cont. nos comentários**

De regresso!!! 😁😍💙Depois de dois anos intensos de mestrado em enfermagem de saúde materna e obstétrica, e ainda com uma ...
24/06/2025

De regresso!!! 😁😍💙

Depois de dois anos intensos de mestrado em enfermagem de saúde materna e obstétrica, e ainda com uma tese para entregar mas a sentir-me muito mais leve, estou de

De volta a arrumar tudo o que não consegui nos últimos meses, a organizar muito do que era impossível no meio de turnos e turnos de trabalhos e estágio, a gerir prioridades de regresso tb 😅 mas ainda assim... De regresso à minha vidaaaaa e 😁

Este mestrado tem transformado a minha vida a vários níveis e esta experiência é o exemplo de "não faças muitos planos que podem sair furados" 🙈 Não foi tudo assim, mas alguns (muitos), mudaram de trajetória.

Descobri-me em muitos momentos, superei-me noutros, iludi-me e desiludi-me, quis desistir, quis f**ar, duvidei de mim mesma várias vezes, conheci pessoas que quero muito manter na minha vida (outras nem por isso), estudei muito e chateei muito boa gente para me esclarecer. Tive vergonha, medo, ansiedade (muita!), insónias, vontade de saber mais, curiosidade imensa, desafiei-me a mim mesma várias vezes (e em muitas avancei assim -> 🙈), houve momentos que não consegui atingir os meus objetivos e senti que falhei. Continuei. Agarrei-me à força e segurança dos que importam. Agarrei-me a mim. Senti que me superei, e aqui estou. No fim, em lágrimas, no meu canto, ainda me lembrei da voz dos que me disseram "nunca serás ninguém , nunca serás capaz" e do amor dos que me ampararam em cada momento de felicidade e fraqueza. E sigo. Aqui, na tentativa de resumir 2 dos anos mais intensos da minha vida.

Esta semana tb marca o meu regresso à que tem sido maioritariamente gerida pela Rita e pelo André nos últimos meses muito ef**azmente 😍 que nesta equipaaaa 💙 permitiram que várias famílias continuassem a usufruir do nosso apoio em casa!

Em breve partilharei aqui , mas claro que as de enfermagem de saúde mental perinatal irão regressar em força para novas mulheres/famílias, assim como o 💦

Curiosos ? 🙋😉🙌








Hoje celebra-se o dia mundial da saúde mental materna! Este ano não me foi possível desenvolver nada dedicado a esta dat...
07/05/2025

Hoje celebra-se o dia mundial da saúde mental materna!

Este ano não me foi possível desenvolver nada dedicado a esta data/tema como tenho feito todos os anos, mas não podia deixar de partilhar aqui uma breve reflexão sobre o tema.

Acompanhas-me num exercício simples?

🥺 1 em cada 5 mulheres passa por alguma alteração da ansiedade e/ou humor no período perinatal.

🤱Em 2023 estão registados na PORDATA que houve 84.833 partos em Portugal.

✔️ Se fizermos uma conta simples percebemos que em Portugal é provável que, pelo menos, 21.208 mulheres tenham passado por alguma alteração da ansiedade e/ou do humor nesse período.

🤱 No ano anterior, assumindo o mesmo tipo de cálculo, também se estima que cerca de vinte mil mulheres tenham passado pelo mesmo. E no ano anterior a este, também. Em 2024, mesmo ainda não tendo todos os dados, acredito que o número/estimativa não seja muito diferente.

Questões:
🤨 Onde estão estas mulheres?
🤨 Quem são?
🤨 Tiveram acesso a profissionais de saúde qualif**ados nesta área?
🤨 Tiveram acesso a tratamento adequado?
🤨 Que impacto é que estas alterações tiveram na sua vivência da maternidade? Na relação conjugal? No autocuidado? No bebé? Na dinâmica familiar? (...)
🤨 A que tipo de cuidados tiveram acesso? Foram os mais adequados? Tiveram resultado?
🤨 Onde é que se desenvolvem cuidados especializados nesta área? Por quem? Como? Estão alinhados com as recomendações das entidades de referência?
🤨 Que impacto é que a inacessibilidade a um tratamento adequado nesta área tem na sociedade? Na economia? No mundo?

Tiremos 1 minuto do nosso dia para refletir sobre o que cada um de nós sabe sobre estas questões e sobre o universo de desconhecimento, ausência de trabalho em rede e falta de apoio nesta área que existe em Portugal, e ainda permanece.

Obrigada!







Foto da

Hoje estive na  a falar sobre o papel dos   na abordagem à   Foi a primeira vez que falei neste tema desta forma tão esp...
07/04/2025

Hoje estive na a falar sobre o papel dos na abordagem à

Foi a primeira vez que falei neste tema desta forma tão específ**a apesar do tempo breve e contado (que tenho sempre dificuldade em cumprir 😅).

Para mim, tem sido um caminho de procura, curiosidade, reflexão, debate, estudo e co-construção constante ao longo dos últimos dez anos sobre e enfermagem.

A primeira vez que falei numa escola (há dez anos) que queria aprofundar conhecimentos neste tema, disseram-me que isto não era um tema para enfermeiros trabalharem. Irritou-me esta perspetiva. O que será que aquela pessoa queria dizer? O que é que as mulheres e famílias ganham com esta fragmentação multidisciplinar?

Quando comecei a procurar evidência científ**a e práticas baseadas na evidência no âmbito da saúde mental perinatal e percebi que havia todo um mundo paralelo à "aldeia" que é Portugal neste sentido - com ganhos claros para determinados intervenientes, mas não para as mulheres e famílias. Decidi ignorar esses intervenientes e seguir o meu caminho.

Hoje, dez anos depois destes primeiros passos, apresentei um pedaço muito breve desta pesquisa e das minhas práticas com um (forte) friozinho na barriga e feliz por este passo. Mais interessante ainda, fiz tudo isto acompanhada da minha filha na primeira fila, com dez anos também 😉 e foi muito giro receber o feedback dela sobre a minha prestação 😅

Sinto que encontro profissionais de saúde, especialmente enfermeiros, cada vez mais despertos para esta problemática mas que ainda há muito para fazer e muitos para formar neste âmbito, não só na teoria mas na prática também 😉 E vocês, o que acham?


Em conjunto com o  , realizador do filme "Noites Claras" produzido pela  organizamos esta sessão de reflexão e partilha ...
12/02/2025

Em conjunto com o , realizador do filme "Noites Claras" produzido pela organizamos esta sessão de reflexão e partilha sobre 🎥

Foi maravilhoso sentir o pulsar das partilhas feitas por quem esteve presente na e que falou tanto sobre casos reais e sobre o filme que nos trouxe até aqui.

Não posso falar muito sobre o filme pq acho mesmo que o devem ir ver ao para perceberem como tudo isto que ando aqui a falar há tanto tempo se pode tornar tão real e como, mais do que um problema da mulher/família, este devia ser considerado um problema de saúde pública.

Tivemos a oportunidade de contar com a presença de pessoas da área da saúde e da educação e que se ocupam de refletir sobre como podem melhorar as suas práticas, os seus cuidados, a sua abordagem a mulheres, homens, bebés, crianças, famílias, num contexto de saúde e doença mental perinatal. Adorei ouvir todos os que aqui vieram e de sentir que há pessoas a fazer tanto por esta área mas que ainda há tanto por fazer também.

Falámos sobre as personagens, aspetos muito particulares do filme e da sua realização, sobre fatores de risco para a doença mental perinatal, sobre a importância da família e da rede de apoio, défice de articulação entre educação e saúde, o Paulo partilhou sobre o que o levou a pensar o filme de determinada forma mostrando um pequeno excerto que foi abordado por pessoas que o viram e esclareceu várias questões, e as minhas convidadas falaram sobre as suas práticas e experiências em contexto de trabalho e acompanhamento destas mulheres/famílias. Na minha perspetiva, são todas uma grande referência nesta área.

Falamos sobre muito mais mas não cabe tudo aqui...

Resta-me agradecer de forma muito especial à Enf. Andreia Batista, à .psicologia e à .psiquiatra.da.mae Dra. Renata Trindade, que doaram um pouco do seu tempo para co-construir este momento comigo e com o Paulo, que muito falou sobre a importância do que fui escrevendo no blogue Mulher, Filha e Mãe no desenvolvimento da personagem que vive a depressão pós-parto.

Uma experiência absolutamente inesquecível! 💙

Sei que já se passaram alguns dias desde a antestreia do filme 'Noites Claras' de  , produção de  , mas não queria deixa...
03/02/2025

Sei que já se passaram alguns dias desde a antestreia do filme 'Noites Claras' de , produção de , mas não queria deixar de partilhar um pouco sobre esta experiência.

Já tive a oportunidade de ir a algumas antestreias de filmes em Portugal e é sempre um bom momento para conhecer tb o realizador, a produção, os atores e ouvir um pouco do que os levou até ali. Gosto de boas histórias, e adoro cinema! Mas ir a esta antestreia foi MUITO diferente. Nunca imaginei poder ter experiência semelhante, mas aconteceu 💙

A antestreia de um filme cujo principal foco é a , em Portugal, é algo inovador, ousado, criativo e profundo.

*Inovador* pq tal nunca tinha sido feito em Portugal. Há muito poucos filmes no mundo que retratam a realidade de uma depressão pós-parto de forma central.

*Ousado* pq é preciso ter coragem para mergulhar num tema tão específico e complexo e conseguir integrá-lo numa história respeitando tantos aspetos sem tornar a história num cliché, p/exemplo.

*Criativo* pelos detalhes tão subtis e tão importantes r/c a vivência e a progressão desta doença e que foram tão bem retratados neste filme.

*Profundo* pelo próprio tema (mas não só). É impossível fazer algo com qualidade técnica (do ponto de vista clínico, científico), sem aprofundar conhecimentos sobre o tema, mergulhar na

E o Paulo e a sua equipa, os atores, a produção, fizeram tudo isto com um respeito enorme pela área.

Este filme é um excelente mote p/discussão de uma série de aspetos r/c a depressão pós -parto, concorde-se mais ou menos com o que emerge. É arte em movimento na esfera da saúde mental perinatal. É material de qualidade para poder sensibilizar e refletir. E é um orgulho para mim ter assistido a tudo isto, e de forma breve e simples, ter contribuído para algo que me parece ter muita qualidade.

Noites Claras está agora nos cinemas NOS é um filme português que retrata de forma central um pedaço da realidade do que é desenvolver, viver e lidar com depressão pós -parto. Há vários outros pedaços e vivências, logo, há espaço para mais histórias e filmes. Que este seja o primeiro de muitos! 😉

Estava eu a ler sobre a função materna na perspetiva da Dra. Teresa Ferreira, no seu livro "Em defesa da criança: teoria...
27/01/2025

Estava eu a ler sobre a função materna na perspetiva da Dra. Teresa Ferreira, no seu livro "Em defesa da criança: teoria e prática psicanalítica da infância" e só conseguia sentir uma sensaçao do género de quem sai à rua depois de algum tempo "fechada" num espaço e adora sentir o ar fresco a passar-nos pela cara, uma vontade de respirar fundo e trazer todo o ar denso cá para fora...

Foi como se regressasse a casa depois de algum tempo fora.

Neste caso...
Saudades da "minha" saúde mental!
Saudades de mergulhar nestes livros e f**ar a refletir sobre casos de saúde mental materna, só.

Ando há ano e meio mergulhada na enfermagem de saúde materna e obstétrica e com cada vez mais interesse e paixão por uma área que não pensei vir a gostar tanto, é um facto. Mas a enfermagem de saúde mental.. sinto-a como "a minha casa profissional", a minha base. Incrível como duas áreas que se cruzam tanto, são tão diferentes em termos de conteúdo e foco quando fala em saúde mental.

Vim estudar uma nova especialidade para saber se conseguiria cruzar ambas a nível profissional e cada vez têm crescido mais pontos de interrogação na minha cabeça. Como? Quando? Onde? Será? Superficialmente, tudo se pensa, tudo se cruza, mas não é esse o meu objetivo. Nunca foi.

Para pensar criticamente sobre uma das áreas, sentia necessidade de retirar o meu foco da outra e vice-versa. Mas isto não me faz sentido! Tenho falado com vários colegas da saúde mental que me têm dado contributos valiosíssimos (por vezes, sem saberem 😁). Uma dessas colegas escutou as minhas dúvidas com a atenção devida e bastaram poucos minutos para me aconselhar a ler este livro.

Quando o vi pensei que no meio de tanta coisa p/estudar para estágios e afins, só me ia enterrar mais... mas arrisquei e foi o melhor que fiz. Enquanto o lia foi crescendo um insight dentro de mim. Parece que muitas das minhas dúvidas também tinham resposta em algumas daquelas páginas.

Aos poucos, as peças (mais do que se cruzarem) vão -se juntando e sinto-me cada vez mais próxima do que me trouxe até aqui. Independentemente de chegar, ou não, ao fim, o que ganhei até aqui, já valeu a pena 😉



Fui contactada pelo Paulo Monteiro. Identificou-se como realizador de um filme que iria estrear em breve e onde pretende...
20/01/2025

Fui contactada pelo Paulo Monteiro.
Identificou-se como realizador de um filme que iria estrear em breve e onde pretendeu retratar a realidade de uma mulher com , entre outros aspetos.

Disse-me que se tinha baseado no que eu tinha escrito no meu blogue Mulher, Filha e Mãe para desenvolver esta personagem e outros aspetos do filme, assim como, para perceber mais sobre depressão pós-parto. Agradeceu-me pelo trabalho que fiz e convidou -me para ir à antestreia do filme no dia 29 😳

Se eu pensei que isto iria acontecer 10anos atrás? Nunca, mas confesso que me deixou feliz. Iniciei o blogue no dia 2 de fevereiro 2015, e depois de um trabalho feito de coração, totalmente voluntário e rigoroso (com o conhecimento que tinha na altura) sinto que continua a fazer sentido.

Enquanto mãe, o blogue ajudou-me a encontrar outras mães, outras histórias, a confrontar-me com a minha própria história e, entretanto, mudou o rumo da minha vida profissional.

Enquanto enfermeira especialista em saúde mental, foi um veículo de sensibilização para a saúde mental perinatal e para o encontro com várias mulheres, famílias e outros profissionais. Tenho aprendido e recebido imenso!

Entretanto questionaram-me pq é que eu o mantenho se já não escrevo no blogue. É simples. Continua a ser uma plataforma com testemunhos autorizados e informação credível, simples - sobre saúde mental perinatal - à qual todos podem aceder.

Imaginei que seriam mulheres grávidas, no pós -parto e as suas famílias que o procurariam. Nunca imaginei que um realizador, jornalistas ou deputados o fizessem. Foi também por isto (mas não só) que transformei muito do que escrevi no blogue, num livro 📖 "A outra face da maternidade" ☺️ mas o que era mesmo bom é que este nível de sensibilização se transformasse em mais recursos especializados nesta área que chegassem a mais mulheres e famílias! Não acham?

Estou mt curiosa para ver o filme 🎥 "Noites Claras" que estreia no dia 30 nos cinemas NOS/Lusomundo e estou igualmente curiosa por conhecer esta equipa que podia nunca ter partilhado sobre o impacto que o blogue teve 😁

✨Link na bio sobre o filme✨

Endereço

Loures

Telefone

+351926828202

Website

https://mulherfilhamae.blogs.sapo.pt/

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E foi assim que tudo começou!

Em 2015, na altura que fundei o blog Mulher, Filha e Mãe, a minha vontade de explorar, conhecer, saber, ler e estudar mais sobre saúde mental perinatal começou a tornar-se insaciável. Foi nesta fase também, que acabei por tomar conhecimento de um livro que muito me acrescentou enquanto pessoa e profissional - “Saúde Mental Perinatal” do Prof. António Macedo e da Prof. Ana Telma Pereira - e que mais tarde acabaria por mediar o meu encontro com a mesma equipa. Podem ler sobre o mesmo, aqui, e aqui.

Considerando a informação que fui reunindo, as partilhas diárias que diversas mulheres e famílias realizavam no meu blog/email, e o meu interesse crescente pela área da saúde mental perinatal, acabei por iniciar o Projeto Mulher, Filha e Mãe, em Junho do mesmo ano, com o objetivo de sensibilizar para a saúde mental na gravidez e pós-parto através de grupos de mães, formações diversas e partilha de artigos fidedignos em diversas plataformas.

No entanto, sentia que para trabalhar na área em questão e junto desta população, necessitava de aprofundar conhecimentos e conhecer práticas e recursos relacionados. Não só para responder às diversas questões que me surgiam há medida que ia sabendo mais sobre a área, como também, para poder desenvolver competências que me permitissem acompanhar mulheres e famílias nesta fase do ciclo de vida.

Assim sendo, em Outubro do mesmo ano ingressei no Mestrado e Especialidade em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria na Escola Superior de Enfermagem de Lisboa. Foi uma autêntica viagem, realizar esta formação académica superior. Uma viagem à minha pessoa, a um novo mundo de possibilidades, conhecimentos, intervenções e pensamento. No final, optei por realizar o trabalho teórico e prático relacionado com a área da saúde mental perinatal, e realizei o meu trabalho final de mestrado assente num programa de apoio a mulheres com alterações psicopatológicas no pós-parto, o qual intitulei de AMA.