03/09/2025
Acredito que a nossa função é sermos felizes, e é a única coisa que a maioria das pessoas anda realmente à procura.
Queremos estar em paz, queremos sentirmo-nos confortáveis e aproveitar a vida.
No entanto, se nos perguntarem o que precisamos para isso, normalmente a resposta é como as cerejas: atrás de cada factor, vem outro, e outro, e outro...e na verdade, nunca estamos verdadeiramente felizes, porque achamos sempre que nos falta algo.
Isto tem uma causa muito comum: colocamos o domínio da felicidade na base do material. E a ambição de mais e melhor nunca acaba.
Em primeiro lugar, quero desmistif**ar a questão da felicidade como o santo graal.
Parece que estamos na era em que a felicidade é o estado único aceitável e obrigatório.
Não é!!! Nunca o será!! E quem não souber aceitar isso, arrisca a sua saúde mental, irremediavelmente.
A felicidade não é uma coisa, é um sentimento. É um momento de alegria, de gratidão, de paz ...de qualquer sentimento leve que se mantém a maior parte do tempo.
Sim, a maior parte, não o tempo todo, porque todos temos dias melhores e menos bons, cada acordar é diferente, o dia é uma sucessão de acontecimentos, uns que nos agradam imenso e elevam as nossas emoções, outros que têm o efeito contrário, e está tudo bem!
Porque a vida é constituida por contrastes, e a forma como vamos reagir a eles é que nos fará sentirmo-nos bem, optimos, tristes ou até miseráveis!
A vida não é um conto de fadas, nem é suposto ser.
Mas cabe a cada um escolher a melhor maneira de lidar com os desafios que a vida apresenta.
Cabe a cada um escolher como viver da melhor maneira, isto é, de acordo com o que a faz sentir-se melhor.
Quando estamos em baixo, deprimidos, é como se uma nuvem tapasse o nosso sol.
Nessas horas, em vez de f**ar à espera que a nuvem passe e o sol apareça, seja por artes mágicas ou porque esperamos que alguém o faça por nós, opte por assumir o seu poder! E sim, nós temos o poder de escolher fazer algo, activamente.
Pense no que a faria sentir-se melhor: assista na tv a uma comédia, preparar uma reunião com amigos animados, ouvir uma música que a inspire a dançar ou a cantarolar, ir caminhar ou praticar o desporto da sua preferência, comer uma guloseima ou mimar-se um pouco com uma compra para si....a imaginação é o limite! :)
Á medida que construímos formas de nutrirmos interiormente as nossas emoções, movemo-nos ao som dos nossos ritmos favoritos com alegria no coração, e nos lembramos de reparar nas pequenas coisas pelas quais somos gratos por existirem; à medida que valorizamos o que já faz parte da nossa vida, sejam elas conquistas materiais ou profissionais, família, ou os nossos animais que partilham o seu amor incondicional connosco, a roupa que vestimos, ou simplesmente o facto de respirarmos e acordarmos mais um dia...isso sim, faz-nos apreciar a vida de uma forma profunda e de repente, seja com nuvens no céu, com sol ou uma tremenda tempestade, a alegria por estar viva tem um peso muito maior do que tudo o resto.
E não, não é mais feliz a conduzir um Ferrari do que o carro usado de uma qualquer marca, mas que o transporta igualmente do ponto A ao B, cheio de memórias vividas, ou da agradável sensação de vitória por o ter conseguido comprar com o seu esforço financeiro. Pode ser mais confortável e dispendioso, mas, acredite, não é isso que será a fonte da felicidade, nem a sua, nem de ninguém! Se assim fosse, não existiam ricos extremamente infelizes e pobres cheios de alegria pelo pouco que têm.
E sim, eles existem!
Aceite as suas emoções, honre-as, mas lembre-se que pode ser transformado dentro do seu coração, para algo melhor!...no seu tempo, ao seu jeito, ou com ajuda de alguém que lhe queira bem! Mas a opção, a escolha, é sempre sua!
E lembre-se da máxima bem velhinha: rir (ainda) é o melhor remédio! 😉