Ana Aleixo - Psicóloga Clínica

Ana Aleixo - Psicóloga Clínica Ana Aleixo, Psicóloga Clínica
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Neste Dia Mundial da Saúde Mental, quero  este pequeno espaço para congratular a  por abordar um tema TÃO importante. Nã...
10/10/2025

Neste Dia Mundial da Saúde Mental, quero este pequeno espaço para congratular a por abordar um tema TÃO importante. Não basta haver palestras sobre o autocuidado, não basta falar-se disse em corredores. É necessário sensibilizar, alertar. E foi isso que a Ordem hoje fez, falou para quem dela faz parte. Muita coisa há a mudar neste mundo, e vemos/ouvimos notícias devastadoras todos os dias que nos informam do longo caminho a percorrer no que trata à saúde mental, mas é preciso não nos esquecermos das coisas boas que ainda acontecem. Pela Saúde Mental de todos/as, dos Psicólogos/as também. Isto derruba barreiras e mitos. E todos nós ganhamos com isso.

Tenho a possibilidade de dar aulas a licenciatura (1⁰ e 3⁰ anos) e mestrado em psicologia clínica e esta viagem tem-me f...
25/09/2025

Tenho a possibilidade de dar aulas a licenciatura (1⁰ e 3⁰ anos) e mestrado em psicologia clínica e esta viagem tem-me feito chegar a boas memórias. À minha licenciatura. Ao meu mestrado. Como a psicologia mudou a minha vida. E trouxe novos mundos ao meu mundo. Lembro-me da Ana estudante, que escrevia até ser quase imperceptivel a letra para mim mesma, a que fazia perguntas até demais por vezes, a que estava cheia de medo e ansiedade por ir para uma cidade nova e um mundo completamente desconhecido. Fui para Faro, depois fui ao Porto fazer um semestre porque amo o Porto e sabia que era uma excelente faculdade. Voltei a Lisboa e só Deus sabe o esforço que fiz para entender alguns conceitos psicanalíticos que ouvia pela primeirissima vez. Lembro-me de pensar "quando for grande" quero ser assim, como variadas personalidades que me marcaram - em aulas, em congressos, em conferências, a que sempre fui desde a licenciatura porque gostava dos temas e de ouvir quem sabe. Há professores marcantes, fundamentais para o meu percurso académico. Hoje, ao dar aulas sinto a responsabilidade de formar futuros bons profissionais, mas acima de tudo é importante que se desenvolvam enquanto pessoas e na relação. Esse é o brilho de trabalhar em psicologia. A primazia do Humano. Em relação. Sinto um grande orgulho em mim mesma por estar hoje daquele lado, a dizer coisas que escreverão nos seus cadernos ou tablets e poderão ler anos mais tarde. Tem sido um enorme desafio, a preparação, planeamento, concepção, mas também absolutamente fantástico! Muito grata pelas oportunidades que a vida me tem dado. Hoje, sorrio à Ana Aleixo estudante, à que mudou o seu percurso académico, que passou anos fora de casa, que sentia as pernas a tremer variadas vezes, à que decidiu fazer um doutoramento e que (às vezes ainda sem acreditar) o terminou. Sorrio a todos os caminhos. E à que se tornou professora.

Obrigada. Valeu a pena.

É verdade. Após 5 anos de funções de Psicóloga no Serviço de Psicologia e Orientação escolar, decidi mudar de rumo e ace...
10/09/2025

É verdade. Após 5 anos de funções de Psicóloga no Serviço de Psicologia e Orientação escolar, decidi mudar de rumo e aceitar o desafio de docência universitária. Iniciei hoje funções como Professora Auxiliar, um cargo de responsabilidade e que me deixa imensamente feliz, não esquecendo o que o passado me deu e o que aprendi. O futuro é em frente (e até a chuva veio abençoar esta caminhada...) 😃

É com felicidade que partilho que um dos meus artigos do doutoramento concluído em Janeiro foi hoje publicado online na ...
30/07/2025

É com felicidade que partilho que um dos meus artigos do doutoramento concluído em Janeiro foi hoje publicado online na Journal of Construtivist Psychology para todos os quais quiserem ler e saber mais sobre o processo psicoterapêutico. Para mim é um orgulho ver o meu trabalho de tantos e longos anos publicado. É a concretização de um objetivo. Espero que apreciem este trabalho, fruto de paixão pela área da investigação de processo em psicoterapia. Cá estarei para continuar e para saber o vosso feedback!

https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/10720537.2025.2540349

A morte. A sempre inexplicável morte, que chega por vezes sem aviso e que nos relembra da finitude e fragilidade da vida...
04/07/2025

A morte. A sempre inexplicável morte, que chega por vezes sem aviso e que nos relembra da finitude e fragilidade da vida. E foi precisamente com esse tema que surgiu o meu 1⁰ caso de sempre, ainda no estágio académico, de uma menina orfã de pais.
A partir desse dia e também numa fase em que estava eu própria no luto da morte da minha avó, trabalhar este tema tem sido especial e único para mim. Desde aí tem-me chegado vários tipos de luto. De histórias carregadas de dor mas também superação. De pais, filhos, irmãs, relações. Quando morre alguém conhecido há uma espécie de consciencialização social do mais certo que conhecemos mas que nunca nos queremos lembrar, como se se soubessemos vivessemos um bocadinho menos. A morte é como diz Pessoa "a curva da estrada", o mais certo que conhecemos e ao mesmo tempo o mais desconhecido. É por isso assustador pensá-la, para a maior parte das pessoas. É o expoente máximo do que representa o desconhecido. E não só é desconhecido como representa o fim de tudo o que conhecemos. Como trabalhar com a ideia de fim num mundo acelerado, que muitas vezes nega todo e qualquer espaço mental para parar, processar, experienciar. Não será o mundo de hoje oposto a qualquer forma de luto? Sim, aquele luto sem tempo nem espaço, que não exige, que não pede, só aguarda. Só aceita. Aceita o tempo, os espaços, os ritmos, as lágrimas, a negação, a incredubilidade, a surpresa, a incerteza, a frustração, a raiva, a culpa. Tudo. Aceita até a falta de sentido para o que aparentemente não tem sentido nenhum e resignifica experiências. O processo de luto vive como todos os processos do "estar" e não "do existir". O meu respeito e admiração por todos os que se permitem senti-lo, vivê-lo, aguardá-lo e acolhê-lo em terapia. Que o deixam existir, mesmo congelados pela dor.

Hoje marca o fim de mais um ano letivo para mim. Mais um ano a trabalhar com crianças e jovens, a comunicar com pais/enc...
26/06/2025

Hoje marca o fim de mais um ano letivo para mim. Mais um ano a trabalhar com crianças e jovens, a comunicar com pais/encarregados de educação, professores e comunidade educativa. Foi um ano desafiante. Muitas necessidades, muito trabalho, a saude mental das nossas crianças e jovens, adultos de amanhã, precisa de ser cuidada. É necessário que os que mandam nisto tudo não se esqueçam de promover, implementar, cuidar dos serviços de psicologia escolar, arrisco dizer, cada vez mais necessários, importantes, fundamental e integrados no espaço escola. As necessidades são muitas, as dificuldades emocionais para além de educacionais são muitas, a comunidade de alunos cada vez mais múltipla e internacional. Arrisco dizer que a escola de hoje é diferente do antigamente e até diferente da escola que conheci em 2020. Ainda mais multiracial, mais multilinguística, mais digital, mais exigente em muitas frentes. Acabo o ano letivo a levar comigo o sorriso de muitos alunos, os abraços que me davam nos intervalos quando me viam, o "quando vai lá à aula ter connosco?", o "vou melhorar as notas", e todas as vezes em que perante momentos muito dificeis foram ter comigo e após isso a pergunta "quando volto?" ou ouvi de professoras que a aluna/aluno gostou muito de ir ter contigo. É por isto e muito mais que vale a pena continuar a apostar na saude mental da infância e adolescência e nos serviços de psicologia escolar. Os alunos precisam de alguém que os escute e os acolha. E que seja curioso a todo o novo mundo que têm para nos mostrar. Isso parece pouco e é tanto! Os alunos gostam da escola. De uma escola acolhedora, de uma escola que abraça, de uma escola que inclui. Os alunos são também preocupados com o seu futuro, mesmo que por vezes nao pareça. Os alunos são o futuro. E do futuro precisamos de cuidar, hoje. Feliz porque a maioria dos alunos que acompanhei transitou de ano. E feliz porque dei o meu melhor e sinto que mais um ano letivo se passou e fui peça ativa no sucesso e comunidade escolar. Obrigada

Ano Letivo 2024/2025

Mode ON 💯🤙
21/04/2025

Mode ON 💯🤙

Sobre metáforas em psicoterapia. Esta foi-me dita hoje por uma adulta referindo-se a um acontecimento vivido com felicid...
19/03/2025

Sobre metáforas em psicoterapia. Esta foi-me dita hoje por uma adulta referindo-se a um acontecimento vivido com felicidade e após trabalho terapêutico com utilização de metáforas em que me referi (numa outra sessão) ao sofrimento e dor emocional como nuvens negras e carregadas dentro de nós e como seria se nos focássemos numa sensação agradável que entretanto surgiu como uma nuvem leve, clara e um raio de sol. Hoje, lembrando-se da metáfora das nuvens, surgiu o chapéu de chuva. Mesmo no meio de nuvens negras carregadas de ansiedade.

Esta metáfora representa para mim um resultado positivo da terapia feita até então e sinal de processos favoráveis a bons resultados.

E vocês? Já pensaram no poder da linguagem metafórica como importante para a recuperação em terapia? Alguma que utilizem frequentemente?

Caros pais, professores, educadores:Muito são os problemas de comportamento que ouvimos por estes dias. Na escola, em co...
18/03/2025

Caros pais, professores, educadores:
Muito são os problemas de comportamento que ouvimos por estes dias. Na escola, em consultório.

A relação humana é a chave.

Hoje, no final de uma 1a sessão com uma criança com dificuldades de comportamento com pares e adultos, perguntou-me isto. Senti um abraço apertadinho de alguém que necessita de um espaço de escuta e de aceitação. De relação. Conforto.

A relação. Sempre a relação.
Cuidem dos afetos. Ao cuidar dos afetos estão a cuidar do comportamento e das aprendizagens.

[A psicoterapia e a AI] Hoje, a respeito do tema que dominou a semana sobre o Rommie, o chabot virtual que irá ser, segu...
19/02/2025

[A psicoterapia e a AI]
Hoje, a respeito do tema que dominou a semana sobre o Rommie, o chabot virtual que irá ser, segundo notícias, lançado até final do ano, não podia deixar fugir este assunto e o tema do post semanal é este mesmo.
Não vou fazer um post do que tanto já se falou por aí, a diferença lógica e abismal entre a relação humana psicoterapêutica e a interação com um chatbot (imaginando que os investigadores criadores do rommie o sabem). Vou assim destacar aspetos fulcrais, a meu ver.
1) a evolução tecnológica está aí, é o futuro e o presente, não podemos fugir dela. Posto isto vou abordar sem desprimor do impacto da IA nos dias de hoje alguns aspetos clínicos que nunca nos poderemos esquecer:
2) a aliança terapêutica é o processo mais estudado de sempre em terapia. Hoje sabe-se que uma boa aliança terapêutica está associada a bons resultados.
3) na terapia não existe uma díade, mas sim uma tríade: eu (terapeuta) + tu (cliente) = nós (o espaço intersubjetivo, um campo onde se forma a narrativa e se co-constroem significados. Ambos têm influência mútua, quer consciente e inconsciente no que acontece em 50/60 min da sessão. A relação, e este campo intersubjetivo não é apenas feito do que se diz, mas do que não se diz. Não só do manifesto, mas também do latente. Do sentido e não expresso. Do expresso e também sentido. Das palavras e dos silêncios, dos nós na garganta, nos gestos, da postura corporal. A relação terapêutica (e o sucesso) são co-construidos, onde não existe um sem o outro, cliente sem terapeuta, terapeuta sem cliente e mais do que isso, sem o espaço onde ambos existem naquele espaço que tudo torna real. Isso não existe num livro de auto-ajuda que se arranja, não existe num chat que transforma o que se diz em meras técnicas/conselhos/expressões. O processo terapêutico não são só palavras, não são perguntas que têm logo resposta, recompensa imediata. Aliás, acrescento, a psicoterapia não é feita de respostas, nem de perguntas, mas do que se ouve sem necessáriamente se perguntar (sobre nós e o mundo) do que se escuta nos silêncios, do que se ouve no corpo, de perguntas sem resposta, de respostas que trazem perguntas. Novos mundos ao mundo.

A literatura fala-nos de características/ações de terapeutas eficazes, o que nos faz desde logo pensar que existe uma gr...
12/02/2025

A literatura fala-nos de características/ações de terapeutas eficazes, o que nos faz desde logo pensar que existe uma grande variabilidade de resultados entre terapeutas - uns conseguem sistematicamente bons resultados com clientes diferentes e independentes do seu diagnóstico/características. Estes são os terapeutas mais eficazes e a literatura tem vindo a focar-se nestes profissionais. O que fazem? Quem são? O que os caracteriza? Existem vários fatores que explicam a variabilidade entre terapeutas - denominados fatores/efeitos do terapeuta.
Em 2017, Wampold e colegas dedicaram um capítulo sobre este tema, destacando algumas das 14 qualidades/caracteristicas de psicólogos eficazes listadas em Wampold (2011).

Destas, referidas neste post, saliento algumas notas para refletir:

1. aliança terapêutica é diferente de relação terapêutica. Estes terapeutas possuem uma boa relação terapêutica (bond) com os seus clientes, definindo (com o cliente) objetivos concretos trabalhados através de tarefas específicas.

2. Um terapeuta eficaz é persuasivo, tem fluência verbal e é capaz de se modular emocionalmente. Diria que é proativo, sabe o que faz, quando o faz e como o faz.

3. Preocupa-se em ser o melhor profissional para o seu cliente, investe na sua carreira profissional, reflete sobre as suas decisões clinicas/atuação/formulação de caso.

4. Envolve-se em exercicios de prática deliberada. Não só "faz' mas foca a sua atenção em competências especificas que quer desenvolver/melhorar e treina sistematicamente para fazer "livremente" em sessão.

Fazer psicoterapia é um trabalho ativo/pensado/em sintonia com o cliente. E não está fechado entre quatro paredes.

A investigação diz-nos que a forma como os clientes narram as suas histórias pessoais está associada à recuperação em te...
05/02/2025

A investigação diz-nos que a forma como os clientes narram as suas histórias pessoais está associada à recuperação em terapia. Quando os clientes descrevem de forma concreta e específica as experiências vividas, focando a sua atenção nas emoções sentidas no momento descrito e momento a momento na sessão terapêutica, dão novos sentidos aos acontecimentos vividos. Quando um cliente descreve de forma vivida, através de linguagem evocativa/metafórica o lhe acontece - integrando referenciais internos numa narrativa concreta - isso aumenta o seu acesso e consciência à experiência emocional na sessão. Níveis de processamento emocional elevados - em que o cliente foca a sua atenção no que sente momento a momento está associado a uma exploração e envolvimento na sessão, refletindo e criando novos significados ao vivido.

Estes processos são comuns a clientes recuperados e que passaram por processos terapêuticos de modelos teóricos distintos (EFT/CCT/CBT).

Questões para refletir:
Para clientes: estarei eu, nas minhas sessões, a evitar falar de certos assuntos, que me irão emocionar, focando-me numa narrativa externa, abstrata e geral sobre os acontecimentos?

Para terapeutas: estarei eu a ser responsivo às características e necessidades d@ meu/minha cliente? Tenho estado atento à forma como @ meu/minha cliente narra as suas histórias pessoais?

Para supervisores: estou atento a estes indicadores e trabalho com o meu supervisando formas de intervir responsivamente e tendo em conta as emoções sentidas pelo meu supervisando?

E não se esqueçam - é muito mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa. Esta rubrica é efetuada com uma linguagem tão acessível quanto possível. Mais informações sobre referências, recursos, dm.

Endereço

Odivelas

Website

http://www.psianaaleixo.com/

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