Clínica Dr Celso Oliveira - Psicoterapia Integrativa com/sem Hipnose

Clínica Dr Celso Oliveira - Psicoterapia Integrativa com/sem Hipnose Psicoterapia com Hipnose Clínica Centrada na Pessoa e Focada nas Soluções

Ovar
Largo SerpaPinto O que é a Hipnose? Celso Oliveira (Novembro/ 2012)

A Hipnose é um estado Específico de Consciência, natural em todas as Pessoas e que todas as Pessoas podem aprender a usar .
É um estado específico de consciência natural e não modif**ado e muito menos alterado.

É um estado que podemos aprender a usar e que consiste no afunilamento da nossa atenção para o nosso interior. A hipnoterapia é a utilização guiada dessas habilidades naturais da Pessoa para resolver dificuldades e/ou encontrar soluções terapêuticas para essas dificuldades. Tratamentos
A Hipnoterapia pode ser utilizada em variadas situações, nomeadamente:
- Depressão
- Pânico, ansiedade, medos e fobias
- Perturbações Obssessivo- compulsivas (POC)
- Problemas de Concentração e Memória
- Distúrbios do sono
- Distúrbios alimentares (Anorexia, Bulimia, Controlo alimentar, etc.)
- Redução de Peso
- Problemas se***is (Frigidez, Impotência Sexual, Ejaculação Precoce, etc.)
- Hiperatividade e Défices de Atenção
- Problemas de concentração e memória
- Controlo da Dor (Fibromialgia, Artrite, etc.)
- Problemas dermatológicos (Psoríase, Vitiligo, Lúpus, etc.)
- Problemas de Socialização (Timidez e dificuldades de relacionamento)
- Dificuldades no desempenho escolar (insucesso, desmotivação e ansiedade)
- Adições (Tabagismo, Alcoolismo e Dr**as)
- Mudança de Hábitos (roer as unhas, etc.)

Eu vejo-te para além do que fizeste(por Celso Oliveira)O julgamento nasce, muitas vezes, como um reflexo rápido, quase a...
30/10/2025

Eu vejo-te para além do que fizeste
(por Celso Oliveira)

O julgamento nasce, muitas vezes, como um reflexo rápido, quase automático, antes mesmo de a razão chegar. É como uma sombra que se adianta ao corpo. Vemos alguém, escutamos uma frase, observamos um gesto e, silenciosamente, erguemos um veredicto. Esse movimento não é apenas social. É também psicológico. E, com frequência, diz mais sobre o nosso universo interno do que sobre a realidade do outro.

Julgar o outro pela aparência, pela forma de se expressar, pelas escolhas afectivas, profissionais ou espirituais, é esquecer que aquilo que vemos é apenas a superfície de uma biografia complexa. Cada pessoa é um texto já escrito e em permanente reescrita. E nenhum texto se compreende lendo apenas o título. A diferença não é ameaça. É a prova de que a humanidade não foi moldada em série. Onde há diversidade, há potencial de encontro, complementaridade e criação. Uniformidade dá segurança aparente, mas é a variedade que dá vida.

Na clínica e na vida, sabemos que o julgamento muitas vezes protege. Protege do medo do desconhecido, da sensação de perda de controlo, da confrontação com o que em nós ainda não está integrado. Quando alguém julga de forma severa, talvez esteja a dizer, sem o saber: “Há em mim partes que ainda não reconheço.” Assim, o julgamento funciona como um espelho invertido. Atribuímos ao outro aquilo que nos custa aceitar, nomear ou incluir em nós. A psicologia das projecções tem-nos mostrado isto de forma consistente: o que irrita em demasia, o que activamente rejeitamos, pode ser precisamente aquilo que está a bater à porta da nossa consciência.

Por isso, enquanto profissionais e enquanto pessoas, o caminho que dignifica é outro. É o da empatia lúcida. Não uma empatia ingénua, que tudo desculpa, mas uma empatia informada, madura, que pergunta antes de concluir. Que procura compreender o contexto antes de classificar a conduta. Que escuta as condicionantes biográficas, os traumas, as aprendizagens, os vínculos e as faltas. Compreender não é justificar. É localizar. E localizar o comportamento numa história concreta é um gesto ético, porque devolve humanidade a quem podia ter sido reduzido a um rótulo.

Substituir o julgamento pela compreensão é como trocar uma lente estreita por uma janela larga. Quando compreendemos, abrimos espaço. E onde há espaço, a relação pode crescer. A compreensão fortalece equipas, famílias e comunidades porque retira do convívio a ameaça constante de ser alvo de crítica silenciosa. Quando alguém sente que pode ser visto na sua totalidade, com a sua dor e os seus recursos, com os seus erros e a sua intenção de reparar, sente-se mais disponível para mudar. A mudança raramente nasce de um apontar de dedo. Nasce muito mais de um olhar que diz: “Eu vejo-te para além do que fizeste.”

No âmbito profissional, esta atitude é ainda mais decisiva. Quem trabalha com pessoas precisa de manter vivo este princípio: toda a conduta tem uma função psicológica, mesmo quando é disfuncional. Julgar pára o processo. Compreender põe o processo em marcha. O julgamento fecha, a compreensão abre. O julgamento isola, a compreensão liga. Numa relação terapêutica, educativa ou de ajuda, o respeito pela singularidade é condição de eficácia. Cada sujeito traz consigo a sua gramática afectiva, os seus mecanismos de defesa, o seu modo de sobreviver. Olhá-lo apenas pelo desvio ou pela estranheza do seu comportamento é empobrecer a leitura clínica.

Podemos pensar na diferença como num jardim de espécies raras. Há flores discretas que não chamam imediatamente a atenção. Há outras que, pela cor, confundem ou surpreendem. Se olharmos apenas com os critérios de uma só flor, diremos que as outras são inadequadas. Mas o jardim não foi feito para um olhar monocromático. Foi feito para quem sabe demorar-se. E a convivência humana também.

Por fim, substituir o julgamento pela compreensão não é apenas uma escolha relacional. É uma escolha identitária. É decidir que queremos ser pessoas que ampliam o mundo do outro, e não que o encolhem. É optar por uma ética que humaniza, porque reconhece que, no fundo, todos caminhamos entre fragilidades e desejos de pertença. Quando cultivamos esta postura, tornamo-nos lugares seguros para aqueles que nos rodeiam. E um lugar seguro é sempre fértil. É nele que nasce a aceitação e, com ela, o crescimento mútuo.

Interferência(por Celso Oliveira)António descobriu que pensar em Maria era como ter uma rádio antiga acesa no fundo da c...
28/10/2025

Interferência
(por Celso Oliveira)

António descobriu que pensar em Maria era como ter uma rádio antiga acesa no fundo da casa. Podia fechar portas, aumentar o ruído da torneira, abrir janelas para a rua, mas a emissão persistia, com um chiado que lhe lembrava a própria pele. Maria, por sua vez, vivia com uma maré que não obedecia às marés. Quando queria recuar, a água avançava; quando tentava avançar, a água parecia-lhe fugir. Não se entendiam. Cada conversa transformava-se num labirinto onde ambos, cansados, marcavam as paredes com as mãos e saíam por portas diferentes.

— Eu já não quero pensar em ti, disse António uma noite, à mesa vazia.
— Também eu, respondeu Maria, com o garfo pousado como uma vela apagada.

A cidade continuou, indiferente, com semáforos a alternar, cães a latir, vizinhos a arrumar compras. Eles, porém, habitavam um país de arestas. O passado funcionava como um eco mal colocado. Ampliava o que era pequeno e diminuía o que era grande. Cada gesto exigia legenda, cada silêncio pedia tradução.

António tentava desviar o pensamento. Passava mais tempo a correr no jardim, gritava os nomes das árvores para ver se o cérebro obedecia. Maria punha música alta, aprendia receitas novas, arrumava o guarda-fatos por cores, como se a ordem externa pudesse domesticar a tempestade interna. Nada resultava. O que tentavam expulsar voltava, mas transfigurado. O “não pensar” convertia-se em corredor de espelhos.

Numa tarde de sábado, cruzaram-se sem plano na mesma esplanada. Sentaram-se porque sentar é, às vezes, a única coragem possível. O empregado trouxe dois cafés e um copo de água. Era um cenário mínimo, limpo, como se alguém lhes oferecesse uma folha em branco.

— Quando falamos, parece que trazemos demasiados convidados, disse António, a olhar o reflexo baixo da colher.
— Talvez devêssemos começar por os despedir, respondeu Maria.
— Quem?
— As versões de ti que inventei. As versões de mim que tu temes. Os argumentos guardados para provar que tenho razão, e os teus.
— E o medo de perder tempo, disse António.
— E a pressa de ganhar o último ponto, acrescentou ela.

Ficaram calados. A rádio antiga reduziu o volume por instantes; a maré suspendeu o braço.

António tirou do bolso um caderno pequeno, com capa azul. Tinha-o comprado sem saber para quê. Escreveu no topo: “Caderno de Tradução”. Empurrou-o para o centro da mesa.

— Se calhar, precisamos de traduzir antes de responder. Como se a língua do outro fosse aparentada, mas não idêntica.

Maria sorriu. Pegou na caneta e escreveu: “Hoje sinto-me como uma ponte que treme com o vento. Passas por mim e penso que vais cair, e em vez de reforçar as cordas, grito-te para ficares parado.” António leu devagar. A imagem fez-lhe cair qualquer âncora. Respondeu: “Quando treme a ponte, eu corro para a outra margem porque temo que me culpes se cairmos os dois. E corro sem avisar, como se te abandonasse.”

As metáforas começaram a trabalhar sozinhas, como artesãos discretos. Ao nomearem o tremor, o tremor deixou de mandar. Não se tratava de truque. Era apenas a paciência de olhar uma coisa até que a coisa mudasse de nome.

Como um acordo silencioso, decidiram duas regras para aquele encontro e para os seguintes. Primeiro, a regra dos “três minutos de eco”: um fala, o outro repete com as suas palavras o que ouviu, e só depois acrescenta o próprio ponto de vista. Segundo, a regra do “farol”: quando a maré subir, acende-se uma luz em vez de tentar deter o oceano. A luz é a frase que nenhum dos dois contesta. Poucas palavras, mas comuns.

— Qual é a tua luz? perguntou António.
— “Quero que consigas aproximar-te sem medo”, disse Maria.
— A minha é esta: “Quero que a tua ponte não trema por minha causa.”

Guardaram as duas frases no bolso interior da noite.

Nos dias seguintes, cada um continuou a lutar com a sua “rádio” e a sua “maré”. A diferença é que não tentaram desligar. António, quando a emissão começava a subir, não dizia “não penses em Maria”. Dizia: “A rádio está a fazer o seu trabalho; eu faço o meu.” E ia regar as plantas. O acto era simples, mas tinha uma geometria: onde a mente corria, o gesto punha raízes. Maria, quando a água ameaçava inundar, escrevia duas linhas no Caderno de Tradução, como quem recolhe amostras para estudo, e depois caminhava dez minutos, cronometrados, à volta do quarteirão. O corpo emprestava-lhe fronteiras.

Voltaram à esplanada uma semana depois. Chovia uma chuva fina, dessas que ensinam os telhados a falar.

— Penso em deixar de pensar em ti, disse António, como quem fala de meteorologia.
— E eu em deixar de te querer quando não nos entendemos, disse Maria, com o guarda-chuva encostado à cadeira.

Abriram o caderno. António trouxe uma nova imagem: “Sinto-me um violinista a afinar com o barulho da rua.” Maria respondeu: “Eu, um público que chega tarde e exige um bis sem ouvir o concerto.” Riram. Rir foi o primeiro gesto sem arranhão.

Decidiram testar uma espécie de “ensaio de emergência”. Se surgisse uma discussão, aplicariam, sem debates laterais, um pequeno ritual: água, janela, três minutos de eco, farol. Água, porque beber quebra ritmos. Janela, porque o ar sabe coisas que as paredes escondem. Três minutos de eco, para que o que se diz tenha chão. Farol, para lembrar o rumo quando o mapa molhar.

Não era um remédio milagroso. Às vezes falhou. Às vezes um esqueceu-se da água e o outro abriu a janela demasiado tarde. Mas o simples facto de haver ensaio reduziu a vaidade do improviso. O conflito deixou de ser um gladiador e passou a ser um hóspede difícil com hora marcada para sair.

O tempo, esse relojoeiro teimoso, deu-lhes uma confirmação discreta. António percebeu que a rádio já não ocupava todas as divisões. Tinha dias em que se resumia a um sussurro na cozinha, enquanto ele lia as notícias. Maria deu-se conta de que a maré, embora farta, conhecia agora a curva das pedras. Havia poças onde podia brincar com reflexos em vez de construir diques.

O que mudou entre eles não foi a substância, foi a gramática. Continuavam a discordar sobre horários, contas, férias, a melhor maneira de arrumar livros. Contudo, antes de cada assunto, havia um gesto aprendido: António procurava a ponte, testava as cordas com a mão. Maria acendia o farol. E, sem darem por isso, os convidados antigos começaram a sair, um por um, envergonhados, como quem percebe que já não é preciso.

Houve uma noite em que Maria disse:

— Não quero deixar de pensar em ti. Quero pensar em ti como penso no mar quando estou na praia. Sei que lá está, mesmo de costas. Não preciso de vigiar cada onda.

António encostou o ouvido ao próprio peito, como se confirmasse uma frequência.

— E eu quero que, quando penso em ti, a rádio passe música e não notícias urgentes.

A cidade, lá fora, continuou. Dentro, algo ficou mais simples. O Caderno de Tradução não se transformou em romance. Foi ficando com páginas de notas, metáforas, pequenas vitórias e alguns riscos riscados. Tornou-se um objecto comum, como um saleiro. Ninguém o venerava, ambos o usavam.

Se alguém lhes perguntasse como fizeram, diriam que não deixaram de pensar. Aprenderam a pensar com outra postura. Aceitaram a presença do outro como se aceita a presença da própria respiração. Quando um pensamento chegava vestido de alarme, davam-lhe um banco e uma chávena de chá. Ficava menos dramático. Quando uma conversa tentava correr para a ravina, recitavam a luz. Nem sempre resultava, mas resultava o suficiente.

Um domingo, caminharam junto ao rio. Maria deteve-se na ponta da ponte, que tremia apenas com o vento das bicicletas. Olhou António e, em voz baixa, repetiu:

— Quero que consigas aproximar-te sem medo.

Ele respondeu, com uma calma que não se ensaia:

— Quero que a tua ponte não trema por minha causa.

E avançaram devagar, não porque soubessem o que os esperava, mas porque decidiram ser, um para o outro, menos ruído e mais caminho. O resto, como a meteorologia, seria assunto do céu.

Sobre ajudar sem esperar retorno(por Celso Oliveira)Ajudar alguém é como acender uma lâmpada no nevoeiro. A claridade nã...
26/10/2025

Sobre ajudar sem esperar retorno
(por Celso Oliveira)

Ajudar alguém é como acender uma lâmpada no nevoeiro. A claridade não pede licença, apenas cumpre a sua função e segue caminho. Quando estendemos a mão sem cálculos de proveito, o coração aprende uma gramática secreta, onde o sujeito é o gesto e o predicado é a paz que fica.

Nem todos dirão obrigado. Alguns passarão adiante como se nada tivesse acontecido. Está tudo bem. As razões deles pertencem-lhes, como marés que não controlamos. Tu, porém, ficas com o rasto de luz no peito, essa certeza silenciosa de que fizeste a coisa certa quando ninguém te via.

Pensa na semente que desaparece no solo. Não pede aplausos, não cobra promessas. Transforma-se. O teu cuidado é assim: entra na terra do mundo e opera mudanças que talvez nunca presencies. Que importa. O que importa é a corrente interior que se aviva quando escolhes o bem.

Vive com esta bússola simples. Faz o que é preciso, com elegância, e segue. A recompensa existe, sim, mas vem de dentro: é o sossego que te encontra quando a noite chega e o espelho devolve um rosto inteiro.

Adolescente mata a mãe com arma do pai: responsabilidade, narrativa pública e o que a prevenção nos ensinaPodemos lament...
23/10/2025

Adolescente mata a mãe com arma do pai: responsabilidade, narrativa pública e o que a prevenção nos ensina

Podemos lamentar e, ao mesmo tempo, pensar com rigor. Quando um adolescente de 14 anos mata a mãe com a arma do pai, não é sério separar luto de responsabilidade preventiva. O acesso do menor à arma não aconteceu no vazio. A evidência internacional é clara: arma acessível é risco previsível, especialmente na adolescência, e o armazenamento seguro reduz lesões e mortes. ([PubMed][1])

1) Responsabilidade do pai: legal, ética e preventiva

Legal: variará conforme o ordenamento jurídico. Contudo, o princípio preventivo é inequívoco. Manter armas descarregadas, trancadas, com munições guardadas separadamente, e com controlo exclusivo de chaves/códigos, não é opção de estilo. É o standard recomendado por pediatras e saúde pública, por reduzir eventos fatais e não intencionais com jovens. ([publications.aap.org][2])

Ética: quando existe um menor em casa, a obrigação de impedir o acesso é positiva e contínua. Mesmo que a lei seja omissa ou branda, a prevenção informada não o é. Revisões e estudos associam práticas de cofre inadequadas a maior risco em jovens. ([PMC][3])

2) Não há “tragédia privada”: há contexto que precisa de ser conhecido

Relações familiares: antes de qualquer juízo público, importa reconstruir a dinâmica pai-filho e pai-mãe. A literatura sobre parricídio indica padrões relacionais e psicopatológicos específicos, frequentemente multicausais, que exigem avaliação pericial cuidada. Sem este mapa, qualquer narrativa é conjectura e "presumir não é saber". ([PMC][4])

Fatores de risco cumulativos: conflito crónico, violência intrafamiliar, ideação agressiva, perturbações do neurodesenvolvimento ou do humor, consumo de substâncias, e sobretudo acesso a arma. A prevenção actua tanto nos processos relacionais como na barreira física ao meio letal. ([PMC][5])

3) “O pai perdeu a esposa e o filho”: uma frase que pede cuidado

A compaixão é necessária. Mas não pode suspender perguntas essenciais. Lamentar não é absolver. Antes de afirmar que “o pai também é vítima”, e também antes de o condenar, é intelectualmente honesto indagar: havia armazenamento seguro? Havia sinais prévios de risco? Houve procura de ajuda? Sem estas respostas, a frase é precipitada e injusta para a vítima mortal e para a própria verdade dos factos. ([publications.aap.org][2])

4) O que a saúde pública e a clínica recomendam

Auditoria doméstica de risco: avaliar rotinas, cofres, controlo de chaves/códigos, treino e práticas de todos os adultos em casa. Sem acesso, muitos actos não ocorrem. ([publichealth.jhu.edu][6])

Intervenção relacional: entrevistas clínicas separadas e conjuntas, análise de escaladas de conflito, episódios de ameaça, e planos de segurança familiares, com follow-up. ([PMC][4])

Mensagem pública responsável: comentar com dados, evitar romantizações do “inevitável”, e não confundir empatia com desresponsabilização. Organizações pediátricas e de saúde pública têm materiais de comunicação baseados em evidência para famílias e profissionais. ([aap.org][7])

5) Um critério simples para o debate público

Se um menor teve acesso a uma arma doméstica usada num homicídio, pelo menos uma camada preventiva falhou. Identificar essa falha não é caça às bruxas. É o primeiro passo para proteger outras famílias. Estudos mostram que políticas e práticas de armazenamento seguro reduzem mortes e lesões em jovens. ([publichealth.jhu.edu][8])

Para terminar

O luto pede silêncio. A justiça pede investigação. A prevenção pede responsabilidade de adultos. Só assim honramos a vítima, cuidamos do adolescente e aprendemos o que ainda falhou em casa, muito antes do disparo.

[1]: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15701912/?utm_source=chatgpt.com "Gun storage practices and risk of youth suicide ..."
[2]: https://publications.aap.org/pediatrics/article/150/6/e2022060070/189686/Firearm-Related-Injuries-and-Deaths-in-Children?utm_source=chatgpt.com "Firearm-Related Injuries and Deaths in Children and Youth"
[3]: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6515586/?utm_source=chatgpt.com "Association of Increased Safe Household Firearm Storage ..."
[4]: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9827478/?utm_source=chatgpt.com "Parricide, Mental Illness, and Parental Proximity"
[5]: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7527255/?utm_source=chatgpt.com "Risk and Protective Factors Associated with Youth Firearm ..."
[6]: https://publichealth.jhu.edu/2025/gun-safety-starts-with-safe-storage?utm_source=chatgpt.com "Gun Safety Starts With Safe Storage | Johns Hopkins"
[7]: https://www.aap.org/en/patient-care/gun-safety-and-injury-prevention/?srsltid=AfmBOooLerlkDN__I_47rQjm3XFammP8v_ZtmSGYoH1x-b7UAIc2Fmw3&utm_source=chatgpt.com "Gun Safety and Injury Prevention"
[8]: https://publichealth.jhu.edu/center-for-gun-violence-solutions/2025/child-access-prevention-laws-reduce-youth-gun-suicide-rates?utm_source=chatgpt.com "Findings Show Child Access Prevention (CAP) Firearm ..."

🌍 Dia Mundial de Combate ao BullyingUm olhar psicológico sobre a violência silenciosaO bullying não é apenas uma brincad...
20/10/2025

🌍 Dia Mundial de Combate ao Bullying

Um olhar psicológico sobre a violência silenciosa

O bullying não é apenas uma brincadeira que foi longe demais. É uma forma de violência emocional e relacional que corrói o sentido de pertença, a autoestima e a segurança interna. Nas escolas, nas redes sociais, nos locais de trabalho — e até dentro das famílias — ele manifesta-se através de gestos, palavras e silêncios que humilham e isolam.

Do ponto de vista clínico, sabemos que as feridas do bullying não são apenas visíveis. Deixam marcas profundas no sistema nervoso, activando respostas de defesa que se prolongam no tempo e afectam o desenvolvimento emocional. Muitas vítimas vivem em hipervigilância, com dificuldade em confiar, regular emoções e construir relações seguras. A psicologia contemporânea reconhece que o trauma relacional gerado por experiências repetidas de exclusão ou humilhação pode ter impacto semelhante ao de outras formas de trauma complexo.

A intervenção não se limita à vítima ou ao agressor: exige um olhar sistémico. É essencial promover espaços de diálogo, fortalecer competências socioemocionais e desenvolver uma cultura de empatia e responsabilidade colectiva.
A escola, enquanto espaço formativo, deve ser também um lugar terapêutico — onde o respeito e a escuta substituem o medo e o silêncio.

Como psicólogos, educadores e cidadãos, o nosso compromisso é cultivar ambientes seguros onde cada pessoa possa sentir-se vista, ouvida e digna.
Porque combater o bullying é mais do que evitar a dor: é afirmar a humanidade.

Para saber mais, veja aqui:

https://www.ordemdospsicologos.pt/ficheiros/documentos/opp_vamosfalarsobrebullying_documento.pdf

https://mkt.ordemdospsicologos.pt/go/aca0b9abea079902214529c48911d4f485f-b3183e03d4100162eSe16M0e1hBawe1fDe8COBq

https://mkt.ordemdospsicologos.pt/go/aca0b9abea079902214529c48911d4f485f-b3183e03d4100162eSe16M0e1hBawe1fDe8COBr

https://mkt.ordemdospsicologos.pt/go/aca0b9abea079902214529c48911d4f485f-b3183e03d4100162eSe16M0e1hBawe1fDe8CBxO

https://mkt.ordemdospsicologos.pt/go/aca0b9abea079902214529c48911d4f485f-b3183e03d4100162eSe16M0e1hBawe1fDe8COBt



📘 Se fores testemunha ou alvo de bullying, não fiques em silêncio. Falar é o primeiro passo para quebrar o ciclo.

O Perdão, Artífice dos Vínculos que Perduram(por Celso Oliveira)Há laços que enferrujam em silêncio. No começo, quase na...
19/10/2025

O Perdão, Artífice dos Vínculos que Perduram
(por Celso Oliveira)

Há laços que enferrujam em silêncio. No começo, quase nada se vê, apenas um comentário esquecido, uma promessa que ficou por cumprir; depois, a dor não dita torna-se crosta, e a distância instala-se como neblina que apaga os contornos do «entre nós». A mágoa, quando guardada, é ferrugem emocional; abre fendas, corrói, pesa no peito como âncora no fundo do mar.

O perdão entra como óleo discreto que amacia as engrenagens. Não apaga a história, antes liberta o presente do jugo do passado. Permite que a confiança respire, que a palavra volte a ter claridade, que o gesto reencontre o caminho do afecto. Onde havia atrito nasce movimento; onde havia ruído, desponta música baixa, contínua, suficiente para sustentar a dança do quotidiano.

Perdoar não é absolvição ingénua nem desistência de limites. É um acto de maturidade que reconhece a humanidade no outro e em nós. Diz assim: aconteceu, doeu, foi visto; agora escolhemos cuidar da ferida, não alimentá-la. Quando o coração se abre a esta escolha, a tensão desarma-se, a pressão por dentro abranda, a empatia cresce como luz que entra por uma racha e, sem alarde, ilumina o quarto inteiro.

Os vínculos duradouros constroem-se nestes pequenos restauros, em todos os territórios da relação. No amor a dois, o perdão devolve a ternura ao gesto. Entre pais e filhos, restitui a confiança ferida e devolve chão ao diálogo. Entre irmãos, desata nós antigos e permite recomeços. Nas amizades sinceras, impede que o mal-entendido se torne muro e devolve passagem ao caminho comum.

Intimidade não é ausência de conflito, é a capacidade de regressar após cada embate; de voltar ao centro e dizer presente. O perdão é a ponte. Sustém a travessia quando o rio sobe, devolve-nos a margem partilhada, em qualquer relação onde o cuidado tenha morada.

E, no final, a lição é simples como o respirar. Não se trata de esquecer; trata-se de soltar o nó que nos prende ao ressentimento, para que a vida volte a correr, limpa, por dentro. Onde o perdão trabalha como artífice, o vínculo aprende a curar-se e a durar. E, quando um vínculo aprende a curar-se, não há ferrugem que resista ao brilho manso daquilo que permanece.

10/10/2025

Saúde Mental em Portugal — Dados e Relatórios Internacionais (2025)

(Celso Oliveira - 10 out 2025)

Introdução

O Dia Mundial da Saúde Mental convida-nos a olhar com atenção para a realidade emocional e psicológica das populações. Em Portugal, os indicadores mais recentes evidenciam uma prevalência elevada de perturbações mentais, colocando o país entre os que mais sofrem, dentro do contexto europeu. A análise dos dados nacionais e internacionais mostra não apenas a dimensão do problema, mas também os desafios que persistem na prevenção, tratamento e integração da saúde mental nos sistemas públicos.

1. Prevalência de Perturbações Mentais em Portugal

Estudos recentes revelam que 22,9 % da população portuguesa apresenta, num dado momento, sintomas compatíveis com uma perturbação psiquiátrica (EAPN Portugal).

As perturbações de ansiedade são as mais frequentes (16,5 %), seguidas pelas perturbações do humor, como a depressão (7,9 %) (Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental).

Outros estudos indicam que cerca de 42,7 % dos portugueses já experimentaram sintomas de natureza depressiva, ansiosa ou de stresse ao longo da vida (BVS Saúde, 2020).

2. Depressão e Ansiedade

Segundo o Serviço Nacional de Saúde, 11 % dos portugueses sofrerão um episódio depressivo ao longo da vida (SNS24).

O relatório OECD/European Observatory on Health Systems and Policies (2023) confirma que Portugal apresenta níveis elevados de depressão e ansiedade quando comparado com a média da União Europeia (OECD Health Profile 2023).

Além disso, o documento “Depression Scorecard: Portugal” (Health Policy Partnership) identifica fragilidades nas políticas nacionais de rastreio, acompanhamento e continuidade de cuidados (Health Policy Partnership, 2023).

3. Acesso a Cuidados e Desigualdades Regionais

O Estudo Nacional sobre Saúde Mental (ERS, 2023) indica que Portugal tem uma das maiores prevalências de sintomas psicológicos entre os países europeus (cerca de 23 %), destacando falhas de cobertura nos cuidados primários (ERS, 2023).

O mesmo relatório da OCDE (2023) observa que, apesar das reformas e estratégias de descentralização, persistem desigualdades regionais no acesso a serviços de saúde mental, nomeadamente entre o interior e o litoral.

4. Impacto Económico e Social

Os problemas de saúde mental em Portugal afectam aproximadamente 20 % da população, representando custos anuais superiores a 1,5 mil milhões de euros para seguradoras e sistemas de saúde (Diário de Notícias, 2023).

A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) sublinha que as intervenções psicológicas precoces são custo-efetivas e reduzem a utilização de recursos médicos, além de melhorar o bem-estar e a produtividade (OPP, 2021).

5. Suicídio e Prevenção

O relatório OCDE 2023 indica que Portugal tem uma taxa de suicídio abaixo da média da UE, mas com disparidades regionais relevantes, especialmente no sul do país.

Dados anteriores da Comissão Europeia (2005) mostravam uma taxa de 8,5 suicídios por 100 000 habitantes, com 13,2 por 100 000 entre homens e 4,1 entre mulheres (European Commission, 2005).

6. Contexto Global e Relatórios Internacionais

O Relatório Mundial da Saúde Mental 2022, da Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta que quase 1 bilião de pessoas em todo o mundo vivem com uma perturbação mental. O suicídio é responsável por mais de 1 em cada 100 mortes globais (OMS/PAHO, 2022).

A OMS destaca a urgência de integrar a saúde mental nos cuidados primários e fortalecer políticas públicas que promovam o bem-estar emocional desde a infância (World Mental Health Report, 2022).

O World Mental Health Survey Initiative continua a produzir dados comparativos entre países, incluindo Portugal, permitindo medir a evolução e o peso global das perturbações mentais (ScienceDirect, 2024).

7. Considerações Críticas e Desafios
1. Temporalidade dos dados – muitos estudos portugueses são de base anterior a 2020, o que limita a atualização estatística.
2. Subdiagnóstico e estigma – grande parte das perturbações mentais não são reportadas, distorcendo a real prevalência.
3. Impacto da pandemia – o contexto pós-COVID-19 intensificou fatores de risco (isolamento, perda, incerteza), exigindo novos programas de prevenção.
4. Desigualdades territoriais – persistem lacunas entre zonas rurais e urbanas no acesso a psicólogos, psiquiatras e terapeutas especializados.

8. Reflexão Final

A saúde mental em Portugal revela um cenário complexo, entre avanços institucionais e persistência de fragilidades estruturais. A valorização das intervenções psicológicas baseadas na evidência, o investimento na formação contínua dos profissionais e a redução do estigma social são pilares indispensáveis para o futuro da saúde mental no país.

Cuidar da mente é cuidar do tecido humano que sustenta todas as dimensões da vida.

Referências

• EAPN Portugal. (2021). A saúde mental em Portugal: um breve retrato epidemiológico. https://on.eapn.pt
• Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental. (2023). Perturbação mental em números. https://www.sppsm.org
• BVS Saúde. (2020). Relatório sobre saúde mental em Portugal. https://docs.bvsalud.org
• Serviço Nacional de Saúde. (2024). Depressão. https://www.sns24.gov.pt
• OECD. (2023). Portugal: Country Health Profile 2023. https://www.oecd.org
• Health Policy Partnership. (2023). Depression Scorecard: Portugal. https://www.healthpolicypartnership.com
• Entidade Reguladora da Saúde. (2023). Estudo sobre a saúde mental em Portugal. https://www.ers.pt
• Ordem dos Psicólogos Portugueses. (2021). Contributo científico: impacto da saúde mental na saúde física. https://www.ordemdospsicologos.pt
• Diário de Notícias. (2023). Saúde mental afeta 20% dos portugueses. https://www.dn.pt
• Organização Mundial da Saúde. (2022). Relatório Mundial da Saúde Mental. https://www.paho.org
• World Mental Health Survey Initiative. (2024). Global mental health comparisons. https://www.sciencedirect.com

25/09/2025

“Deixar ir” o que nunca foi nosso
(por Celso Oliveira)

Psicoeducação sobre rupturas amorosas, a ilusão da posse e o trabalho clínico de libertação

1) Porque dói tanto, mesmo quando fomos nós a terminar

O rompimento reconfigura, de súbito, a cartografia do Eu. Não se perde apenas um vínculo. Perde-se uma extensão identitária que, durante algum tempo, nos organizou a vida, o corpo e o futuro. Estudos mostram que as quebras amorosas reduzem a clareza do autoconceito e que esta redução prediz sofrimento subsequente.

Ao nível neurobiológico, amor e rejeição recrutam sistemas dopaminérgicos de recompensa e motivação, o que ajuda a explicar a ânsia de “voltar” e os ciclos de desejo-frustração.

2) Três motores do apego ao que “já foi”

1. Ruminação. Voltar incessantemente aos mesmos pensamentos mantém activado o sistema de ameaça e estagna o ajustamento. A ruminação pós-ruptura associa-se a maior aflição e a trajectórias de recuperação mais lentas, sobretudo em estilos de apego ansioso.

2. Aversão à perda. O cérebro pesa mais as perdas do que ganhos equivalentes, amplificando a sensação de que “perdi algo insubstituível”, mesmo quando, objectivamente, o vínculo já não era seguro.

3. Custos irrecuperáveis. O investimento passado de tempo, cuidado e projecto futuro leva-nos a “insistir” para não desperdiçar o que demos, embora esse investimento não deva determinar decisões presentes.

Estas forças cognitivas e afectivas criam a ilusão de posse: confundimos desejo, projecção e promessas com realidade partilhada. Passamos a sofrer pelo fantasma de uma relação idealizada que, muitas vezes, nunca chegou a existir como a imaginámos.

3) O que significa “deixar ir” clinicamente

"Deixar ir" não é desistir do amor nem apagar a memória. É reorganizar a relação com a perda e restituir agência. Nas terapias contextuais, chamamos-lhe "flexibilidade psicológica": contactar o que dói, sem fusão com o conteúdo mental, e escolher actos alinhados com valores presentes, não com o íman da ausência.

Vantagens terapêuticas objectivas

- Menos ruminação, mais recuperação. Reduzir a fusão com narrativas repetitivas liberta recursos de autorregulação.

- Recuperação do Eu. A reconsolidação identitária acelera quando expomos o paciente a actividades que reabrem papéis, interesses e relações que não dependem do ex-parceiro.

- Fecho funcional. Alguns rituais e escrita expressiva podem ajudar, embora a evidência seja mista e dependa do desenho da intervenção e do timing.

4) Como trabalhamos em consulta

4.1 ACT e TCC

- Defusão. Ensinar o paciente a notar pensamentos como eventos mentais, não como verdades (“Sem ele/ela sou nada”). Micro-práticas de linguagem e atenção presente reduzem a cola cognitiva.

- Exposição aos gatilhos, com prevenção de respostas: fotos, sítios, músicas. O objectivo é tolerar afecto sem regressar a padrões de procura/evitamento.

- Reestruturação de enviesamentos: nomear aversão à perda e custo afundado sempre que surgem decisões baseadas no passado, não na realidade actual.

4.2 EMDR

- Alvos: imagens-âncora da ruptura (mensagens, cenas de discussão, despedida), crenças negativas nucleares (“não sou amável”, “fui trocado”).

- Instalação de recursos e dessensibilização bilateral para reconsolidar memórias dolorosas e atenuar hiperarousal perante pistas do ex-parceiro. A evidência para EMDR em perdas amorosas deriva por extrapolação de literatura em trauma e luto, devendo ser aplicada com formulação individual.

4.3 Hipnose Clínica

- Imagética de desapego: visualizações de “devolução” dos elementos do vínculo que não pertencem ao Eu, com re-associação ao corpo, ao tempo presente e aos valores.

- Rotinas auto-hipnóticas para regulação autonómica e insónia pós-ruptura, integradas com higiene do sono.

4.4 IFS e Terapia de Partes

- Mapear Partes que insistem em “voltar” e Partes que protegem através de evitação. Trabalhar "partes exiladas"de abandono, resgatando necessidades legítimas por vias seguras.

- Actualização de modelos internos de apego, sobretudo em pacientes com ansiedade de separação relacional.

5) Quando o sofrimento deixa de ser apenas luto amoroso

A sintomatologia pode assemelhar-se a luto prolongado, depressão ou stress pós-traumático, exigindo avaliação diferenciada e, por vezes, co-tratamento médico. Sinais de alarme: ideação suicida, perda ponderal marcada, insónia refractária, consumo de substâncias, violência.

6) A pedagogia de “deixar ir”

“Deixar ir” é, clinicamente, desfazer pactos invisíveis com a perda. É cessar a tentativa de possuir o que foi promessa e reconhecer o valor do que permanece: corpo, tempo, amizade, obra, futuro. A liberdade afectiva nasce quando aceitamos que não se perde o que, no fundo, nunca esteve verdadeiramente nas nossas mãos. Deixar ir é uma forma exigente de amar-se.

Nota de prática

Se a pessoa insiste em sofrer, muitas vezes não é resistência, é amor à promessa. Acolhemos a dor, clarificamos as promessas, devolvemos ao paciente o poder de escolher actos fiéis aos valores. Este é o núcleo do "deixar ir": abrir espaço para que uma vida boa retome o seu curso.

Endereço

Largo Serpa Pinto, 18
Ovar
3880-137

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 09:00 - 12:30
14:00 - 19:00
Terça-feira 09:00 - 12:30
14:00 - 19:00
Quarta-feira 09:00 - 12:30
14:00 - 19:00
Quinta-feira 09:00 - 12:30
14:00 - 19:00
Sexta-feira 09:00 - 12:30
14:00 - 19:00
Sábado 09:00 - 13:00

Telefone

+351910753167

Notificações

Seja o primeiro a receber as novidades e deixe-nos enviar-lhe um email quando Clínica Dr Celso Oliveira - Psicoterapia Integrativa com/sem Hipnose publica notícias e promoções. O seu endereço de email não será utilizado para qualquer outro propósito, e pode cancelar a subscrição a qualquer momento.

Entre Em Contato Com A Prática

Envie uma mensagem para Clínica Dr Celso Oliveira - Psicoterapia Integrativa com/sem Hipnose:

Compartilhar

Share on Facebook Share on Twitter Share on LinkedIn
Share on Pinterest Share on Reddit Share via Email
Share on WhatsApp Share on Instagram Share on Telegram

Categoria