16/07/2025
"A palavra talismã vem do árabe tilsam e significa "rito religioso completo ", indicando um objeto ou símbolo imbuído de propriedades mágicas. De modo a entender o poder dessa magia, é importante compreender primeiro como a magia ensinada nas escolas esotéricas é uma ciência que a mente cínica acha difícil de aceitar porque as suas raízes foram corrompidas por truques de salão vitorianos, o poder da religião, os fanáticos da ciência e claro, esse Lúcifer do mundo moderno: a televisão popular. Mas nem sempre foi assim. Mesmo no século XVII, a magia era administrada todos os dias em forma de medicamento. Sobrevivem muitos relatos de figuras importantes a quem foram dados amuletos ou prescritos remédios durante a doença ou a peste que hoje parecem intragáveis. Um anel oferecido à rainha Isabel I pelo seu físico para a proteger da peste, as três aranhas usadas por Elias Ashmole para combater a sezão, ou a para de lebre usada por Samuel Pepys para curar as cólicas, tudo isto demonstra como não havia distinção entre remédios naturais e magia simbólica. Porém, quando se analisam esses remédios do ponto de vista de um químico, eles revelam como os elementos naturais o que parecem ser poções invulgares contêm ingredientes que previnem os tipos de doenças para que os "remédios" eram receitados. Assim, a "magia" não era mais do que um exaustivo entendimento e aplicação de leis naturais. Quando reis e rainhas iluminados desejavam que a sua palavra ou lei levasse especial favor, salpicavam muitas vezes ervas sobre a página antes de assinarem o nome. A erva pode, ou não, ter tido poder em si mesma, mas as suas propriedades corresponderiam à intenção da mensagem. Por outras palavras, as propriedades da erva ajudariam o monarca a concentrar-se e a amplificar a sua intenção na página escrita."
Texto retirado do livro - Portugal a Primeira Nação Templária de Freddy Silva
Raki - Curandeira Alquímica do amor