Carina Rodrigues Nave - Psicóloga Clínica

Carina Rodrigues Nave - Psicóloga Clínica Psicologia (+16 anos) | Psicoterapia | Terapia Familiar | Terapia de casal | Exclusivamente online

Ser psicóloga, empreendedora e ter PHDA é para mim, por vezes, como tentar construir uma casa com um martelo que ora fun...
16/07/2025

Ser psicóloga, empreendedora e ter PHDA é para mim, por vezes, como tentar construir uma casa com um martelo que ora funciona, ora se desintegra nas minhas mãos.

Tenho passado por uma fase difícil. Dura. Daquelas em que dou por mim a falhar. A esquecer-me de coisas importantes. A adiar outras tantas. A fugir…. A ser forçada a parar quando mais precisava de conseguir avançar.

Costumo ser transparente sobre o meu caminho enquanto terapeuta. Mas hoje venho ser transparente sobre o meu caminho enquanto pessoa neurodivergente.

Não, a medicação não resolve tudo.
Não, a terapia não impede o cansaço.
Não, saber o que está a acontecer não faz desaparecer a frustração.

Às vezes, dou tudo o que posso e mesmo assim não consigo manter a consistência.
Às vezes, quero muito, planeio bem… e falho na implementação.
Às vezes, fazer o mínimo custa-me tão mais do que parece possível conseguir explicar.

E não, não é preguiça. Não é desinteresse.
É o que alguns chamam de burnout neurodivergente. Um colapso do sistema executivo. Uma exaustão que não se cura só com descanso, porque não vem de um lugar de “fazer demais” (ou a mais).

Vem de viver num esforço constante e permanente para parecer funcional, enquanto por (cá) dentro tudo é um caos.

Partilho isto não para me justificar, mas para me lembrar (e talvez lembrar-te a ti também) que ser profissional de saúde mental não nos torna imunes à vulnerabilidade.

Às vezes, não conseguimos tudo. Às vezes, não somos consistentes. Mas somos verdadeiros. E estamos aqui. A aprender a ser humanos, mesmo quando é difícil.

Hoje estou aqui sem tenho respostas. Só trago comigo a vontade de continuar, mas devagar, com limites, com pausas, com muita verdade.

E estou aqui também com a esperança de que esta partilha possa, de alguma forma, ser um lugar de espelho, acolhimento, identificação e companhia.

Se estás aí, desse lado a tentar, eu vejo-te.
E sigo contigo, um dia de cada vez 🤎

Há dores que moldam tanto a forma como olhamos para nós, ao ponto de nos levarem a lugares onde já nem sabemos distingui...
14/07/2025

Há dores que moldam tanto a forma como olhamos para nós, ao ponto de nos levarem a lugares onde já nem sabemos distinguir quem somos daquilo que nos feriu.

Por isso, quero que saibas que essa dor não é um espelho fiel de quem és.

É um reflexo distorcido por tudo o que não recebeste, por tudo o que sentiste sozinha, por tudo o que tiveste de suportar sem ter a quem pedir colo.

E às vezes, sem nos darmos conta, passamos a viver a partir desse lugar. A escolher desse lugar. A amar desse lugar.

E a culpa instala-se devagar, como se fosse uma amiga íntima. Diz-te que és tu o problema e tu acreditas. Porque é o que aprendeste a fazer para sobreviver.

Mas sobreviver não é viver.
E tu mereces mais do que isso.

O que te quero dar aqui é um convite: a começares a separar a tua verdade daquilo que a tua dor te ensinou.
A começares a ouvir-te com mais gentileza e mais coragem. A reconhecer que há partes de ti que só precisam de ser vistas, sem julgamento, sem vergonha, sem culpa.

Guarda este post e volta a ele sempre que a culpa falar mais alto. E se quiseres, escreve-me. Estou aqui para te ajudar!



Carina Rodrigues Nave | OPP 25008 | ERS E154707 | Palmela, Portugal

Muitas pessoas acham que regular emoções é o mesmo que as controlar.Mas não é.Não é engolir o choro.Não é sorrir quando ...
11/07/2025

Muitas pessoas acham que regular emoções é o mesmo que as controlar.
Mas não é.

Não é engolir o choro.
Não é sorrir quando se está a desabar por dentro.
Não é encolher o que se sente para caber no que os outros conseguem lidar.

Regular emoções é sentir com presença,
é responder com consciência, é cuidares de ti com verdade, mesmo quando o que sentes é difícil de nomear, e ainda mais de revelar.

Aqui, trago-te um ponto de partida. Um caminho possível.

Não é uma fórmula mágica, mas pode ser o primeiro passo.

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Carina Rodrigues Nave • OPP 25008 • ERS E154707 • Palmela, Portugal

Resumo de um fim de semana importante, em vários sentidos 🌹🤎
18/05/2025

Resumo de um fim de semana importante, em vários sentidos 🌹🤎

A TERAPIA NÃO SERVE PARA TE “CONSERTAR”“When I meet a person in therapy, I am not there to fix them. I am there to be wi...
16/05/2025

A TERAPIA NÃO SERVE PARA TE “CONSERTAR”

“When I meet a person in therapy, I am not there to fix them. I am there to be with them, to listen, and to co-create something meaningful together.” (Quando estou com alguém em terapia, não estou ali para a consertar. Estou ali para estar com ela, para escutar e para co-criarmos juntas algo com significado.) - Harlene Anderson

Na nossa prática clínica, a minha e da minha equipa, esta frase não é apenas uma ideia bonita. É um compromisso profundo que nós escolhemos honrar, todos os dias.

Porque tu não és uma lista de sintomas.
Nem és o teu diagnóstico.
Nem os erros que cometeste ou a história que te ensinaram a esconder.

Na terapia, não vens para ser corrigida, moldada, ou encaixada num ideal de funcionamento.
Vens para te encontrares.
Para dizeres as palavras que nunca disseste.
Para teres ao teu lado alguém que não se assusta com as tuas partes difíceis.

Acreditamos numa prática que valoriza a humanidade partilhada.
Onde não há hierarquia, nem verdades absolutas.
Só dois seres humanos a escutar-se, a descobrir-se e a construir juntos um espaço seguro.

Porque a terapia não é sobre dar respostas.
É sobre fazer boas perguntas. Sobre estar juntos, em humanidade. Sobre SER, acompanhado.
E, sobretudo, sobre criar a liberdade para que tu escolhas o teu caminho.

Porque tu não precisas de ser consertada.
Talvez precises apenas de um lugar onde possas existir por inteiro, com tudo o que és, com tudo o que doeu, com tudo o que ainda queres reconstruir.

Nem tudo o que oscila está a quebrar.Nem tudo o que balança está a cair.Mas é difícil lembrar-nos disto quando estamos d...
05/05/2025

Nem tudo o que oscila está a quebrar.
Nem tudo o que balança está a cair.

Mas é difícil lembrar-nos disto quando estamos dentro da relação.
Quando o outro se distancia, quando o silêncio pesa, quando o “nós” parece diferente daquilo que em tempos já foi.

A instabilidade dói mais quando crescemos a acreditar que uma relação segura é estática.
Que amar “bem” é estar sempre igual, sentir sempre igual, querer sempre igual. E, de preferência, “bem”.
Mas não é.

Amar também é saber ficar quando o chão treme.
É aprender a estar e a escutar mesmo quando é desconfortável.
É resistir à vontade de controlar, (o outro, a si mesmo, as “coisas”) e escolher, ainda assim, construir.

Porque o amor não é o fim do caminho.
É o lugar onde se continua a caminhar.
Juntos. Mesmo quando o céu está nublado.

Se este tema te tocou, diz-me:
Como é que costumas reagir às oscilações na tua relação?

Há algo de profundamente humano na procura por um lugar seguro para pousar.Um espaço onde não precisemos de lutar para s...
02/05/2025

Há algo de profundamente humano na procura por um lugar seguro para pousar.

Um espaço onde não precisemos de lutar para ser amados.
Onde a presença do outro não seja uma ameaça, mas sim abrigo.

Um vínculo seguro não elimina a incerteza da vida, mas transforma o medo em confiança. A dúvida em possibilidade. O amor em liberdade.

E não, não é a ausência de desafios que define um amor real, honesto, seguro. É a forma como nos mantemos presentes, mesmo nas imperfeições, nos desafios, nos desencontros.

E tu… sentes que tens esse chão onde pousar?

Que partes de ti tens sacrificado em nome de uma relação que não te permite ser inteira?E quem é que ainda podes vir a s...
29/04/2025

Que partes de ti tens sacrificado em nome de uma relação que não te permite ser inteira?

E quem é que ainda podes vir a ser… se voltares a ocupar o teu espaço?

Nem sempre o silêncio significa desamor.Nem sempre a dificuldade em comunicar é sinal de que algo está irremediavelmente...
15/04/2025

Nem sempre o silêncio significa desamor.
Nem sempre a dificuldade em comunicar é sinal de que algo está irremediavelmente perdido.

Às vezes, simplesmente, não sabemos por onde começar.
Ou não sabemos como traduzir em palavras o que sentimos.
Ou temos medo de não ser compreendidos… e calamos.

Mas o amor também não se mede pela ausência de falhas. Mede-se pela forma como os dois escolhem cuidar dessas falhas. Pelo espaço que constroem para se reencontrar, mesmo depois do desencontro.

Porque no final, a comunicação não precisa de ser perfeita.

Precisa de ser real.

E ser real implica, por vezes, confusão, ruído, hesitação.
Mas também implica escolha. Escolher ficar, escolher escutar, escolher tentar de novo.

A comunicação é um caminho. E pode sempre ser reaprendido.

Se este conteúdo te tocou, diz-me:
Que parte mais te fez pensar?

A mudança nem sempre é gritante e indiscreta. Ela chega devagar, nos detalhes que quase passam despercebidos. Às vezes p...
09/04/2025

A mudança nem sempre é gritante e indiscreta. Ela chega devagar, nos detalhes que quase passam despercebidos. Às vezes pode ser “só” um novo silêncio dentro de ti. Um suspiro mais leve. Uma resposta diferente para a mesma velha situação.

A terapia não se resume a grandes revelações – muitas vezes, é sobre pequenas atitudes que, sem perceberes, já não são as mesmas.

É aquele momento em que alguém te pede algo e, pela primeira vez, dizes “não” sem culpa.

É sentires que já não precisas de provar o teu valor para ser amada.

É perceberes que aquela mensagem que antes te fazia tremer as mãos agora já não tem esse poder sobre ti.

A mudança já começou. E tu já és a tua própria prova disso 🤎

Disseste a ti mesma que, da próxima vez, farias diferente.Que, da próxima vez, não irias permitir que a história se repe...
05/04/2025

Disseste a ti mesma que, da próxima vez, farias diferente.

Que, da próxima vez, não irias permitir que a história se repetisse.

Mas aqui estás tu… outra vez.

As mesmas dores. As mesmas ausências. O mesmo vazio.

E perguntas-te: “Porque é que isto continua a acontecer?”

O tempo passou, mas dentro de ti, parece que nada mudou. Porque o tempo, por si só, não cura. O tempo escorre entre os dedos como a água que corre. E aquilo que não olhas, que não entendes, que não te permites sentir… não desaparece. F**a à espera. E encontra-te sempre no mesmo lugar.

Mas e se, desta vez, em vez de esperares que o tempo apague as marcas, decidires escutá-las?
E se, em vez de fugires da dor, escolheres atravessá-la?

Porque é aí, nesse mergulho íntimo e profundo, que algo pode realmente mudar.

O tempo passa. E a tua cura depende do que fazes com ele.

Por mais que queiramos não sentir, não é aí que está a resposta. As emoções não são tuas inimigas. São bússolas que apon...
04/04/2025

Por mais que queiramos não sentir, não é aí que está a resposta.

As emoções não são tuas inimigas. São bússolas que apontam para o que mais importa na tua vida.

Por isso, o processo terapêutico não é sobre consertar o que está errado em ti, arranjar-te ou pôr-te no sitio (porque tu não estás “partida” nem há nada de errado contigo).

É sobre criar espaço para compreenderes as tuas emoções e descobrires novos caminhos para te relacionares contigo mesma e com os outros.

Agora envia-me uma mensagem e conta-me quanto valeria para ti ter acesso a essa mudança?

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