31/03/2018
Páscoa, por São JoseMaria Escrivá.
“Ao cair da tarde do sábado, Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram perfumes para ir embalsamar o corpo morto de Jesus. - No outro dia, de manhãzinha cedo, chegam ao sepulcro, nascido já o Sol (Mc XVI, 1 e 2).
E entrando, ficam consternadas, porque não encontram o corpo do Senhor.
- Um jovem, coberto de vestes brancas, diz-lhes:
Não temais; sei que procurais Jesus Nazareno. Non est hic, surrexít enim sicut dixit, - não está aqui, porque ressuscitou, como tinha anunciado (Mt XXVIII, 5).
Ressuscitou! - Jesus ressuscitou. Não está no sepulcro. A Vida pôde mais do que a morte.
Apareceu a Sua Mãe Santíssima.
- Apareceu a Maria de Magdala, que está louca de amor.
- E a Pedro e aos demais Apóstolos.
- E a ti e a mim, que somos Seus discípulos e mais loucos do que Madalena! Que coisas Lhe dissemos!
Que nunca morramos pelo pecado; que seja eterna a nossa ressurreição espiritual.
- E, antes de terminar a dezena, beijaste as chagas dos Seus pés... e eu, mais atrevido, - por ser mais criança - pus os meus lábios no Seu lado aberto”. (Santo Rosário, primeiro mistério glorioso)
“Cristo vive. Esta é a grande verdade que enche de conteúdo a nossa fé.
Jesus, que morreu na cruz, ressuscitou; triunfou da morte, do poder das trevas, da dor e da angústia.
Não temais - foi com esta invocação que um anjo saudou as mulheres que iam ao sepulcro.
Não temais. Procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ressuscitou; não está aqui. Este é o dia que o Senhor fez; alegremo-nos (Mc. 16, 6)” (Cristo que passa, 102)
“O dia do triunfo de Nosso Senhor, da sua Ressurreição, é definitivo.
Onde estão os soldados que a autoridade tinha posto?
Onde estão os selos que tinham colocado sobre a pedra de sepulcro?
Onde estão os que condenaram o Mestre?
Onde estão os que crucificaram Jesus?...
Ante a sua vitória, produz-se a grande fuga dos pobres miseráveis.
Enche-te de esperança: Jesus Cristo vence sempre”. (Forja, 660)
“Jesus é Emanuel: Deus connosco.
A sua Ressurreição revela-nos que Deus não abandona os seus. Pode a mulher esquecer o fruto do seu seio e não se compadecer do filho das suas entranhas? Pois ainda que ela se esquecesse, eu não me esquecerei de ti, havia-nos Ele prometido. E cumpriu a promessa. Deus continua a ter as suas delícias entre os filhos dos homens”. (Cristo que passa, 102)
“A tarefa não é fácil.
Mas contamos com uma orientação clara, com uma realidade de que não devemos nem podemos prescindir:
somos amados por Deus e deixaremos que o Espírito Santo actue em nós e nos purifique, para podermos abraçar-nos assim ao Filho de Deus na Cruz, ressuscitando depois com Ele, porque a alegria da Ressurreição está enraizada na Cruz”. (Cristo que passa, 66)