12/09/2025
O nome dela era Iryna Zarutska.
23 anos. Jovem, cheia de sonhos, filha de uma terra que conheceu a guerra demasiado cedo.
Como tantas outras famílias ucranianas, fugiu em busca de um lugar seguro.
Encontrou refúgio nos Estados Unidos, trabalho numa pizzaria, a promessa de recomeçar a vida.
Mas em agosto deste ano, essa promessa foi cruelmente interrompida.
Iryna foi assassinada num transporte público, em Charlotte, na Carolina do Norte.
Um ataque súbito, brutal, sem motivo.
Um desconhecido tirou-lhe a vida.
E, no entanto, o que mais ecoa não é apenas a violência do ato.
É o silêncio à volta.
É a indiferença de quem estava presente e não estendeu a mão.
Iryna morreu cercada por olhares que não ousaram agir.
E aqui, mais do que nunca, precisamos de refletir.
O que está a acontecer connosco?
Que medo ou frieza faz com que alguém escolha não intervir diante do sofrimento do outro?
Que ferida coletiva carregamos, que nos faz virar a cara quando uma vida se apaga mesmo diante de nós?
Iryna não é só um nome estrangeiro, uma “notícia triste” que dura um dia.
Ela é um espelho.
Um reflexo das vezes em que, na nossa própria vida, escolhemos o silêncio em vez da ação, o comodismo em vez da coragem, a indiferença em vez da compaixão.
Fugiu da guerra para encontrar paz.
Mas descobriu que a ausência de humanidade também mata.
Ao escrever isto, não falo apenas dela, falo de todos nós.
Da responsabilidade que temos de não deixar que mais vidas se percam na escuridão da indiferença.
Da urgência em lembrarmos que ser humano é, acima de tudo, cuidar, proteger, ajudar.
Por isso deixo esta pergunta, que não é retórica:
Se estivesses naquele lugar, o que terias feito?
Não respondas para fora. Responde para dentro.
Porque um dia a vida pode colocar-te diante de alguém que precisa de ti.
E nesse momento não será a tua segurança, nem a tua rotina, nem o teu medo que vão contar.
Será apenas a tua humanidade.
E há algo mais profundo na sua história.
Iryna nasceu e partiu no mesmo dia 22 , marcada pela vibração 22, numero da consciência, da construção de algo maior, da missão de trazer à Terra uma visão mais ampla.
O 22 é sempre um chamado de alma antiga, que não vem por acaso, mas com intenções maiores.
Somando o seu dia e mês de nascimento (22 + 5), encontramos o 9, energia da conclusão, do fecho de ciclos, do serviço ao coletivo.
E o 13/4 como destino Karmico reforça isso, a energia da transformação, da destruição do velho para que o novo possa nascer.
Almas com este código vêm para despertar, muitas vezes através da dor e da perda, lembrando-nos do que esquecemos, que estamos aqui para evoluir em consciência.
A vida dela foi breve, mas não foi em vão.
Ela trouxe consigo um chamado que ecoa para todos nós, não podemos continuar a viver na indiferença.
Iryna, que a tua história continue a falar por todos os que não tiveram voz.