15/11/2025
Vivemos num tempo em que muita gente diz o que gostaria de receber, mas raramente pratica o que exige.
Querem respeito, mas não respeitam.
Querem respostas, mas ignoram.
Querem empatia, mas só quando lhes convém.
E é aqui que muitas pessoas sensíveis, conscientes e responsáveis se começam a sentir deslocadas, não por serem “demais”, mas por serem coerentes num mundo que funciona à base da conveniência.
A coerência manifesta-se nas pequenas coisas, de modo simplificado, tratar o outro como gostaríamos de ser tratados.
Não é perfeição. É respeito.
Não é rigidez. É integridade.
Não é fragilidade. É maturidade emocional.
E a verdade é simples:
Ser coerente num mundo incoerente pode cansar, mas é precisamente o que mantém certas relações humanas vivas.
É o que diferencia quem está desperto de quem apenas sobrevive.
É o que transforma comunicação em vínculo, e presença em cuidado.
Se és das pessoas que responde, que agradece, que se posiciona, que fecha ciclos, que não deixa ninguém no vazio, então estás a agir com consciência num contexto onde a maioria ainda funciona em piloto automático.
Continua a ser coerente.
Não porque o mundo te acompanha, mas porque é assim que tu escolhes viver nele.