Cécile Domingues Psicóloga, PhD

Cécile Domingues Psicóloga, PhD EQUILIBRARE | Consultas de Psicologia e Psicoterapia, presencial (Porto) e online

Uma verdade que frequentemente esquecemos é que uma relação saudável não se define apenas pelos momentos de alegria e co...
10/09/2024

Uma verdade que frequentemente esquecemos é que uma relação saudável não se define apenas pelos momentos de alegria e conexão, mas também pelas conversas difíceis que decidimos enfrentar. Quando evitamos esses diálogos, podemos estar a alimentar um silêncio desconfortável que, aos poucos, desgasta a confiança e a intimidade.

Ter conversas desconfortáveis não é procurar o confronto ou tentar descobrir quem tem razão, mas sim colocar a honestidade e o respeito mútuo acima de tudo. São conversas que, muitas vezes, desafiam, fazem-nos hesitar (porque o nosso instinto é evitar o desconforto), mas também demonstram o quanto nos importamos. Importamo-nos o suficiente para querer ultrapassar divergências, para querer ouvir e ser ouvido(a), e, acima de tudo, para querer crescer juntos.

O que achas que é mais difícil numa conversa desconfortável: começar, ouvir ou ser vulnerável? Deixa a tua opinião nos comentários e podemos conversar sobre isso. 👇✨
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O cérebro não é um músculo, mas gosto de pensar que se comporta como tal. Este órgão tem uma excelente capacidade de se ...
11/03/2024

O cérebro não é um músculo, mas gosto de pensar que se comporta como tal.
Este órgão tem uma excelente capacidade de se adaptar, reorganizar e de desenvolver caminhos neuronais quando exposto a ambientes diferentes. É o que se chama de plasticidade cerebral 🧠

Quando te digo que "se não treinas a tua mente, o mundo vai fazê-lo por ti” quero transmitir-te a ideia de que a vida é uma espécie de ginásio para a mente, que nos desafia e molda, quer estejamos prontos ou não. Da mesma forma que precisamos exercitar os nossos músculos para nos manter saudáveis, devemos também fazê-lo com a nossa mente ✨

Através de uma rotina, de um treino, de uma consistência e de uma dose de paciência, é possível treinar a tua mente para saber lidar com o stress, a ansiedade e aliviar a pressão ou poluição mental dos pensamentos intrusivos. Para isso, recomendo a prática do Mindfulness, da meditação e, se necessário, procurar ajuda psicoterapêutica.

Este post não é apenas uma reflexão pessoal, mas também um convite para todos nós assumirmos o controle do nosso próprio bem-estar mental🌿

O nosso cérebro tem uma inclinação natural para se concentrar nos aspetos negativos e nos eventuais riscos que rodeiam a...
11/01/2024

O nosso cérebro tem uma inclinação natural para se concentrar nos aspetos negativos e nos eventuais riscos que rodeiam a nossa existência. Esta programação genética foi essencial para a nossa evolução enquanto Homo Sapiens, na medida em que nos permitiu chegar onde estamos.

No entanto, falamos em viés de negatividade quando tendes a dar demasiada importância a eventos, experiências e pensamentos negativos e reages em função dos mesmos 🧠

Este fenómeno é uma função do teu cérebro, pelo que é impossível “retirar” viés de negatividade, mas é possível aprender a pensar melhor, a impor os teus próprios limites e a teres mais consciência.
Se sentes que estás bloqueado(a) numa perceção negativa ou que os teus pensamentos e experiências passadas ocupam um lugar demasiadamente importante na tua mente. Procura ajuda para equilibrar os teus pensamentos, emoções e comportamentos ✨

Estamos em dezembro e há já algumas semanas que sentes uma necessidade de estar mais fechado(a) em casa, isolado(a), sem...
18/12/2023

Estamos em dezembro e há já algumas semanas que sentes uma necessidade de estar mais fechado(a) em casa, isolado(a), sem grande energia, como se quisesses entrar em modo hibernação até à primavera?
Esta sensação pode ser um sinal de uma depressão de inverno ou transtorno afetivo sazonal.
Este estado de humor é amplamente conhecido e afeta uma grande percentagem da população mundial, em média, durante 4 meses no ano. Países do norte como a Noruega e a Suécia, têm uma maior incidência deste transtorno e consideram-no um verdadeiro problema para a saúde pública.

❓O que pode estar na origem deste transtorno?
Uma das explicações mais encontrada na literatura científica tem a ver com a variação da luminosidade ao longo do dia. Nesta altura do ano, os dias são mais curtos, vivemos mais no interior e somos menos expostos à luz natural.
Sabe-se que a exposição à luz solar, a duração do dia e a temperatura são fatores que influenciam diretamente o nosso humor. Sendo que a falta de luminosidade contribui diretamente para o desenvolvimento da depressão sazonal.

Em 2022, um estudo explicou como a luz do dia é tratada no cérebro e qual o seu impacto. De forma muito resumida, a luz do dia é recebida pelos nossos olhos, processada na nossa retina, que se encarrega de enviar a mensagem neuronal até uma zona especifica do cérebro, que se chama núcleo supraquiasmático. Este núcleo é uma espécie de relógio mestre que coordena todos os outros pequenos relógios biológicos que regulam o funcionamento do nosso corpo (temperatura, secreção hormonal, fome, etc). Este núcleo baseia-se na luz do dia para marcar o ritmo de todas as células.
👉🏻 Já consegues adivinhar o que acontece quando a luz do dia está mais fraca ou com menor duração?
Os relógios internos ficam “alterados” e podem provocar, em alguns casos, desequilíbrios maiores nos níveis de serotonina, dopamina e outros neurotransmissores responsáveis pelo humor, o apetite e os níveis de energia. Por causa deste desequilíbrio podes sentir mais cansaço, apatia, irritabilidade, ansiedade e outros sintomas relacionados com a depressão.
Apesar do transtorno afetivo sazonal estar principalmente associado a fatores externos, é sempre recomendado procurar ajuda psicológica para conseguires encontrar estratégias para saber lidar com as tuas emoções.
Se tiveres curiosidade sobre este assunto, deixa o teu comentário ou envia mensagem. Convido-te também a pesquisar sobre o transtorno afetivo sazonal e ler o seguinte artigo científico: The Effects of Light and the Circadian System on Rhythmic Brain Function (2022).

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