24/11/2025
Será que temos mesmo de cortar os cantinhos do nosso quadradinho?
Em conversa sobre saúde mental, escolas, os tempos atuais e o impacto acelerado da nossa sociedade, reencontrei o livro “Quatro cantinhos de nada”, que uma amiga e colega Terapeuta da Fala partilhou comigo há uns meses. Parei para observar as imagens e aquele quadrado, que não se encaixa em lado nenhum … pelo menos naquela casa que acreditava ser “a melhor”.
“Sê redondo como o círculo”, lá ia ouvindo. E, como tantas vezes acontece, alguém se lembrou de cortar os cantinhos do quadrado, até que, após muita reflexão, os círculos pensaram que talvez não fosse ele que precisasse de se transformar “arredondar”, mas sim repensar o formato da porta, o espaço e o contexto.
Este é um livro para miúdos, mas sobretudo para os mais crescidos.
A inclusão, entre outras coisas, como a identidade de cada pessoa, nunca é uma questão de portas iguais. Faz-se a partir da capacidade de escutar, ajustar e criar espaços onde cada forma possa existir inteira. Precisamos de mais pessoas inteiras
Inauguramos assim uma rubrica do DiP : Coisas pequeninas que nos lembram “como é bom viver”. 💚