03/03/2025
Cada emoção tem a sua função nas nossas vidas, e como já foi dito, ajudam-nos a orientar na vida social, além de serem quase que um medidor do que o que nos agrada e do que o que não nos agrada, do que é vantajoso para nós.
É a partir delas que percebemos o que devemos evitar ao longo das nossas vidas, o que nos faz bem, e o que, por outro lado, nos prejudica. Também nos ajudam a perceber quando estamos desequilibrados emocionalmente.
Quando temos algum assunto que se está a tornar nocivo para nós e que por isso devemos trabalhá-lo, a fim de o resolver e colocá-lo na “gaveta” certa.
Nesses casos, as emoções parecem ser a fonte do nosso problema, como se fossem elas que nos desregulassem. Levam com uma culpa que a “elas não lhes diz respeito”.
O que de facto pode provocar esse desequilíbrio, não são as emoções em si, mas sim, a vivencia de algum acontecimento traumático/marcante ou de que algum pensamento que não estamos a conseguir encaixar em nós, com o qual não estamos a conseguir lidar, como se de uma peça defeituosa de um puzzle se tratasse.
Se alguma emoção o incapacitar de tal forma que sente constante necessidade de alterar o seu quotidiano, sente-se “preso”, apresenta comportamentos de evitamento ou fuga, ou por outro lado, apresenta comportamentos que em tempos não se revia neles, o psicólogo poderá ser o seu aliado no sentido de o ajudar a reorganizar esse desequilíbrio que sente dentro de si.
É em consultas de psicologia que se explora qual a fonte do problema, se desconstrói os pensamentos, se mergulha no íntimo e se procura compreender, afinal de contas, o que que está a causar a desregulação emocional.
Não existem emoções negativas, nenhuma emoção é desapropriada ou errada. Existe sim, alguns acontecimentos ao longo da nossa vida que nos marcam e podem transformar e redirecionar os nossos comportamentos e pensamentos em algo menos positivo para nós.
Vitória Ferreira
Psicóloga Clínica (CP OPP27809)
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