11/04/2025
✨ 11 de Abril, Dia Mundial para a Consciencialização da Doença de Parkinson 🌷
Caracteriza-se sobretudo por lentificação dos movimentos – o doente progressivamente demora mais tempo para fazer o que antes conseguia com maior desenvoltura, como tomar banho, vestir-se, cozinhar, escrever. Pode também existir lentificação cognitiva e outros sinais e sintomas, como: alterações da fala, da deglutição e posturais, tremor, aumento do tónus muscular, disautonomia, entre outros.
O diagnóstico é clínico, isto é, baseado na história clínica colhida com o doente e seus conviventes, e no exame neurológico realizado em consulta de Neurologia.
Apresenta-se mais frequentemente após os sessenta anos, mas pode surgir em idades mais jovens.
A progressão é muito variável, sendo que, em geral, é lenta e gradual, sem rápidas ou dramáticas mudanças num curto intervalo de tempo.
Não há actualmente tratamento curativo nem preventivo, apenas sintomático visando a melhoria da qualidade de vida do doente e promovendo a manutenção da autonomia no quotidiano.
Nos últimos anos, contudo, assistiu-se a uma significativa melhoria na qualidade de vida e na longevidade dos doentes, consequência da promoção de abordagens multidisciplinares ao doente/doença e ao avanço dos diferentes tratamentos disponíveis.
A actividade física, seja treino de condicionamento metabólico, seja de força, ou um compacto de treino funcional trabalhando também vertentes de agilidade, coordenação e reeducação postural, tem sido reconhecida desde há anos como uma mais-valia com provas dadas na melhoria da qualidade de vida e capacidade física destes doentes ao longo de todo o processo de doença.
Nas fases da doença que cursem já com complicações motoras e não motoras, existem actualmente tratamentos, disponíveis em Portugal também e já com larga experiência de utilização, designados terapias avançadas para a Doença de Parkinson. São um complemento e, por vezes, uma alternativa, aos fármacos administrados por via oral ou transdérmica. Com resultados promissores, a estimulação cerebral profunda com ultrassons poderá vir a revolucionar esta área! - Dra Maria José da Silva ✨