Núcleo CASA - Psicologia, Educação e Desenvolvimento

Núcleo CASA - Psicologia, Educação e Desenvolvimento Licença de funcionamento ERS nº 22003/2022

Psicologia
Desenvolvimento
Intervenção Transdisciplinar
Consulta Psicológica
Consultadoria Parental
Pedopsiquiatra
Psicopedagocia
Formação

Francisca Silva Ferreira - Psicologia, Educação e Desenvolvimento, Lda.

A EQUIPA✨(Fazer-se o que mais se gosta, rodeado de quem gosta de nós)❣️
09/09/2025

A EQUIPA✨

(Fazer-se o que mais se gosta, rodeado de quem gosta de nós)❣️

01/09/2025
No pôr-do-sol, o dia e o ano desfaziam-se,levando consigo as exigências.Cada um recebeu uma toalha com o seu nome —“tu m...
21/08/2025

No pôr-do-sol, o dia e o ano desfaziam-se,
levando consigo as exigências.

Cada um recebeu uma toalha com o seu nome —
“tu mereces descansar”.

Num mundo que exige pressa e resultados,
aprender a parar é um ato de coragem.

Cada um se permitiu descansar, ao seu ritmo,
reencontrando calma, quietude e presença,
partilhando silenciosamente (ou divertidamente) o momento com o outro.

A equipa regressa devagar,
com o silêncio do entardecer a aquecer a pele, e a sensação de que, por instantes,
o sol foi apenas nosso, só nosso.

Celebrámos a verdade de cada um:
a C. que nasce,
a T. que casa,
a J. que muda,
a S. que nos fez falta,
e a CASA que se desenha na areia,
por todos nós, um lugar que acolhe e segura.

O prazer de nada fazer
continua a espreitar nos cantos mais simples,
sempre à espera de ser descoberto, de novo.

Não há caro, nem barato.Há bom e há mau.Saibam dar valor.— dizia o meu avô.O valor mede-se no que não se compra: presenç...
19/08/2025

Não há caro, nem barato.
Há bom e há mau.
Saibam dar valor.
— dizia o meu avô.

O valor mede-se no que não se compra: presença, atenção, minutos vividos.
O tempo com quem amamos não se mede em horas. Cada instante é infinito. Cada segundo, insubstituível.

O dinheiro importa, claro.
Mas o tempo… o tempo é arrogante. Não espera. Não se curva.
O tempo passa, indiferente às nossas desculpas, aos atrasos, às reuniões adiadas, aos telefonemas prometidos, aos encontros em suspenso “um destes dias.”

Perdoem-nos os atrasos. Só não vale a pena atrasar-se para a vida, para o amor, para a consciência do valor do tempo.

“Custa assim tanto sair uma hora depois?”
Custa, se essa hora nos rouba o jantar da família.

“Posso ligar? São apenas 10 minutos.”
Um telefonema pode desorganizar um dia inteiro.

“Cobrou-te isso, por uma consulta de 45 minutos?”
Cada minuto é tecido de escolhas, dedicação, noites em claro, estudo intenso, vida vivida.
Quantas vezes roubamos tempo aos outros, silenciosamente,
ou adiamos o que mais importa, dizendo ‘agora não posso’.

Para os profissionais, o tempo é talento acumulado, experiência invisível.
Para as famílias, são férias que passam depressa, apenas 12 verões de infância com os filhos, instantes que não se repetem.
Uma tarde juntos vale mais do que anos de rotina.

Podemos recuperar dinheiro, objetos…
Mas o tempo — esse não volta atrás.
É a nossa mão de obra mais preciosa.

O que realmente importa não se mede, não se vê, não se compra.
É o tempo vivido, irreversível, único.
E é nele que a vida se inscreve , silenciosa, intensa, implacável.

Temos estado sempre em falta com alguém.
Saibamos a quem não podemos verdadeiramente faltar.

Ai sim, o tempo é melhor guardá-lo num cofre — antes que nos assaltem (tantas vezes mais).

✨ O cansaço.Esse que tantas vezes não autorizamos.Fazemos de conta que ele não existe, como se fosse fraqueza — quando, ...
18/08/2025

✨ O cansaço.
Esse que tantas vezes não autorizamos.
Fazemos de conta que ele não existe, como se fosse fraqueza — quando, na verdade, é prova de que estamos vivos, entregues, inteiros.

O cansaço também mora cá em casa.
Nos dias que pedem sempre mais: relatórios, agendas, escolas, histórias intensas que acolhemos, dores que atravessam o nosso espaço.

Temos uma equipa cansada.
Famílias cansadas.
Mas não é um cansaço vazio.
É o cansaço de quem ama infinitamente o finito.

Aqui, o cansaço não é inimigo — é companheiro.
Lembra-nos de pausar, descansar e recomeçar.

E quando finalmente descansamos, é que percebemos, com mais clareza, o quanto estávamos cansados.

Neste verão, partilhamos excertos de Pessoa que nos acompanham — e que encontram eco no coração de todos que, aqui, encontram também o seu lugar para (des)cansar.

B. estava de férias.Uma ilha longe de tudo.O mar azul a perder de vista.Nenhum horário, nenhuma obrigação. Apenas sol, p...
15/08/2025

B. estava de férias.
Uma ilha longe de tudo.
O mar azul a perder de vista.
Nenhum horário, nenhuma obrigação. Apenas sol, praia, descanso.
Tudo o que dizem que devia fazer bem.

Mas um dia, no silêncio quente da tarde, veio o aperto no peito.
A respiração encurtou. As mãos tremiam.
Um medo sem nome tomou conta do corpo.

Chorou. Muito.
Sem saber porquê.
Sentia que algo estava errado — mas não sabia o quê.
O lugar era bonito. As pessoas, queridas. A vida, aparentemente leve.
E ainda assim… ela não conseguia estar ali.

Foi B. quem pediu ajuda.
Com coragem — a coragem de quem não tem todas as palavras, mas sabe que algo precisa de mudar.

Foi a mãe que a trouxe.
Com o ar preocupado de quem quer proteger — e com algo espelhado no olhar.
No fundo, sabia: aquela ansiedade não era só da filha.

Mais tarde, num momento de silêncio, B. disse:
“Acho que nunca aprendi a descansar. Nem quando tudo está bem, a minha cabeça pára. É como se estivesse sempre à espera que alguma coisa corra mal.”

A mãe ficou calada e murmurou:
“Percebo. Eu também sou assim. Sempre fui. Nunca me permiti parar. Sempre a fazer, a garantir, a prever tudo. Porque… e se no dia em que eu parar, tudo desmorona?”

Foi aí que se revelou algo importante:
A ansiedade de B. não era um acaso.
Era também um reflexo. Um eco.
Uma herança emocional passada sem intenção.

Porque descansar também é um desafio para quem sempre viveu em modo de sobrevivência.

A ansiedade não tira férias.
E o corpo, quando encontra espaço, pode finalmente dizer tudo aquilo que ficou calado o ano inteiro.

Talvez B. não soubesse explicar tudo o que estava a sentir.
Mas soube escutar o próprio corpo.
E soube pedir ajuda.

Isso, por si só, já é um ato de coragem.
E, quem sabe, o início de uma nova forma de estar no mundo — sem medo de parar, sem culpa por descansar, sem precisar controlar tudo para se sentir segura.

Nem sempre a ansiedade aparece quando a vida está difícil.
Às vezes, aparece quando, pela primeira vez, há tempo para sentir.

E isso também merece ser escutado — com verdade, com cuidado, com amor❣️

Francisca Silva Ferreira

O tédio faz bem às crianças“Não tenho nada para fazer.”Dizem com um suspiro, como se fosse o fim do mundo. Mas, na verda...
14/08/2025

O tédio faz bem às crianças

“Não tenho nada para fazer.”
Dizem com um suspiro, como se fosse o fim do mundo. Mas, na verdade, é o início de outro — um mundo que só nasce quando não há nada marcado, nada preparado, nada imposto. Sabemos hoje que os três meses de férias deixam saudades… até de sentir tédio, porque é nesse tempo de pausa que se aprende a inventar, a explorar o próprio mundo, a descobrir o prazer simples de criar algo do nada.

Três meses inteiros para se perder no tempo. Entre o fim das aulas e o regresso à rotina, abre-se um espaço precioso, onde as horas se alongam e o tédio pode instalar-se. Não chega logo; primeiro espreita, depois f**a. E quando isso acontece, surge a oportunidade de inventar, de sentir a falta dos amigos, de descobrir que até a própria companhia pode ser suficiente.

Há um prazer antigo em simplesmente não fazer nada. Observar as nuvens, ouvir o vento nas árvores, deixar a mente vaguear. Longe das distrações rápidas que apagam pensamentos antes que cresçam, a imaginação desperta.

Um lençol preso entre cadeiras vira castelo.
Pedras e paus transformam-se em ingredientes mágicos.
Um caderno em branco é a porta para histórias nunca contadas.
O sabão da cozinha cria mares de bolhas no quintal.
Um chapéu esquecido transforma-se em coroa ou capacete de explorador.
Até o eco da própria voz, no corredor, é o início de uma aventura.

Nós, adultos, f**amos muitas vezes à margem, a olhar…
Aliás, na maioria das vezes estamos afogados nas nossas rotinas, sentimos a culpa de não estar sempre lá. Queremos calar o “estou aborrecido” com a primeira boia que apareceu, mas quando o fazemos, retiramos às crianças a hipótese de atravessar o desconforto do tédio e descobrir o que existe para lá dele: a invenção, a autonomia, o prazer simples de criar algo do nada.

O tédio é um mestre paciente. Cabe-nos não o expulsar à pressa.

Francisca Silva Ferreira

Não é a ordem de nascimento que define o nosso valor, mas sim o espaço que nos deixam para sermos vistos.Nem sempre é fá...
12/08/2025

Não é a ordem de nascimento que define o nosso valor, mas sim o espaço que nos deixam para sermos vistos.

Nem sempre é fácil ser o filho do meio. Não se é o pioneiro, nem o bebé protegido — está-se no meio, onde se ouve menos o barulho dos holofotes, mas se aprende a escutar com atenção.

Na psicologia familiar, chamam a esta posição o “efeito sanduíche”: o filho do meio f**a entre duas fatias de pão — o mais velho carrega as primeiras expectativas, o mais novo recebe a atenção do bebé. No meio, pode sentir-se apertado, quase invisível.

É um lugar de silêncio, mas também de resiliência. Onde se aprende a ser visto sem fazer demasiado ruído, a adaptar-se, a criar para existir.

Ser filho do meio é crescer com um pé em cada lado, a negociar afetos, a mediar conflitos, a construir pontes invisíveis dentro da família.

Posso ser o melhor aluno…
Ou aquele que se porta pior só para ser visto.

No carro, o meu lugar nunca é o do meio. O mais velho vai à frente, o mais novo na janela — e se vamos os três atrás, eles conversam, e eu fico a olhar para a paisagem das conversas invisíveis.

Às vezes, em casa sou uma pessoa, fora dela sou outra — como se precisasse de crescer para agradar ou chocar, para ser notado.

É um lugar que pesa — a sensação de invisibilidade, a luta por um espaço que às vezes parece não existir. Mas também é onde a alma se molda com flexibilidade, empatia e coragem.

Falar de ser filho do meio é falar da procura constante por equilíbrio, reconhecimento e um espaço só nosso.

E se olharmos bem, talvez seja no meio que reside a maior virtude: ser o elo que une, o coração que entende todos os lados, a voz que ouve mesmo quando parece que ninguém escuta.

No meio… pode estar a virtude.

Ser filho do meio é, acima de tudo, aprender a ser único num lugar onde muitos pensam que passamos despercebidos.

Que esta seja uma celebração de todos os que encontram no meio o seu verdadeiro lugar no mundo.

Francisca Silva Ferreira

Vivemos numa cultura onde a perfeição parece ser o preço a pagar para sermos amados. Muitos adolescentes acreditam que s...
12/08/2025

Vivemos numa cultura onde a perfeição parece ser o preço a pagar para sermos amados. Muitos adolescentes acreditam que só têm valor se forem impecáveis — nas notas, no corpo, nas marcas que usam, no que mostram.

Foi assim com a F. Chegou à consulta a falar de maquilhagem cara, da vida que queria em Nova York e do corpo da Taylor Swift. Mas por trás da armadura, havia o luto do pai, a solidão, o medo de não ser suficiente.

Propus-lhe um desafio: ir ao campo de férias “Emoções ao Sol”. No dia seguinte, a mãe escreveu: “Bom dia Marisa, a F. aceitou ir! Conseguimos!!!”

Chegou fechada, mas encontrou uma equipa pronta a acolhê-la. Numa das primeiras dinâmicas, agarrou-se a uma corda simbólica — e o grupo agarrou-se a ela.

Durante dias, partilharam medos, riram juntos, deram-se a conhecer sem filtros. Sem redes sociais, mas mais conectados do que nunca.

No último dia, choravam — não queriam que acabasse. E a verdade é que não acabou: na semana seguinte já tinham encontro marcado.

Não precisamos de ser perfeitos para sermos aceites. Precisamos é de espaços seguros onde possamos ser verdadeiros — e descobrir que isso basta.

Marisa Gouveia & Serra

12/08/2025

Os testemunhos que não cabem no tempo.
As vozes das crianças, das famílias e da equipa que
f**am guardadas num mergulho terapêutico que eterniza o verão da casa☀️

😎 Pré-inscrições 2026 | 20 a 24 Julho 2026
☀️ Semana 2 — dos 5 aos 10 anos

Há um mês começaram os nossos campos de férias terapêuticos: Emoções ao Sol — adolescentes agarrados às cordas, a caminh...
12/08/2025

Há um mês começaram os nossos campos de férias terapêuticos: Emoções ao Sol — adolescentes agarrados às cordas, a caminho da superação das suas inseguranças.

Hoje, guardo para partilhar os testemunhos das famílias e de alguns terapeutas que se confessaram — entre cansaço — como quem escreve um diário de bordo, como quem confia o que viu crescer (e que cresceu neles).

Grata, acima de tudo, às famílias que escreveram a história dos seus, que fazem memória da conquista de um verão num mergulho terapêutico transformador .

O campo é um núcleo seguro, onde se aprende a ser e a preparar-se para a vida — com sol ou com chuva.
Eles crescem, e nós crescemos com eles.

Endereço

Rua Marechal Saldanha 99
Porto
4150-655PORTO

Horário de Funcionamento

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