Núcleo CASA - Psicologia, Educação e Desenvolvimento

Núcleo CASA - Psicologia, Educação e Desenvolvimento Licença de funcionamento ERS nº 22003/2022

Psicologia
Desenvolvimento
Intervenção Transdisciplinar
Consulta Psicológica
Consultadoria Parental
Pedopsiquiatra
Psicopedagocia
Formação

Francisca Silva Ferreira - Psicologia, Educação e Desenvolvimento, Lda.

O medo nasce naturalmente nas crianças.É um reflexo do desconhecido, uma centelha que alerta, protege e ensina.Não é o m...
31/10/2025

O medo nasce naturalmente nas crianças.
É um reflexo do desconhecido, uma centelha que alerta, protege e ensina.
Não é o medo que assusta, mas a ausência de mãos que seguram, de olhares que acalmam,
de vozes que dizem: “Estás segura.”

O problema não está na criança sentir medo,
está nos adultos que não a fazem sentir segura.

Quando o medo não é acolhido, quando a sombra não é iluminada, ele deixa marcas invisíveis,sinais que se imprimem no corpo e na mente.

E o medo dos adultos é (apenas) o eco da sua infância.
A criança que uma vez tremeu no escuro
continua a tremer nas pequenas ansiedades do dia-a-dia, nos receios de arriscar, de ousar, de confiar.

O medo permanece, silencioso,
até que alguém, ou nós próprios, o reconheça,
o valide e o transforme.

Proteger uma criança do medo não é apagá-lo,
é ensinar-lhe que pode sentir, compreender e atravessar a sombra.

É dar-lhe segurança para que um dia,
o eco do medo seja ressignificado em coragem,
e a criança que fomos aprenda finalmente a sorrir
[mesmo na escuridão].

Francisca Silva Ferreira

Há uma bruxa dentro de cada um de nós, não feita de vassouras ou feitiços, mas de medos, desejos e forças que a sociedad...
31/10/2025

Há uma bruxa dentro de cada um de nós, não feita de vassouras ou feitiços, mas de medos, desejos e forças que a sociedade teme.

Ela habita o canto mais íntimo da mente, onde ousamos questionar regras, onde a curiosidade desafia o conhecido, onde a criatividade floresce,
mas também onde surgem a inveja, a raiva, o ressentimento, as intenções que podem ferir, manipular ou destruir.

No passado, a sociedade pintou-a de perigo, acusou quem se atrevia a pensar diferente, quem curava, quem sabia, quem ousava ser livre.

Hoje, essa bruxa vive nos rebeldes, nas mentes críticas, nos corações que recusam conformismo, mas também nas sombras que hesitamos enfrentar dentro de nós.
Crianças tremem com histórias de bruxas, mas cada susto é fascínio: uma centelha de coragem desperta,
uma lembrança de que o desconhecido inclui tanto o poder criativo quanto a capacidade de magoar ou de se perder na própria escuridão.

No quotidiano, a bruxa manifesta-se na intuição que seguimos, nas ideias que ousamos criar,
nos limites que rompemos, mas também nos impulsos que exigem consciência e controlo.

Ela assusta porque nos mostra aquilo que ainda não compreendemos em nós mesmos:
o bem e o mal, a força e a fraqueza, a luz e a sombra.
E é nesse confronto com a própria dualidade
que reside o verdadeiro poder da bruxa: lembrar-nos de que podemos escolher, transformar, e que reconhecer a sombra é o primeiro passo para a liberdade.

Francisca Silva Ferreira

Nos últimos tempos, tem crescido a curiosidade sobre o mundo dos sentidos — este universo invisível que habita em nós.No...
30/10/2025

Nos últimos tempos, tem crescido a curiosidade sobre o mundo dos sentidos — este universo invisível que habita em nós.

No âmbito desta semana, quisemos abrir espaço à escuta e à descoberta, e falar sobre como cada criança sente e responde ao mundo de forma única ✨

Há quem sinta o tecido da roupa como uma tempestade,quem se perca no barulho de um dia comum,ou quem evite o toque, o cheiro, o sabor do novo .

💡 Chorar ao vestir-se, tapar os ouvidos, evitar certas texturas ou recusar alimentos podem ser sinais de diferentes perfis sensoriais - expressões do corpo, não “birras” ou “manhas”.

Quando aprendemos a observar com curiosidade e compreender com empatia, abrimos caminho para o bem-estar, a autonomia e o crescimento.

➡️ Desliza para conhecer alguns sinais sensoriais comuns e estratégias simples que transformam o quotidiano em terreno de descoberta ❣️

30/10/2025

Neste episódio especial de A Casa Desarrumada, o podcast do Núcleo CASA, entramos no , o museu imersivo do Porto onde os sentidos despertam e o corpo pensa

Entre luzes, sons e descobertas, conversamos sobre Terapia Ocupacional — uma profissão que, tal como o próprio museu, nos convida a sentir, explorar e transformar o quotidiano em experiência significativa

Com Sofia Charrua, Tânia Barbosa e Andreia Leal, terapeutas ocupacionais do Núcleo CASA, exploramos temas centrais da prática clínica:
🧠 funcionalidade e desenvolvimento infantil
💬 saúde mental e integração sensorial
🎲 o papel do brincar e os perfis sensoriais únicos
🌿 estratégias de autorregulação e o valor das rotinas

Falamos sobre quando encaminhar, como identificar sinais de alerta, e sobre a evidência científica que sustenta a Terapia Ocupacional como intervenção de primeira linha.

Porque, no fundo, uma casa desarrumada é uma casa viva — cheia de movimento, tentativas e crescimento.
Tal como a vida, e tal como a Terapia Ocupacional 💚

🎥 Oiça veja episódio completo:
👉 YouTube: https://youtu.be/a_mVSt9HCKA?si=hrp3TncEz6ywMdHF
🎧 Spotify: https://open.spotify.com/episode/7hw7iXh4lAhR2WQnnvh3U9?si=ZW3EN14kTsy-uOD8PuMqnw

Crescemos a acreditar que temos 5 sentidos… mas afinal, o corpo fala através de 8 formas de sentir o mundo. ✨Do toque à ...
30/10/2025

Crescemos a acreditar que temos 5 sentidos… mas afinal, o corpo fala através de 8 formas de sentir o mundo. ✨
Do toque à audição, do equilíbrio à interocepção, cada sentido ajuda-nos a explorar, aprender e regular.
Quando um deles sente “demais” ou “de menos”, o comportamento muda — e o corpo tenta encontrar o seu ponto de equilíbrio. ⚖️

No Núcleo CASA, a Terapia Ocupacional ajuda crianças (e adultos!) a compreender e integrar estas experiências, promovendo bem-estar, autonomia e descoberta. 💛

30/10/2025

Há lugares onde os sentidos acordam.
Onde o toque conta histórias, o som desenha luz e o olhar descobre novos mundos.
Foi assim que nasceu o Wondersense - e é assim também que (re)nasce a Terapia Ocupacional: no encontro entre corpo, mente e o sentir.

No âmbito da Semana da Terapia Ocupacional, escolhemos o , para dar vida a uma nova experiência.
🎙️ Em breve, o sentir vai ganhar voz — e dar muito que falar (está a chegar o podcast deste tema)!

Nesta semana, celebramos quem transforma o quotidiano em descoberta. ❣️
pt

Os pais do M vieram a uma primeira consulta.Contaram-me que ele faz muitas birras,porta-se “mal” na escola, vê com as mã...
28/10/2025

Os pais do M vieram a uma primeira consulta.
Contaram-me que ele faz muitas birras,
porta-se “mal” na escola, vê com as mãos,
é impulsivo e ao mesmo tempo defende-se de tudo.

Contaram-me também o caminho percorrido:
duas psicólogas, muitas estratégias,
quadros de cores: verdes e vermelhos.
Fizeram tudo o que sabiam, tudo o que podiam.

Mas o M continua a reagir, a sentir antes de compreender, a viver o mundo com o corpo todo.

Com profundo respeito por todos os colegas,
talvez devamos, com humildade, aceitar
que nem tudo é (só) emocional -
e que (poucas) coisas se resolvem com estratégias puramente comportamentais.

Há corpos que pedem compreensão antes de correção.
Há sentidos que precisam ser acolhidos antes de serem moldados.

É aqui que a transdisciplinaridade ganha verdade:
quando deixamos de trabalhar sobre a criança
e começamos a trabalhar com ela, com os outros, em conjunto, sem fronteiras.

Tenho aprendido tanto com as terapeutas ocupacionais, com os pais, com as crianças que chegam.
Cada um me ensina, todos os dias,
que o corpo é uma casa — e que antes de pedirmos a uma criança que “se comporte” dentro dela,
precisamos ajudá-la a habitá-la com segurança,
a sentir-se bem entre as suas próprias paredes.

Posto isto, consigo finalmente enfrentar o desafio de dizer que adoro as terapeutas ocupacionais , porque explicar o que elas são já conta como intervenção e muda mentalidades (e vidas também ).

Com amor,
Francisca Silva Ferreira
(Psicóloga )

💛 Hoje é o Dia Mundial da Terapia Ocupacional!No Núcleo Casa, celebramos esta data com a Semana da Terapia Ocupacional 2...
27/10/2025

💛 Hoje é o Dia Mundial da Terapia Ocupacional!

No Núcleo Casa, celebramos esta data com a Semana da Terapia Ocupacional 2025, dedicada a quem transforma pequenos gestos em grandes conquistas, com paciência, criatividade e dedicação.

Cá em casa adoramos as nossas terapeutas ocupacionais: um bem haja - Sofia, Tânia & Andreia.

Porque veem a criança inteira — corpo, mente, emoções e rotina.
Porque transformam o brincar na coisa mais séria da vida.
Por tudo isto e muito mais que vamos descobrir ao longo dos próximos dias!

🙌 O desafio de hoje é homenagear estas terapeutas e todas as/ os outras/os.

Conte-nos nos comentários porque é que adora terapeutas ocupacionais!!

Juntos celebramos quem transforma obstáculos em conquistas todos os dias.❣️pt

Na infância, o corpo é muitas vezes a voz das emoções que ainda não encontram palavras.A psicossomática mostra-nos que c...
25/10/2025

Na infância, o corpo é muitas vezes a voz das emoções que ainda não encontram palavras.
A psicossomática mostra-nos que certas queixas físicas não surgem por acaso: são sinais de tensões, medos ou mudanças no mundo interno e nas relações da criança.
O sintoma deixa de ser apenas dor ou desconforto- torna-se uma linguagem silenciosa, um pedido de atenção, compreensão e cuidado.

✨ Nos próximos swipes ➡️, vamos perceber como o corpo se torna a voz das emoções e o que ele pode estar a tentar contar-nos.
💭 E nós… como podemos aprender a escutar com o coração o que o corpo sussurra em silêncio?❣️

22/10/2025

O corpo não é apenas um objeto que nos sucede: é uma história que nos habita.
Neste episódio de Casa Desarrumada, encontramos três perspetivas que interrogaram — com rigor e ternura — o enigma da psicossomática:
Patrícia Câmara (psicanalista e vice presidente ), Sílvia Ouakinin (psiquiatria e filósofa da saúde) e Miguel Serras Pereira ( poeta).

Conversamos sobre o sentido do sofrimento e a voz oculta das dores: será que toda doença carrega um sentido inteligível? Como pensar a esperança num contexto em que o corpo fala em coisas que a mente nem sempre traduz? Como evitar explicações reductoras e acolher a singularidade de cada processo de adoecer?

Não é um episódio de respostas fáceis, mas de perguntas necessárias- um convite a ouvir sem medo, a pensar sem pressa e a sentir sem urgência.

🎙️Escute esta conversa que cruza clínica, saúde, filosofia e poesia.

🎧 Já disponível nas plataformas habituais: Podcast Casa Desarrumada.

✨Gratidão aos nossos convidados pela generosidade, presença e pensamento partilhado.

O corpo é a nossa casa.Não aquela que se possui, mas a que se habita; no ritmo dos dias, nos encontros, nos desencontros...
22/10/2025

O corpo é a nossa casa.
Não aquela que se possui, mas a que se habita; no ritmo dos dias, nos encontros, nos desencontros, nas pausas e nas ausências. É através dele que a vida nos acontece: sentir, pensar, emocionar-se e estar com os outros são movimentos do mesmo corpo que se faz e refaz na relação. Habitar o corpo é estar presente, inteiro, deixando que o dentro e o fora se toquem, que o gesto e o pensamento se encontrem no mesmo instante.

Como uma casa viva, o corpo muda com o tempo. As experiências vão deixando marcas, fissuras, reorganizações, novos espaços por abrir. Há lugares que precisam de silêncio, que procuram intimidade e outros de luz que ampliam os horizontes que as próprias janelas abrem. Aprender a escutar o corpo é aprender a cuidar dessa casa: ressignificá-la, redecorá-la, reorganizá-la quando necessário. Não para polir as imperfeições, mas para assegurar, de tempos a tempos, as suas fundações, aquilo que nos sustenta, mesmo quando tudo à volta se transforma.

A psicossomática, nesta perspetiva, é esse gesto de habitar. É o reconhecimento de que corpo e mente não se separam, de que a presença é sempre corpórea e relacional. É na troca com o outro que a casa se estrutura, que o corpo se torna espaço de encontro e de reconstrução.
Cuidar do corpo é, afinal, cuidar das relações que vivemos e da vida que nelas pulsa, essa vida que nos habita e que só sentindo habitamos.


Psicanalista

Como disse Eduardo Sá, “andar à bulha é património da humanidade.”E é, de facto, o primeiro ensaio da alma diante do mun...
21/10/2025

Como disse Eduardo Sá, “andar à bulha é património da humanidade.”
E é, de facto, o primeiro ensaio da alma diante do mundo.
É no tropeço, no empurrão e na discussão que a criança começa a descobrir-se inteira: corpo, emoção e limite.
Cada confronto é um espelho: mostra-lhe onde termina o seu território e onde começa o do outro.

A agressividade, quando saudável, é pulsação de vida.
É a energia que protege, que afirma, que separa o “eu” do “tu”.
Sem ela, a criança perde chão - não sabe dizer “basta”, não sabe erguer-se.
Com ela, aprende a dançar com o conflito sem que o conflito a consuma.

Mas é aqui que se desenha uma linha subtil: a que separa a agressividade vital do bullying.
A agressividade saudável ensina; o bullying destrói.
Uma nasce do instinto de defesa, da vontade de afirmar limites; o outro, da necessidade de dominar, humilhar e excluir.
A primeira cria respeito; o segundo espalha medo.
A agressividade saudável é treino para a empatia, porque permite sentir o impacto do gesto e medir a força.
O bullying é a distorção dessa energia [já não serve a ligação, mas o controlo; já não busca equilíbrio, mas poder].

Permitir-lhe andar à bulha é criar espaço para o ensaio da humanidade.
É dar-lhe um terreno seguro para experimentar força e vulnerabilidade, para testar o “eu” sem anular o “outro”,
para descobrir que o cuidado também pode existir no confronto.

A psicologia do desenvolvimento ensina-nos que a raiva é um idioma primordial - e que é preciso aprendê-lo, não sufocá-lo.
A criança que não pode expressar frustração, que não pode bulhar, discutir, perder ou recomeçar, cresce sem saber habitar a própria força.
E sem essa aprendizagem, torna-se vulnerável: vulnerável à violência, à manipulação, à exclusão.

Quando impedimos essa aprendizagem, criamos adultos que não sabem dizer “não”, nem ouvir “não”.
Adultos que confundem empatia com submissão, assertividade com agressão.
Adultos que, para não magoar, se apagam — ou, para não se apagarem, magoam.

É por isso que permitir à criança andar à bulha é “património da humanidade”.
É ensiná-la que a força não é violência, que o confronto não é ódio, que o limite pode ser amor.

Francisca Silva Ferreira

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