
02/09/2025
Pesquisadores identificam uma nova estrutura glandular na região da cabeça!
Uma revelação científica notável trouxe à luz um grupo de glândulas salivares que permanecia oculto no corpo humano, especificamente na região superior da garganta.
A descoberta ocorreu quando uma equipe do Instituto de Câncer da Holanda realizava exames de imagem do tipo PSMA PET/CT — um método de alta precisão comumente usado para detectar câncer de próstata. Durante as análises, os especialistas observaram, de forma inesperada, uma área com intensa atividade localizada atrás da cavidade nasal.
As imagens mostraram duas glândulas simétricas e de tamanho considerável em uma zona em que se presumia haver apenas estruturas salivares microscópicas. A presença dessas glândulas foi verificada em cada um dos 100 pacientes participantes do estudo, indicando que se trata de um traço anatômico comum, que permaneceu não identificado até o presente momento.
Denominadas “glândulas tubárias”, acredita-se que essas formações tenham a função de umedecer a região posterior da garganta durante processos como a fala e a deglutição. A identificação dessas glândulas pode ter grande impacto em terapias contra câncer de cabeça e pescoço. Como as glândulas salivares são extremamente vulneráveis à radioterapia, protegê-las durante o tratamento pode evitar complicações como xerostomia (secura bucal persistente), alterações na fala e maior susceptibilidade a infecções.
Embora ainda se investigue se essa estrutura deve ser classificada como um novo órgão ou como parte do sistema glandular já conhecido, a descoerta já está influenciando tanto o campo da anatomia humana quanto as práticas clínicas em oncologia.
Fonte: Valstar, M. H., et al. (2021). The tubarial salivary glands: A potential new organ at risk for radiotherapy. Radiotherapy and Oncology, 154.