20/10/2025
Bruxa,
Na realidade,
é simplesmente uma mulher que abraça a sua multiplicidade,
a sua ciclicidade,
dando vida ao que acredita,
sendo-se fiel acima de qualquer coisa, pessoa ou grupo de pessoas.
Nessa fidelidade,
pega em tudo o que é
e coloca-se ao serviço da comunidade,
do coletivo, da Vida.
Mas o bom manipulador patriarcado…
soube mascará-la.
Desenhou-a como quis,
ao sabor dos seus interesses.
Fez dela a vilã,
a perigosa,
a que devia ser temida.
E assim distorceu papéis —
como faz até hoje com tudo e todos.
Não, não voamos em vassouras,
não usamos chapéus altos,
nem lançamos faíscas das mãos.
As verdadeiras faíscas nascem dentro:
nas escolhas conscientes,
na coragem de olhar a sombra,
na ternura com que cuidamos das nossas feridas.
Mas eles precisavam que tivéssemos medo.
Precisavam que duvidássemos de nós mesmas.
E foi assim que mascararam a Bruxa:
fizeram dela a charlatã,
a manipuladora,
a má,
a que faz feitiços para o mal.
Como sempre fizeram connosco, mulheres. Para nos separar da nossa própria essência,
para que deixássemos de nos conhecer,
de nos escutar,
de nos unir.
Porque uma mulher que se conhece
é indomável.
E mulheres que se unem…
movem o mundo.
Por isso, controlam-nos com medo,
com comparação,
com competição e silêncio.
Mas essa mentira está a cair.
A “bruxa” desperta,
a mulher consciente,
não se curva.
Questiona-se.
Transforma.
E rodeia-se de outras mulheres que fazem o mesmo.
Juntas, tornam-se o fogo transformador que aquece o mundo.
Cuidam, partilham, curam.
Tornam a comunidade rica, forte, incluiva, orgânica, harmoniosa, viva.
Porque o verdadeiro feitiço…
é viver em verdade.
E juntas… somos pura magia.
Catarina Ferreira 🍁🎃
E é por isso que na Noite das Guardiãs, dia 31 de Outubro, pelas 19h, na , vamos
atravessar o véu entre a sombra e a luz,
para lembrar o que fomos ensinadas a esquecer.
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