A Associação Batoto Yetu Portugal convida-vos a descobrir os "Espaços da Presença Africana em Portugal". Realizamos circuitos personalizados, todos os dias em Lisboa após as 18h00, e preferencialmente ao fim de semana pelas 10h00 para as visitas ao Sado e outras zonas da Área Metropolitana de Lisboa. Os circuitos são realizados com elementos da associação podendo estar presentes outros historiador
es mediante disponibilidade. Reservem já um lugar fazendo a inscrição em batotoyetu@gmail.com
Outras opções/preços de grupo e horários consoante disponibilidade e número de elementos. O local de início das visitas é a estação de metro do parque na Avenida António Augusto Aguiar, Lisboa. Caso pretendam realizar refeição de influencias africanas o preço é de 20 eur por pessoa.
1 - Lisboa tour
A visita é realizada de tuk tuk, ou carrinha se forem apenas 8 pessoas, e tem pequenos percursos a pé. Horário: 10h00 às 12h30
Preço: 40 eur por pessoa
O percurso principal aborda os principais locais da cidade de lisboa relativos ao projeto da associação sobre a presença africana. Dentro da cidade podem também escolher visitas temáticas consoante os locais pretendidos.
2 - Cana de Açucar tour
Realizamos visitas cujo tema são as atuais comunidades caboverdianas residentes em Loures ou Oeiras na AML e que trabalham com a cana de açúcar, atual complemento gastronómico e lúdico da comunidade, no passado o motor comercial do período escravocrata. Visita de Carrinha de 8 lugares, ou mini bus com pequenos percursos a pé pelo campo. Horário: 10h00 às 13h30 ou 10h00 às 15h00
Preço: 50 eur por pessoa
3 - Ilha dos Negros tour
Caminhada de 10 a 14 km pela região do sado no alentejo, com viagem de autocarro de 50 lugares, ou carrinha para 8 pessoas até à região de Alcácer, Setúbal, Grândola. Horário: 8h00 às 17h00
Preço: 50 eur por pessoa
O objetivo destas visitas é dar a conhecer a africanidade de Portugal, dispersa numa pluralidade de memórias e de vestígios visíveis e invisíveis nos dias que vivemos. A “migração” de populações africanas é um elemento permanente da História de Portugal estando a península ibérica próxima, visível e de fácil acesso para as primeiras migrações do Homo Sapiens vindas do continente africano. Temos num primeiro período antes de 1492 alguns registos da presença de povos africanos na península ibérica e em portugal. Com a passagem de sua livre vontade de egípcios como Taharqa o Faraó, Hannibal o cartaginense, Fenícios, Romanos cujos primeiros imperadores tinham maior influência africana, e que possuíam tropas constituídas por mais de 10% de africanos. Os vários califados mouriscos mais ou menos africanizados constituídos por árabes, povos amazigh do norte de áfrica e povos do oeste de africa islamizados (colonizados pelo islão), oriundos de zonas tão a sul como a Senegambia a partir do seculo VII até ao século XV - (1492). Existe um segundo periodo pós 1492 com o inicio do comércio transatlântico de pessoas escravizadas dos reinos da Senegambia, Congo, Benin, entre outros povos do continente africano. Desde esta presença forçada (até aos finais do século XVIII) ou depois “pela força” (do colonialismo do fim de Oitocentos a 1974, e da globalização e migrações dos nossos dias), foram vários os povos africanos que se foram instalando na cidade de Lisboa e em Portugal. Tentamos abordar todos estes períodos de forma breve, e no período pós 1492 acompanhados pelos livros promovidos pela Batoto Yetu e realizados pela Professora Isabel Castro Henriques. Esta última presença africana é culturalmente mais robusta, trouxe um maior número de pessoas, e deixou maiores vestígios físicos, genéticos e culturais (Fado) no momento presente. Durante séculos estes povos africanos trouxeram a Portugal e à europa o seu conhecimento científico na medicina, engenharia, arquitetura, na área militar, gastronomia, higiene, orientação e navegação, música, pintura, dança. Desempenharam tarefas indispensáveis, mas também as mais duras e mais desvalorizadas da sociedade durante o período da escravatura. Inseridos em todos os setores criadores de riqueza, os africanos, escravizados ou livres, foram um elemento estruturante da vida urbana portuguesa. Contudo, a visibilidade da sua presença na cidade é hoje mais ténue, e para ultrapassar esse facto falaremos sobre as ações previstas, e que incluem a colocação de 2 estátuas e 20 placas toponímicas na cidade de lisboa. Vamos redescobrir os espaços da presença africana em Portugal juntos!