Susana Rodrigues - Psicóloga/Terapeuta

Susana Rodrigues - Psicóloga/Terapeuta Psicóloga Clínica com especialização em Neuropsicologia. Perita Forense. Psicoterapeuta.

Hoje presenteio-vos com esta história, assim tenham paciência para chegar ao fim.❤🧠"A rapariga das mãos cortadas – um re...
31/07/2025

Hoje presenteio-vos com esta história, assim tenham paciência para chegar ao fim.
❤🧠

"A rapariga das mãos cortadas – um reconto"

Era uma vez, o ano passado, um moleiro que se queixava muito de ser pobre.
Um dia, pôs o machado ao ombro e tomou o caminho da floresta, a fim de cortar lenha para acender o forno. Mal tinha dado a primeira machadada, um homem vestido de negro apareceu não se sabe de onde. Os olhos eram opacos e a boca cerrava-se num sorriso trocista. Não era velho nem novo, mas trazia roupas de veludo que lhe assentavam na perfeição, e foi nisso que o moleiro reparou.
– Porque te cansas tanto a cortar lenha? – perguntou-lhe o estranho. – Se me deres o que está atrás do teu moinho, prometo-te que serás rico e nunca mais terás de moer farinha.
O moleiro encolheu os ombros.
– Atrás do moinho há um pátio e uma macieira que só me serve metade do ano, e mesmo assim me dá trabalho e pede muita água. Podes ficar com ela, se quiseres.
– Prometes dar-me o que está atrás do teu moinho? – insistiu o homem.
– Prometo, já te disse. Agora deixa-me trabalhar, que não tenho a tua sorte.
O estranho riu-se, mostrando os dentes amarelos.
– Fizemos um acordo e eu já cumpri a minha parte. Daqui a três anos voltarei para levar o que me pertence.
E desapareceu não se sabe por onde, tal como tinha chegado.
O moleiro continuou a cortar lenha, pois nem por um momento levou a sério as palavras do estranho. Não tardou muito até que a mulher viesse ao seu encontro, correndo pelo caminho da floresta como se o mundo estivesse prestes a acabar.
– Homem, nem sabes o que nos aconteceu! No moinho apareceu uma arca cheia de moedas, as enxerga onde dormíamos são agora camas verdadeiras e há um espelho à entrada da porta, igual ao da casa do mercador rico.
– Oh, isso deve ser obra do estranho que há pouco esteve aqui a falar comigo – e enquanto dizia isto, sorrindo, o moleiro viu como os tamancos de madeira se transformavam em delicados sapatos de pelica, e como nos dedos grossos e gastos lhe apareciam cinco anéis de ouro.
– E o que prometeste tu a esse estranho, para ele nos trazer toda esta fortuna, de repente? – perguntou a mulher, desconfiada.
– Nada mais do que aquilo que está atrás do moinho – continuou o homem, satisfeito. – Não te preocupes, com tudo o que temos agora podemos plantar dez pomares de macieiras.
– O que tu foste fazer! Esse estranho com quem falaste era o Diabo! – gemeu a mulher, desesperada. – O que ele quer não é a macieira, mas a nossa única filha, que desde manhã ali está a varrer o pátio.
O moleiro e a mulher correram para casa, aflitos. Lá estava a rapariga a varrer o pátio, sem saber o que tinha acontecido. Era tarde demais.
Durante os três anos seguintes comeram e beberam do melhor, compraram roupas de seda e brocado, e nunca mais voltaram a trabalhar. Mas, apesar de a vida lhes ter ficado mais leve, os seus corações estavam pesados. Pressentiam o dia em que o Diabo iria aparecer para cobrar a promessa, porque é certo e sabido que ele nunca falta à sua palavra.
No prazo acordado, a rapariga tomou banho, vestiu-se de branco e esperou pelo Diabo dentro de um círculo de giz que ela própria desenhou. Veio o Diabo e logo uma força o empurrou para trás, atirando-o ao chão.
Agora o Diabo não estava trocista, mas furioso, realmente furioso. Já não se parecia com o homem elegante vestido de negro, nem com alguém que se possa descrever aqui, por isso é melhor que cada um o imagine como bem entender.
– Nunca mais voltes a tomar banho! – gritou ele. – Daqui a três meses regressarei e quero-te como um bicho!
Os pais, cheios de medo, nunca mais deixaram que a filha tomasse banho. A roupa branca cobriu-se de imundície, os cabelos ficaram gordurosos e desgrenhados, e o rosto quase não se deixava ver por baixo da sujidade.
Na véspera de o Diabo voltar, a rapariga chorou tanto que as lágrimas lhe lavaram as mãos, deixando-as limpas como a neve mais alta das montanhas. E pela segunda vez, o Diabo não conseguiu tocar-lhe.
– Tens de lhe cortar as mãos, ou ela nunca será minha! – gritou, voltando-se para o moleiro.
– Não podes falar a sério! Queres que corte as mãos à minha única filha?
O Diabo deu uma gargalhada:
– Eu sempre falei a sério, pobre ignorante. Se não lhe cortares as mãos, tu e a tua mulher virão comigo, e tudo o que tens agora vai desaparecer antes do fim do dia.

O moleiro ficou tristíssimo, mas dali a pouco começou a afiar o machado. Pediu à filha que o perdoasse por fazer uma coisa tão terrível, ao mesmo tempo que preparava o cepo de madeira para ela apoiar os braços.
– Sou tua filha, faz comigo o que quiseres – limitou-se a dizer a rapariga, estendendo as mãos.
Quando o machado caiu, os últimos farrapos das velas do moinho, há muito paradas e sem utilidade, foram levados por uma súbita rajada de vento. Há quem jure que no meio dos gritos foi o vento quem gritou mais alto, mas isso não temos como confirmar.
Veio então o Diabo e quis agarrar a rapariga, mas ela tinha chorado tanto sobre as mãos cortadas que os cotos estavam limpos. Pela terceira vez, o Diabo foi arrojado ao chão e quase ardendo em fúria, mas tinha perdido o seu direito de posse e já nada podia reclamar. Quando desapareceu, todos julgaram que seria para sempre e suspiraram de alívio.
– Filha adorada, o teu sacrifício salvou-nos – disse o pai. – Agora viverás aqui conosco e nada te faltará.
– Não quero viver aqui, nada disto é meu – disse a rapariga. – Tenho bens? Não. Mas encontrarei quem me ajude pelo caminho.
– Que queres levar contigo? – perguntou a mãe, desgostosa.
– Temos moedas de ouro e prata que cheguem para ti.
– Só quero que guardem as minhas mãos cortadas num s**o e o atem à minha cintura.
Os pais assim fizeram. Depois enfaixaram-lhe os cotos com tiras de pano branco, para que melhor se protegesse. E sem olhar para trás, deixaram-na ir, pois não tinham outro remédio.

A rapariga saiu de casa e deixou-se guiar pelo vento, carregando os seus ossos à cintura. Vagueou durante tempo incerto, sentindo no corpo a fome e o frio, dormindo ao relento, arranhando-se nas pedras e no mato da floresta. Até que chegou a um campo cheio de árvores que mais pareciam esqueletos. Tudo à sua volta tinha a cor da terra morta, e apenas uma árvore se mantinha verde e carregada de frutos. Era uma figueira.
«Quem me dera ter mãos, para provar um destes figos», pensou a rapariga. Logo um ramo se inclinou e ela estendeu os cotos, retirando um figo que lhe matou a fome. Depois deitou-se a adormecer, com a cabeça encostada às raízes e as folhas a servirem-lhe de coberta.
Na manhã seguinte, chegou o jardineiro para contar os figos e viu que faltava um. Com um puxão brusco, acordou a rapariga e preparou-se para a repreender, mas depois notou que não tinha mãos e hesitou em culpá-la.
– Onde está o ladrão que veio contigo? – perguntou, aborrecido. – Não sabes que esta figueira pertence ao Rei Pescador? Vai-te embora e não voltes mais, ou ambos ficaremos sem sarilhos.
A rapariga estava ainda mais suja e despenteada do que antes, pois tinham passado muitos dias desde que partira, e o jardineiro deu um passo atrás, enojado.
– Não sabia que um rei podia ser assim tão pobre que só tivesse uma figueira – respondeu-lhe a rapariga. – E porque lhe chamam Rei Pescador?
– Para uma mendiga e uma ladra, sempre és muito insolente – troçou o jardineiro. – Se não fosse isso, até teria pena de ti.
– Não sou nem uma coisa nem outra. Podes ao menos dar-me um figo para matar a fome, antes de seguir o meu caminho?
O jardineiro ia dizer que não, mas, naquele momento, o ramo da figueira voltou a inclinar-se, deixando cair um figo no colo da rapariga, depois outro e mais outro. Espantado, o homem desatou a correr até ao castelo, a fim de contar tudo ao Rei Pescador.
Veio o rei e veio a mãe do rei, e os três ficaram a olhar para a rapariga das mãos cortadas, sem saberem o que fazer.
Os ramos da figueira abraçavam-na e as gotas do orvalho caíam-lhe na cara e no corpo, lavando as feridas que tinha feito pelo caminho.
– Quem és tu? – perguntou o rei. – E quem te pôs neste mundo?
– Sou todas as coisas – respondeu ela. – Sou a que dá a vida e afasta a morte. Sou filha dos ossos e do vento, e ando por estes caminhos de Deus a fazer perguntas.
– E há alguma pergunta que me queiras fazer?
– Sim, há. Porque vos chamam Rei Pescador, se o vosso reino é seco como um deserto?
O rei deixou cair uma lágrima, que a rapariga segurou num dos seus cotos mutilados.
– Chamam-me Rei Pescador porque passo os meus dias a pescar – disse ele. – Estou ferido na coxa direita e custa-me muito combater. Mas agora que nos encontramos, já não te vou deixar partir. A tua pergunta tocou-me e deu-me paz.
Voltaram para o castelo, onde o rei mandou fazer umas mãos de prata para a rapariga e ordenou que a tratassem o melhor possível.
– F**a descansado, eu própria cuidarei dela – disse a mãe do rei, que não via o filho chorar há muito tempo, embora o soubesse em grande sofrimento. Era uma velha sábia, de olhos glaucos e brilhantes, e todos a respeitavam por atuar com justiça e bondade.
Quando as mãos de prata ficaram prontas, a rapariga inquietou-se:
– São bonitas e ser-me-ão úteis, com certeza, mas que hei de fazer às minhas mãos cortadas? Não as quero deitar fora.
– Descansa, ficarão comigo até que já não precises delas – disse a velha mãe. – Desde sempre guardei os ossos dos vivos, e todos os que eles me confiem. Eu sou a mãe que existe no coração de todas as mulheres e tu serás a minha filha sagrada.

Dali a algum tempo, o Rei Pescador quis voltar para a guerra. Quanto mais tentava resistir, mais a ferida na coxa latejava, deixando-o louco de dor. Tanto a rapariga como a velha mãe ficaram tristíssimas, mas sabiam que não podiam fazer nada para o impedir.
Antes da partida, à frente dos seus exércitos e bandeiras, o rei fez um pedido:
– Por favor, escreve-me sempre que possas e não deixes de fazer perguntas.
– Prometo – disse a rapariga.
Algum tempo depois, um mensageiro foi entregar a primeira carta, na qual a rapariga contava o que tinha feito nesse dia e terminava com uma pergunta para o rei: «A quem serve o amor?»
O Rei Pescador respondeu-lhe imediatamente, no intervalo de uma batalha, e o mensageiro correu de volta para o castelo. Mas o Diabo, que só os mais distraídos julgaram ter saído desta história, passou pelo mensageiro e trocou as cartas sem ele ver. O que chegou às mãos da rapariga foi uma resposta muito diferente da que o rei tinha escrito, e dizia assim:
«O amor serve o seu dono, que sou eu, e por isso te ordeno que vás para a torre mais alta do castelo e não saias de lá até eu voltar.»
A rapariga ficou muito triste, bem como a mãe do rei, mas não deixaram de cumprir as ordens recebidas.
Na segunda carta, a rapariga voltou a fazer a mesma pergunta: «A quem serve o amor?»
Novamente o Diabo passou pelo mensageiro e trocou as cartas, escrevendo uma resposta muito diferente:
«O amor serve o seu dono, que sou eu, e por isso te ordeno que não fales com ninguém até eu voltar.»
A rapariga julgou que ia morrer de solidão, mas a mãe do rei abraçou-a e disse-lhe que todos os dias iria visitá-la à torre, uma vez que o filho não tinha proibido que se falassem com os olhos.

O Diabo percebeu que estava a ser vencido pela astúcia da velha mãe, e essa era uma humilhação que ele não podia suportar.
Quando o Rei Pescador recebeu a terceira carta, com a mesma pergunta de sempre – «A quem serve o amor?», pensou que talvez a rapariga não tivesse entendido as suas respostas e preparou-se para voltar a casa. Mas o Diabo adiantou-se e fez chegar outra carta à mãe do rei, que dizia assim:
«O amor serve o seu dono, que sou eu, e por isso te ordeno que a mates e me entregues os olhos e a língua.»
A velha mãe ficou devastada com aquela crueldade, mas o seu coração rebelou-se e não quis seguir as ordens do filho. Mandou matar uma corça no lugar da rapariga e escondeu-a no seu quarto, onde o Diabo não se atrevia a entrar. Durante esse tempo, a rapariga comia os figos que a mãe trazia numa taça, e não demorou muito até que as mãos lhe voltassem a crescer. Primeiro, como as de uma criança, depois como as de uma donzela e, por fim, como as de uma mulher.
Quando o Rei Pescador voltou da guerra, a mãe entregou-lhe as antigas mãos de prata da rapariga e, numa bandeja, os olhos e a língua da corça.
– Porque me fizeste matar a minha filha sagrada? – perguntou-lhe. – Acaso não te ensinei a quem servia o amor, quando eras o meu filho querido e brincavas livre nos jardins do castelo?
Ao ver os olhos e a língua ensanguentada na bandeja, o Rei Pescador pousou a espada e chorou no regaço da mãe. Já não se sentia ferido, mas morto, quase morto, e apenas teve forças para dizer:
– O amor serve o amor. Assim me ensinaste e assim lhe respondi.
A rapariga saiu do quarto e abraçou o rei, agora com as mãos de uma mulher. Mais tarde, casaram-se, e a mãe abençoou a cerimónia. Durante o resto da vida nunca mais deixaram de fazer perguntas.
– A quem serve o amor?
– O amor serve o amor.
Esta história foi contada a cem pessoas, que por sua vez a contaram a mais cem, de modo que agora é a vossa vez de contar às outras cem que ainda não a conhecem. Eu já fiz a minha parte.

História transcrita do livro "Em nome da filha" de Carla Maia de Almeida

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22/07/2025

As crianças privadas precocemente de afeto tornam-se incapazes de amar e de ser amadas. É a raiva narcísica de não ter sido amada que, fundamentalmente, gera o comportamento agressivo, que não se previne com falsas doutrinas centradas no ensino de valores, mas com relações entre as pessoas que promovam a proximidade, que sejam capazes de dar aquilo que ela mais precisa - o alimento afeto.

Coimbra de Matos
(texto da página "Viver a Mente")
🧠❤

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20/07/2025

Livrai-nos do amor parasitário que precisa do hospedeiro para sobreviver — não se nutre do amor real, mas da presença, da atenção, da obediência.

O amor verdadeiro nasce do reconhecimento da individualidade do outro.
🧠❤

É que aprenderam no seu desenvolvimento precoce que a única forma de serem valorizados é sujeitar -se ao poder do outro,...
19/07/2025

É que aprenderam no seu desenvolvimento precoce que a única forma de serem valorizados é sujeitar -se ao poder do outro, moldar-se à ideia que tinham deles, o que inevitavelmente lhes doeu, porque dói não sermos amados simplesmente por sermos quem somos. Por não conceber a complexidade do ser humano, existem em duas dimensões apenas: dominar ou ser dominado.

Como estão vazios, porque reduzidos na sua dimensão humana, a violência e agressividade é o que resta, muitas vezes indiscriminadamente, aleatoriamente sem que eles próprios saibam o que a despoletou (certamente algo que fez lembrar quem eles eram antes de se sujeitarem).

Esquecem porém que há quem reaja à tentativa de dominação pelo poder com maior determinação de luta contra a sujeição, uma luta que é pela liberdade - de sentir, de ser, de pensar e de amar. Uma luta que é pela valorização de tudo o que é verdadeiramente Humano.

🧠❤️

Quando nos subjugamos ao poder vigente em troca de vir a participar nele vai-se gerando um ódio próprio que ou se traduz...
16/07/2025

Quando nos subjugamos ao poder vigente em troca de vir a participar nele vai-se gerando um ódio próprio que ou se traduz na autocritica, baixa auto estima, depressão... ou para proteger o ego tem que ser negado, e assim reverbera nos outros (principalmente em quem nos faz lembrar do que silenciámos em nós - criatividade, autonomia, vitalidade, esperança, bondade, energia, vulnerabilidade - o que por sua vez explica a violência (física, verbal ou emocional) contra os mais frágeis). Enquanto a promessa de participação no poder se mantém, e o controlo social opera, a destrutividade mantém-se sob controlo, mais que não seja aparente, exercida aqui e ali sobre quem sabemos que não se irá queixar, sublimada de formas várias e com mecanismos de coping socialmente aceites, uns mais censuráveis que outros.

Porém quando a expetativa é continuamente gorada, o controlo social baixa, falha ou, como se vive atualmente, os sentimentos destrutivos são validados, a violência vem ao de cima. E ela nunca ou raramente se dirige para o verdadeiro agressor, o poder a que nos subjugámos, porque isso implicaria admitir que NOS subjugámos porque queríamos um pouco daquele poder.

Ela (violência) tem então que ser orientada para algum bode expiatório, fonte de todos os nossos problemas, que nos mantém na ilusão de não ter responsabilidade alguma neles.

❤🧠
15/07/2025

❤🧠

Apanhou e não morreu...Não morreu, mas enfrenta problemas nos relacionamentos!Vê o amor como algo que dói.Não consegue...
12/07/2025

Apanhou e não morreu...

Não morreu, mas enfrenta problemas nos relacionamentos!
Vê o amor como algo que dói.
Não consegue dizer “eu te amo”.
Vê a vulnerabilidade como fraqueza.

E essa frieza dói tanto que respinga na relação com seus filhos!

Não morreu,
mas precisa curar sua infância na terapia
E sente que seria mais amoroso se tivesse recebido amor em vez de agressividade, críticas e abandono emocional.

Não morreu,
mas se tornou uma pessoa violenta e explosiva com seu companheiro e filhos.

Não morreu,
mas acha natural a violência e enxerga nela uma forma de educar.

Não morreu,
Mas até hoje não sabe o que fazer com sentimentos como a raiva ou a tristeza, e precisa se anestesiar com bebida, dr**as, compras, s**o, dumb scrooling ou qualquer coisa que dê para distrair....

Não morreu,
Mas é inseguro, não acredita em si mesmo e não consegue se aceitar do jeito que é. Não tem verdadeiro amor próprio, é extremamente dependente da aprovação dos outros ou pelo contrário se esconde através de uma falsa autoestima e grandiosidade.

Toda criança merece uma infância que não precise ser curada mais tarde.

Não basta não morrer.

Ninguém veio ao mundo só para ser um sobrevivente.
Uma criança criada num ambiente de violência não deixa de amar aos pais, deixa de amar a si mesma.

By Dany Santos
❤️🧠

29/06/2025

Máximo respeito por quem valoriza a saúde mental, por quem sensibiliza, por quem combate o estigma, por quem celebra a vulnerabilidade que nos une e nos permite a flexibilidade necessária para CRESCER
🧠❣️

O Homem é um animal narcisico, que se mira no espelho. Se foi objeto do olhar apaixonado dos pais, do seu amor e reconhe...
23/06/2025

O Homem é um animal narcisico, que se mira no espelho. Se foi objeto do olhar apaixonado dos pais, do seu amor e reconhecimento, organiza um narcisismo saudável, sabe quem é e o que vale, tem orgulho em si próprio; deste modo, amado, aprende a amar-se e a amar os outros.

📚In "Relação de Qualidade - Penso em ti" António Coimbra de Matos
📷 Gerada por IA

"Não há espelhos que cheguem para suprirem a falta dos essenciais"❣️🧠António Coimbra de Matos 📷 Imagem criada por IA
22/06/2025

"Não há espelhos que cheguem para suprirem a falta dos essenciais"
❣️🧠
António Coimbra de Matos
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  • Adultos Avaliação do funcionamento cognitivo geral (e.g., pedido de invalidez ou para incorporar relatório médico-legal); Estado cognitivo após AVC ou Traumatismo Crânio-encefálico; Avaliação diferencial entre declínio cognitivo esperado para a idade ou patológico devido a processo demencial ou distúrbio emocional (e.g., síndromes depressivas); Défices cognitivos associados a epilepsia; Estados confusionais.

  • Crianças Dificuldades de aprendizagem específicas: Suspeita de dislexia, disortografia ou disgrafia; Perturbação de défice de atenção com ou sem hiperatividade; Deteção precoce de perturbações do desenvolvimento; Dificuldades de aprendizagem não especificadas; Défices cognitivos associados a epilepsia.