Nuno Oliveira Homeopatia

Nuno Oliveira Homeopatia PARA MARCAÇÃO DE CONSULTAS E CONTATOS VISITE O MEU BLOG: https://www.nunooliveirahomeopatia.pt

A Homeopatia faz parte da minha vida, através dela chego diariamente aos meus doentes e, acompanho-os na viagem rumo a uma vida mais saudável. Nesta página, mostro um pouco da forma como sinto a Homeopatia, como a pratico, como a vivo...para os que já conhecem esta minha forma de sentir a Homeopatia, é como um reviver de conceitos. Para os que não conhecem, é como seja uma porta de entrada para um novo mundo, um mundo com mais saúde, o mundo da Homeopatia, o meu mundo... Obrigado pela visita!

É um misto de orgulho e aperto no coração ver o nosso filho/a seguir o seu caminho, abrir as asas e voar para a sua próp...
12/12/2025

É um misto de orgulho e aperto no coração ver o nosso filho/a seguir o seu caminho, abrir as asas e voar para a sua própria vida.

Sabíamos que este dia chegaria, mas nada nos preparou para o vazio que ficou. A casa parece mais silenciosa, os corredores que antes ecoavam gargalhadas agora guardam memórias.

Há um orgulho imenso em vê-lo/a partir, saber que está pronto, que as nossas mãos que o/a guiaram agora o/a deixam livre para caminhar sozinho/a. Mas, ao mesmo tempo, existe uma saudade antecipada que dói. Uma parte de nós vai com ele/a, e essa ausência sente-se em cada pequeno gesto, em cada cadeira vazia à mesa.

Ser pai e mãe é isto.

É dar amor, dar força e, depois, dar liberdade. É torcer para que o mundo o/a receba bem, que ele/a encontre a felicidade que tanto sonhou. E, mesmo à distância, estaremos sempre aqui, com o coração aberto, prontos para acolher e abraçar de novo, sempre que ele/a precisar.

E talvez seja por isso que, como homeopata, me toca tanto este processo. Acredito que cada fase da vida desperta uma nova sensibilidade, uma nova forma de sentir, uma nova necessidade de equilíbrio. E como a Homeopatia ajuda... E também nós, pais, vamos aprendendo a ajustar-nos, a encontrar um novo lugar dentro de nós, agora que o ninho mudou.

Porque, mesmo que a casa esteja mais vazia, o coração continua cheio.

Cheio de saudade, de orgulho e, acima de tudo, de um amor que transcende qualquer distância.

E enquanto ele/a constrói a sua própria história, seguimos aqui — com a certeza de que, onde quer que esteja, uma parte de nós estará sempre com ele/a.

"Tu tens tudo para ser feliz.”Quantas vezes já ouviste isto?Um bom trabalho, uma família amorosa, filhos saudáveis, uma ...
10/12/2025

"Tu tens tudo para ser feliz.”

Quantas vezes já ouviste isto?

Um bom trabalho, uma família amorosa, filhos saudáveis, uma casa acolhedora. Por fora, tudo parece perfeito. Mas, por dentro, há um silêncio que grita. Um vazio que ninguém entende.

Não é que falte amor. Não é que falte saúde, nem segurança, nem realizações. Falta algo que não se vê. Algo que não tem nome. Algo que aperta o peito no meio da noite e faz o dia parecer um peso que nunca passa.

Tu ris porque é isso que esperam de ti. Tu continuas porque é isso que todos fazem. Mas dentro de ti... dentro de ti há uma ausência que não sabes explicar.

E quando dizem, “tu devias estar feliz”, tudo f**a mais pesado. Porque como podes explicar a alguém que o que está partido não é o que está fora, mas o que está dentro? Como explicar que ter tudo não signif**a sentir tudo?

Às vezes, parece mais fácil calar. Fingir que está tudo bem. Mas há dias em que até o silêncio cansa. E tudo o que sobra é a dor – crua, solitária, sem motivo aparente, sem lugar para ir.

E a verdade é que isso não tem solução simples, nem respostas óbvias. Há pessoas que caminham assim, carregando a sombra de algo que ninguém vê. Seguem a vida com o peito pesado e um sorriso no rosto, porque é isso que se espera. Mas no fundo... no fundo vivem à margem da felicidade, como se ela nunca fosse realmente delas.

Nem sempre quem tem tudo está inteiro. Nem sempre o brilho é felicidade. Às vezes, ter tudo não é o suficiente. Às vezes, o que falta não se encontra em lugar algum.

E, ainda assim, existe um lugar para começar: olhar para dentro, com sinceridade. Escutar esses silêncios que o corpo tantas vezes tenta traduzir em sinais — pequenos, subtis, insistentes.

Na Homeopatia, queremos compreender a pessoa para além do que se vê: ouvir o que é dito e o que nunca encontrou palavras. Porque, quando alguém se sente verdadeiramente escutado na sua totalidade, algo dentro começa, pouco a pouco, a fazer sentido outra vez.

Vivemos tempos curiosos.Nas redes sociais, cada dia surge uma nova “verdade absoluta” sobre o que é ser saudável.Uns jur...
17/11/2025

Vivemos tempos curiosos.

Nas redes sociais, cada dia surge uma nova “verdade absoluta” sobre o que é ser saudável.

Uns juram que a cura está numa dieta exclusivamente vegetal. Outros garantem que só comer carne resolve todas as doenças.

Há quem defenda jejuns longos, quem jure por 6 refeições por dia, quem viva com megadoses de vitaminas, quem aposte em hormonas, quem siga o anti-aging, quem diga que a salvação está no desporto intenso… ou no suave.

Todos falam com uma certeza inabalável, como se tivessem encontrado a resposta universal.

Mas a verdade — a que não cabe num vídeo de 30 segundos — é que a saúde não é uma receita pronta. Não é uma moda. Não é igual para todos.

A saúde é profundamente individual. É feita de história, genética, emoções, ambiente, escolhas e tempo.
É feita de escuta.
É feita de nuance.

E mesmo após mais de 20 anos de prática clínica, continuo a aprender todos os dias. Continuo a observar com humildade o mistério que é o ser humano.

O que cura uns, perturba outros.
O que dá energia a um corpo, cansa outro.
O que funciona numa fase da vida, pode não servir noutra.

E isso não é erro. É humanidade.

Num universo cheio de certezas ruidosas, é fácil esquecer o essencial: A saúde é um caminho singular. Não precisa de exageros, nem de promessas absolutas. Precisa de consciência, respeito e bom senso.

Entre tantas vozes que gritam soluções mágicas, vale recordar que não existem caminhos perfeitos.

Existe apenas o caminho que faz sentido para cada pessoa — aquele que respeita a sua individualidade, o seu ritmo e a sua verdade interior.

Imagina estares preso, mas não vês grades. Só um peso que nunca sai do peito.É assim viver com ansiedade.Acordar não é c...
04/11/2025

Imagina estares preso, mas não vês grades. Só um peso que nunca sai do peito.
É assim viver com ansiedade.

Acordar não é começar o dia. É sobreviver a ele. É lutar contra pensamentos que chegam sem aviso, esmagam a razão, e fazem do silêncio um grito ensurdecedor.

O coração acelera, mas não há corrida. A respiração falta, mas nada te aperta o pescoço. Só uma mente que insiste em criar monstros onde só deveria haver paz.

As coisas mais simples tornam-se batalhas. Atender o telefone. Sair de casa. Ficar em silêncio numa sala cheia de gente. Parece pouco? Não é. É um gigante que sufoca.

Quem vê de fora não percebe. “Não penses nisso", "Relaxa", "Isso são coisas da tua cabeça".

E é. Mas é a cabeça que governa tudo. E quando ela não está bem, o corpo, os sonhos e até a esperança tornam-se reféns.

A ansiedade não se vence com força de vontade. Não é uma questão de coragem ou fraqueza. É uma guerra silenciosa. Uma luta que ninguém aplaude porque ninguém vê.

Se um dia alguém te disser que está cansado, que está exausto sem ter corrido, que não consegue explicar o porquê de ter medo de tudo e de nada... escuta. Não tentes corrigir. Não tentes ensinar. Só escuta.

A prisão da ansiedade não tem chaves. Mas o acolhimento, a empatia e a compreensão podem abrir frestas. E talvez, só talvez, iluminar o que está mergulhado na escuridão.

Porque enquanto uns estão lá fora a viver, quem vive com ansiedade só quer conseguir respirar.

Só quer sobreviver ao próximo minuto. E ao seguinte. E ao seguinte. Até o corpo ceder. Ou a mente desistir.

Ninguém deveria viver assim. Mas muitos vivem.
E é por isso que precisamos falar sobre isto.

Já pensaste como é fácil rotular alguém?Uma ação, um erro, um deslize. Basta isso para resumirmos uma pessoa no seu todo...
29/10/2025

Já pensaste como é fácil rotular alguém?

Uma ação, um erro, um deslize. Basta isso para resumirmos uma pessoa no seu todo a uma palavra. "Criminoso." "Mau-caráter." "Injusto."

Mas e se fossemos sempre definidos pelo nosso pior momento?
Pela palavra mais dura que já dissemos. Pela decisão errada que já tomámos. Pela fraqueza que já nos apanhou num dia difícil.

Não é assustador?

Alguém pode cometer um erro sem que isso seja quem realmente é. Um gesto errado não apaga todas as vezes que teve gestos bons. Um dia infeliz não apaga uma vida inteira.

E, no entanto, somos implacáveis. Apontamos o dedo com tanta facilidade, como se nunca tivéssemos falhado, como se nunca tivéssemos desiludido alguém.

Mas será que aguentaríamos o peso do rótulo que colocamos nos outros? Será que suportaríamos ser para sempre reduzidos a um instante de fraqueza, a uma má escolha?

Ainda assim, insistimos nos rótulos. Como se um erro fosse definitivo. Como se as pessoas não mudassem, não aprendessem, não carregassem também elas o peso do que fizeram.

Talvez seja hora de olhar com mais calma. Para além do rótulo, há uma história. Há arrependimento, luta, tentativa. Há mais do que aquilo que vemos à primeira vista.

Porque ninguém merece ser reduzido ao seu pior momento. Nem eu, nem tu, nem ninguém.

Queremos a felicidade dos nossos filhos, é o que sempre ouvimos. Mas e quando o desejo de felicidade vem misturado com o...
24/10/2025

Queremos a felicidade dos nossos filhos, é o que sempre ouvimos. Mas e quando o desejo de felicidade vem misturado com o peso de dores passadas?

É subtil, quase invisível. Um comentário a mais, um suspiro longo, aquele olhar cansado.

Em vez de serem espaços de aconchego, os lares muitas vezes transformam-se em palcos para as cicatrizes dos pais. Cicatrizes que os filhos, sem escolha, acabam a carregar no peito.

Pais que, sem perceber, deixam transbordar as suas mágoas e expectativas, as suas frustrações e medos – e os filhos, com as suas almas jovens e cheias de sonhos, assumem a responsabilidade de curar feridas que nunca foram suas.

Tornam-se cuidadores emocionais, herdeiros de uma tristeza que não escolheram.

Assim, aprendem a viver entre a alegria e a culpa, entre o desejo de serem livres e o medo de ferir quem amam.

Em silêncio, renunciam a pequenos prazeres, escondem as suas conquistas e hesitam em partilhar alegrias. Quantos filhos sentem vergonha de serem felizes? Quantos viajam com o coração apertado, comemoram com medo, e até escondem as próprias vitórias para não despertarem ressentimentos e mágoas adormecidas?

É um ciclo cruel e silencioso: ao tentar proteger, alguns acabam por sobrecarregar. E é nesse silêncio, entre o amor e a dor, que muitos filhos crescem confusos, divididos entre a lealdade ao afecto e a vontade de respirar.

Quando será que vamos conseguir desejar felicidade sem aprisionar? Amar sem projetar? Ser pais sem pedir ao outro a cura de uma dor que só nós mesmos podemos resolver?

Que possamos ver os nossos filhos como eles são: seres livres, que não nos devem carregar.

Que tenham a oportunidade de viver sem o peso de histórias que não escolheram.

O valor de um croqueteHoje almocei fora e comi um croquete vegan. Mas não era um croquete qualquer. Era aquele croquete ...
21/10/2025

O valor de um croquete

Hoje almocei fora e comi um croquete vegan.

Mas não era um croquete qualquer. Era aquele croquete — feito com cuidado, sabor e alma.

Fiquei tão surpreendido que senti vontade de agradecer ao rapaz que os fez.
Fui lá, disse-lhe o quanto tinha gostado.
Vi um sorriso nascer no rosto dele — sincero, tímido, feliz.

E fiquei a pensar: não é preciso fazer grandes feitos para sermos reconhecidos.
Não é preciso ser famoso, subir a palcos, aparecer na televisão.

Às vezes, basta fazer bem aquilo que fazemos.
Com amor.
Com presença.
Com verdade.

Um croquete pode ser um pequeno gesto de arte.
Um café bem tirado pode ser uma forma de carinho.
Uma palavra simpática, um olhar atento — também podem mudar o dia de alguém.

E se reconhecêssemos mais o que cada um faz de bom?
Se disséssemos “obrigado” com o coração, se fizéssemos saber o quanto apreciamos o trabalho, a dedicação, a gentileza?

Talvez o mundo f**asse um bocadinho mais bonito.
Croquete a croquete.
Sorriso a sorriso.

A maioria das pessoas está a sofrer.Uns por dentro, outros por fora.Uns escondem, outros gritam.Mas quase todos andam ca...
17/10/2025

A maioria das pessoas está a sofrer.
Uns por dentro, outros por fora.
Uns escondem, outros gritam.
Mas quase todos andam cansados, partidos, em silêncio.

Vivemos com o coração cheio de feridas, a tentar parecer inteiros.
Dormimos mal, trabalhamos demais, pensamos em demasia.
E cada um carrega um peso invisível que o mundo não vê.

E, mesmo assim…em vez de transformar esse sofrimento em empatia,
muitos transformam-no em raiva.
Em ironia.
Em desprezo.
Em ódio.

É um paradoxo cruel: quanto mais magoados estamos,
menos conseguimos ver a dor dos outros.
Como se o sofrimento nos cegasse —
como se, para sobreviver, precisássemos endurecer o coração.

Mas o ódio é só dor mal digerida.
É sofrimento a gritar num idioma que ninguém entende.
E quanto mais alimentamos esse ódio,
mais nos afastamos de tudo o que poderia curar-nos.

Quem foge da empatia foge da cura.
Porque a empatia é o espelho que nos devolve humanidade.
É o único lugar onde a dor deixa de ser guerra e começa a ser ponte.

A vida está cheia de gente a arder por dentro,
mas a apontar o fogo aos outros.
Gente que precisaria de um abraço, mas dispara palavras.
Gente que quer ser ouvida, mas só sabe ferir.

Talvez a verdadeira revolução seja esta:
transformar o sofrimento em ternura.
Em vez de espalhar o que dói,
espalhar o que cura.

Porque todos estamos a lutar batalhas invisíveis — mas só alguns escolhem não se tornar no inimigo.

A resposta não está na farmácia.Vivemos a era da medicina mais avançada de sempre — cirurgias robóticas, inteligência ar...
07/10/2025

A resposta não está na farmácia.

Vivemos a era da medicina mais avançada de sempre — cirurgias robóticas, inteligência artificial, novos fármacos todos os dias, mas também a era das pessoas mais cansadas, inflamadas e doentes de sempre.

Tomamos comprimidos para dormir, para acordar, para acalmar, para aguentar. Mas o corpo continua a gritar. Porque o comprimido cala o sintoma — não a causa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), a Harvard School of Public Health e diversas instituições reforçam que fatores como alimentação inadequada, sedentarismo, stress crónico, privação de sono, álcool, tabaco e excesso de medicamentos estão entre os principais causadores de doenças cardíacas, diabetes, obesidade, depressão e doenças auto-imunes.

Mas é mais fácil engolir um comprimido do que mudar de vida, não é?

Só que não há milagre químico capaz de compensar um corpo maltratado. O que chamamos de “cuidar da saúde” é muitas vezes só tentar continuar a viver mal… com menos dor.

A farmácia pode salvar vidas — sim. Mas não deveria ser o nosso modo de vida. Não é lá que se encontra saúde.

A saúde constrói-se todos os dias, com escolhas, consciência e responsabilidade.

Não há remédio que cure o que o estilo de vida insiste em destruir.

Porque falas tanto dos outros?É fácil. Quando não suportas o peso do teu próprio reflexo, preferes olhar para o espelho ...
03/10/2025

Porque falas tanto dos outros?

É fácil. Quando não suportas o peso do teu próprio reflexo, preferes olhar para o espelho partido dos outros.

Apontar o dedo é uma fuga. É mais simples dissecar as falhas alheias do que encarar as tuas próprias sombras. Criticar na ausência é uma anestesia para a dor que não sabes como tratar.

Mas eu pergunto:

Quem és tu quando ninguém está a ouvir?

Porque quando sussurras críticas nas costas, o que gritas ao mundo é algo muito mais profundo:

Gritas que te falta amor próprio.
Gritas que tens medo de ser visto na tua vulnerabilidade.
Gritas que carregas feridas tão antigas que preferes projectá-las nos outros.

O que é que te dói tanto?
O que é que em ti se partiu ao ponto de encontrares alívio em partir os outros?

Cada palavra que espalhas, cada juízo, cada risinho escondido… Não se perdem no ar. Eles colam-se à pele de quem é alvo, sem que tu vejas. Quem ouve sente o peso, mas tu não estás lá para ver o que vem depois.

Sabes o que vem depois?

Vem o silêncio.
Vem o afastamento.
Vem a insegurança.

Já reparaste que falamos mais dos outros do que com os outros?

Desenhamos versões distorcidas das pessoas e vendemo-las como verdade, sem nunca lhes dar voz para se defenderem.

E tudo isso para quê?

Para acalmar uma dor que nem ao menos tens coragem de enfrentar?

Por que não falamos das coisas que importam?

Das batalhas internas que todos travamos?
Do medo de falhar, da solidão, da ansiedade?
Por que não falamos dos traços de bondade que tantas vezes escolhemos ignorar?

Será que o problema é mesmo o outro… ou és tu?

Destruir é fácil.
Construir exige coragem.

E talvez esteja na hora de seres mais corajoso.
Mais empático.
Mais humano.

Porque falar dos outros diz muito mais sobre ti do que sobre eles.

O peso de sentir num mundo que desaprendeu a sentir.Há pessoas que ainda sentem. Sentem tudo. Sentem demais. E por isso ...
26/09/2025

O peso de sentir num mundo que desaprendeu a sentir.

Há pessoas que ainda sentem. Sentem tudo. Sentem demais. E por isso andam exaustas.

São aquelas almas humanistas — de carne viva, coração aberto, olhar atento. Num mundo que se transformou em pedra, elas ainda insistem em sentir. E sangram por isso.

Vivem numa realidade onde a empatia é vista como fraqueza, onde o afeto é tratado como carência, onde a compaixão passou a ser um luxo que ninguém quer pagar. Carregam dentro de si uma sensibilidade que o mundo despreza — como se fosse uma doença. Como se fosse um erro de fabrico.

Vêem o outro. Escutam o silêncio. Reparam nos detalhes que todos ignoram. E esse “dom” — que já foi virtude — hoje é castigo.

Trabalham em ambientes que esmagam a alma. Onde só importa o desempenho, a entrega, a performance. Gente tratada como engrenagem. Corpos exaustos, mentes adoecidas. Humanidade? Só no papel da missão da empresa.

Relações... cada vez mais rasas. Os amigos desaparecem. Os vínculos evaporam. Ninguém tem tempo. Ninguém tem espaço. Amar passou a ser um jogo de resistência emocional. E quem sente muito assusta. Porque amor profundo não cabe na pressa de agora.

E essas pessoas… vão f**ando. Vão resistindo. Vão tentando não se perder de si mesmas.

Não endurecer.
Não ser mais um.
Não deixar de sentir.

São poucos. Mas ainda existem. E talvez sejam as únicas que ainda nos lembram do que é, de facto, ser humano.

Sensibilidade é revolução.

Último dia de verãoO verão despede-se em silêncio. O sol, cansado de iluminar a nossa indiferença, mergulha num horizont...
23/09/2025

Último dia de verão

O verão despede-se em silêncio. O sol, cansado de iluminar a nossa indiferença, mergulha num horizonte de fogo que parece chorar por nós. Último dia de verão — e o mundo arde.

Na Palestina, crianças contam os minutos entre explosões como quem recita uma canção de embalar feita de medo.

Na Ucrânia, as ruínas substituem memórias; no Iémen, a fome é mais constante que o ar; no Sudão, a vida vale menos que o preço de uma bala.

Enquanto isso, aqui, desfilamos filtros e sorrisos de plástico. As redes sociais — essas praças de egos — transformam a dor em espetáculo, o horror em trend, a tragédia em entretenimento descartável.

Vivemos a era da distração: medimos o sucesso em likes, não em humanidade. A ganância pede sempre mais: mais lucro, mais poder, mais aplausos. E quanto mais grita o mundo, mais fundo enterramos a empatia, como se o silêncio pudesse redimir a nossa cegueira.

O último dia de verão não é apenas o fim de uma estação. É o espelho de um tempo em que o calor que sentimos não é o da esperança, mas o da terra em combustão. Se este sol que se despede não nos desperta, talvez o próximo amanhecer já não encontre quem o contemple.

Se continuarmos a olhar para o lado, seremos cúmplices — e quando o inferno enfim chegar, será feito à imagem da nossa apatia, porque quando a compaixão morre, não há estação que renasça: só sobra um inverno eterno dentro de nós.

Endereço

Rua Gil Eanes, Nº 226 B, Penedo
São Domingos De Rana
2785-374

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