
28/06/2025
Hoje, não posso f**ar em silêncio.
O que aconteceu num festival dito espiritual, envolvendo o abuso de uma menor, é abominável e o silêncio cúmplice, ainda mais.
Espiritualidade não é um manto para encobrir crimes.
E não me venham com “vamos orar, meditar e enviar luz para todos”. Há momentos em que o amor não basta. É preciso justiça, ação e consequência.
“Perdão” não apaga o trauma de uma criança.
“Gratidão pela experiência” não é cura, é violência disfarçada.
Ser espiritual não é ser conivente.
E é chocante ver tanta gente, com tanta influência, a escolher o silêncio. Ou pior, a defender quem deveria ser imediatamente afastado.
Isto não é sobre julgamentos. É sobre limites. Sobre proteger quem é mais vulnerável.
O que é feito de uma espiritualidade que não se levanta em defesa das crianças?
Que espiritualidade é esta, se para proteger um “terapeuta”, se cala o grito de uma vítima?
Isto não é luz, é sombra com incenso.
Eu não aceito. Eu não me calo.
Que cada máscara continue a cair. E que os olhos se abram mesmo que doa.
Estou deste lado, o da verdade, da justiça, da consciência.
E se isso incomoda, então é porque talvez ainda haja algo a curar, mas com honestidade, não com chantilly energético.