28/11/2025
A Black Friday pode ser um convite sedutor à pressa, ao impulso e à ilusão de que algo externo poderá preencher o que internamente permanece inquieto. 🛍️
Como terapeuta de saúde mental, observo muitas vezes como estes momentos de consumo intenso despertam uma ânsia súbita de aquisição — não pela utilidade real do objecto, mas pela promessa momentânea de alívio, distração ou pertença. 👈🏼
Antes de fazer uma compra, experimente fazer uma pausa consciente. Pergunte-se: “Preciso genuinamente disto ou estou a tentar apaziguar uma carência emocional que não se resolve com coisas?” Esta pergunta simples pode revelar muito sobre o nosso estado interno e sobre a forma como cuidamos — ou tentamos cuidar — de nós ⬅️‼️
É igualmente essencial lembrar que este dia envolve pessoas: outros consumidores que, como nós, podem estar a gerir stress e frustração, e trabalhadores que enfrentam ritmos exigentes, muitas vezes invisíveis ao nosso olhar apressado. Respeitar o outro é também um acto de saúde mental colectiva 🫂
Comprar pode ser legítimo, desde que seja consciente. Mas reconhecer que nenhum desconto substitui presença, atenção e autoescuta é um gesto profundo de maturidade emocional.
A Black Friday passa. O vazio que tentamos evitar — esse sim — pede outro tipo de cuidado ✨🌈