Dr Rolando Andrade

Dr Rolando Andrade Psicólogo Clinico
Psicoterapeuta
Psicólogo do Desporto
Morada: https://g.co/kgs/MRWfBWK

- Não tinha ninguém para cuidar de mim.A frase é lancinante. Ouvi-a numa reportagem televisiva.Saiu da boca de uma refug...
23/10/2025

- Não tinha ninguém para cuidar de mim.

A frase é lancinante. Ouvi-a numa reportagem televisiva.

Saiu da boca de uma refugiada Sudanesa que durante meses foi torturada e violada pelos seus sequestradores.

As palavras que esta jovem disse doem, são marcantes, cicatrizam. A expressão da sua cara invadiu-me num Domingo à tarde, capturou-me.

Senti-me pequeno perante o terror que era visível no seu olhar distante, impenetrável. Um olhar que atinge o olhar, de íris dilatadas, acutilante. Um olhar que grita em silêncio entre as palavras pronunciadas.

A sua infância roubada, o passado conspurcado, a inocência manchada para sempre pelo sangue dos fantasmas que a perseguem nos sonhos- a linha do tempo alterada a partir daquele momento.

Quem poderia ter sido esta jovem se nada disto tivesse acontecido?

Nunca saberemos. O que sabemos é que fugiu dos seus opressores, que o medo não a deteve, e que apesar de tudo, ainda sente a força do perfume do futuro, e a coragem é guardiã dos seus sonhos.

Não havia ninguém para cuidar dela, a não ser ela. Bastou-se nos momentos em que o resto da humanidade falhou.

P.S. Escrito depois de ver uma reportagem da Sky News sobre a crise humanitária no Sudão

A atracção pelo prazerA humanidade atravessa um período perigoso. A evolução social é travada pelas guerras, pela tensão...
21/10/2025

A atracção pelo prazer

A humanidade atravessa um período perigoso. A evolução social é travada pelas guerras, pela tensão social, pelos problemas económicos, pela desvalorização do pensamento, da arte, da conexão social, e em geral, da beleza invisível das coisas- aquela que não se vê com os olhos.

Este fenómeno não é novo, não é a primeira vez que acontece ao longo da nossa história enquanto humanidade. Contudo, com esta velocidade penso que nunca aconteceu. O caos que começa a instalar-se, como uma espécie de atracção para o abismo, parece derivar do vazio existencial reinante.

Subjacente a esta dinâmica social, há fenómenos mais visíveis do que outros. O medo, a insignificância, o desespero e a frustração que dominam o dia a dia são, na minha opinião, as questões que todos assumem existir. Saõ as mais visíveis.

Contudo, há outro fenómeno, igualmente poderoso e limitante, que é a atracção pelo prazer, que domina subrepticiamente a vida das pessoas. É daí que deriva o domínio das redes sociais, o aumento das patologias aditivas, a ruptura dos laços familiares e sociais e de alguns valores que ao longo dos séculos fundaram a nossa civilização.

De onde vem esta atracção humana pelo prazer?

Penso que a resposta a esta questão tem a ver com a sensação generalizada de vazio e solidão, de que algo está em falta ou que a vida não corresponde aos desejos e expectativas individuais.

E assim, corre-se o risco de f**ar agarrado a esta atracção pelo prazer, à gratif**ação imediata que substitui simbolicamente aquilo que está em falta, e que já dominou as pessoas através das redes sociais ou dos vícios. E assim, a humanidade viaja através do tempo com uma sensação artificial de bem-estar, que a conduz sorrateiramente em direcção à alienação.

Rolando Andrade, 2025

O bom senso da inteligência artificialPreocupa-me bastante a introdução da inteligência artificial no domínio da Psicote...
20/10/2025

O bom senso da inteligência artificial

Preocupa-me bastante a introdução da inteligência artificial no domínio da Psicoterapia, principalmente no que diz respeito à ideia de que esta ferramenta poderá substituir um terapeuta. Por isso decidi desafiar o Chatgpt a pronunciar-se sobre isto. Perguntei-lhe:

"Eu sou Psicoterapeuta, com mais de 20 anos de experiência clínica. Estou preocupado com o uso da inteligência artificial na Psicoterapia, uma vez que a base da Psicoterapia é a relação humana. O que tens a dizer sobre isto?"

E ele respondeu: "Essa é uma preocupação muito válida. A base da psicoterapia sempre foi e sempre será a relação humana – a empatia, a escuta ativa, o vínculo terapêutico e a experiência subjetiva do paciente no contato com o terapeuta. Esses são elementos que uma Inteligência Artificial, por mais avançada que seja, não pode verdadeiramente replicar.
O quevemos hoje é a IA sendo usada principalmente como uma ferramenta complementar, e não como substituta do terapeuta. Ela pode ajudar na gestão de casos, na organização de registos clínicos, na triagem inicial de pacientes e até em intervenções muito pontuais, como no suporte emocional imediato via chatbots . No entanto, essas tecnologias não conseguem oferecer a profundidade e a compreensão que um terapeuta humano proporciona.

Se há um risco, ele não está tanto na IA em si, mas na forma como a sociedade pode usá-la. Se for vista como um substituto barato para a terapia, há o perigo de que pessoas que realmente precisam de um profissional capacitado sejam empurradas para soluções automáticas inef**azes.

Depois desta resposta pensei que o caso estava encerrado, porque afinal a Inteligência Artificial revela o bom senso que nem sempre existe nos humanos.

Depois pedi ao Chatgpt para criar uma imagem com base na sua resposta, que é a imagem que acompanha este post.

É curioso como ele me deu uma imagem em que é a própria Inteligência Artificial que está no papel de paciente. Algo que devia fazer pensar os humanos que estigmatizam a Doença Mental e a Psicoterapia

Rolando Andrade, 2025

Infâncias perdidas signif**am, nalguns casos, vidas inteiras desperdiçadas, porque quando o medo se instala na vida de a...
16/10/2025

Infâncias perdidas signif**am, nalguns casos, vidas inteiras desperdiçadas, porque quando o medo se instala na vida de alguém, principalmente na infância, isso pode acarretar consequências que perduram durante a vida inteira.

Porquê?

Porque o medo, nestes casos, traz a companhia da impotência, da frustração, da raiva ou do desespero.

Quando o medo se instala no coração de alguém, passa a ser o sentimento dominante, aquele que está no controlo e manipula as outras emoções. Por exemplo, o medo facilmente se transforma em tristeza, que por sua vez se transforma em frustração e raiva.

É por isso que os traumas não são acontecimentos de um determinado tempo. Normalmente as suas consequências perduram, como uma dor lenta, um eco que viaja do passado e atinge gerações, condenando as pessoas a uma vida vivida sob a tirania do medo.

A autoimagem, hoje tão cultivada através das redes sociais, começa a ser construída muito cedo na nossa vida, ainda mesm...
13/10/2025

A autoimagem, hoje tão cultivada através das redes sociais, começa a ser construída muito cedo na nossa vida, ainda mesmo na infância.

Através da sua relação com o Mundo, especialmente através das trocas afectivas com o seu cuidador principal, as crianças desenvolvem um sentido de si mesmas enquanto ser individual e consciente, aquilo a que normalmente chamamos Ego. Essa construção precoce, baseada no tipo e no grau de estabilidade afectiva da relação com o cuidador, irá servir de modelo a todas as suas futuras relações.

É por isso que os cuidadores devem ser pessoas estáveis, previsíveis e percebidas como fontes de segurança pelas crianças. O contrário disso dá origem a crianças inseguras, medrosas, ansiosas ou dependentes.

Essa marca do passado permanecer gravada durante a vida da criança.

Hoje que se celebra o Dia Mundial da Saúde Mental, tenho uma pergunta para lhe fazer:❓Dá-se conta que a Saúde Mental é u...
10/10/2025

Hoje que se celebra o Dia Mundial da Saúde Mental, tenho uma pergunta para lhe fazer:

❓Dá-se conta que a Saúde Mental é uma necessidade básica, e um recurso que dispõe ao serviço do seu Bem-Estar e Qualidade de Vida?

Quando pensa em Saúde Mental, provavelmente associa a ideia a alguém que não tem um diagnóstico de doença psiquiátrica ou psicológica; é esta percepção que desvia a nossa atenção dos outros factores que estão envolvidos no equilíbrio necessário à Saúde Mental. Contudo não nos podemos esquecer que a definição de Saúde implica sempre “em estado de Bem-Estar”, que é sobretudo subjectivo (aquilo que cada um sente) e não depende apenas da existência ou não de uma doença.

Porque será que sempre que se fala de saúde, pensamos em doenças, quando por outro lado existem tantos aspetos da nossa saúde que temos tendência a desvalorizar, nomeadamente os hábitos e comportamentos que nos impedem de f**ar doentes?

🛎️Manter-se mentalmente saudável permite-lhe adaptar-se aos desafios e obstáculos próprios do dia a dia, encarando as oportunidades e desafios diários de forma positiva; é também isso que lhe permite ter relacionamentos satisfatórios e atingir o máximo das suas potencialidades na sua vida social e familiar, ou seja, ter qualidade de vida.

A Saúde Mental é um dos factores que fazem parte do Bem-Estar, sendo este um determinante essencial da sua Saúde global; quando a Saúde Mental se encontra comprometida, a Saúde física também f**a afectada; os estudos mostram com clareza que as pessoas debilitadas por patologias de natureza mental, envolvem-se com maior frequência em comportamentos de risco, têm tendencialmente hábitos de vida menos saudáveis (o que parece explicar em parte o aumento do consumo de álcool e dr**as e a subida das taxas de obesidade), relações sociais, amorosas ou familiares mais desajustadas e têm maior probabilidade de estarem envolvidos em percursos profissionais instáveis e mal remunerados.

É por isso que deve cuidar da Saúde Mental, não apenas quando se sente doente, mas no seu dia a dia, com hábitos e comportamentos preventivos, antes de se sentir doente e ver diminuídos assim o seu Bem-Estar e Qualidade de Vida.

Os modelos associa­dos ao sucesso, falam de persistência, liderança, consistência, resiliênci­a, talento, método, etc;Po...
05/10/2025

Os modelos associa­dos ao sucesso, falam de persistência, liderança, consistência, resiliênci­a, talento, método, etc;

Poucas vezes ouço falar do desca­nso ou do relaxamento como algo que se associe ao sucesso; no entanto, descansar e relaxar são exce­lentes de forma de aumentar a produtivid­ade.

A forma como aprovei­tamos os dias de des­canso, condiciona fo­rtemente as nossas emoções e comportamen­tos durante o resto da semana; nestes di­as, é por isso impor­tante ter uma atitude que não seja apenas o habitual "passar tempo", ou para quem não acredita no po­der que o tempo de lazer tem sobre a nos­sa saúde, o "perder tempo";

Algumas pessoas perc­epcionam o descanso como algo menos vali­oso, principalmente quando estão focados na concretização de determinados object­ivos; contudo, os di­as de descanso não são tempo perdido, pe­lo contrário, fazem parte e devem estar alinhados com os nos­sos objectivos, mesmo que eles sejam a produtividade ou o re­ndimento físico e in­telectual.

Não existem fórmulas que nos permitam sa­ber exactamente como aproveitar o tempo de lazer; o importan­te é relaxar, fazer o que nos dá prazer sem qualquer tipo de obrigação, criar me­mórias agradáveis e aceitar que descansar não é desperdício de tempo, mas antes uma estratégia intel­igente que nos permi­te rentabilizar o te­mpo no futuro. Bom descanso

Eu sinto que paira no ar uma sensação geral de desencantamento com o Mundo, como um olhar de desconfiança, uma linha que...
03/10/2025

Eu sinto que paira no ar uma sensação geral de desencantamento com o Mundo, como um olhar de desconfiança, uma linha que une todos as pessoas e pontos do Planeta.

Acredito que esse desencantamento nasce do vazio que se tem vindo a instalar lentamente na vida das pessoas, que vivem lado a lado com ele, mas parecem nem reparar. Como se, de tanto viver no deserto, se fossem lentamente esquecendo de cheiro da chuva.

Este não é um vazio qualquer, não é um vácuo como o que existe no espaço sideral, nem um silêncio. Pelo contrário é algo denso, ocupa espaço, pesa bastante e faz muito ruído. Este vácuo faz-se acompanhar dos seus parentes próximos, que se chamam Solidão, Tristeza, Medo e Frustração. São eles que o alimentam, fazendo com que engorde, ocupe cada vez mais espaço e se dissemine, atingindo mais pessoas. Assim se origina uma sensação geral.

É por isso que as pessoas se sentem insuficientes, ameaçadas, e com vontade de se esconder atrás de um ecrã qualquer.

Esta sensação é responsável pelo aumento da revolta, da tensão e da agressividade, que afasta as pessoas da sua essência, bem como das outras pessoas. Como se não se reconhecessem, mas ao mesmo tempo, desejassem desesperadamente transformar-se em algo de novo ou diferente.

É assim que muito lentamente, quase com movimentos imperceptíveis, se vão construindo as vítimas do desamor, que deambulam pelos territórios armadilhados das relações humanas, vivendo muitas vezes assim desde a infância, na qual provavelmente existiu pouca intimidade, afecto protector, segurança ou estabilidade emocional. Por isso acreditam que não são suficientes e que não merecem, que o vazio não desaparece, e que não existe nada, nem ninguém que o preencha.

A consequência disto é a ilusão da auto-suficiência afectiva, que por sua vez alimenta ainda mais a sensação de solidão, que se propaga rapidamente, como uma epidemia que vai transformando as pessoas em habitantes do vazio, que vão passando uns pelos outros, sorriem como se estivesse tudo bem, até que um dia tudo se revela.

Dr Rolando Andrade
Psicoterapeuta
ERS 44377

02/10/2025
Ele caminha como quem carrega o peso da história- lento, arrastado, quase rastejando. Depois senta-se a descansar. Pensa...
29/09/2025

Ele caminha como quem carrega o peso da história- lento, arrastado, quase rastejando. Depois senta-se a descansar. Pensa na finitude, na imutabilidade do tempo, e como ele tem a capacidade de nos mudar a trajectória.

A morte é a única coisa que trava esta linha a que chamamos vida. Cria uma ruptura, uma brecha, uma interrupção súbita, um silêncio profundo, um vazio de pedra que substitui de súbito a vida.

A morte só chega uma vez. É implacável, sem condescendência. Não ouve, não fala, não recua. Tudo o que faz é acariciar os eleitos com um toque frio, de solidão, e saudade.

Basta um pequeno brilho de vida, um ser minúsculo habitando uma gota de água, e lá estará a morte, repetindo a história como um sinal de fins e recomeços.

É por isso que a vida acaba, para as pessoas se libertarem das lágrimas contidas e devolverem moléculas à natureza.

Se não fosse a morte, o personagem desta história não estaria aqui.

A sua mulher- morreu. Bastaram seis letras para a matar.

- "Cancro",

disse o médico com um ar solene de general assustado. O resto é uma história longa, um eco do desespero, vazio e solidão. Saudade não se aplica aqui, porque a saudade implica a expectativa de um retorno.

A personagem desta história e a sua mulher viveram anos duma felicidade que terminou abruptamente. Contudo, de alguma forma durará para sempre, enquanto ele se lembrar do seu sorriso luminoso como uma manhã de primavera.

A sua mulher não está, mas continua mesmo sem saber.

(Post escrito em colaboração com a Dra Diana Angera, Fisioterapeuta Pélvica) O que esconde uma foto bonita do maior esta...
25/09/2025

(Post escrito em colaboração com a Dra Diana Angera, Fisioterapeuta Pélvica)

O que esconde uma foto bonita do maior estado de graça da vida de uma Mulher?✨

Uma foto é um pedaço do Universo capturado num momento, uma memória que desperta a curiosidade e dá asas à imaginação. Quando se trata da imagem do um ventre materno, não há nada que seja mais evocativo e que apele à essência de cada um. É ali que cresce um novo ser, que a magia da criação se dá. Contudo, nem sempre o que é visível é revelador do se mantém à espreita, protegido pela invisibilidade.

Por trás de cada curva perfeita, muitas vezes existe uma Mulher que carrega mais do que o peso físico da gestação. A beleza das coisas transporta o aroma do desconforto, ou de uma voz que nem sempre fala- noites sem sono, dores desafiando o corpo e as emoções, pesos que parecem pesar tanto ou mais quanto a vida que se carrega.

A gravidez transforma profundamente o corpo da Mulher. Não só pelo ventre que cresce e estica, mas por todas as adaptações e modif**ações que acontecem nos músculos, articulações, órgãos pélvicos, e até na forma de respirar e de se movimentar.

Cuidar vai muito além do do cuidado físico. E no caso da gravidez, a fisioterapia pélvica é um amparo em cada etapa, um espaço de alívio das dores, e também para acolhimento dos desafios sentido. É sobre cuidar de ti como um TODO, oferecendo-te ferramentas para que esta fase seja vivida com confiança e conforto.

A fotografia regista o instante. A fisioterapia pélvica acompanha o caminho. E esse caminho merece ser vivido com atenção, cuidado e escuta – não apenas do que se vê, mas sobretudo do que se sente.

Porque cuidar de ti também é cuidar desse pequeno milagre que carregas.

Contudo o acto de cuidar não é apenas físico, porque cuidar é pensar, reflectir, proteger e agitar ideias. É por isso que cuidar é também olhar para dentro, transformar e valorizar a saúde mental, para que mãe e filho se vejam pela primeira vez na plenitude das suas capacidades, transformando assim um momento fotográfico num gesto de eternidade. E porque cuidar também é belo, partilhamos este poema intitulado "A curva mais bonita", da autoria do Dr Rolando Andrade.

Quando não compreendemos, negamos ou recusamos. Faz parte dos nossos mecanismos cognitivos e emocionais recusar ou afast...
22/09/2025

Quando não compreendemos, negamos ou recusamos. Faz parte dos nossos mecanismos cognitivos e emocionais recusar ou afastar aquilo que não encaixa nos nossos padrões de pensamento; por isso se diz que é difícil compreender aquilo que nunca se vivenciou;

Isto é evidente do campo das emoções, onde parece difícil compreender o que as outras pessoas sentem; primeiro, porque nem sempre existem palavras para expressar adequadamente os sentimentos; segundo porque nem sempre existem ouvidos atentos e disponíveis para escutar aquilo que os outros querem dizer; terceiro, as experiências emocionais são sempre vividas pelo próprio, e por isso têm diferentes nuances de acordo com cada um.

Para compreender e mostrar compreensão, não precisamos ter opinião; um silêncio pode gerar níveis de empatia mais profundos do que as palavras, principalmente se estas forem desvalorizantes ou carregadas de conselhos supostamente sábios acerca da vida das outras pessoas;

Quando alguém partilha connosco aquilo que o faz sofrer, f**ar em silêncio pode ser uma verdadeira demonstração de empatia e compreensão; desta forma oferecemo-nos como intérpretes, uma espécie de tradutores de silêncios, companheiros de viagem;

Isso é muito mais ef**az e transformador do que sugerir ao outro que a solução dos seus problemas é “não pensar mais nisso”, “pensar noutras coisas”, “acreditar que tudo vai f**ar bem”, ou sugerir que “a tua cabeça faz filmes”. Estas frases geram ainda mais incompreensão, fragilidade, incapacidade e isolamento.

O sofrimento psicológico nunca é produto de “filmes da cabeça”, nem o nosso pensamento tem botões que nos permitem facilmente “pensar noutras coisas”, porque quando estamos em sofrimento, o cérebro e os seus mecanismos neurológicos, trabalham intensamente para solucionar o problema; é por isso que não se consegue “pensar noutra coisa” ou “nunca mais pensar nisso”.

Isto não são "coisas da cabeça" das pessoas. É Psicofisiologia humana.

Endereço

Avenida 25 De Abril, 19F, 2 U
Santa Maria Da Feira
4520-161

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