05/08/2025
A pessoa moderna vs. a pessoa evoluída.
(Não Confundir, Por Favor)
A pessoa moderna tem o telemóvel e os gadgets mais recentes, uma boa base de dados - e uma boa base de maquilhagem. Sabe o que está na moda — nas roupas, nas ideias, nos discursos. Parece antenada, progressista, consciente - com pouco esforço interno mas muito marketing pessoal.
A pessoa moderna usa palavras como “sororidade”, “preconceito” e “direitos” — mas, na prática, ainda não sabe o que significa respeitar-se a si própria. Fala de inclusão sem buscar conhecimento real para depois educar quem tem dentro de casa. Prega empatia, mas silencia quem pensa diferente. Defende causas, mas foge de qualquer responsabilidade. E serviço? Só se for o de streaming.
Já a pessoa evoluída é outra história. Não precisa mostrar tudo, prefere mostrar-se inteira. É menos “look do dia” e mais ”olhar para dentro". Sabe que estar certa nem sempre é o mais importante; e que crescer dói - não dá para pôr filtro.
A pessoa evoluída não se impressiona com discursos bonitos, mas com atitudes consistentes. Coerentes. Não precisa de palco, nem de likes: valoriza relações verdadeiras, mesmo que discretas.
Não dá voz às causas todas, mas quando se doa é com entrega.
A pessoa moderna quer ser vista.
A pessoa evoluída quer ver melhor.
A moderna corre atrás da última tendência.
A evoluída observa o que se repete.
A moderna fala de empoderamento.
A evoluída pratica responsabilidade.
No fundo, ser uma pessoa moderna é só: seguir as tendências, dizer as palavras certas. Parecer informada, estar atualizada e aparecer. Simples.
Já ser uma pessoa evoluída dá trabalho. Exige reflexão e verdade. Implica desconforto, reconhecer-se no outro. Muitas vezes, engolir o orgulho em silêncio. Não basta parecer. É preciso Ser, e isso não rende tantos louvores — nem likes.
As duas até podem coexistir, sim. Mas convenhamos: só uma delas aguenta o espelho em dias difíceis.
E não, não se aprende fofocando no café ou partilhando julgamentos em grupos de WhatsApp.
Ser evoluída é algo que nasce da curiosidade, da humildade, da observação de dentro para fora. Da vontade real de crescer: sem palco, sem plateia.
Muitas vezes sozinha