
21/07/2025
Pessoas sensitivas não apenas percebem — elas sentem com a alma. Como antenas vivas do invisível, captam as frequências sutis que dançam no ar, as intenções não ditas, as dores ocultas, a verdade velada nos silêncios. Não se trata de mágica, mas de conexão. Uma entrega natural ao que vibra além da matéria.
Ser sensitivo é caminhar com o coração desprotegido e, por isso, ser atravessado por tudo o que pulsa ao redor. Por vezes, essa sensibilidade dói — como se o mundo inteiro respirasse dentro do peito. Ambientes pesados, palavras duras, energias dissonantes... tudo é sentido com uma intensidade que escapa à lógica.
Por isso, um sensitivo aprende cedo a ser seletivo. Não por arrogância, mas por proteção. Ele não suporta máscaras, meias-verdades ou vínculos que apenas encenam afeto. Sua alma clama por autenticidade, por trocas que alimentam, não drenam. Ele sente, antes mesmo que você diga — e, muitas vezes, sabe, sem saber explicar.
Diante do caos externo, o sensitivo se recolhe. Não como fuga, mas como retorno. Porque no silêncio ele se reconecta com sua essência. Aprende a separar o que é seu daquilo que apenas captou do outro. E nesse mergulho interno, fortalece seu dom.
Há quem o julgue solitário, estranho, exagerado. Mas apenas aqueles que conhecem a dança sutil das energias sabem: o que é invisível, pesa. O que é dito em pensamento, ecoa. E o que vibra distante, ainda assim, toca.
Por isso, pense bem antes de enganar, omitir ou desejar o mal perto (ou longe) de um sensitivo. Sua alma sente. Sua intuição não falha. E seu coração, mesmo ferido, continua sendo um instrumento da luz.