PIPDI - Projeto Intervenção Precoce e Desenvolvimento Infantil

PIPDI - Projeto Intervenção Precoce e Desenvolvimento Infantil Cruz Vermelha de Santo Tirso
Terapia da Fala e Terapia Ocupacional em contexto escolar e/ou clínico.

O PIPDI é um serviço de intervenção terapêutica da Cruz Vermelha de Santo Tirso que presta apoio nas áreas de Terapia da Fala, Terapia Ocupacional e Psicologia, em contexto escolar e/ou clínico. Atualmente mantém os seus serviços e conta com técnicos especializados nas suas áreas de intervenção. Conta com 2 técnicos de Terapia da Fala com formação em Processamento Auditivo Central, e 1 técnico de Terapia Ocupacional especializado em Integração Sensorial, com sala equipada. O PIPDI iniciou em setembro de 2014 com o objetivo de apoiar as famílias mais desfavorecidas a nível socioeconómico, contudo, devido à falta de continuidade de apoios financeiros, em setembro de 2016 o programa viu-se obrigado a prestar serviços em regime privado. Conheçam a a origem e história do PIPDI!...


Iniciou em setembro de 2014 com o apoio do BPI Capacitar 2013, e foi criado como um Programa sem fins lucrativos que disponibilizava, a um valor simbólico de 5 € por sessão, um conjunto de serviços especializados de intervenção nas áreas de Terapia da Fala e Terapia Ocupacional, em contexto escolar e/ou clínico. Articulava também interna ou externamente com serviços de Psicologia e Serviço Social. Destinava-se a crianças dos 0 aos 12 anos, do concelho de Santo Tirso, com deficiência, necessidades educativas especiais, atraso de desenvolvimento ou em risco grave de vir a apresentar atraso de desenvolvimento, dificuldades de aprendizagem, ou outro diagnóstico clínico que ponha em causa o desenvolvimento normal da criança. Recebeu prémio de Menção Honrosa pelo BPI Capacitar 2013, no valor de cerca de 40.000 euros, o que permitiu a aquisição de materiais de intervenção e recursos humanos para a implementação do programa no concelho de Santo Tirso. Criado e desenvolvido a pensar também nas famílias que não conseguem suportar os custos das terapias que os seus filhos necessitam e que, por essas razões, tenham abandonado ou desistido de iniciar a intervenção terapêutica. As sessões terapêuticas no âmbito do PIPDI tinham um custo simbólico que contribuía para a sustentabilidade do mesmo pretendendo, ao mesmo tempo, partilhar a responsabilidade da intervenção com a família e/ou com a comunidade. Apesar de ter recebido um crescente número de crianças e de ter recebido alguns apoios de mecenas e empresas, isto não foi o suficiente para manter o programa a funcionar com os seus objetivos iniciais de ser acessível a todas as famílias, inlcusive as que têm mais dificuldades socioeconómicas. Foi com muita satisfação que apoiamos mais de 50 famílias durante 2 anos mas foi com muita pena nossa que, em setembro de 2016, o PIPDI teve de fazer alterações no seu modo de funcionamento devido à falta de continuidade de apoios. Para mais informações acerca do funcionamento do PIPDI, devem contactar o programa ou a Cruz Vermelha de Santo Tirso.

É urgente refletir sobre isto e deixar os educadores de infância fazer o seu trabalho de educador de infância ❤️
24/09/2025

É urgente refletir sobre isto e deixar os educadores de infância fazer o seu trabalho de educador de infância ❤️

Há crianças que chegam ao 1.º ano sem saber segurar bem no lápis. É verdade. Mas antes de apontar o dedo aos educadores de infância, como ouvi, convém olhar para os verdadeiros responsáveis por este fenómeno: as mudanças profundas no estilo de vida das crianças, a crescente permissividade parental e o abuso de ecrãs desde idades ridiculamente precoces.

Vamos aos factos…

Nunca tivemos tantas crianças com dificuldades em agarrar, recortar, desenhar ou regular a força da mão.

E nunca tivemos tantas crianças a passar horas coladas a tablets e telemóveis, com o polegar a deslizar para cima antes sequer de conseguirem usar bem os dedos em pinça.

A motricidade fina, aquela que permite segurar um lápis com precisão, não nasce por magia!

Constrói-se.

E constrói-se com plasticina, com blocos, com areia, com tesouras, com legos, com barro…

Constrói-se com corpo, com tempo, com liberdade e com frustração. Tudo aquilo que muitos pais (bem-intencionados, mas permissivos) estão a evitar,… porque “dá trabalho “, ou o “menino não quer”.

Hoje temos pais que preferem dar um tablet para “acalmar”, em vez de dar uma caixa de lápis.

Temos casas onde se grita menos do que se cede. Onde a criança manda mais do que experimenta. Onde brincar no chão suja, e por isso não se faz.

E depois, quando a criança chega ao 1.º ano sem saber segurar no lápis, a culpa… é do jardim de infância?

Errado. Claramente errado.

A função da educação pré-escolar não é preparar para o 1.º ciclo. 

Não é treinar caligrafia nem ensinar a escrever o nome. É ajudar a crescer por dentro. A ser autónomo. A saber esperar. A lidar com o outro. A brincar com sentido. A desenvolver competências que são prévias, fundadoras, estruturantes.

Transferir para os educadores de infância a responsabilidade de corrigir o que está a falhar em casa (sono desregulado, pouca exigência, excesso de ecrãs, ausência de experiências ricas), é um abuso e um erro.

Mais ainda: esperar que o jardim de infância “adivinhe” o que o primeiro ciclo “vai exigir” e se adapte, é inverter a lógica do sistema.

A escola é que tem de se adaptar à infância, e não o contrário.

Alfredo Leite

🍂🏫 Chegou o mês de setembro!.. Mês de novidades e recomeços!... E com eles incertezas e inseguranças... 🌈 O PIPDI também...
08/09/2025

🍂🏫 Chegou o mês de setembro!.. Mês de novidades e recomeços!... E com eles incertezas e inseguranças...

🌈 O PIPDI também estará aqui para ajudar as crianças e famílias em mais um ano letivo!

Prometemos ter a página mais ativa este ano 😉

🌈 Um bom ano letivo a todos!

ℹ️ O PIPDI é um serviço intervenção terapêutica de Terapia da Fala e Terapia Ocupacional - Integração Sensorial, da Cruz Vermelha Portuguesa, delegação de Santo Tirso.

Queridos Pais, as aulas estão a chegar e eu queria que soubessem…

…que há uma parte de mim que quer muito voltar. Voltar a ver os amigos. Voltar a correr no recreio. Voltar a sentir que pertenço. Mas também há outra parte de mim que está assustada. Que não dorme bem. Que faz perguntas caladas, com medo de vos preocupar.

Queridos Pais, as aulas estão a chegar e eu queria que soubessem…

…que cada vez que vocês dizem “vai correr tudo bem” eu fico feliz… mas também queria que me perguntassem “o que é que te preocupa?”. Porque às vezes o meu medo não é do teste. É de não ser aceite. É de não conseguir fazer amigos. É de voltar e sentir-me sozinho no meio de tanta gente.

Queridos Pais, as aulas estão a chegar e eu queria que soubessem…

…que há uma mochila que não se vê. Uma mochila invisível onde carrego tudo: as expectativas dos adultos, os comentários dos colegas, os meus erros do ano passado, os medos que não digo a ninguém. Essa mochila pesa. Às vezes ainda mais que a dos livros.

Queridos Pais, as aulas estão a chegar e eu queria que soubessem…

…que não preciso de um pai ou uma mãe perfeitos. Preciso de vocês como faróis. … as crianças não querem pais que lhes resolvam tudo, querem pais que caminhem ao lado e lhes mostrem que são fortes o suficiente para suportar a verdade…

Queridos Pais, as aulas estão a chegar e eu queria que soubessem…

…que, quando se zangam comigo por me distrair, muitas vezes é porque estou a tentar esconder a confusão cá dentro. Quando fujo dos trabalhos de casa, não é só preguiça. É medo de falhar. Medo de não ser bom o suficiente. Medo de vos desiludir.

Queridos Pais, as aulas estão a chegar e eu queria que soubessem…

…que eu PRECISO que me olhem nos olhos quando falo. Que deixem o telemóvel por 5 minutos. Que me escutem com o coração. Eu não sei explicar tudo o que sinto, mas se vocês estiverem mesmo comigo, eu talvez consiga começar.

Queridos Pais, as aulas estão a chegar e eu queria que soubessem…

…que há meninos que não dormem, não por causa do regresso às aulas, mas por causa do que viveram nas férias. Discutiram, ouviram gritos, perderam alguém, foram deixados sozinhos. E agora vão regressar à escola com um mundo às costas.

Queridos Pais, as aulas estão a chegar e eu queria que soubessem…

…que cada setembro é um recomeço,…mas também uma continuação. Continuo a ser o mesmo que chorou em junho, que não soube lidar com a raiva, que ainda não percebeu bem quem é. E preciso da vossa paciência para continuar a crescer.

Queridos Pais, as aulas estão a chegar e eu queria que soubessem…

…que não é com “tens de ser mais responsável” que eu aprendo a ser adulto. É com o vosso exemplo. Com o vosso respeito por mim. Com a forma como lidam com os vossos próprios desafios. Porque eu aprendo muito mais com o que vocês vivem… do que com o que vocês dizem.

Queridos Pais, as aulas estão a chegar e eu queria que soubessem…

…que eu PRECISO que me ensinem a lidar com o erro. A não ser perfeito. A levantar-me quando tropeço. A aceitar que o caminho é difícil… mas que vale a pena.

Queridos Pais, as aulas estão a chegar e eu queria que soubessem…

…que eu amo-vos mesmo quando não sei como dizer. Mesmo quando vos respondo torto. Mesmo quando vos afasto. Eu só quero sentir que sou suficiente. Que vocês gostam de mim não por causa das minhas notas, mas por causa de quem eu sou.

Queridos Pais, as aulas estão a chegar e eu queria que soubessem…

…que, no fundo, no fundo, só quero sentir que não estou sozinho.

Setembro não é só o mês dos livros novos. É o mês dos corações apertados.

É o mês em que cada criança ensaia ser maior do que é. E os Pais, se forem atentos, podem ser a ponte entre o medo e a coragem. Não com pressa. Mas com presença.

Se leu até aqui, é um defensor da infância. Vamos partilhar este conteúdo, vamos ser adultos mais responsáveis, porque as nossas crianças precisam.

Alfredo Leite
Pai, licenciado em psicologia, formador

Para visitas às escolas:
www.alfredoleite.pt

Para refletir!...Um bom ano letivo a todos! Brinquem e socializem muito! 🫶
18/09/2024

Para refletir!...

Um bom ano letivo a todos! Brinquem e socializem muito! 🫶

Apesar de haver, desde há muito, coordenadas claras sobre o seu uso na escola, o governo emitiu uma recomendação contra o uso de telemóveis na escola para as crianças entre os 6 e os 12 anos. Considerando os primeiro e segundo ciclos do ensino obrigatório.

Trata-se de uma recomendação! Não se trata de se proibir o uso de telemóveis por parte das crianças. Não se trata de vedar que levem os seus telemóveis para a escola e - ao sairem, por exemplo - se coordenem com os pais. Nem de excluir que os telemóveis façam de computadores de bolso que podem ser úteis nalgumas disciplinas, assim os professores o recomendem.

Trata-se - isso, sim - de proibir o uso de telemóveis no espaço do recreio e nos tempos de recreio! E aqui - desculpem! - é quase inacreditável a posição de muitos pais e professores. Proibir o uso de telemóveis no recreio significa ser a favor do recreio, do brincar e do convívio social. Dar às crianças “escola de vida”. Criar as condições para que aprendam e cresçam melhor umas com as outras. Não lhes permitir que se fechem sobre si e se tornem mais solitárias e mais excluídas da vida dos grupos. Não lhes dar os instrumentos que favoreçam a captação de som e imagem no interior das aulas e no recreio, que não só favorecem a exposição pública de alguns maus exemplos docentes como incentivam o ciberbullying. Devolvê-las à autonomia, à motricidade e à actividade física que contrariem as suas gravíssimas limitações motoras, ou sedentarismo e o excesso de peso de muitas delas. E reclamar que - no recreio, nos corredores ou no refeitório - elas se sintam desafiadas a falar, a conviver, a brincar, a jogar ou a correr. E deixem de ser silenciosas, sossegadinhas, alheadas ou paradas. Viradas sobre si, dependentes ou sozinhas.

Na verdade, ser-se a favor dos telemóveis na escola arrisca-se a ser, no essencial, contra o convívio e contra o brincar. E é isso que não se entende. Porque se presume que, no limite, a escola seja a favor das crianças. E cúmplice com a infância. E aceite que quanto melhor for o recreio melhor será a sua aprendizagem.

07/01/2024

Amanhã, eles voltam às aulas! O que quer dizer, por outras palavras, que hoje a vida perdeu alguma da sua graça... Estarão agitados. Irritadiços. A “pegar” uns com os outros. E com risinhos, por vezes, tolos e sem sentido. Porque voltam, a deitar-se cedo e a acordar com horas marcadas. Porque se regressa aos ritmos, acelerados, de todos os dias. Porque terão de voltar a estar quietos, atentos e calados. E (pior que tudo!) porque, há pouquinho tempo, se terão recordado - “de supresa e com espanto”, claro - de uma mão cheia de trabalhos de casa que têm por fazer!! E que estiveram, pachorrentos, dentro da mochila da escola, à espera de alguém que os “salvasse”, até hoje, à hora de deitar.

Amanhã, eles voltam às aulas. E o tempo de acordar muito cedo - só por paixão! - acabou-se. E de ter espaço para brincar, para jogar, para falar pelos cotovelos e para não se fazer nada perdeu a sua liberdade. E voltará tudo a ficar muito comprimido entre as mil coisas que eles têm que fazer.

É fantástico que as crianças sejam amigas das férias! Não tanto porque não gostem de trabalhar mas, unicamente, porque elas adoram ser crianças. Daí que se os professores tiverem frescos na memória os calafrios de todas as vésperas de regresso às aulas, nesta altura, serão, com certeza, “muito fixes”. O que, por outras palavras, quer dizer que quarta, quinta e sexta servem para eles “matarem” saudades. Dos amigos e dos professores. E para se darem à tagarelice sobre tudo e sobre mais alguma coisa que o Natal lhes trouxe. E, já agora, para recordarem algumas ideias acerca daquilo de que falaram nas últimas aulas, em que estava toda a gente a contar os minutos para o “Pai Natal”. Mas, sobretudo, para descobrirem que, por trás dum professor, está alguém de coração grande e ponderado que acolhe a vivacidade de todos eles e a devolve ao entusiasmo de estar na escola e de aprender. Sem “cara feia”! “Só” porque se compreende que a memória não chega para tudo e, já pertinho da hora de deitar, os TPC’s deram um ar da sua graça. E, lá para segunda-feira - então, sim - conversa-se sobre os trabalhos de casa. Sobre todas as páginas de estudo que era para se fazer. A escola começa na segunda-feira…

Endereço

Rua Drive Carneiro Pacheco 466
Santo Tirso

Telefone

+351252853572

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