Sapere Aude

Sapere Aude HIPNOSE TERAPÊUTICA/CIÊNCIAS SOCIAIS/INTERCULTURALIDADE/FILOSOFIA, com Dr. António Loura

Só depois de estar na água é que o caminho para o horizonte se produz, sem distração! Antes disso, a ultrapassagem das p...
30/06/2024

Só depois de estar na água é que o caminho para o horizonte se produz, sem distração! Antes disso, a ultrapassagem das pedras, pode constituir a maior das impossibilidades...

Entre a superficialidade e o aprofundamento... Entre o geral e abstrato, e o concreto e definido...
08/06/2024

Entre a superficialidade e o aprofundamento... Entre o geral e abstrato, e o concreto e definido...

02/05/2024

Palavras ao vento…

Quem me dera, que, simplesmente, ditando palavras ao vento, elas nos/vos pudessem chegar, aliviando sofrimentos, e abraçar a consciência! Diz-se que há uma dimensão onde essa energia encontra os devidos canais para, responsavelmente, se alcançar em todos os espaços. Bom, essa dimensão, é por agora, o Facebook, que, num momento de pausa, neste viver, me pergunta, o que estou a pensar…

Às vezes, simplesmente ajo, outras vezes, simplesmente, penso. Mas o esforço de agir pensando e de pensar agindo, é algo que me invade com delicadeza. A questão que se levanta é se se trata de algo bom ou de mau, alinhado ou desalinhado com as perspectivas de outros.

Eis a singularidade de cada um de nós. Uns distinguindo-se pelas suas ditas virtudes, outros pelas suas alegadas imprecisões. Outros ainda por ambas e ainda outros por nenhumas, como se diluídos no anonimato pleno de uma humanidade sem vínculo, sem história, sem liberdade; para além da história de existir…, mas um existir que pode nunca ter sido ou sequer vir a ser.

Algures no caminho, fui-me inquietando com a capacidade que o humano tem, de conseguir chegar ao sublime e ao belo, a par da capacidade de cometer as maiores barbaridades...

Como devem imaginar, muitas das histórias sentidas por um polícia, dentro e fora da instituição policial – histórias vividas, com interveniência própria, mas, sobretudo, com interveniência de outras pessoas e por causa delas - são de eriçar os cabelos!

Mas o que vos quero contar, é que, por mais escabroso que seja o exemplo, hoje, sou, pela compaixão! É delicioso apercebermo-nos das imperfeições e das superações do ser humano, que tem uma margem de desenvolvimento e de aprendizagem, por realizar... Desde o menino ou menina que tira macacos do nariz e os come, até conseguir tocar, com extrema delicadeza, uma peça de Bach, através de um violoncelo, um violino ou outro instrumento musical…; das pessoas que conseguem um grau de elevação tal, na via académica, política ou profissional, mas depois são incapazes de dizer bom dia, arrasam os outros com o seu poder abusivo e discricionário, muita arrogância e falta de humanismo… Bom..., o que simplesmente nos pode fazer ter saudades do nosso gato… mas, contudo, nos remete - quer nos faça rir ou chorar, e não nos deixando, nunca, indiferentes - para a via da compaixão; por um vir a ser, espiritualmente digno; onde a esperança no outro e em nós, pacientemente, se mantém…

20/12/2023

Os meus desejos de Saúde, Paz e Amor ❤️, pois o resto pode ser construído a partir desta base.❤️💞

" Num mundo complexo, teremos de saber lidar com a diversidade, mas nunca poderemos perder a relação de diálogo entre pe...
08/11/2023

" Num mundo complexo, teremos de saber lidar com a diversidade, mas nunca poderemos perder a relação de diálogo entre pessoas e saberes. Se falamos de cultura e de Humanidades temos de compreender que o saber e o saber fazer obrigam sempre à comunicação. O caminho longo que fizemos desde os aedos, que transmitiram de memória a Ilíada ou a Odisseia, até aos tipos móveis de Gutenberg ou às novas tecnologias de informação e comunicação obriga a compreender que um audiolivro, um e-book, um livro em papel, ajudam-se mutuamente, porque o que está em causa é a ligação ente ler e pensar, entre saber e dialogar, entre representar e refletir."

Guilherme de Oliveira Martins

Umberto Eco disse-nos que a leitura faz a diferença. Ler significa ir além de uma vida limitada nas fronteiras estreitas do tempo que nos é dado viver. Quem cultiva a leitura e o conhecimento multiplica a sua existência inserindo nela o diálogo com as gerações que nos antecederam. Falamos de ...

O horizonte que ofusca, pode ser o horizonte que indica o caminho... ♥️
10/08/2023

O horizonte que ofusca, pode ser o horizonte que indica o caminho... ♥️

Se algo penetra como a água, esse algo, é a Filosofia. Colóquio Internacional de Doutorandos e Pós Doutorandos de Filoso...
02/07/2023

Se algo penetra como a água, esse algo, é a Filosofia.

Colóquio Internacional de Doutorandos e Pós Doutorandos de Filosofia da Universidade de Évora/Práxis-Centro de Filosofia Política e Cultura, sob a temática: Bem-estar e Mal-estar. Leituras da contemporaneidade.

Comunicação: “Violência nos Contextos Sociais”

“Em violência, não se sugere uma ausência do conhecimento do valor do diálogo:
Tem-se presente a grandeza das suas possibilidades e potencialidades…
Mas desvela-se como algo que “alguém” quer ou pretende evitar!

Sugere a tomada de consciência de um processo, de um jogo… para o qual é preciso boa-vontade, disponibilidade, paciência e dedicação… um jogo onde há intervenção do outro e dos seus preconceitos…
Por isso, é algo que se quer impedir!

Sabe-se também, que o diálogo oferece a possibilidade, a alguém, de poder estar errado, no que sabe e no que conhece…
Em tese, esta possibilidade, seria algo de construtivo, para cada dialogante… mas se converte em algo que se quer, a todo o custo, combater!

E porquê, podemos questionar...
Porque o diálogo é algo que tendo o seu tempo, é também algo que foge aos limites do tempo.
É algo que dá trabalho.
É algo, que, abraçando as linhas de uma razão, de uma ética e de uma liberdade humanista, pode bulir com interesses subjetivos, a favor de interesses intersubjetivos.
Pondo, assim, em causa, os desejos mais imediatos de alguns ou colidindo com as ações ou reações de ego(s), exclusivamente centrado(s) em si, nos seus objetivos, nos seus domínios, no seu bem-estar.

O que nos remete para uma questão de fundo:

Haverá bem-estar de uns, sem o bem-estar de outros?”

Mesa 2 – Hermenêutica, Espiritualidade, e Cultura Simbólica
António Loura (Praxis/UÉ)

15/12/2022

Talvez possamos viver, (re)construir e caminhar em conjunto.

Uma contribuição hermenêutico filosófica.

Crise e construção social
Por António Loura e Irene Borges-Duarte

Revista Húmus

Se sou alegre ou sou triste?...Francamente, não o sei.A tristeza em que consiste?Da alegria o que farei?Não sou alegre n...
12/06/2022

Se sou alegre ou sou triste?...
Francamente, não o sei.
A tristeza em que consiste?
Da alegria o que farei?

Não sou alegre nem triste.
Verdade, não sei que sou.
Sou qualquer alma que existe
E sinto o que Deus fadou.

Afinal, alegre ou triste?
Pensar nunca tem bom fim...
Minha tristeza consiste
Em não saber bem de mim...
Mas a alegria é assim...

*

20-8-1930

Fernando Pessoa

In Poesias Inéditas (1919-1930). Fernando Pessoa. (Nota prévia de Vitorino Nemésio e notas de Jorge Nemésio.) Lisboa: Ática, 1956 (imp. 1990).

Imagem: (Jeronimo)

Um outro olhar...https://www.youtube.com/watch?v=KRTJIh1os4w
10/04/2022

Um outro olhar...

https://www.youtube.com/watch?v=KRTJIh1os4w

Ailton Krenak é o primeiro entrevistado da série Vozes da Floresta - A aliança dos Povos da Floresta de Chico Mendes a nossos dias. "Vamos ver como que a gen...

31/03/2022

O peso destruidor do rótulo cultural

Não de forma tão perigosa como no presente, vamos assistindo a este peso destruidor, o do rótulo cultural. Um peso que se revela inibidor, quer de uma verdadeira apreciação, quer de uma verdadeira consciência crítica – algo que de outro modo poderia até surgir pelas ideias ou por uma qualquer substância ou essência das coisas, mas fica-se pela mera revelação e imposição de estigmas, superficialidades, imprecisões – e ao mesmo tempo desinibidor e incentivador do ataque, da discriminação e da marginalização.

Vejamos isto á luz do que hoje possa estar identificado com a aplicação de um mero rótulo, entre outros, um ser russo, ser americano, ser chinês, ser comunista, ser marxista, ser liberal, ser extremista, ser polícia, militar ou funcionário público, político, cigano, um comediante que com tudo faz piadas ou até mesmo um palhaço que com tudo brinca…, entre tantas outras e intermináveis formas de procurar estereotipar o outro, no fundo ter a necessidade de o classificar como sendo isto ou aquilo e o prejuízo discriminatório que tudo isso traz em termos da fraca capacidade de análise específica das coisas, do discernimento e da predisposição para dirigir a atenção para aquilo que verdadeiramente importa, o pensamento, o discurso, a ação e em tudo ou naquilo em que tal se traduz.

O humano vive assim, tempos difíceis, onde se contenta com meras frases chavão, em ambientes sociais onde, salvas algumas exceções, se cultiva o reducionismo e a rudimentariedade.

Até à irracional guerra aberta já fomos capazes de regressar, no seio do alegado e proclamado espaço europeu das liberdades, das prosperidades e da autodeterminação dos povos e das culturas.

Altos responsáveis no mundo utilizam o espaço público para se digladiarem na base de um discurso simplista, mas sobretudo agressivo, onde até parece, do ponto de vista da pessoa simples, humilde e pacífica, contudo experiente e habituada a resolver os conflitos da sua existência, que os objetivos do presente são incentivar à entrada num espaço propício ao cenário de colapso coletivo.

Parece que estamos em tempos de falta de paciência e de fraca substância, em que se dá atenção ao acessório, em vez do essencial. Na mera tentativa de, numa lógica de poder e de controlo, tentar a todo o custo aniquilar o que se revela e identifica como distinto, do que não pertence ao grupo - ainda que os pré-juízos que o fundamentam e sustentam - ao grupo - permaneçam por desconstruir e às vezes até por identificar. Mas também um tempo de aniquilação daquele(a) indeterminado(a) que resistindo às implacáveis categorizações, preocupa-se sobretudo em ser e em existir, não como outra coisa qualquer, mas como ser humano, cultural por natureza, mas sem que isso signifique acorrentamento psicossocial. Aquele que tem dificuldade em identificar-se plena e cegamente, de modo a definir-se inteiramente desta ou daquela forma. Mas também daquele ou daquela que, apesar de tudo, permaneça fiel a ele(a) próprio(a), interessado na própria superação das suas vulnerabilidades, mas em constante e preocupada interação, determinando-se em sacudir as cores com que o(a) queiram pintar, sempre em busca, em construção, reflexivo(a) ou conciliador(a) dentro de uma, de umas ou entre todas as partes.

Nos meandros da ciência, da cultura e da história, podemos dar como adquirido um facto: hoje, tal como ontem e certamente como amanhã, existe a dificuldade de sabermos exatamente quem fomos, quem somos e muito menos quem seremos. E se, muito embora, no final das nossas vidas, sobre cada um de nós, a verdade que fique, seja aquela que os “outros” se encarregarem de querer registar, pelo menos que em vida, desejemos e seja possível esperar, que o tempo, o espaço e o universo, constituam os limites do crescimento e do nosso desenvolvimento individual e coletivo, sempre dentro de espaços de diálogo, com tudo e com todos. Num sentido em que a estabilidade e a estanqueidade que se possa insistir em querer ver no outro e classificá-lo de uma determinada forma, se possa diluir e seja passível de ser considerada, no mínimo das suas consequências, tão incomodativa para o outro, quanto, vistas as coisas ao contrário, o possa ser, na verdade, para qualquer um de nós.

Aceitemos de uma vez que as dinâmicas da interação cultural, connosco próprios, com os outros e com o mundo, aquelas que operam em nós transformações de tal ordem, que, revelando-se permanentes e constantes, a cada qual possam fazer pertencer um único e exclusivo processo de desenvolvimento, pessoal, intelectual e de identidade cultural, dentro de um modo único de ser, de existir e de pensar.

Aceitemos que o outro, seja ele quem for… possa estar certo, possa ter razão naquilo que diz, nas ideias que defenda, nos projetos sociais que apresente e não hipotequemos a possibilidade de com ele discutir essa essência da verdade nas coisas, que é um compromisso que a todos nos convoca (independentemente da "cor" e do tipo de “camisola” que se veste ou através da qual se procura identificar alguém).

Deste modo, talvez possamos libertarmo-nos dos rótulos. Será um esforço que valerá a pena. Não nos violentemos nos pontos de partida, nem no meio e muito menos no fim das relações que temos ou possamos ter uns com os outros.

Olhemo-nos como pessoas que somos.

Num grupo de enfermeiros, de médicos ou de polícias, embora uns possam vestir todos bata branca e outros possam fardar de azul, cada ser humano ali presente é único, por toda a experiencia que adquiriu, pelo saber que incorporou, pela sabedoria que possui e pelos traços de carácter e de personalidade que o caracterizam.

Quer se pertença ou não a um grupo, cada qual tem o seu percurso de aprendizagem, e com todo o direito, quer a esse mesmo percurso, quer à possibilidade de poder manifestar a sua diferença, a sua imparidade, muito mais do que a obrigatoriedade de pertencer a qualquer semelhança.

Se houver uma verdade, essa dir-nos-á porventura que todos temos sido, somos e seremos, sempre diferentes, e para vivermos em comunidade, a necessidade passa por partir dessa diferença a uma fase de entendimento, de uns com os outros, encontrando-nos, dialogando articulando, colaborando. E havendo igualdade, que ela se revele vivendo em relação, em empatia, em tolerância, em paz, em harmonia e em amor.

António Loura

A Filosofia no seu espaço de reflexão e de partilha.O Seminário Permanente de Fenomenologia, da Universidade de Évora / ...
23/03/2022

A Filosofia no seu espaço de reflexão e de partilha.

O Seminário Permanente de Fenomenologia, da Universidade de Évora / Praxis - Centro de Filosofia, Política e Cultura, trouxe-nos um conjunto de belíssimas reflexões em torno da designação: Gadamer e a Herança da Fenomenologia.

Um evento realizado na oportunidade de assinalar os vinte anos da data da morte de um grande pensador Hans-Georg Gadamer.

De entre as várias reflexões realizadas, deixa-se convosco:

A questão da Medicina e a morte como questão
Uma reflexão à luz do pensamento de Hans-Georg Gadamer
Por Sofia Reimão

Crise, diálogo e caminho, em Gadamer
Por António Loura
https://youtu.be/CwLpPpBkXpY

Por ocasião dos 20 anos do falecimento de Hans-Georg Gadamer, a sessão de 12 de Março de 2022 do Seminário Permanente de Fenomenologia Praxis/UÉ foi dedicada...

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