05/08/2024
Ana Cabecinha competiu, nos Jogos Olímpicos, na prova de Marcha, menos de 3 meses depois de ter sido mãe! 😲 Terminou em último, mas percorreu os 20 km até ao fim.
Através deste caso é possível retirar algumas mensagens acerca da transição para a maternidade:
🌸 A conciliação da vida pessoal e profissional será um desafio, e muito dificilmente a mulher consegue estar a 100% na maternidade e a 100% na vida profissional (ou poderá estar, mas com um esforço enorme, que não será possível manter durante muito tempo). Terá de haver um balanço entre ambas. A Ana Cabecinha conseguiu percorrer a prova toda, mas terminou em último lugar. Antes da prova geriu as expetativas e participou conhecendo as suas limitações e fragilidades. O foco não estava no resultado, como nas olimpíadas anteriores, mas sim no processo.
🌸 Quando a mulher entra para o mundo da maternidade não tem de ser só mãe. Já existia um percurso anterior à gravidez, e esse percurso é para manter (claro, que com toda a flexibilidade, e aceitar que não será tudo à mesma velocidade).
🌸 Quando a mulher se torna mãe há novos papéis a desempenhar, uma nova identidade. A Ana Cabecinha passou a ser uma atleta-mãe em simultâneo, teve de levar o filho para todos os treinos, fazer mais pausas do que seria desejado, passar por um desgaste maior, mas acima de tudo fazer este percurso com uma grande flexibilidade e aceitação da mudança.
🌸 Mesmo no puerpério é possível a mulher superar-se e surpreender-se com as suas capacidades. A Ana Cabecinha acreditou que iria conseguir chegar ao fim da prova, e isso influenciou o seu comportamento, os seus resultados, e a sua gestão emocional, que foi muito desafiante ao longo da prova (com a presença do filho, a cada volta, como estímulo)
Como portuguesa, estou orgulhosa da nossa atleta! 👏💪💪