Mentes_in_quietas

Mentes_in_quietas Clínica do Desenvolvimento, Comportamento e Emoções

Perturbação de stress pós-traumático (PSPT), foi durante muito tempo considerada um tipo de perturbação de ansiedade. Co...
17/12/2025

Perturbação de stress pós-traumático (PSPT), foi durante muito tempo considerada um tipo de perturbação de ansiedade. Contudo, percebeu-se que apesar da sintomatologia apresentada ser semelhante, existe uma característica que as distingue – na PSPT, a sintomatologia observada decorre da exposição a um evento traumático. Considera-se um evento traumático a vivência de um acontecimento cujo impacto supera a capacidade de adaptação, os recursos emocionais e cognitivos do indivíduo. É normalmente acompanhado por sentimentos de impotência e é-lhe atribuído um significado negativo, por ser percecionado como incapacitante, ameaçador e fonte de intenso sofrimento psicológico/físico.

Após um evento traumático, é frequente observar-se:
• sintomas intrusivos associados ao evento (como sonhos ou pensamentos).
• evitamento de estímulos ligados à situação vivida (exemplo: não andar de carro após acidente de viação).
• alterações negativas na cognição e humor associados ao acontecimento traumático, com início ou agravamento após a experiência traumática (exemplo:após uma guerra sentir-se ameaçado por sons estridentes como fogo de artificio).
• mal-estar clinicamente significativo (como labilidade emocional, alterações do humor, hiperventilação, alterações dos batimentos cardíacos).

Apesar do sofrimento associado, estes sintomas são uma reação adaptativa esperada. No entanto, quando persistem sem qualquer diminuição significativa, por mais de um mês, considera-se uma PSPT. Por este motivo, é imprescindível que após a vivência da situação traumática, haja um acompanhamento psicoterapêutico (psicológico e psicofarmacológico). Ao longo da vida quase todos experienciamos situações de trauma. Muitas vezes, mesmo quando extremamente dolorosas e difíceis, estas podem ser um ponto de partida para processos de crescimento pessoal. Algumas pessoas incorporam os acontecimentos vividos numa narrativa pessoal, conferindo significado ao trauma vivido e conduzindo a mudanças positivas na sua identidade e objetivos de vida (exemplo: um doente oncológico sobrevive à doença e promove alterações positivas na sua vida).

No sábado dia 6 de dezembro vivi uma noite verdadeiramente mágica. Uma noite cheia de sonhos, de esperança e, acima de t...
12/12/2025

No sábado dia 6 de dezembro vivi uma noite verdadeiramente mágica. Uma noite cheia de sonhos, de esperança e, acima de tudo, de um amor que se sente em cada gesto, em cada palavra, em cada olhar partilhado. Há momentos que nos tocam de forma tão profunda que se tornam inesquecíveis — e este foi certamente um deles.

Ser madrinha de uma jovem estudante de Psicologia através da é uma honra que me comove todos os dias. Poder acompanhar o seu caminho, acreditar no seu talento, observar a sua entrega diária, a forma como agarra esta oportunidade, apoiar os seus passos e fazer parte desta missão tão bonita é um privilégio pelo qual estou imensamente grata.

A Associação Sara Carreira é feita de luz, de generosidade e de propósito. É feita de pessoas que acreditam que, quando apoiamos um sonho, mudamos vidas. E ontem, mais uma vez, senti isso de forma tão clara: cada sorriso, cada palavra de agradecimento e cada história partilhada lembram-nos que o amor deixa marca — e que a Sara continua viva nesta corrente de amor.

Obrigada, , por me permitirem viver esta experiência tão especial.
Obrigada a todos os que contribuem para esta missão e que fazem dela uma força transformadora.

Levo no coração a certeza de que, juntos, continuamos a construir futuro, a inspirar caminhos e a manter viva a esperança de um mundo mais humano e cheio de amor. 🩷

Filipa Fachina, licenciada em Terapia Ocupacional pela Escola Superior de Saúde do Alcoitão. Pós Graduada em Neuro Desen...
10/12/2025

Filipa Fachina, licenciada em Terapia Ocupacional pela Escola Superior de Saúde do Alcoitão. Pós Graduada em Neuro Desenvolvimento da Criança e do Adolescente pela Universidade amiga de Lisboa. Curso DIR 101: An Introduction do DIR®️ and DIRFloortime®️ pelo ICDL.

Formação no programa BabySigns para profissionais Nível I. Instrutora de Massagem Infantil Certificada pela International Association of Infant Massage.

Em época de final de ano, com resultados a fechar ou aumento do fluxo de clientes, muitos trabalhadores sentem um aument...
08/12/2025

Em época de final de ano, com resultados a fechar ou aumento do fluxo de clientes, muitos trabalhadores sentem um aumento das exigências no trabalho. Estas tornam-se uma fonte de stress quando percepcionamos que não possuímos os recursos necessários para lidar com essas mesmas exigências.

Ora, sentirmo-nos sobrecarregados leva-nos a ter menos autocuidado, alimentamo-nos pior, mexemo-nos menos, descansamos mal e deixamos de lado as atividades prazerosas. Perdemos assim, um dos recursos mais importantes na estabilidade emocional. Outros recursos essenciais englobam a comunicação clara e objetiva, ser assertivo(a) e estabelecer limites saudáveis entre a parte profissional e a pessoal. No local de trabalho, caso se sinta sobrecarregado(a) comece por organizar as suas tarefas por prioridades, faça um cronograma e distribua-as ao longo do dia. Planeie pausas onde pode aproveitar para relaxar os seus músculos com exercícios focados na respiração, alongamentos ou simplesmente conversar um pouco com os seus colegas de trabalho. Se tal não for suficiente partilhe com a sua chefia, poderá ser necessário o ajustamento das tarefas, da carga de trabalho ou aumentar o trabalho em equipa.

Aumentar e melhorar os nossos recursos torna-se essencial para uma gestão adequada do stress, possibilitando dar uma resposta mais adequada às exigências.

Continuamos a senti-los dentro de nós e, muitas vezes, acabam por se manifestar, de forma disfarçada, nas relações com o...
05/12/2025

Continuamos a senti-los dentro de nós e, muitas vezes, acabam por se manifestar, de forma disfarçada, nas relações com os outros e connosco próprios. Podemos assumir posturas que não nos são as mais naturais - evitar estar com alguém ou em determinado contexto, tornar-nos mais confrontativos, ou ser excessivamente autocríticos. Mas o sentimento permanece. Não desaparece. Quanto mais os guardamos, principalmente aqueles que nos incomodam, mais peso ganham. Maior é o impacto no nosso bem-estar e na qualidade das nossas relações. Como ainda não é possível adivinharmos, com exatidão, os pensamentos e sentimentos uns dos outros, o que não é dito tende a ser interpretado – e nem sempre de forma correta! Muitas vezes, estas interpretações alimentam mal-entendidos e fomentam o distanciamento – o que pode reforçar o que estamos a sentir. Partilhar e expressar o que sentimos pode ser angustiante, principalmente se o que sentimos não é agradável. Podemos ter receio de nos expormos, de mostrar vulnerabilidade ou até de magoar quem mais gostamos.

No entanto, expressar o que sentimos não implica ofender nem criticar o outro. Significa reconhecer que algo que aconteceu teve impacto em mim. Ao expressarmos o que sentimos, damos ao outro a oportunidade de nos conhecer e compreender melhor e de, no futuro, poder agir de forma diferente. E damos também a nós próprios a possibilidade de sermos agentes na mudança que desejamos para as nossas relações. Expressar o que sentimos é um ato de coragem e de autocuidado.
Se sente dificuldade em expressar o que sente, a terapia pode ajudá-lo nesse processo! 🩷

Estás bem? Esta pergunta tão simples pode ser o ponto de viragem para alguém que atravessa uma fase difícil, assoberbada...
01/12/2025

Estás bem? Esta pergunta tão simples pode ser o ponto de viragem para alguém que atravessa uma fase difícil, assoberbada pelo trabalho, pelas emoções e pela incapacidade de expressar o que sente. A verdade é que, entre amigos e familiares, o “bom dia” ou o “até já” saem-nos com naturalidade, mas a pergunta “estás bem?” tende a surgir apenas quando notamos uma alteração de comportamento.

No entanto, o sofrimento é muitas vezes silencioso e invisível. Muitas pessoas tornam-se peritas na arte de disfarçar. Vestem a “capa” da funcionalidade, cumprem prazos, sorriem nas fotografias e mantêm a rotina, tudo isto enquanto carregam internamente um peso que as consome. Se ficarmos à espera que a mudança de comportamento seja óbvia, que o desempenho baixe ou que o sorriso desapareça, podemos estar a chegar tarde demais.

A verdadeira inteligência emocional reside em transformar o “estás bem?” de uma formalidade num convite. É dar espaço ao outro para que a resposta automática, aquele “tudo bem” que dizemos quase por reflexo, possa cair, dando lugar à verdade. Às vezes, a maior prova de amizade não é resolver o problema do outro, mas sim validar a sua dor. É ter a coragem de, perante uma resposta evasiva, olhar nos olhos e dizer: “Estás mesmo? Porque não precisas de estar sempre bem. Eu estou aqui para ouvir o resto.” Ao normalizarmos esta vulnerabilidade no dia a dia, e não apenas nos momentos de crise, criamos redes de segurança emocional. Criamos um espaço onde dizer “hoje não aguento mais” é aceitável, seguro e, acima de tudo, humano. Porque ninguém se salva sozinho, mas, por vezes, tudo o que precisamos para continuar é saber que alguém, perto de nós, está verdadeiramente ao nosso lado.

Dra. Sara Porto Carmo, licenciada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas UNL (2006). Internato de Especialidade ...
29/11/2025

Dra. Sara Porto Carmo, licenciada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas UNL (2006). Internato de Especialidade Hospital D. Estefânia em Lisboa | CHULC (2009 – 2016). Cirurgiã Pediátrica desde (2016).

Aposta numa medicina humanizada em que a técnica cirúrgica rigorosa e o profissionalismo caminham lado a lado com a empatia, a presença e o cuidar e que juntos têm a capacidade de tornar a experiência mais positiva para a criança e a família 🩷

Fala-se tanto em autocuidado que, por vezes, esquecemo-nos do mais  importante: cuidar de nós não deve ser mais uma tare...
25/11/2025

Fala-se tanto em autocuidado que, por vezes, esquecemo-nos do mais importante: cuidar de nós não deve ser mais uma tarefa da lista. Quando o “tenho de meditar”, “tenho de fazer exercício”, “tenho de ser grato todos os dias” começa a soar obrigação, deixamos de estar a cuidar de nós e passamos a cobrar. E, com isso, surgem a culpa, a comparação e a exaustão.

O autocuidado não é uma competição, nem uma imagem perfeita para mostrar. Não precisa de ser bonito, produtivo ou constante. É simplesmente parar um pouco, escutar o corpo e perceber o que faz sentido hoje.
Há dias em que cuidar de nós é levantar cedo e fazer uma caminhada. Noutros, é ficar mais tempo na cama, desligar as notificações ou até
pedir ajuda. O verdadeiro autocuidado está no autoconhecimento: entender o que precisamos agora, sem tentar corresponder a uma ideia externa de “bem-estar”.

Experimenta perguntar-te: “O que estou a fazer para cuidar de mim — é por amor ou por obrigação?”. Se for por obrigação, talvez o melhor gesto de cuidado seja abrandar. Cuida de ti com consciência e respeito pelos teus limites. O autocuidado não deve ser associado a perfeição, mas sim a presença e equilíbrio 🩷

Henrique Costa, licenciado em Terapia Ocupacional pela Escola Superior de Saúde de Alcoitão (2014); Mestrado em Gestão d...
11/11/2025

Henrique Costa, licenciado em Terapia Ocupacional pela Escola Superior de Saúde de Alcoitão (2014); Mestrado em Gestão da Saúde, Universidade Nova de Lisboa (2022); Frequência em formações/conferências ao nível de Integração Sensorial, PEA, Saúde Mental. Curso “Terapia Ocupacional, Integração Sensorial no Autismo” (Porto, 2023). Pós-Graduação em Integração Sensorial (Coimbra, 2023 – em frequência).

Percurso profissional: Estágio profissional no Centro Hospitalar de Setúbal (2014/2015); Trabalho em contexto escolar, Centro de Educação para o Cidadão Deficiente – Mira
Sintra (2015/2016); Hospital Beatriz Ângelo, no Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental (2016)

Atualmente: Terapeuta Ocupacional no Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental, Centro Hospitalar de Setúbal e em contexto clínico privado. Colaborador da Escola Superior de Saúde de Alcoitão enquanto educador clínico. Atua na prevenção, avaliação e intervenção de problemas de desempenho ocupacional, promovendo a autonomia e funcionalidade ao nível das atividades da vida diária, do brincar, das competências académicas e participação social, através do desenvolvimento de competências motoras, cognitivas e sensoriais.

Áreas de Interesse: Tem como áreas de interesse as perturbações do Neurodesenvolvimento, Dispraxia, Perturbação do Espetro do Autismo (PEA), Atraso Global do Desenvolvimento, Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) e Perturbações do Processamento Sensorial.

É ter uma mente que não abranda, em que os pensamentos se podem atropelar uns aos outros ou as ideias nascerem mais depr...
08/11/2025

É ter uma mente que não abranda, em que os pensamentos se podem atropelar uns aos outros ou as ideias nascerem mais depressa do que as conseguimos organizar.
É viver com um cérebro que quer tudo agora. É ter ideias brilhantes, mas lutar ativamente contra a procrastinação e a desorganização. É ter mil planos, mas dificuldade em priorizar o que vem primeiro ou em perceber que não temos tempo suficiente para todos eles. É experienciar as emoções intensamente, deixando que estas se sobreponham à racionalidade. É ter a impaciência de quem quer avançar sem perder tempo, acompanhada pela inquietude constante – no corpo e na mente. É buscar a novidade de forma incansável, mas sem nunca estar satisfeito, como se estar parado ou conformado fosse impossível.

É viver com um cérebro que funciona de forma diferente — mais intenso, mais criativo, mais sensível, mas também mais desafiante.
Viver com PHDA é aprender a conduzir um carro muito potente , evitando que o combustível acabe demasiado rápido ou que a quantidade de desvios para caminhos secundários nos afaste demasiado do itinerário principal.

A consultas de Psicologia são um espaço para compreender, processar e crescer. Ajudam-nos a lidar com desafios, aceitar ...
03/11/2025

A consultas de Psicologia são um espaço para compreender, processar e crescer. Ajudam-nos a lidar com desafios, aceitar a nossa vulnerabilidade e encontrar formas de viver de maneira mais consciente e equilibrada. Na nossa Clínica, estamos aqui para te acompanhar nesse caminho 🩷

Receber um diagnóstico de doença pode abalar profundamente o equilíbrio emocional. Medo, ansiedade e incerteza sobre o f...
01/11/2025

Receber um diagnóstico de doença pode abalar profundamente o equilíbrio emocional. Medo, ansiedade e incerteza sobre o futuro são reações naturais neste processo. Muitos pacientes experienciam também sintomas de depressão, como tristeza, perda de interesse, alterações no sono ou no apetite, e sentimentos de desesperança. A raiva e a frustração podem surgir, consigo próprio, com os outros ou até com a situação em si. Além disso, questões ligadas à autoestima e à masculinidade, especialmente quando a saúde sexual é afetada, podem levar ao isolamento e à perda de confiança. Os sintomas depressivos podem ainda afetar a memória e a concentração, dificultando o dia a dia.

Cuidar da saúde mental é uma parte essencial do tratamento porque a mente também precisa de atenção e equilíbrio. 💙

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Setúbal
2910-549

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