21/10/2025
No Ayurveda, a castanha-da-índia é vista como uma aliada da circulação e da leveza. Reduz o peso nas pernas, favorece o retorno venoso e apoia o equilíbrio do doṣha Kapha, especialmente quando há estagnação ou inchaço. A castanha-da-índia contém aescina, o seu principal composto ativo, responsável pela ação venotónica, anti-inflamatória e vasoprotetora.
A médio e longo prazo, restaura a firmeza vascular, reduz a congestão capilar e favorece o fluxo natural da circulação, equilibrando Kapha e acalmando a inflamação de Pitta, enquanto tonifica os tecidos (dhātus) e nutre os canais sutis (srotas) por onde flui a vida.
🌳 Estas foram apanhadas na zona da Nazaré, nesta época do outono em que a terra repousa, o ar se torna mais leve e o corpo pede enraizamento e cuidado. O próprio nome Hippocastanum vem do grego e significa literalmente “castanha do cavalo”. Segundo antigas tradições balcânicas, os cavaleiros davam as castanhas aos seus cavalos para fortalecer as pernas e o sangue, acreditando que lhes davam resistência e vigor — a mesma energia que hoje associamos à sua ação venotónica e restauradora.
Rasa (sabor): amargo (tikta), adstringente (kaṣāya)
Vīrya (energia): fria (śīta)
Vipāka (efeito pós-digestivo): picante (kaṭu)
Guṇas (qualidades): leve (laghu), seca (rukṣa)
Reduz Kapha e Pitta, devido à sua natureza fria, amarga e adstringente. Pode agravar Vata se usada em excesso (pela secura e leveza); por isso, é melhor combiná-la com um veículo oleoso ou quente, como ghee, óleo de sésamo ou uma decocção morna.
Deve ser utilizada internamente apenas sob orientação especializada devido à presença de um glicosídeo chamando aesculina que é tóxico podendo causar várias reações digestivas e hepáticas indesejáveis.
Por isso o uso interno em extratos padronizados e purificados. O uso externo, em óleos, unguentos ou macerações, é considerado seguro e eficaz para tonificar as veias e aliviar a sensação de peso nas pernas.