
04/08/2025
Hoje falo-vos sobre a forma como a nossa identidade pode ser moldada, ou até distorcida, pelas expectativas dos outros. Quando nos colocamos perante um espelho com o desejo de agradar, de corresponder, de caber no molde que alguém (ou a sociedade) construiu para nós, o reflexo torna-se pesado, crítico, até doloroso. Não porque o espelho mente, mas porque o olhar que lançamos sobre nós deixa de ser nosso 🤍
Nesse momento em que deixamos de nos ver com os nossos próprios olhos pode ser uma das maiores fontes de sofrimento interno. É o ponto em que começamos a duvidar da nossa autenticidade, a comparar constantemente, a medir-nos por padrões que nem sempre fazem sentido para quem realmente somos ✨
Mas o espelho, em si, não é o “fantasma”. Ele apenas reflete. O que o torna cruel é o julgamento que colocamos por trás do nosso olhar. Quando nos olhamos com ternura, com aceitação, com o desejo genuíno de nos reconhecer e não de nos avaliar, o espelho pode ser um espaço de encontro com a nossa verdade, não de confronto com os nossos medos ✨
Então, se um dia o espelho parecer cruel contigo, talvez a pergunta não seja “O que está errado comigo?”, mas sim “De quem é esse olhar que estou a usar agora?”.
E aí, talvez, seja hora de reaprender a ver-te com os teus próprios olhos, com respeito, com tempo, e com amor.
E aí, ele deixa de ser cruel. E passa a ser só nosso!
Com carinho,
Liliana Martins 🤍