12/06/2025
Minha cirurgia da vesícula: um processo de cura por dentro e por fora
Na segunda-feira passei por uma cirurgia para retirar a vesícula. E quem me conhece sabe: eu sou daquelas que, quando decide fazer algo, prefere não saber demais. Não fico pesquisando, não quero ver vídeos nem ler depoimentos. Se começo a mergulhar nas informações, fico ansiosa, começo a duvidar… então escolho confiar. E vou.
O que eu sabia era o que muita gente repete: “é só um furinho, coisa simples”.
Mas vou te dizer… não achei tão simples assim.
No dia da cirurgia, o corpo falou alto. Dores intensas, especialmente nas costas, barriga e no ombro, por causa dos gases que injetam durante o procedimento. Uma sensação estranha, pesada. Um incômodo que me convidava o tempo todo a respirar com consciência, a voltar pra dentro.
Voltei pra casa com bastante dor. Cada pontinho, e olha que são 4, veio com cinco agrafos. Nada daquela imagem fofa do “furinho quase invisível”.
Mas tudo bem.
Cada marca é um lembrete de que meu corpo está se ajustando, se limpando, se curando.
Hoje, é o terceiro dia do pós-operatório, já sinto a melhora chegando. Estou em casa, me cuidando, seguindo a dieta e honrando esse momento de pausa. Porque o corpo pede silêncio. Pede tempo. E pede respeito.
Interessante é que, olhando com o coração, percebo a diferença entre essa cirurgia e os nascimentos dos meus filhos. As cesáreas foram mais suaves. E talvez seja porque eles tinham que vir ao mundo, era um movimento natural da vida. Já a vesícula… essa eu precisava deixar ir. Era algo que já não fazia mais sentido em mim. E libertar também dói.
Foi um de libertação. Um ciclo encerrado, um órgão que cumpriu sua missão. Sinto que de alguma forma, meu corpo está mais leve. Não apenas fisicamente, mas energeticamente também.
A cura, às vezes, vem disfarçada de incômodo.
E toda dor, quando escutada com amor, revela sabedoria.
Gratidão a todos que me enviaram boas vibrações. Que esse momento seja mais um passo no caminho do autoconhecimento, do autocuidado e da reconexão com meu templo sagrado: o corpo.