22/08/2025
Existe ainda uma crença, pelos vistos enraizada, de que trabalhos ligados à espiritualidade deveriam ser gratuitos ou que um pagamento de uma única consulta deveria dar apoio vitalício.
Essa visão, além de desvalorizar o terapeuta, ignora o facto de que cuidar espiritualmente também é um trabalho real, que exige entrega, energia, estudo e tempo.
Assim como um médico, veterinário, psicólogo, professor ou qualquer outro profissional, também eu tenho despesas para pagar, comida para colocar na mesa, uma família para sustentar e animais que dependem de mim.
Cada consulta representa um momento único de dedicação, de abertura espiritual e de desgaste energético. O valor pedido não é um preço pela espiritualidade, mas sim uma forma justa de reconhecer e sustentar o trabalho por mim realizado.
O pagamento não compra garantias nem resultados mágicos, compra presença, orientação, experiência, energia e o compromisso que coloco em cada encontro.
A espiritualidade é sagrada, mas também precisa de ser respeitada como parte da vida concreta. Assim como eu respeito quem me procura, peço igualmente respeito pelo meu tempo, pela minha entrega e pelo meu direito de viver com dignidade.
Quem serve a espiritualidade também é humano, também tem contas e também merece valor.
Texto de Sandra Monteiro
Imagem da Grande Mãe, Ana, Dana, Danu, a Rainha, ligada à espiritualidade da natureza, à prosperidade, abundância, ao lar, à família, à sabedoria, morte e regeneração!