11/04/2016
Hoje é o dia mundial da Doença de Parkinson.
A Doença de Parkinson é uma doença crónica que afecta o sistema motor, ou seja, que envolve os movimentos corporais, levando a tremores, rigidez, lentificação dos movimentos corporais, instabilidade postural e alterações da marcha. Afecta aproximadamente 1% da população mundial e em Portugal existem cerca de 18.000 doentes.
Como se manifesta?
A manifestação inicial da doença é, geralmente, um tremor ligeiro numa mão, braço ou perna mas, que pode aumentar em momentos de tensão. Tipicamente, o tremor melhora quando o paciente move voluntariamente a extremidade afectada e pode, mesmo, desaparecer durante o sono. À medida que a doença progride, o tremor torna-se mais difuso, acabando, eventualmente, por afectar as extremidades de ambos os lados do corpo.
Para além do tremor, que classicamente caracteriza a doença, surgem ainda outros sintomas, nomeadamente rigidez das extremidades, lentificação dos movimentos corporais voluntários (bradicinésia), instabilidade postural e alterações da marcha.
Quando a bradicinésia afecta os músculos faciais, leva a que o doente se babe, perturba o normal piscar dos olhos e interfere com a mímica facial (expressões), podendo acabar por originar uma face semelhante a uma máscara, isto é, inexpressiva. Quando atinge outros músculos, a bradicinésia pode afectar a capacidade do paciente em cuidar de si próprio, nomeadamente de se lavar e vestir ou utilizar os talheres ou, de realizar as normais tarefas domésticas, como lavar a loiça ou a roupa.
Os problemas com o equilíbrio e a instabilidade postural podem tornar muito difíceis actos tão simples quanto o sentar-se ou levantar-se de uma cadeira e o andar pode implicar pequenos passos, arrastados, geralmente, sem o normal movimento pendular dos braços. Nalguns pacientes surgem, ainda, alterações da escrita, sendo que a letra se torna pequena, tremida e, muitas vezes, ilegível.
A fisioterapia pode ajudar na melhoria da qualidade de vida, através da estimulação para as tarefas realizadas na vida diária, assim como a trabalhar o equilíbrio de modo a que ocorram o menor número possível de quedas e a que a marcha fique mais facilitada. Pode também ajudar na estagnação da perda de mobilidades e da rigidez.
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