10/10/2025
Setembro trouxe um peso que eu não entendia, um desconforto sutil que me acompanhou todo o mês. Mas tudo começou mesmo no primeiro círculo de mulheres, em 30 de agosto, quando tirei a carta da Deusa Blodeuwedd (traição).
Naquele momento, achei que a mensagem era sobre autocuidado, sobre não me trair em pequenas escolhas. Mas a vida se encarregou de revelar o verdadeiro sentido.
No dia 23/09, poucos dias antes do segundo círculo Aurora das Deusas, vivi um dos episódios mais difíceis da minha trajetória como terapeuta: fui surpreendida com uma situação inesperada e dolorosa.
Fui retirada do espaço onde atendia presencialmente, minhas coisas colocadas à beira da rua, exposta a constrangimento e julgamentos injustos, atribuíram a mim algo que não fiz, com a clara intenção de ferir e humilhar.
Ali, me senti pequena. Perdida. Questionei meu propósito, minha capacidade e até minha fé. Senti medo. Senti culpa. Perguntei a Deus o porquê de tudo aquilo.
E Ele respondeu com amor. A resposta veio sutil, como um sussurro:
“Acredite no amor e na bondade. Mas para dar saltos de consciência é preciso sair dos espaços que já não cabem mais na sua alma.”
A verdade é que, no fundo, eu já sentia que aquele lugar não era mais para mim. A vibração, os valores, a energia, tudo já não ressoava. Mas a gratidão me mantinha ali. Gratidão por uma ajuda passada, sim, mas gratidão não é sinônimo de submissão ou permissão para ser desrespeitada.
Com dor, lágrimas e muitas orações, compreendi que era hora de encerrar esse ciclo com amor, perdão e consciência.
Os dias seguintes foram intensos. Mas também milagrosos. Enquanto eu chorava, amigos surgiram com mãos estendidas e corações abertos. Não precisei nem buscar minhas coisas, o Criador enviou pessoas para fazer isso por mim.
Um novo espaço para o Círculo de Mulheres surgiu: bonito, acolhedor, vibrando exatamente na energia que as deusas pedem.
Sonhei com minha amiga Marta Rocha, que no passado me ajudou a montar minha sala no Brasil, e nesse sonho ela me mostrava como montar meu escritório em casa. Acordei...e tudo fluiu.
Meu cantinho foi tomando forma com amor e intenção, ressignificando cada objeto que veio do espaço anterior.
E quando me senti pronta para voltar a atender presencialmente... mais um presente: uma sala nova, linda, com pessoas que vibram cooperação, verdade e respeito mútuo.
Setembro não foi leve. Mas foi transformador.
Me ensinou que a vida não é linear, e que para atravessar certos portais é preciso preparo emocional, psicológico e espiritual.
Foi essa base interna que me deu clareza mental e paz na alma para não reagir com violência, para não me fechar para o amor, e para seguir acreditando que há beleza mesmo nas rupturas.
E a maior lição que ficou:
Eu não desperto ninguém. Não transformo ninguém. Cada um precisa querer caminhar. Eu sou só uma companheira de jornada.
E que honra é seguir nesse caminho com mulheres tão corajosas ao meu lado.
Nas fotos e vídeos: círculo de Mulheres “Aurora das Deusas”, meu novo escritório em casa, o novo espaço para os atendimentos presenciais.
Todos diferentes, todos conectados: pedaços da mesma alma que escolheu se abrir para o novo com amor e verdade. 🌹