10/27/2025
EpisĂłdio 5 â âA mulher ao meu lado odiava bebĂȘsâŠâ
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âïž Legenda principal:
A mulher que sentou ao meu lado no voo deixou bem claro, desde o começo, que nĂŁo gostava de bebĂȘs.
Foi rĂspida, virou o rosto, tapava os ouvidos com força a cada som do meu filho.
AtĂ© aĂ, tudo bem. Eu estava focada no Daniel.
Mas quando o bercinho foi instalado, me levantei para organizar as coisas do meu bebĂȘ. Havia espaço do lado da minha mochila. Ela, por birra, tirou a mala dela do outro lado e empurrou para cima das minhas coisas.
E foi aĂ que o perrengue aconteceu:
đ§ Minha garrafa tĂ©rmica com ĂĄgua da mamadeira se abriu.
Molhou minha mochila. đĄđĄđ€
Molhou algumas pessoas sentadas prĂłximo do assento
Naquele momento, eu explodi. đ„đ€Ż
Falei o que precisava ser dito:
âVocĂȘ estĂĄ em um ambiente compartilhado. VocĂȘ comprou um assento, nĂŁo comprou o aviĂŁo. Educação Ă© o mĂnimo.â
Ela ficou em choque. Calou a boca. Parou com os resmungos.
Mas a verdade é: eu não vi uma mulher de 60 anos. Eu vi uma criança ferida de 5.
Era birra, era dor, era trauma que ela projetava no mundo.
đđŒ E Ă© por isso que o que a gente faz com os nossos filhos importa tanto.
Porque ou a gente cuida da criança de hoje â ou o mundo vai conviver com o adulto que ela vai se tornar.
đđŒ Se vocĂȘ nĂŁo consegue conviver com uma criança, vocĂȘ tem problemas que nem sabe que tem.
E se vocĂȘ Ă© mĂŁe e nĂŁo se prepara, o mundo vai te engolir.