04/03/2020
Continua tendo gente parindo em todo canto, bebê nascendo, agora diante de outros desafios diferentes dos usuais. Estão vamos compartilhar informação de qualidade que pode ajudar quem de repente vai ter que ir pro hospital sem sua doula ou parteira, ou chegando lá pode encontrar restrições ao suporte mais físico de alguém. 💔
Estas duas fotos mostram modos diferentes de "agachar" no parto.
À esquerda, o modo que abre a parte mais superior da pelve, boa para quando o bebê está alto ou fora da pelve e encontra dificuldades para descer. Quando se abre esse espaço extra, a contração empurra o bebê para a próxima etapa da pelve. Geralmente, é uma posição mais para o início do trabalho de parto, a fase latente, quando as contrações são ainda espaçadas e mais leves. Em geral, o comportamento de quem está parindo ainda é mais atento ao mundo externo, é possível conversar entre as contrações, manter os olhos abertos, rir, fazer outras coisas.
Já à direita, vemos outro modo, que ajuda a abrir a saída da pelve, quando o bebê já está mais baixo, perto ou já no expulsivo. Como a parte final da coluna se projeta "para fora", o bebê acha mais espaço para sair da pelve, com o nosso osso cóccix mais afastado do nosso osso púbico. Na maioria das vezes, é uma posição melhor para quando a parturiente já sente mais pressão na saída, vontade de fazer força, sensação de que vai evacuar ou já está fazendo força mesmo. Ganhamos um espaço ali que pode ajudar nesta etapa, principalmente pela maior mobilidade no sacro, mas também pelo "alongamento" do assoalho pélvico.
Lembrete: parir deitada significa fechar uma das mais importantes "portas" que o bebê vai ter que passar para nascer, que é o sacro. Se não puder sair da cama por alguma restrição da equipe ou do hospital, de lado também pode ser uma boa ideia!
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