26/06/2024
— Assim como problemas gastrointestinais podem levar à ansiedade, estados ansiosos podem prejudicar o funcionamento do intestino.
Em nosso trato digestório, há o sistema nervoso entérico, com cerca de 100 milhões de neurônios. No intestino é produzida grande parte da serotonina (hormônio responsável pelo nosso bem-estar).
Alguns hábitos, inclusive alimentares, nutrem “boas” ou “más” bactérias no intestino que podem levar ao desequilíbrio da microbiota (disbiose), afetando essa produção de serotonina, seus níveis de inflamação e a absorção de nutrientes essenciais.
Em desequilíbrio, o corpo entra em alerta. Desequilíbrios físicos, pensamentos, sensações e estímulos ambientais podem trazer a sensação de perigo (em função de ameaças reais ou imaginárias). Essa sensação faz com que o sangue vá para os músculos (para estímulo do que representaria luta ou fuga), deixando de ir para outras partes, como o intestino e outras áreas do corpo.
Isso altera também seu funcionamento: afeta a motilidade (Movimento), a produção de secreções e hormônios, a imunidade e o seu estado inflamatório.Por isso, associados aos sintomas da ansiedade, podem estar sintomas como azia, náuseas, refluxo, distensão abdominal, gases, gastrite, úlceras, intestino preso e diarreia.
Sem a atenção devida, isso pode acabar se tornando um ciclo vicioso, onde os estímulos e consequências de uma ansiedade e hábitos alimentares desequilibrados se retroalimentam, um potencializando a existência do outro.
Hábitos simples que podem te ajudar:
👉🏼 Hidratar-se corretamente;
👉🏼 Movimente e conecte-se com seu corpo;
👉🏼 Cuide da alimentação e sua relação com a comida;
👉🏼 Não esqueça de nutrir bem sua mente e suas emoções;
👉🏼 Busque apoio profissional se necessário.
O tratamento efetivo para a ansiedade e para sintomas gastrointestinais deve considerar você como um todo, e requer avaliação integrativa e individual. A ansiedade é uma emoção humana, não deve ser demonizada ou negligenciada mas sim compreendida.
Ismael Fernandes