10/10/2025
“Para tudo há um tempo debaixo do céu.” – Eclesiastes 3:1
Quando esse vídeo apareceu entre minhas lembranças, eu fiquei profundamente tocada.
Nove anos atrás — e eu não lembrava desse dia.
Se ele não tivesse voltado pra mim, talvez essa cena, esse pequeno recorte da vida, tivesse se perdido para sempre.
Eu lembro dessa fase…
Lembro da sensação de recomeço, das incertezas, da casa pequena e improvisada, sem sofá, sem móveis , com mais da metade da sala ocupada por caixas dos meus pais, afinal de contas esse apartamento era deles.
Foi um tempo difícil — a gente tinha acabado de vender nosso primeiro apartamento e não sabia quanto tempo levaria até ter um novo lar.
Mas vendo agora… o que ficou registrado não foi o aperto, e sim o amor. Clara viu esse vídeo e tudo o que ela viu foi leveza!
Não foi o medo, e sim a alegria.
Não foi a falta, e sim a presença.
Hoje, nove anos depois, eu olho para esse vídeo e penso:
a casa mudou, a vida mudou, a gente mudou.
A Clara cresceu, a família cresceu, o tempo passou — e tudo passou.
E talvez essa seja a parte mais linda e mais desafiadora da maternidade: tudo passa!
Por isso, que o principal é a escolha de viver com sentido.
Mesmo nas fases difíceis, mesmo quando nada parece estar no lugar.
Porque um dia, o que vai ficar não são as contas, nem o cansaço, nem o improviso.
O que vai ficar são as risadas no meio da bagunça, o abraço apertado no meio do incerto, o amor que insistiu em permanecer.
Que o seu olhar, mesmo nas fases mais desafiadoras, continue voltado para o que realmente importa.
Porque é isso que transforma o comum em memória — e o agora em eternidade.