A saúde e seu olhar: Olhar vida pelos referenciais da doença e do medo não é adequado, a saúde deve ser o principal ponto de referência, inclusive quando se fala de morte. Aqui admitimos que olhar a vida pelo referencial da doença e do medo não é adequado e leva à distorções como as que vemos, por exemplo, na gestão de saúde em diversos locais e situações. A saúde deveria ser o principal referencial quando se aborda "vida", inclusive quando se fala de morte. Quando se faz gestão da vida (ou outras ações) pensando:
1) na saúde,
2) na vida como um todo,
3) em suas dádivas e em percalços ao longo do caminho e
4) vendo a morte como um cessar de atividades do corpo] e
5) em planejar ações focando em todas as anteriores,
os resultados obtidos não são os mesmos que se tem ao fazer gestão (ou outras ações) baseando-se [na doença, na morte como sendo um fim dolorido e doloroso, no medo, e em todas desgraças que ocorrerão ao longo do caminho] e planejar ações focando nisso. Mas para isso é necessário aceitar que viver é mais que só reagir ou ter uma aceitação passiva de qualquer coisa que se faça com você e seu entorno. Tem que se aceitar que tudo isso tem uma relação forte com se deixar ir no fluxo da vida e do que ela lhe oferece, na procura ativa da saúde, no aproveitar de suas relações, no cuidar de seu entorno de maneira glocal e ativa. E gosto muito de usar como exemplo as conversas cada vez mais frequentes entre os profissionais da saúde sobre "Cuidados Paliativos" e "Tanatologia". Admitamos que agir desta maneira dará muito mais trabalho do que ter uma passividade perante quase tudo. Mas também admitamos o prazer que há em participar ativamente da própria vida.