Nataly Martinelli

Hoje, ao passar pela Calle de Vallehermoso, vi uma fachada coberta de flores coloridas contrastando com o branco do conc...
14/10/2025

Hoje, ao passar pela Calle de Vallehermoso, vi uma fachada coberta de flores coloridas contrastando com o branco do concreto.
E pensei: algumas mentes são assim — trazem cor e movimento a estruturas que pareciam fixas.

Este texto é para os pais que vivem entre cadernos, avaliações e comparações silenciosas.
Para aqueles que olham seus filhos e pensam:
“Por que ele aprende de um jeito tão diferente?”

Alguns cérebros tropeçam nas letras, perdem-se entre os números —
e, ainda assim, enxergam o que muitos não veem.

São os que têm dislexia, discalculia —
e uma forma intuitiva, sensível e visual de compreender a vida.

Enquanto o mundo tenta ajustá-los ao padrão,
eles já estão lendo outro idioma: o da imagem, da emoção, do invisível.

Eu sei — porque vivi isso.
Cresci entre letras que dançavam e, no aparente caos, encontrei a minha vocação.

Se posso deixar uma orientação, é esta:
olhem para o seu filho como luz.
Luz que, muitas vezes, ilumina partes suas que também pedem acolhimento.

Essas crianças vêm revelar —
o que, em cada um, ainda pede amor, presença e reconciliação com a própria história.

Veja-o com os olhos da alma.
Porque o olhar que transforma é o que reconhece, não o que corrige.

Quando um pai diz — mesmo em silêncio —
“Você tem o direito de ser quem é”,
a criança floresce.

Como aquelas flores nas varandas, crescendo entre o cinza e o sol.
Porque o que o mundo chama de “troca de letras”
é, na verdade, uma troca de perspectivas —
um convite para todos nós aprendermos a somar formas de ver, sentir e pensar.

A verdadeira inteligência não separa: ela integra.
E faz do aprender um ato de amor que colore o mundo. 🌸

10/10/2025

Dia Mundial da Dislexia

Quando eu era criança, achava que havia algo errado comigo.
Hoje entendo: meu cérebro só via o mundo de outro jeito —
mais sensível, mais criativo, mais visual. 🌿

A dislexia me ensinou a agir diferente,
a transformar frustração em coragem
e a entender que a verdadeira força
não está em resistir, mas em se adaptar.

O bambu que eu desenhava sem entender
era um lembrete silencioso:
✨ “Você vai florescer do seu jeito.”

Parte da renda do meu livro
Frustrações: Enfrentando com Coragem
é destinada à Associação Brasileira de Dislexia (ABD) —
para que mais crianças encontrem apoio antes da dor.

08/10/2025

Se você não sabe como lidar com a raiva, tudo bem — a Isa tem 5 dicas que podem te ajudar 💛
Às vezes, a calma vem quando a gente respira, desenha, corre… ou simplesmente se permite sentir.

08/10/2025

Você sabia que existem 4 tipos de raiva?

A Isa aprendeu isso na escola e transformou em uma historinha incrível com o gato, o elefante, o cachorro e a ovelha 🐱🐘🐶🐑
Cada um mostra um jeito diferente de sentir e expressar a raiva — e o último ensina como transformar a raiva em aprendizado e calma 💛

Subi ao palco em Portugal e pedi algo inesperado: que colocassem um samba.Comecei a dançar.E, aos poucos, outros também ...
07/10/2025

Subi ao palco em Portugal e pedi algo inesperado: que colocassem um samba.
Comecei a dançar.
E, aos poucos, outros também começaram.

Não era sobre música — era sobre essência.
Antes de falar das formações que concluí, quis mostrar que a verdadeira força vem de dentro — da nossa história, da capacidade de nos reinventar.

O samba, para mim, é símbolo de resiliência: transforma dor em ritmo, desafio em arte, movimento em cura.
E foi assim que comecei — lembrando que somos um todo.
Corpo, mente e alma… dançando, mesmo quando os ventos insistem em soprar.

A neurociência mostra que o movimento e a música ativam áreas do cérebro ligadas à criatividade, à empatia e à resiliência.
Ou seja, quando dançamos, não apenas expressamos o que sentimos — reorganizamos o que somos.

E hoje, ao ver este vídeo, senti o mesmo chamado.
O vento passando, o corpo em movimento, a vida me lembrando…
que continuar dançando é uma das formas mais belas de permanecer inteira.

Porque quem dança com a vida, nunca perde o passo — apenas muda o compasso.

🎥

A casa não é apenas tijolo, cimento e telhado. Ela é um espelho psíquico.Na casa, como na alma, há lugares de nutrição, ...
30/09/2025

A casa não é apenas tijolo, cimento e telhado. Ela é um espelho psíquico.
Na casa, como na alma, há lugares de nutrição, de intimidade, de sombra e de sonho.

Mas e quando não há casa?
O banco da praça vira cama, a mala vira armário, o céu vira teto.
A alma f**a exposta, vivendo a angústia do desamparo primordial.

Dias atrás, comprei por acaso uma chaleira a mais.
Senti um chamado para entregá-la à mulher que encontro sempre em frente à Basílica Parroquia La Milagrosa.
Quando perguntei se precisava, ela respondeu:
“É um presente de Nossa Senhora, porque as vezes não tenho banho quente.”

A frase me atravessou.
A chaleira não resolve a ausência de um lar.
Mas, para quem vive em condições simples, sem banho quente, poder aquecer um pouco de água —
para um banho improvisado, um chá,
ou apenas para sentir calor entre as mãos —
já é receber de volta um fragmento de dignidade, um pedaço de humanidade.

Construir uma casa verdadeira não é somente erguer paredes.
É aprender a ser abrigo.
Ser o teto que acolhe, a janela que deixa entrar luz, a chaleira que aquece a água.
No fim, cada um de nós carrega a possibilidade de ser lar para o outro.

👉 E essa é a pergunta que permanece:
Que tipo de casa eu tenho sido no mundo?

Ser pai e mãe é, muitas vezes, viver dentro de uma espiral:regras, birras, negociações infinitas… e a sensação de que es...
23/09/2025

Ser pai e mãe é, muitas vezes, viver dentro de uma espiral:
regras, birras, negociações infinitas… e a sensação de que estamos sempre presos no mesmo ciclo.

Quando olhamos para essa mola colorida, vemos um ponto escuro no centro.
À primeira vista, pode parecer só vazio.
Mas é exatamente nesse ponto escuro que a luz entra -
assim como no nosso olho, é pela pupila que conseguimos enxergar o mundo.

Assim também é com a birra:
ela não é apenas grito ou resistência.
Ela é uma abertura por onde o seu filho tenta mostrar algo que ainda não consegue colocar em palavras.
A raiva, o choro, o desafio… são a forma que ele encontrou de dizer: “Olha para mim, eu preciso de você.”

E nesse momento, o convite não é apagar o escuro, mas iluminá-lo.
Você pode se aproximar, olhar nos olhos e dizer com calma:
“Eu estou aqui. Me mostra o que você precisa.”
Isso pode transformar o buraco negro em portal de vínculo.

A birra deixa de ser guerra e se torna linguagem.
O escuro deixa de ser ameaça e vira passagem para a luz.

No fim, educar não é sobre controlar cada gesto,
mas sobre enxergar o que existe por trás de cada explosão.
Porque até no ponto mais escuro existe uma porta para a luz —
e é nessa luz que o vínculo se fortalece.

📷

Cada página de Frustrações: Enfrentando com Coragem nasce da minha própria jornada - e de tantas outras que se cruzam co...
16/09/2025

Cada página de Frustrações: Enfrentando com Coragem nasce da minha própria jornada - e de tantas outras que se cruzam com a minha.

Este não é apenas um livro. É um convite para transformar quedas em recomeços e frustrações em aprendizado💡

Parte das vendas será destinada à .abdoficial, fortalecendo projetos que dão voz a tantas histórias.

Com a parceria e o apoio da querida , este movimento se torna ainda maior: de inclusão, consciência e coragem. 💙

📖 Acesse: www.natalymartinelli.com.br/livros
e garanta já o seu exemplar.

No final de semana, caminhando pela floresta, minha filha pediu para tirar uma foto deste lugar que a encantou. Logo em ...
09/09/2025

No final de semana, caminhando pela floresta, minha filha pediu para tirar uma foto deste lugar que a encantou. Logo em seguida, me desafiou: “Mamãe, escreve algo profundo sobre essa imagem.”

E ao aceitar o convite dela, percebi algo precioso.

Entre as árvores altas, o verde que insiste em nascer e o riacho discreto, compreendi uma verdade: nada permanece igual. Quando eu voltar aqui, o cenário já não será o mesmo. As estações transformam a paisagem, e os meus olhos também terão mudado.

Essa percepção me conecta ao momento que estou vivendo. Estou revisando a tradução do meu livro Frustrações: Enfrentando com Coragem para o inglês e o espanhol, e me surpreendo ao reler palavras que escrevi dois anos atrás. Algumas já não fazem sentido, outras eu escreveria de forma totalmente diferente. Vejo falhas, escolhas que hoje não faria.

E então me pergunto: devo me cobrar ou agradecer?
A resposta me veio ao contemplar este bosque: agradecer.

Porque se hoje encontro erros, é sinal de que evoluí.
Se hoje faria diferente, é porque cresci.
Se hoje releio com outros olhos, é porque já não sou a mesma de ontem.

Assim como a floresta, que se reinventa a cada estação, nós também mudamos.
A vida é movimento, não estática. O que parecia suficiente no passado se transforma em convite para o próximo passo.

Então, ao invés de julgar quem eu fui, escolho honrar a minha trajetória. Escolho agradecer pela coragem que tive de escrever — mesmo imperfeita, mesmo crua. Foi o que me trouxe até aqui.

Que possamos olhar para nossas próprias versões passadas com mais ternura do que crítica. Porque, no fundo, cada “erro” foi apenas o início de uma nova forma de florescer. 🌿


No dia 3 de outubro de 2025, estarei em Portugal, participando do Congresso Luso-Brasileiro de Negócios e Carreira — 2ª ...
04/09/2025

No dia 3 de outubro de 2025, estarei em Portugal, participando do Congresso Luso-Brasileiro de Negócios e Carreira — 2ª edição.

É uma honra fazer parte deste encontro que une vozes, trajetórias e experiências do Brasil e de Portugal, fortalecendo pontes entre culturas, carreiras e histórias.

Minha contribuição será com a palestra “Escritor no Divã”, um mergulho profundo no universo emocional e psicológico da escrita. Vou compartilhar como nossas dores, frustrações e superações podem se transformar em palavras que curam, inspiram e conectam.

📖 Porque escrever não é apenas colocar frases no papel: é atravessar a nós mesmos para alcançar o outro.

Estou feliz em confirmar minha presença e em poder levar a psicologia e a literatura para esse diálogo tão rico.

Portugal, nos vemos em breve!

A escrita não surgiu em mim como um projeto, mas como um chamado.Tudo começou com um gesto de amor: no aniversário do gr...
02/09/2025

A escrita não surgiu em mim como um projeto, mas como um chamado.
Tudo começou com um gesto de amor: no aniversário do grande amor da minha vida, em vez de embrulhar um presente, transformei em páginas o desejo de vê-lo livre da fobia. Foram palavras que nasceram para acolher, sustentar e iluminar o que parecia impossível de atravessar.

Com o tempo, compreendi que as palavras não eram apenas um presente para ele — eram também um espelho para mim. Ao dar vida a Frustrações: Enfrentando com Coragem, reencontrei a menina que um dia acreditou que a dislexia seria sua prisão. Aquela que tropeçava nas letras e pensava que nunca teria lugar entre os livros. Descobri, então, que foi justamente esse tropeço que me empurrou para a frente: a aparente fraqueza se transformou em caminho, e o que parecia limite revelou-se missão.

Hoje, traduzo dores em coragem, transformo fragilidades em força e ofereço, em cada página, a lembrança de que ninguém precisa caminhar sozinho. As minhas obras carregam duas raízes que se entrelaçam: o amor que me move e a vulnerabilidade que me torna humana. Ser escritora, para mim, é continuar oferecendo presentes — não mais apenas ao homem que amo, mas a todos que, ao abrirem um livro, buscam reencontrar em si mesmos a chama da esperança.

Foi o amor que me mostrou que até o medo, quando acolhido, pode se transformar em coragem.

Por trás da raivaNa sorveteria, minha cachorrinha, curiosa, foi cheirar o pé de um senhor na mesa ao lado. Ele se irrito...
22/08/2025

Por trás da raiva

Na sorveteria, minha cachorrinha, curiosa, foi cheirar o pé de um senhor na mesa ao lado. Ele se irritou, a tensão se instalou, e eu mudei de mesa pedindo desculpas. Mas percebi que a mulher continuava me lançando olhares pesados.

Foi então que me levantei novamente — não para discutir, mas para deixar uma mensagem:
“Um sorriso sempre cabe. A vida é breve demais.”

Na saída, o senhor que antes estava tão bravo me acenou com um sorriso generoso. Já a mulher saiu ainda prisioneira de seu desgosto.

Dias depois, presenciei outra cena: no trânsito, um homem desceu furioso do carro para brigar com quem o havia fechado, sem perceber que não havia intenção de ofensa.

Essas duas situações me fizeram pensar. A raiva raramente nasce do fato em si, mas do que ele desperta dentro de nós. Por trás da fúria, quase sempre, está a sensação de inferioridade ou de injustiça. Quando o ego se sente ferido, reage como um grito silencioso: “Eu importo, não me trate como menos.”

O que verdadeiramente desarma não é a disputa, mas o reconhecimento. Um pedido de desculpas, um gesto de empatia ou até um sorriso podem dissolver tensões e abrir espaço para algo mais leve.

Naquele dia, ao pronunciar aquela frase, não falava apenas com aquele casal — falava com a própria vida. Era a escolha de não alimentar o ciclo da raiva, mas de oferecer um lembrete de humanidade. Talvez eles nunca se recordem, mas a semente ficou.

🌿 A raiva, no fundo, é um pedido de cuidado.
E a maior coragem não é revidar, mas reconhecer que toda fúria guarda uma fragilidade escondida.

Endereço

Rua David Carneiro, 289
Curitiba, PR
80530-070

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