01/07/2019
Pela sanidade mental, muitos sacerdotes resolveram manter seus Candomblés dentro de 4 paredes, se restringindo ao quarto de santo.
Fundamentam seus Orisas, contam com meia dúzia de filhos ATIVOS e PRESTATIVOS, fazem seus Aduras e Orikis, preparam seus Osés, fazem seus Oros... Tudo ali, num pequeno espaço e com pessoas com vontade apenas de louvar o Orisa.
Confesso que quando ouvia falar desse tipo de Candomblé me causava estranheza.
“Cadê a festa?” “Barracão cheio?” “Cadê as roupas de festas?”
Mas o tempo acaba nos mostrando o que é essencial e o que é dispensável ou excedente.
Hoje, consigo perceber um grande “excedente” no nosso Candomblé, e expresso admiração por aqueles que optaram apenas por cultuar Orisa abdicando de louvar o ego humano.
A maioria dos Omo-Orisas estão preocupados com a aparência do barracão, com a renda da roupa, com o colar no pescoço.
Esses Omo-Orisas não se prestariam a participar de um Candomblé fechado, porque a intenção deles é cobrir algum vazio na vida pessoal com o suposto glamour que o Candomblé oferece. Cada um sabe de si não é mesmo?!
É louvável aqueles que percebem que o culto ao Orisa não se resume a um Sire. Que conseguem venerar a água do rio muito mais do que veneram o anel de Búzio de alguns por aí.
Mo Juba
- Danilo Vieira
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