28/10/2025
Fugimos da culpa porque ela dói. Sentir culpa é encarar de frente que, de alguma forma, magoámos alguém, falhámos, ou simplesmente não fomos aquilo que gostaríamos de ter sido. É desconfortável, porque quebra a imagem que temos de nós próprios, essa imagem de “pessoa certa”, “boa” ou “inocente” que tanto nos esforçamos por manter.
Mas é precisamente quando paramos de fugir e temos a coragem de olhar a culpa nos olhos, de a aceitar sem desculpas nem justificações, que algo muda dentro de nós. Ao assumir a culpa, reconhecemos a nossa parte naquilo que aconteceu, e é nesse momento que recuperamos o poder de transformar.
A culpa, quando negada, paralisa. Quando assumida, liberta.
É o primeiro passo para a reparação, para o perdão (do outro e de nós mesmos) e, sobretudo, para o crescimento.
Por isso, esta frase de Hellinger é também um convite:
👉 “Tu que foges tanto da culpa… o que seria de ti se a aceitasses apenas como um passo na tua aprendizagem?”