Mauricio Zanetti - Psicologia

Mauricio Zanetti - Psicologia Atendimento psicológico online. Clínica de Psicologia. Psicólogo Mauricio Zanetti. Depressão. Au

13/04/2016
12/04/2016

Sobre Eros e Psiquê
(Do site Mitologia Grega de 30 abril 2011 – texto de Lucia – Belo Horizonte)

Psiquê era a mais nova de três filhas de um rei e era extremamente bela. Sua beleza atraia muitos admiradores que rendiam-lhe homenagens. Ofendida e enciumada, Afrodite enviou seu filho Eros para fazê-la apaixonar por alguém, assim todas as homenagens seriam apenas para ela. Porém, ao ver sua beleza, Eros apaixonou-se profundamente por Psiquê.

O pai de Psiquê foi consultar o oráculo de Delfos foi pois suas outras filhas haviam encontrado maridos e Psiquê permanecia sozinha. Manipulado por Eros, o oráculo aconselhou que Psiquê deveria ser deixada numa solitária montanha onde seria desposada por um terrível monstro. A jovem aterrorizada foi levada ao pé do monte e abandonada por seu pesarosos parentes e amigos.

Conformada com seu destino, Psiquê foi tomada por um profundo sono e conduzida pela brisa gentil de Zéfiro a um lindo vale. Quando acordou, caminhou por um jardim até chegar a magnífico castelo. Parecia que lá morava um deus, tal a perfeição em cada detalhe. Tomando coragem, entrou no deslumbrante palácio onde todos os seus desejos foram atendidos por ajudantes invisíveis.

À noite Psiquê foi conduzida a um quarto escuro onde pensava que encontraria seu terrível esposo. Quando sentiu que alguém entrava no quarto, Psiquê tremeu de medo, mas logo uma voz acalmou-a e sentiu os carinhos de alguém. O amante misterioso embalou-a em seus braços. Quando Psiquê acordou, já havia amanhecido e seu misterioso amante havia desaparecido. Isso se repetiu por várias noites.

As irmãs de Psiquê queriam saber seu destino mas o amante misterioso alertou-a para não responder aos seus chamados. Porém Psiquê sentindo-se solitária em seu castelo-prisão, implorou ao amante para deixá-la ver as irmãs. Finalmente ele atendeu ao pedido, mas impôs a condição de que não importasse o que falassem as irmãs, ela nunca deveria tentar conhecer sua identidade, caso isso ocorresse, ela nunca mais o veria novamente. Psiquê estava grávida e ela deveria guardar segredo para que seu filho fosse um deus, porém se ela revelasse a alguém, ele se tornaria um mortal.

Quando suas irmãs entraram no castelo e viram tanta abundância de beleza e maravilhas, foram tomadas de inveja. Notando que o esposo de Psiquê nunca aparecia, perguntaram maliciosamente sobre sua identidade. Embora advertida por seu esposo, Psiquê viu a dúvida e a curiosidade tomarem conta de seu ser, aguçadas pelos comentários de suas irmãs.

Ao receber novamente suas irmãs, Psiquê contou-lhes que estava grávida e que sua criança seria de origem divina. Suas irmãs ficaram ainda mais enciumadas com sua situação, pois além de todas aquelas riquezas, ela era a esposa de um lindo deus. Assim, elas convenceram Psiquê a descobrir a identidade do esposo, pois se ele estava escondendo seu rosto poderia ser um horrível monstro.

Assustada com o que havia dito suas irmãs, Psiquê levou uma lamparina para o quarto decidida a conhecer a identidade do marido. Esquecendo os avisos do seu amante, enquanto Eros descansava à noite a seu lado, Psiquê aproximou a lamparina para ver o rosto do seu amante. Para sua surpresa, ela viu um jovem de extrema beleza e admirada não percebeu a inclinação da lamparina que deixou uma gota de óleo quente cair sobre o ombro de Eros.

Eros acordou assustado e voou pela janela do quarto dizendo: - "Tola Psiquê, é assim que retribui meu amor? Depois de haver desobedecido as ordens de minha mãe e tornando-a minha esposa, tu me julgavas um monstro? Vá, volte para junto de suas irmãs, cujos conselhos preferiste ouvir. Não lhe imponho outro castigo, senão de deixá-la para sempre. O amor não pode conviver com a suspeita." No mesmo instante o castelo, as belezas e os jardins desapareceram.

Inconsolável Psiquê passou a perambular pelos bosques tentando encontrar Eros novamente. As irmãs fingiram pesar, mas elas também pensavam em conquistar Eros. Mas o deus vento Zéfiro, assistindo aquele fingimento, as lançou em um despenhadeiro. Resolvida a reconquistar o amor de Eros, Psiquê chegou ao templo de Afrodite. Porém a deusa impôs que ela cumprisse muitas tarefas antes de se encontrar com Eros.

Primeiro ela deveria separar os milhares de grãos de trigo, cevada, feijões e lentilhas que estavam misturados, um serviço que iria demorar toda vida para terminar. Psique ficou assustada diante de tanto trabalho, porém as formigas ajudaram psiquê e ela finalizou rápido a tarefa.

Na 2ª tarefa, Afrodite pediu lã dourada dos ferozes carneiros. Psiquê foi até as margens de um rio onde carneiros de lã dourada pastavam e estava disposta a cruzar o rio, quando um junco ajudou-a e disse-lhe para esperar que os carneiros dormissem, assim não seria atacada por eles. Psiquê esperou, depois atravessou o rio e retirou a lã dourada.

Na 3ª tarefa, Afrodite pediu água que jorrava de uma fonte da montanha. Porém ali havia um dragão que guardava a fonte, mas ela foi ajudada por uma águia, que voou baixo próximo a fonte e encheu a jarra. Vendo que Psiquê conseguia completar as tarefas, Afrodite impôs que ela descesse ao mundo inferior e pedisse um pouco da beleza de Perséfone e guardasse em uma caixa.

Psiquê não sabia como entrar no mundo de Hades estando viva e pensou em atirar-se de uma torre. Mas a torre murmurou instruções, ensinou-lhe como driblar os diversos perigos da jornada, como passar pelo cão Cérbero e deu-lhe uma moeda para pagar a Caronte pela travessia do rio Estige, advertindo-a: - "Quando Perséfone lhe der a caixa com sua beleza, não olhe dentro da caixa, pois a beleza dos deuses não cabe aos olhos mortais".

Seguindo as instruções, Psiquê conseguiu o precioso tesouro. Porém, tomada pela curiosidade, abriu a caixa para olhar. Ao invés de beleza havia apenas um sono terrível que dela se apossou. Eros voou ao socorro de Psiquê e conseguiu colocar o sono novamente na caixa, salvando-a. Lembrando-lhe que a extrema curiosidade pode ser fatal, Eros conseguiu que Afrodite concordasse com o seu casamento com Psiquê. Em pouco tempo, Eros e Psiquê tiveram um filho, Voluptas, que se tornou o deus do prazer...................................................................................................................................................................................

O mito de Eros e Psiquê personifica o amor que pode ser lindo, mas jamais devemos querer conhecê-lo em sua profundidade e realidade, pois o amor também pode ser cruel, assim como Afrodite que personifica o amor. Psiquê em grego significa alma, personificando a ânsia que precede um relacionamento, mas o amor surge somente quando a alma está pronta para amar.

Quando Eros se apaixona por Psiquê, personifica a atração que surge entre duas pessoas que aos poucos pode tornar-se amor. Quando psiquê é levada ao castelo de sonhos e depois ao quarto escuro onde encontra seu noivo, sem poder vê-lo na claridade, personifica o estágio do estar apaixonado, de estar enamorado. Vemos nossa imagem refletida no outro e ele não está totalmente visível, o início de qualquer relacionamento é uma experiência fascinante.

Embora psiquê seja feliz, tenha tudo o que queira, personifica que o relacionamento promissor, porém há desconfiança e dúvida. As dúvidas de psiquê foram levantadas pelas irmãs invejosas e a coloca com a sensação de há algo errado. Todos nós temos essas irmãs traiçoeiras que habitam no lado sombrio de nossa personalidade nos forçando a explorar mais a fundo e que exige mais honestidade com os outros. Personifica as nossas desconfianças e dúvidas em relação ao outro o que pode gerar traições.

Embora dolorosa, a traição quebra a cegueira da paixão, mas significa ser mais autêntico consigo mesmo. A traição de psiquê não ocorreu pela imprudência, mas pela necessidade de conhecer seu parceiro. Eros errou ao esconder sua real identidade de Psiquê e nenhum relacionamento, social, profissional, afetivo sobrevive quando há ameaça: "não tente me conhecer verdadeiramente". A quebra da ordem dada pode trazer consequências, mas é a forma de se relacionar com a verdade de um relacionamento.

Psiquê é abandonada, seu marido desaparece assim como todo o castelo. Por meio da tragédia, descobrimos que a quietude e serenidade depois de uma crise em nossas vidas estão relacionadas a essa parte do mito. Os sonhos irreais e falsas expectativas do passado desaparecem para dar lugar a algo real. A nostalgia do passado pode voltar, mas sempre haverá uma verdade. É o momento em que nos conscientizamos de que devemos fazer algo para alcançar um objetivo.

O confronto entre Psiquê e Afrodite, e as inúmeras tarefas a princípio impossíveis, retrata que todos os potenciais para o futuro estão presentes, mas que dependem de dedicação e esforço para compreender a si e ao outro. Simbolicamente formigas, torres, juncos e águias podem nos ajudar, assim como ajudaram Psiquê, entrando em nossas vidas como amigos, parentes e terapeutas, porém a árdua tarefa sempre pertence a nós mesmos.

02/04/2016
03/03/2016

Os opostos se atraem. Será?
Na verdade isso só dá certo na física, com relação às forças de atração e repulsão - energia eletrostática, Lei de Coulomb. Nos relacionamentos não é bem assim. Mas por que? Porque existe a chamada afinidade, que são as coisas em comum. Preferências de lugares, alimentos, hobbies, comportamentos, etc. facilitam a interação e aproximam. Pensemos na seguinte situação, num casal um adora viajar, baladas e festas e o outro ama ficar em casa, um filminho, tranquilidade. Um gosta da vida no campo, passar finais de semana num sítio, hotel fazenda e coisas assim. O outro adora praia, mar, passeios de parapente e coisas afins. Mesmo para ceder um pelo outro há limites. As mudanças e adaptações como: fazer pelo bem do outro, pela satisfação ou amor da outra pessoa podem ocorrer mas, por vezes, leva-se muito tempo e o relacionamento acaba não suportando. Qual a dica: antes do relacionamento ficar mais sério, analisar bem os pontos em comum e os divergentes, ver se as mudanças necessárias são possíveis de serem atingidas pelos dois e muito diálogo para abordar esses aspectos de cada um. É como numa negociação - ambos devem ceder um pouco. E até um provérbio antigo, tem muita serventia nessa relação: "Amar é: comer um caminhão de sal juntos". Quanto tempo leva-se para comer um caminhão de sal? Às vezes uma vida toda... No diálogo, analisar-se, refletir, ver se realmente as mudanças pedidas pela outra parte são coerentes - muitas vezes são. Até coisas que consideramos pequenas e irrelevantes mas que, muitas vezes, invadem o espaço do outro, ou lhe causam desconforto. Alguns hábitos ou manias acumuladas ao longo dos anos e que incomodam mas nunca atentamos para isso. Afinal "Nosso espelho é o outro", se alguém tece um comentário sobre um comportamento inadequado teu e você está em dúvida, fique atento, pois se mais te falarem, pode ter certeza: é contigo mesmo!

23/02/2016

É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo.
Autor: Fernando Pessoa

23/02/2016

É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo

Autor: Fernando Pessoa

16/02/2016

Freud costumava comparar uma análise ao jogo de xadrez, sendo que é o paciente que tem as pedras brancas e o analista as pretas. Para quem não domina o jogo, quem inicia sempre são sempre as brancas. Então, segundo Freud, a intervenção do analista sempre segue a fala (ou jogada) do paciente, e busca pela associação livre, chegar ao inconsciente do paciente. Metaforicamente falando, o analista usa sua estratégia, para chegar, ou captar esse momento. Um deslize, um lapso (ato falho), uma distração, atento a cada jogada, buscando encontrar aí as respostas necessárias à construção do saber acerca daquilo que aflige o paciente. (Apesar do jogo mostrado não ser de xadrez a estratégia do jogador é impressionante).

08/02/2016

Influências
(Paulo Leminski)

Me deixo influenciar por tudo que existe por aí.
Pela repressão e pela abertura. Pela censura e pela autocensura.
Pelas peças de Brecht. Pelo cinema de Hollywood
E pela propaganda.
Por amigos, desafetos e parentes.
Por bons e maus elementos.
Mas, sobretudo, por todos os desconhecidos.
Me deixo influenciar, vejamos, por toda a minha época.
Por toda a minha geração.
E pela geração que influenciou a minha geração.
Me deixo influenciar por campanhas ecológicas.
Por festas e cerimônias.
Por ciências ocultas. Solos de Jimmi Hendrix.
Artes marciais japonesas. Línguas mortas. Revistinhas dinamarquesas.
Episódios da história pátria.
E assuntos encerrados.
Me deixo influenciar ainda por todo e qualquer movimento artístico.
Por todas as modas. Derniers cris. Sensações.
E − principalmente − pela moda mais importante: a moda periódica de decretar o fim de todas as modas.
Me deixo influenciar por “booms”, velhas vagas e “nouvelles vagues”.
Por climas, temperaturas e ambientes. Choques elétricos, ameaças anônimas.
Gestos, jeitos, estilos. Pressões morais e chantagens emocionais.
Mas, sobretudo sou influenciado pelos domingos.
E pelo vento, que nas viagens de ônibus bate em nossa cara,
trazendo o cheiro de saudade dos amigos, pelos quais sou tão influenciado.

28/01/2016

Viver Intensamente.
Viver intensamente é aproveitar, sugar a vida e todos seus momentos disponíveis, fazer tudo que lhe vier à cabeça como se a vida tivesse a duração de um dia. Passar pela vida das pessoas como se estivessem enfileiradas? Não pesar as responsabilidades dos atos como se eles não tivessem consequências? Chamar de acidente ou má interpretação quando se fere alguém ou se quebra algo? Ou até, "eu tenho a minha própria ética". Viver intensamente é ouvir as pessoas, entender seus sentimentos, colocar-se no lugar delas e na condição em que se encontram. Ajudá-las sempre que necessário. Acordar com o amanhecer ou antes até, ouvir os sons da natureza - o silêncio da noite... o canto das aves... contar as estrelas do céu.... descobrir os planetas. Viver com pouco e sentir-se com muito...entender a razão da vida, poder sentir-se pequeno diante da imensidão do universo e tentar entender a razão de se estar aqui e de a vida ser tão curta e ao mesmo tempo tão longa.
Poder ficar horas sem fazer nada e não achar que isso é desperdício de tempo...Tudo depende do seu olhar, do seu ouvir, de se ter ou não um relógio para marcar o tempo.

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