21/03/2021
Bom dia, meus queridos! Como estão? Espero que todos bem! 🌻
• Trago hoje aqui esse assunto que muitos pais tem me procurado para orientação, então achei por bem compartilhar com todos vocês.
• Essa é uma tarefa muito complexa, até porque, como pais, ainda estamos lidando com o nosso sofrimento, vivenciando o nosso luto. Como chegar e explicar a uma criança, que alguém se foi e que ela nunca mais verá?
↪️ Primeiro fator que devemos levar em consideração é a idade da criança.
• Até por volta dos 6 anos a criança entende a morte como algo que pode ser revertido. Nessa faixa etária eles ainda não diferenciam fantasia da realidade.
• Entre 6 e 10 anos - as crianças começam a encarar o conceito real de morte, porém não imaginam que isso acontecerá com pessoas próximas. Portanto, sabem da existência da morte e acreditam que só vá ocorrer com desconhecidos.
↪️Na hora de contar para as crianças
• Quem for contar para a criança, precisa estar calmo;
• Utilize uma linguagem direta e simples, evite termos vagos para tentar amenizar como “dormiu para sempre”, “fez uma longa viagem”. Como as crianças tendem a levar tudo ao sentido literal, alimentam uma expectativa de que em algum momento, essa pessoa vai retornar.
• Espere as dúvidas dos seus filho. Muitas vezes antecipamos nossas angústias nas crianças, dê tempo para a compreensão de tudo que está acontecendo.
↪️ É importante que a família seja escuta nesse momento, estimule a criança a dizer o que está sentindo. Mostre a ela que você também está sofrendo, não tente esconder. A tristeza é um sentimento que vai aparecer. Diga que você também vai sentir saudade do ente querido, pois ele não vai voltar mais.
↪️ Ao passar dos dias, se a criança for bastante ativa, estimule que brinque, que faça as atividades que mais gosta de fazer. Caso a criança seja mais quietinha, reserve um tempo de qualidade a sós com ela.
🔸É preciso ficar sempre atento ao comportamento da criança, respeite a forma que está lindando com o luto.
🔸Procure um profissional que possa auxiliar nesse processo, caso os sintomas permaneçam por um tempo prolongado.
Mariana Rocha
Psicóloga Clínica
CRP 07/30019